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03/05/2023, 13:18 UNINTER

POLÍTICAS PÚBLICAS PARA


EDUCAÇÃO DE JOVENS E
ADULTOS
AULA 1

Prof.ª Vania Andretta Ratto

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CONVERSA INICIAL

Vamos apresentar para você um breve histórico da educação de jovens e adultos (EJA) no Brasil,

com o qual você terá a oportunidade de aprofundar mais seus conhecimentos sobre o assunto,

sendo cada tema abordado de extrema importância para a compreensão do sistema educacional

brasileiro e seus programas de alfabetização, em cada período histórico.

TEMA 1 – HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO


PERÍODO COLONIAL

Para que possamos conhecer as políticas públicas voltadas para a EJA, é imprescindível

reconhecer a educação como um direito, pois, só assim, poderemos compreender a necessidade do

desenvolvimento de ações que beneficiem os setores da sociedade que se caracterizam pela exclusão

social e defasagem educacional.

Uma vez que a colonização do Brasil havia fracassado, dado o insucesso do sistema de capitanias

hereditárias, o Rei Dom João III resolveu encaminhar Tomé de Souza ao Brasil, em 1549, o qual

passou a ocupar o cargo de governador-geral, viabilizando assim o processo de colonização do


Brasil. Tomé de Souza e sua tropa iniciam assim, então, a construção da capital da colônia, que

geraria riqueza para a metrópole e tornaria possíveis os câmbios comerciais entre Brasil e Portugal,

por meio do desenvolvimento agrícola, pela organização de expedições em busca de metais

preciosos e da prisão de índios para serem vendidos e escravizados. Para expandir a religião, Tomé de

Souza também trouxe, em seu comboio, os primeiros padres jesuítas a bordo, entre eles Manoel da

Nóbrega, José de Anchieta e Antônio Vieira, que representavam os verdadeiros soldados de Cristo,

pois faziam parte de uma ordem religiosa católica denominada Companhia de Jesus e tinham por

objetivo disseminar a fé católica pelo mundo.

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É nesse cenário que, em 1554, são fundadas a primeira escola do Brasil, em Salvador, e a

segunda, em São Paulo, onde os jesuítas passam a difundir a cultura europeia nas terras indígenas e a

organizar o sistema de educação que tinha como fundamento catequizar e converter os nativos à

religião católica. Existia, pois, uma forte relação entre Estado e Igreja, marcada pelos interesses que se

complementavam, já que o Estado precisava do apoio do clero para explorar e administrar o

território brasileiro, enquanto a Igreja precisava do apoio do Estado para catequizar os índios como

mão de obra.

É também nesse cenário que se encontra o marco inicial da trajetória da EJA, pois, desde o
período da colonização do país pelos portugueses, os padres jesuítas chegam ao Brasil com a missão

de defender os princípios cristãos, a fim de propagar a fé católica, juntamente com o trabalho

educativo. Para que isso acontecesse, era necessário que os índios fossem alfabetizados. Assim, os

padres jesuítas, pelas bases da catequização, deram início à educação colonial por meio da leitura e

da escrita, envolvendo crianças, jovens e adultos indígenas em uma ação cultural e educacional.

A partir dessa época, os religiosos passam a exercer uma forte influência europeia na sociedade,

já que o Brasil era dependente de Portugal e precisava seguir os fundamentos do sistema capitalista,

que privilegiava o desenvolvimento exploratório para atender à demanda dos portugueses por

trabalhadores braçais. Com o desembarque da família real portuguesa em terras brasileiras, no início

do ano de 1808, ocorrem muitas transformações políticas, econômicas e sociais que contribuíram

para a deportação dos jesuítas do país, pois o influente ministro Marquês de Pombal acreditava que a

grande autonomia política e econômica que os religiosos haviam conseguido era devido à prática da

catequese.

Enquanto o modelo educacional vigente na época atendia aos interesses da Igreja Católica –

com seu caráter instrucional, que se baseou em orientações para o trabalho –, Marquês de Pombal

enfrentava um entrave para poder atender aos interesses do Estado, outro ponto de grande

divergência de interesses e que acabou justificando a expulsão dos jesuítas das terras brasileiras.

Com isso, acontece a reforma educacional de Marquês de Pombal como tática necessária para suprir

a lacuna deixada pela saída dos jesuítas e para modernizar o sistema educacional a favor do

desenvolvimento da economia portuguesa, visando à manutenção e fortalecimento do regime

monárquico.

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TEMA 2 – HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO


PERÍODO IMPERIAL

O período imperial foi marcado pela vinda da família real portuguesa, em 1808, para o Brasil,

para fugir do ataque francês a Portugal, acarretando muitas transformações como a criação de várias

instituições e cursos de ensino superior. Em 1822, com a conquista da Independência do Brasil, como

resultado da separação entre Brasil e Portugal, o país deixa de ser uma colônia portuguesa e passa a

ser uma nação independente.

A Constituição outorgada em 1824 dava destaque especial à educação, garantindo instrução

primária, gratuita, para todos os cidadãos, sendo essa época marcada pela realização da Assembleia

Constituinte e Legislativa que propõe uma legislação com o objetivo de organizar a educação

nacional, pela qual todas as cidades, vilas e lugares populosos passaram a ter escolas. De acordo com

Haddad e Pierro (2000), embora não estivesse clara a preocupação com a EJA, nessa Constituição, o

teor da legislação assegurava formação educacional a todos os cidadãos. Assim, subentende-se que

a EJA também estava amparada na lei (Brasil, 1824).

Infelizmente, o entusiasmo inicial com a instrução popular esbarrava nas precárias condições
reais do país e, dessa forma, as propostas não passaram de mera ideologia do governo, que legislava

em favor de uma instrução para o povo sem providenciar, todavia, os recursos para criar as condições

necessárias para a existência das escolas e para o desenvolvimento do trabalho dos professores. E

assim, no final do império, o Decreto n. 3.029/1881, também chamado de Lei Saraiva, instituiu, pela

primeira vez, o título de eleitor, adotando as eleições diretas para todos os cargos eletivos do Império

Brasileiro, não sem excluir os analfabetos do direito ao voto (Brasil, 1881).

O período imperial termina com a existência ainda de poucas instituições escolares, apenas

alguns liceus, em algumas províncias e capitais, colégios privados bem instalados nas principais

cidades e cursos normais em quantidades insatisfatórias para as necessidades do país. Alguns cursos

superiores garantiam o projeto de formação de médicos, advogados, políticos e jornalistas,


estimulando assim que se efetivasse um grande abismo educacional em que a maioria da população

brasileira, que era trabalhadora e pobre, se encontrava assim totalmente alheia ao interesse do

governo imperial.

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TEMA 3 – HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO


PERÍODO REPUBLICANO

Mais de 50 anos depois, quando o Brasil já era uma república, surge o primeiro Plano Nacional

de Educação (PNE), viabilizado pelo art. 150 da Carta Magna, a Constituição Brasileira de 1934, que

estabeleceu que a educação era dever do Estado e determinou a obrigatoriedade do governo de

ofertar ensino gratuito e integral a todos, inclusive aos adultos que não conseguiram concluir seus

estudos no ensino regular (Brasil, 1934). No entanto, foi só a partir dos anos 1940 que a EJA começou

a se constituir como política educacional, o que gerou avanços importantes no ensino de adultos.

Com o término da Segunda Guerra Mundial e o fim da Ditadura Vargas, em 1945, marcava-se a

necessidade de redemocratizar o país e aumentar as bases eleitorais, com a EJA passando a ser

prioridade nos programas políticos.

Em 1947, ocorre a realização da primeira Campanha Nacional de Educação de Adolescentes e

Adultos – CEAA, que previa alfabetização desse público-alvo em até três meses; em seguida, surge o

Serviço Nacional de Educação de Adultos – SNEA, que tinha por objetivo orientar e coordenar os

trabalhos do ensino supletivo. Essa época também fica marcada pela realização do Congresso de

Educação de Adultos e a criação de inúmeras escolas supletivas, voltadas para a população mais

carente.

Já nos anos 1950, há muitas críticas às propostas educacionais de adultos, trazendo à tona todas

as suas mazelas, o que faz nascer uma nova visão sobre o analfabetismo, no país. No início dos anos

1960, vários movimentos sociais discutem a educação de adultos, como o Movimento de Educação

de Base, criado pelo Decreto n. 50.370/1961, que buscava reconhecer e valorizar o aprendizado por

meio da consideração do conhecimento popular (Brasil, 1961). É assim que nasce o Sistema

Radioeducativo da Paraíba – Sirepa como um dos sistemas ligados ao Sistema Radioeducativo

Nacional – Sirema, do então Ministério de Educação e Saúde, que foi muito utilizado, no Brasil,

durante dez anos, de 1959 a 1969, com suas escolas radiofônicas.

TEMA 4 – A VALORIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS


NO PERÍODO REPUBLICANO

Em meio a esse movimento, surge uma referência em educação, hoje mundialmente reconhecida

– o pernambucano Paulo Reglus Neves Freire. Paulo Freire foi pedagogo e filósofo, ocupou cargos
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públicos, como na Secretaria de Educação da Cidade de São Paulo, e trabalhou em diversas

universidades. É o brasileiro com mais menções honrosas no mundo (41, no total). Esse homem, que

teve uma infância e adolescência simples, em Recife, tinha propostas e novas ideias para alfabetizar

os adultos, por intermédio de um método que utilizava como pontos de partida a linguagem e o

diálogo sobre a própria realidade dos alunos.

Para Paulo Freire, a educação “[...] é um ato político e se a educação sempre ignorou a política, a

política nunca ignorou a educação, e sempre procurou utilizá-la para manutenção de seus
interesses”. Freire (2000, p. 121), em sua análise, destaca ainda que:

A educação passa a ter sentido ao ser humano porque o seu existir se caracteriza como
possibilidade histórica de mudanças. Somos ou nos tornamos educáveis porque, ao lado da
constatação de experiências negadoras da liberdade, verificamos também ser possível a luta pela
liberdade e pela autonomia contra a opressão e o arbítrio.

Segundo Horiguti (2009), Paulo Freire utilizava um método diferente de alfabetização, cuja marca

era uma perspectiva não aprisionada, mas, sim, libertadora, que tinha como base os conhecimentos
dos alunos, suas experiências de vida, buscando os vocábulos que faziam parte do universo daqueles,

entendidos como indivíduos que careciam adquirir, pela educação, criticidade, compreensão e
capacidade de questionar sua própria realidade. O educador passa, então, a criar novas maneiras de

abordar o conhecimento, que, antes, parecia tão distante do educando, e abre um novo caminho
para o ensino de ler, interpretar conteúdos e escrever.

Com isso, as propostas do pedagogo passam a inspirar os principais programas de governo, no

que diz respeito à alfabetização e educação popular de adultos, já que essas eram as bases para a
transformação da sociedade. Entre 1958 e 1961, as ideias progressistas de Paulo Freire marcaram a

Campanha Nacional de Erradicação do Analfabetismo – CNEA e o II Congresso Nacional de Educação


de Adultos.

Ao trabalhar com adultos analfabetos e pobres, Paulo Freire contribuía cada vez mais para tornar

a educação libertadora, despertando, assim, a consciência dos discentes para as relações de opressão
nos ambientes de trabalho e para as injustiças que existiam na sociedade. Porém, com o golpe de

1964, tropas militares de Minas Gerais e São Paulo saíram às ruas do país e tomaram o controle do
Estado em nome de seu próprio entendimento de democracia, liberdade, segurança e

desenvolvimento nacional, marcando o início de um regime ditatorial no país e acabando, ainda que
provisoriamente, com o ideal de uma educação libertadora. Desse momento em diante, a escola

pública passa a conviver com a precarização e a queda na qualidade do ensino, surgindo, assim, a
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migração dos filhos das elites para as instituições privadas de ensino. A partir disso, nasce a ideia de

que os filhos dos ricos, que têm acesso a uma educação de qualidade, têm mais chances de entrar na
universidade, enquanto que, aos filhos dos pobres, que estudam nas escolas públicas, resta o

insucesso da entrada na universidade, acentuando as desigualdades sociais e educacionais do país.

Com a destituição da educação popular, surge o Movimento Brasileiro de Alfabetização – Mobral –


surgiu no dia 15 de dezembro de 1967, de acordo com a Lei n° 5.379, quando o governo assumiu o
controle da alfabetização de adultos voltando-a para a faixa etária de 15 a 30 anos. Meses depois,
foi designada a comissão que seria encarregada de elaborar os estatutos da instituição. Neste
mesmo ano, no dia 29 de março os estatutos do Mobral foram aprovados, segundo o Decreto de
nº 62.484. (Rangel, 2011, p. 14)

A proposta do Mobral era a alfabetização funcional de jovens e adultos, com vistas a “[...]
conduzir a pessoa humana a adquirir técnicas de leitura, escrita e cálculo como meio de integrá-la a
sua comunidade, permitindo melhores condições de vida”. Infelizmente, o programa simplesmente

treinava os operários para que soubessem ler e escrever, ainda que de forma rudimentar, e que
reconhecessem seus deveres, sobretudo para a manutenção da ordem e da paz do regime. Com isso,

o programa não atingiu sequer os objetivos de alfabetização, pois os representantes do governo não
conseguiram enxergar que as políticas públicas e os programas voltados para a EJA só teriam êxito se

o governo enfrentasse os problemas estruturais da sociedade como a miséria, a fome, o desemprego


e a corrupção, que são parte estrutural das causas do analfabetismo.

Nos últimos anos do programa, os resultados esperados do Mobral não eram, portanto, nada
satisfatórios. Havia, ainda, grande volume de recursos públicos aplicados por aluno, o que tornava o

processo caro e ineficiente. Sendo assim, no ano de 1985, o Mobral foi substituído pela Fundação
Nacional de Educação de Jovens e Adultos – Fundação Educar, por meio do Decreto n. 91.980/1985,
entidade que, vinculada ao Ministério da Educação, herdou todo o patrimônio material e intelectual

do Mobral (Brasil, 1985).

A Fundação Educar tinha como objetivo fomentar a execução de programas de alfabetização e

de educação básica destinados aos que não tiveram acesso à escola ou que dela foram excluídos
prematuramente. Ela seria extinta, junto com as campanhas de alfabetização de adultos no Brasil,

quando do desmantelamento do Estado operado no Governo Collor – com o Decreto n. 99.240/1990,


várias fundações foram extintas, entre elas a Educar (Brasil, 1990). A Fundação Educar ainda chegou a

elaborar materiais didáticos para serem distribuídos nas escolas públicas de todo o país. Entretanto, o
uso desse material era opcional e, muitas vezes, tratado apenas como material complementar. Não
obstante, muito desse material, que deveria ser produzido para os discentes adultos, visou apenas

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atingir o público infantil. De todas as regiões atendidas, o Nordeste foi a que mais teve jovens e
adultos amparados pela Fundação Educar (Souza Junior, 2012).

Antes disso, na década de 1970, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB, Lei n.
5.692/1971, implementara o ensino supletivo, no país, a fim de complementar a escolarização e
atacar o problema do analfabetismo de maneira mais flexível para o indivíduo, suprindo suas

deficiências (Brasil, 1971). Com o fim da ditadura militar, ocorre uma abertura que permite o
surgimento de novas contribuições para a educação em nosso país, o que faz com que a EJA receba

uma nova configuração, numa busca de novas técnicas e metodologias de trabalho.

TEMA 5 – POLÍTICAS PÚBLICAS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E


ADULTOS NO BRASIL

Finalmente, é promulgada a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, conhecida

como Constituição Cidadã, que passa a reger todo o ordenamento jurídico brasileiro até os dias
atuais (Brasil, 1988). Desde a Independência do Brasil, em 1822, essa é a sétima Constituição que o

país tem – e a sexta desde que somos uma república –, cujas principais determinações consistem em:

definição por um sistema presidencialista de governo, com eleição direta em dois turnos para
presidente, governadores e prefeitos (nesse último caso, quando as cidades possuem mais de

200 mil eleitores);


transformação do Poder Judiciário em um órgão verdadeiramente independente, apto inclusive

para julgar e anular atos do Executivo e do Legislativo;


orientação para o intervencionismo estatal e o nacionalismo econômico;

previsão de abrangente assistência social e ampliação dos direitos dos trabalhadores;


possibilidade de criação de medidas provisórias, que permitem ao presidente da república, em

situação de emergência, decretar leis com aplicação imediata e que só posteriormente serão
examinadas pelo Congresso Nacional;

definição do direito ao voto para analfabetos e menores entre 16 a 18 anos de idade;


ampla garantia de direitos fundamentais, que são listados logo nos primeiros artigos da Carta

Magna, antes da parte sobre a organização do Estado (Brasil, 1988).

É importante ressaltar que, no art. 205 da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988,
a educação é citada desta forma: “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será

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promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da

pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.” (Brasil, 1988).

Com a promulgação da nova Constituição, em 5 de outubro de 1988, teve início um novo


projeto de LDB. No cenário mundial, o ano de 1990 passa a ser conhecido como Ano Internacional da

Alfabetização – sendo marcado pela realização da Conferência Mundial de Educação para Todos, em
Jontiem, na Tailândia. Em 1994, após o impeachment do Presidente Fernando Collor, acusado de

corrupção, assumir a presidência do país seu vice, Itamar Franco, que elabora o Plano Decenal de
Educação e cria a Comissão Nacional de Educação de Adultos – Cneja.

No ano seguinte (1995), toma posse na Presidência da República Fernando Henrique Cardoso,
que reforma o ensino no país. Somente em 1996 surge a nova LDB, por meio da Lei n. 9.394/1996,
que teve suas origens na Assembleia Constituinte de 1934, quando, pela primeira vez, foi

determinado que a União elaborasse e aprovasse um plano nacional e uma lei que traçasse as
diretrizes da educação nacional. O texto da LDB atual, conhecida também como Lei Darcy Ribeiro, foi

sancionada pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso, tendo sua publicação no Diário Oficial da
União em 20 de dezembro de 1996. É fundamental lembrar que a primeira LDB foi criada em 1961,

tendo sido reformulada em 1971 até ganhar a forma atual, a de 1996 (Brasil, 1934, 1961, 1971, 1996).

A LDB de 1996 estabeleceu, no seu Capítulo II, Seção V, o seguinte, sobre a EJA:

Art. 37. A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou

continuidade de estudos nos ensinos fundamental e médio na idade própria e constituirá


instrumento para a educação e a aprendizagem ao longo da vida.

§ 1º Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não puderam
efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as

características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e


exames.

§ 2º O Poder Público viabilizará e estimulará o acesso e a permanência do trabalhador na escola,


mediante ações integradas e complementares entre si.

§ 3º A educação de jovens e adultos deverá articular-se, preferencialmente, com a educação


profissional, na forma do regulamento.

Essa definição de EJA reafirma a necessidade de um ensino gratuito, que garanta o acesso e a
permanência dos jovens e adultos, desprovidos ainda de estudos, nas escolas públicas. Com a

reforma do ensino, Fernando Henrique Cardoso descentraliza os recursos, passando a direcioná-los

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para o ensino fundamental de crianças e adolescentes, lançando um programa denominado


Alfabetização Solidária, que acaba desativando a Cneja e criando, assim, políticas de aceleração do

fluxo escolar e do registro de matrículas no ensino regular, descaracterizando bastante a EJA.

Em 1997, o mundo volta os olhos para a Alemanha, que organiza a V Conferência Internacional
de Educação de Adultos, quando surge a Declaração de Hamburgo sobre Aprendizagem de Adultos

(Unesco, 1997). Ela afirma que a educação de adultos é a chave para o século XXI, sendo considerada
tanto consequência do exercício da cidadania como condição para uma plena participação dos

indivíduos na sociedade.

No final da década de 1990 há um novo movimento de realização de fóruns sobre EJA, com os
Encontros Nacionais de Educação de Jovens e Adultos – Enejas, que acontecem pela primeira vez na

Região Norte do Brasil e contam com a presença de professores e agentes públicos responsáveis pela
alfabetização daqueles que não tiveram oportunidade de ingressar em uma escola regular. Tem-se,

então, a aprovação do Parecer n. 11/2000 do Conselho Nacional de Educação – CNE, que dispõe
sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais – DCNs que regulamentam a EJA (Brasil, 2000).

Em 2002, o Instituto Nacional de Ensino e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – Inep cria o
Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos – Encceja, uma prova com o
objetivo de avaliar o conhecimento daqueles que voltaram a estudar depois de não conseguiram

concluir o ensino fundamental ou médio na idade adequada. Com isso, a EJA volta à agenda do
governo federal em 2003, quando tem início a Década das Nações Unidas para a Alfabetização

(2003-2012) e o governo brasileiro apresenta metas para erradicar o analfabetismo.

Dessa forma, o ano de 2004 fica marcado pela reestruturação do Ministério da Educação – MEC,

com a unificação das Secretarias de Erradicação do Analfabetismo e de Inclusão Educacional,


resultando assim na criação da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade –

Secad, com o objetivo de agilizar os programas desenvolvidos pelo governo nessa área.

Por outro lado, como parte integrante das medidas de combate à pobreza – fundamentais para a
consolidação da EJA –, foi instituído o programa governamental Fome Zero. Nesse curso, a Lei n.

10.880/2004 estabeleceu o Programa Brasil Alfabetizado como responsabilidade do MEC. Com a


promulgação do Decreto n. 5.478/2005, o governo lança o Programa Nacional de Integração da

Educação Profissional ao Ensino Médio, na modalidade de EJA, com o objetivo de aperfeiçoar


profissionalmente os alunos do ensino médio dessa modalidade. No entanto, a partir do Decreto n.

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5.840/2016, o programa foi ampliado para toda a educação básica e passou a se chamar Programa

Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação


de Jovens e Adultos – Proeja (Brasil, 2004, 2005, 2016).

O Proeja passa, assim, a contemplar os seguintes cursos, na modalidade de EJA:

Educação profissional técnica integrada ao ensino médio

Educação profissional técnica concomitante ao ensino médio


Qualificação profissional, incluindo a formação inicial e continuada integrada ao ensino

fundamental
Qualificação profissional, incluindo a formação inicial e continuada concomitante ao ensino

médio.

Conforme Moura e Henrique (2012), por mais ambiciosa e importante que a iniciativa se

revelasse, a oferta desse projeto, em âmbito nacional, revelava vários desafios, como instituições com
quadro docente sem o preparo necessário para dar conta de tal demanda, em termos de formação
acadêmico-pedagógica adequada à modalidade. Apesar dos seus problemas estruturais, o Proeja

tem seus alicerces reforçados como forma de educação emancipatória, crítica e de qualidade voltada

para os trabalhadores jovens e adultos, com um modelo de currículo integrado, que atendia à
formação para o trabalho e garantia o direito constitucional dos estudantes ao conhecimento

sistematizado.

Em 2007, o MEC cria o Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica – Fundeb. A partir desse

momento, todas as modalidades de ensino passam a tomar parte dos recursos financeiros destinados

à educação. “Embora tenha sido criado o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Fundamental e

Valorização do Magistério – Fundef, a Educação de Jovens e Adultos, ainda ficou de lado pois os
investimentos desse fundo, não previu qualquer favorecimento à expansão do Ensino de Jovens e

Adultos” (Haddad, 2000).

Em 2008, a EJA passa a fazer parte da LDB, ganhando mais aceitação do que a posição marginal

que ocupava anteriormente. No governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva fora criado, como já

mencionamos, o Programa Brasil Alfabetizado, que contribuiu assim para se diminuir o analfabetismo
e se buscar universalizar a alfabetização de jovens e adultos, a partir dos 15 anos ou mais, com

financiamento próprio para isso. Houve ainda uma outra grande conquista para a EJA, quando ela

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passou a ser contemplada com recursos do Fundeb, ainda que menores que as outras modalidades
da educação.

No ano de 2009, foram investidos milhões na compra de obras do Programa Nacional do Livro
Didático para a Alfabetização de Jovens e Adultos – PNLA, obras essas direcionadas para as redes

públicas de ensino. Na sequência, é criado o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e

Emprego – Pronatec, em 2011, com o objetivo de ampliar a oferta de cursos de educação profissional

e tecnológica – EPT para pessoas que quisessem estudar e ao mesmo tempo ter uma carreira
profissional sólida, principalmente jovens e adultos que deixaram de estudar há um tempo e

desejassem retomar os estudos e conseguir uma profissão, por meio da EJA.

Com a Lei n. 13.005/2014, foi aprovado o PNE para o decênio 2014/2024, propondo elevar a

escolaridade média da população como um todo e elevar a taxa de alfabetização da população com

15 anos ou mais para 93,5% até 2015 e, até o final da vigência deste PNE, erradicar o analfabetismo
absoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional no país. A EJA, como política pública

educacional, consta nesse PNE, obrigando estados e municípios a cumprirem suas metas, estratégias

e diretrizes até o ano de 2024 (Brasil, 2014). De acordo com Haddad e Pierro (2015): “A ênfase na

qualificação profissional da mão de obra marca também a abordagem conferida à EJA no segundo
Plano Nacional de Educação (PNE), finalmente consignado na Lei n. 13.005/2014 após longos debates

no Congresso.”

Nasce então a Base Nacional Comum Curricular – BNCC, já prevista no PNE e na Constituição

Federal de 1988. Sua primeira versão foi redigida em 2014 e em 2015 o documento foi aberto para

consulta pública, permitindo assim que a sociedade pudesse contribuir com a elaboração da sua
segunda versão. Em 2017, o MEC conclui a sistematização das contribuições e encaminha uma versão

final do texto ao CNE, responsável por regulamentar e implementar a BNCC no sistema de educação

em nosso país. Com isso, o texto introdutório da BNCC e as suas partes referentes à educação infantil

e ao ensino fundamental foram aprovadas pelo CNE e logo oficializadas pelo MEC, sendo que o texto
correspondente ao ensino médio restou ainda em processo de elaboração. Em 2018, ocorre a

entrega de parte da BNCC do ensino médio ao CNE, sendo que, em dezembro do mesmo ano, essa

parte do texto do ensino Médio é homologada. Em 2019 já começa a reelaboração curricular do

ensino médio de acordo com a BNCC – o novo currículo precisava então chegar à sala de aula (Brasil,
1988, 2018).

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A BNCC foi criada para ser referência para elaboração dos currículos escolares, porém o

documento contempla diretrizes para a educação de crianças e adolescentes, não abrangendo a EJA.
Isso deixa uma lacuna, já que as necessidades de uma criança de 8 anos são totalmente diferentes

das necessidades de um jovem ou adulto fora do seu nível de escolaridade, pois os caminhos

percorridos por alunos da EJA são bem diferentes dos de um aluno que está no ensino regular.

Lembremos também que, na maioria dos casos, o retorno desses alunos ao estudo se dá por causa
de uma exigência do mercado de trabalho.

Outro ponto que merece destaque é que sejam adotadas práticas curriculares que motivem tais

pessoas. Sabemos que uma boa parte dos alunos da EJA trabalha durante o dia e precisa estudar à

noite para melhorar o seu curriculum vitae e, assim, conquistar uma renda melhor. Com essa rotina

diferente, para que o aluno da EJA realmente aproveite o período escolar, é necessário que haja aulas
práticas e um currículo adaptado, diferentemente do ensino regular. Isso ajudará no aproveitamento

e também no combate à evasão escolar. Sendo assim, esses discentes da EJA precisam ser motivados

a serem protagonistas no meio social do qual fazem parte.

Consideramos, assim, importante se conhecer o breve histórico da EJA no Brasil, pois só assim

podemos entender os vários desafios que ainda devem ser enfrentados pelas políticas públicas em
nosso país. Faz-se necessário, com base nessas políticas públicas, uma concepção ampliada de EJA

que compreenda a educação como algo de oferta gratuita e um direito universal que todos têm de

aprender, de ampliar e compartilhar de conhecimentos e saberes. Caso contrário, não conseguiremos

avançar para minimizar as principais causas das mazelas da nossa sociedade. É emergencial se prover
o acesso de jovens e adultos a um bom programa de governo que lhes permita a continuidade de

ações e investimentos em programas de qualidade, tratando-se assim a EJA como contribuição

importante para o desenvolvimento de nosso país.

NA PRÁTICA

Falar em EJA, no Brasil, implica conhecer o contexto histórico de avanços em busca de uma

educação mais democrática e inclusiva, em nosso país. Assim, esperamos que você use seus
conhecimentos e anote as principais vivências dos seus alunos, suas construções históricas e sociais,

seus aprendizados e depois crie e aplique novas metodologias de formação que sejam mais próximas

da realidade desses alunos, auxiliando, dessa forma, para que sua prática pedagógica seja mais

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relevante para eles. Dessa forma, utilize suas anotações para trabalhar a leitura e a interpretação de

textos, a pontuação, os sinônimos e antônimos, fazendo com que seus alunos reconheçam, nesse

contexto, a aprendizagem do letramento.

FINALIZANDO

Nesta etapa, você pôde conhecer um breve histórico da EJA no Brasil ao longo dos períodos
colonial, imperial e finalmente no republicano, quando essa modalidade de educação passou a ser

valorizada devido à trajetória do pernambucano Paulo Reglus Neves Freire, extremamente

importante para a construção de políticas públicas, na educação, em nosso país.

REFERÊNCIAS

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Oficial, Rio de Janeiro, 16 jul. 1934. Disponível em:

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