Você está na página 1de 8

Aula 4

Educação Infantil:
Conteúdos, Tendências Conversa Inicial
e Metodologias

Profa. Roberta Ravaglio Gagno

O que é para você o brincar?


Qual é a importância da
brincadeira na infância?
O Brincar como
Característica Fundante Como o professor
na Formação Social da pode auxiliar?
Criança
E como ficam
os conteúdos?

O brincar nos seguintes


documentos:
Diretrizes Curriculares
A Dimensão Lúdica Nacionais
na Criança
Parâmetros
e Indicadores
de Qualidade
Referenciais
Curriculares

1
DCNEI (2010)
Órgãos sensoriais – conhecimento
Art. 9º – eixo de prática do mundo e dos objetos
pedagógica: interação e
brincadeira – professor, Oportunidade de escolher:
criança, brinquedo, o que, como e com quem
objetos, ambiente Primeiros brinquedos –
Garantir diversas sozinho e com o adulto
experiências: aprende a significar
conhecimento de si e do movimentos,
mundo (experiências compreender, usar
sensoriais, expressivas regras e linguagem
e corporais)

Experiências Expressivas, Corporais, “Toda criança aprende a falar


Sensoriais
primeiro por gestos, olhares e,
Esconder depois, usa a palavra para se
comunicar. Nas brincadeiras, a
Manipular objetos criança relaciona os nomes dos
com as mãos objetos e das situações
Explorar com o corpo do seu cotidiano e, pela
(empurrar, subir, imitação, a linguagem
encaixar, puxar, se desenvolve”
empilhar, colocar (KISHIMOTO, 2010, p. 5)
na boca) Imitação
Sem linguagens Individual e coletiva

Brincar – principal
atividade
Educação, cuidado,
A Função Social do brincadeira: tamanho,
Brinquedo no durabilidade, bordas,
Desenvolvimento fios, pontas, divertir,
Infantil lavável, não
inflamável,
não tóxico
Currículo –
conhecimento da
criança

2
O Jogo para Piaget O Brincar para Vygotsky

Atividade criadora que propicia pela


imaginação a construção de relações
Livro “A formação do
sociais, interpretações
símbolo pela criança”
diferentes, possibilidade
(1971) de expressão
Relação entre jogo Não é só prazer, é
e funcionamento também a necessidade
intelectual de satisfação de desejos
(ZDP)

O Brincar para Vygotsky (1994)


“Estágio entre as restrições
puramente situacionais da
primeira infância e o pensamento
adulto, que pode ser
totalmente
desvinculado de
situações reais” Fonte: Shutterstock/BlueRingMedia

Contradição e
ambiguidade:
espaço de transição

Toma decisões, expressa,


conhece (ele mesmo,
outros, o mundo), repete Explora o mundo
ações, partilha, expressa (objetos, pessoas,
individualidade
e identidade com natureza, cultura) –
diferentes linguagens, compreensão
usa (o corpo, os
sentidos, os Imaginação –
movimentos), mobilização
soluciona problemas, de significados
cria
(KISHIMOTO, 2010)

3
Criança – ser político,
mesmo que
marginalizada da vida
política
O Brincar e a
Fetichização da É aproximada de
Produção Cultural grupos
para a Criança estigmatizados:
índios, doentes
mentais, analfabetos
É julgada de acordo
com premissas do
sistema dominante

Fetichização da Cultura Visão redutora da cultura


Discriminação etária e social
Cultura tomada como
produto posto, concluído, dado Sociedade baseada na
desigualdade – criança
Sem vida, mesurável depositária do mundo
mercantilizável – criado pelo adulto; não
descolada de quem a intervém ativamente
produziu e do sistema Cultura: domesticadora
de produção coercitiva
Instrumentalizada Veiculação de conteúdos
ideológicos dominantes
Criança – consumidora
passiva (ZILBERMAN, 1986)

Alienação Paulo Freire (2005)


As questões são consideradas
Os seres humanos não
separadas das condições sociais
precisam ser objetos
nas quais ela pode se realizar
de intervenção
Ocorre quando o homem cultural, mas sim
está: agentes de sua cultura
alienado da natureza e de sua história
alienado de si mesmo A criança participa
ativamente da cultura
alienado de outros criando-se e criando-a
homens (Florestan Fernandes)

4
Cultura Viva, Ativa, Participativa

Síntese crítica de
experiências culturais folclore
diversificadas:
artes plásticas
teatro
circo
cinema
etc.
literatura (histórias,
contos, quadrinhos,
poesias)

Brincar livre ou dirigido?

A Prática Docente A criança já nasce


e a Ludicidade das sabendo brincar?
Infâncias Criança – ser inteiro,
com liberdade de
escolha e para realizar
interação

A mediação do adulto é essencial


Cultura lúdica: “regras e
para o desenvolvimento da
significações próprias do jogo” –
autonomia, da identidade, do
“contexto do seu jogo” (BROUGÈRE,
respeito e da auto-organização
2002, p. 23)
para a resolução e a
compreensão de O brincar não pode ser
separado das influências
conflitos
do mundo
O brincar é uma
O brincar não é atividade
atividade dinâmica,
interna, tem significação
cultural, histórica, social
econômica, social

5
Professor – elemento intermediário
Brincadeiras do nosso externo: “ferramenta auxiliar
tempo, de tempos da atividade humana”
passados, da
“A intervenção pedagógica
atualidade
provoca avanços que
“Sentido no contexto não ocorreriam
das interações espontaneamente”
simbólicas” A aprendizagem só
(BROUGÈRE, ocorre com interação
2002, p. 30) (OLIVEIRA, 1993, p. 27)

Mediação do Professor
[...] não é suficiente disponibilizar
às crianças brinquedos e jogos;
Interfere diretamente em
é fundamental organizar
uma atividade, na presença,
o cenário ludo-educativo e
na organização de estabelecer modalidades
espaços, objetos interativas que extraiam
e horários os melhores proveitos
Ambiente estimulador da brincadeira para
o desenvolvimento
Construído para cognitivo
e com a criança
(PIMENTEL, 2007, p. 235)
e suas necessidades

A dimensão
pedagógica
As Brincadeiras como da brincadeira é
Jogo Simbólico e as essencial
Atividades Pedagógicas
O interesse educativo
por meio do Brincar
– presente, desde que
não se perca
características do jogo
(BROUGÈRE, 2002)

6
O Jogo Simbólico De 1 ano e meio a 6-7 anos

Brincadeiras – compostas Representação de objeto ausente


por lembranças de situações A criança se interessa pelas
já vivenciadas realidades simbolizadas
e o símbolo
Imitação dos adultos
e seus papéis sociais – A função (compensação,
internalização de desejo, liquidação de
conflito) soma-se ao
conceitos e inserção
prazer de se sujeitar
no mundo que percebem
à realidade
(VYGOTSKY, 2007) (FRIEDMANN, 2012)

Materiais e Ambiente Brincadeira Livre

Contexto – favoreça o brincar Muitas vezes, não é


planejada (deixa
Permitir organização das crianças:
brincar), é natural
autonomia, em conjunto
e não social e cultural
“Manipular elementos (BROUGÈRE, 2001)
preexistentes [...]
materiais ou imateriais É possível brincar
(imagens). Adultos – sem tirar a liberdade:
responsáveis pelos incluir no planejamento
ambientes” (BROUGÈRE, – direito de escolher e
1998, p. 206) opinar, modificar, criar

As crianças utilizam-
se de materiais da
sala para montar uma
minicidade com caixas
de papelão, mesas,
Na Prática cadeiras
Reação do professor:
deixar brincar
sem interferir
interferir na
brincadeira

7
O lúdico – atividade essencial
O brincar, a função social,
o papel do professor –
interferência da cultura
Finalizando midiática
Viver, conviver, trocar
experiências, formar
hipóteses a respeito
das relações
Necessidades –
segurança

Você também pode gostar