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CONTEÚDOS, TENDÊNCIAS E
METODOLOGIAS
AULA 4
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É importante refletir sobre uma prática pedagógica que possibilite a
relação de novas informações com conceitos que o aluno já tem, tornando o
aprendizado realmente significativo.
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A afirmação do prêmio Nobel Herbert Simon (citado por Bransford; Brown;
Cockin, 2007, p. 21) relata que:
Leitura complementar
Curiosidade é uma coceira nas ideias
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E 1,20 m são dez desses pacotinhos, para fazer um metro, mais dois, para
completar os 20 centímetros que faltam”. Marquei 1,20 m na tábua com um lápis
e me preparei para cortá-la. Assim se iniciou uma das mais alegres experiências
de aprendizagem que tive na vida. A Dionéia queria saber de tudo. Não precisei
fazer uso de nenhum artifício para que ela estivesse motivada. O que a movia
era o fascínio daquilo que eu estava fazendo e das ferramentas que eu estava
usando. Seus olhos e pensamentos estavam coçando de curiosidade. Ela queria
aprender para se curar da coceira... Os gregos diziam que a cabeça começa a
pensar quando os olhos ficam estupidificados diante de um objeto. Pensamos
para decifrar o enigma da visão. Pensamos para compreender o que vemos. E
as perguntas se sucediam. Para que serve o esquadro? Como é que as serras
serram? Por que é que a serra gira quando se aperta o botão? O que é a
eletricidade?…
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TEMA 2 – MODALIDADES DE APRENDIZAGEM
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estruturas prévias, que podem permanecer invariáveis ou são mais ou menos
modificadas por esta própria integração, mas sem descontinuidade com o estado
precedente, isto é, sem serem destruídas, mas simplesmente acomodando-se à
nova situação” (Piaget, 1996, p. 13).
Já o processo de acomodação, que complementa a fase da assimilação,
possibilita a modificação de um esquema. Assim como afirma Piaget (1996, p.
18): “chamaremos acomodação (por analogia com os ‘acomodatos’ biológicos)
toda modificação dos esquemas de assimilação sob a influência de situações
exteriores (meio) ao quais se aplicam” (Piaget, 1996, p. 18).
Na perspectiva piagetiana, é possível afirmar que a criança autoconstrói
seu conhecimento, passando de conhecimento mais simples ao mais elaborado.
Com isso, é possível entender que cada criança constrói o seu
conhecimento por meio das experiências anteriores; portanto, as “modalidades
de aprendizagem” precisam ser compreendidas e respeitadas no processo
escolar.
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autor destaca o foco no processo central do pensamento, na organização do
conhecimento, das informações, do raciocínio e das tomadas de decisão.
Independentemente das concepções sobre o processo de aprendizagem,
é preciso destacar e relembrar que cada criança tem um ritmo individual durante
o processo de aprendizagem, seja no âmbito escolar ou familiar. Tanto o aspecto
histórico do indivíduo quanto a sua estrutura psicológica, biológica, social e
cultural estão diretamente ligadas ao processo de aprendizagem.
Para Vygotsky (1998, p. 104), esses processos psicológicos complexos
não podem ser dominados apenas por meio da aprendizagem inicial.
Podemos dizer que a aprendizagem é o resultado do trabalho do professor
aliado ao desejo do aluno; para isso, a vontade de aprender é primordial. Assim,
quando imaginamos alunos em uma sala, é preciso pensar em suas diferenças
e individualidades. A aprendizagem acontece durante toda a vida.
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Figura 1 – Funções do cérebro
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Você sabe como os processos cerebrais influenciam o processo ensino e
aprendizagem?
Além da influência dos fatores ambientais, ou seja, do meio em que a
criança está inserida, é possível perceber que os resultados do aprendizado
recebem a contribuição também dos fatores biológicos, fundamentais para o
processo de aprendizagem.
Pensando na realidade da sala de aula, quais ações estabelecemos ao
identificar alunos com dificuldades de aprendizagem? Na perspectiva da
neurociência, como podemos refletir sobre o transtorno de aprendizagem?
Há diversos motivos que impactam na dificuldade de aprender, mas o
mais importante é considerar como ocorre o processo de ensino e aprendizagem
e como uma proposta pedagógica conduz essa intervenção a fim de promover a
aprendizagem.
Sobre as dificuldades no processo de aprender, é importante destacar que
o professor também é responsável por identificar as características de
dificuldade que o aluno apresenta, inicialmente observando e posteriormente
identificando traços mais acentuados no comportamento e feedback da criança
em relação às atividades propostas (cognitivas, físicas ou atitudinais). Isso para,
então, com o respaldo necessário, fazer os devidos encaminhamentos a
especialistas para mudanças em sua prática pedagógica, bem como diálogo com
familiares e ou repasse à coordenação.
É importante salientar que uma dificuldade de aprendizagem não é
necessariamente um transtorno. Qual seria a diferença entre dificuldade e
distúrbio? No Quadro 1, a seguir, está a definição das terminologias desse tema.
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Quadro 1 – Definição das terminologias de dificuldade de aprendizagem
Definições
Podem ser causadas por problemas
passageiros, como por exemplo, um
conteúdo escolar, que nem sempre
oferece à criança condições
adequadas para o sucesso. Podem
ser secundárias para outros quadros
avaliativos, tais como alterações das
funções sensoriais, doenças
crônicas, transtornos psiquiátricos,
Dificuldades de aprendizagens deficiência mental e doenças
neurológicas (Relvas, 2008, p. 53-
54).
Para Fonseca (2005) dificuldade de
aprendizagem é um termo mais
global e abrangente com causas
relacionadas ao sujeito que aprende
aos conteúdos pedagógicos, ao
professor, aos métodos de ensino, ao
ambiente físico e social da escola.
Refere-se mais a questões
intrínsecas do aluno como disfunções
neurológicas (Capovilla, 2009).
Conforme Fonseca (1995), distúrbio
Distúrbio de aprendizagem de aprendizagem está relacionado a
um grupo de dificuldades específicas
e pontuais, caracterizadas pela
presença de uma disfunção
neurológica.
Segundo José e Coelho (2002, p. 23)
os problemas de aprendizagem
referem-se a situações difíceis
enfrentadas pela criança normal e
Problema de aprendizagem
pelas crianças com um desvio do
quadro de normalidade, mas com
expectativa de aprendizagem a longo
prazo (alunos multirrepetentes).
Conjunto de sinais sintomatológicos
que provocam uma série de
perturbações no aprender da criança,
Transtorno interferindo no processo de aquisição
e manutenção de informações de
uma forma acentuada (Relvas, 2008,
p. 53).
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TEMA 5 – DIFICULDADES NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM E O
ACOMPANHAMENTO PEDAGÓGICO
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Figura 2 – Classificação das dificuldades de aprendizagem
DIFICULDADES
DE APRENDIZAGEM
“TRANSTORNOS DE
‘‘DIFICULDADES ESCOLARES”
APRENDIZAGEM”
(DSM-IV-TR)
“TRANSTORNOS ESPECÍFICOS
Pedagógica, psicossocial,
DO DESENVOLVIMENTO DAS
deficiência, quadros
HABILIDADES ESCOLARES”
neurológicos
(CID-10)
Disfunção no Sistema
Nervoso Central (SNC)
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Conhecer as questões que envolvem o cérebro e as diferentes formas de
aprender são fundamentais para o desempenho do professor e o sucesso do
aluno.
NA PRÁTICA
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
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