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Roteiro – 1° encontro – ansiedade saudável e ansiedade não saudável (patológica)

Bom dia pessoal eu sou a vitória e esse é o michel, nós dois hoje e nas próximas vezes vamos
estar aqui com vocês promovendo os encontros.

Tudo bem? Como vocês estão nessa terça de manhã?

A primeira coisa que eu gostaria de pedir pra vocês é pra gente fazer um contratinho/acordo
de como vai funcionar nossas conversas, quero que vocês me ajudem participando certinho,
tendo respeito, cooperação para tudo ocorrer bem, se vocês ficarem em silencio quando eu ou
michel estiver falando ou explicando alguma atividade, e participarem da melhor forma
quando for pedido, respeitando os colegas e a gente conseguindo terminar o que temos pra
conversar hoje eu posso dar de 10 a 15 minutinhos no final do encontro livre pra vocês
conversarem entre vocês e quem quiser pode vir tirar dúvidas comigo e com o michel.

Tudo certo?

Agora com isso estabelecido/colocado vamos começar

Vocês lembram que quando eu e a alice fomos na sala de vocês que a gente falou sobre a
ansiedade saudável e a não saudável, que existia essas duas, tinha gente que sabia e gente que
não sabia

Então é sobre isso que vamos conversar hoje

Não tem certo e errado

Quero saber de vocês

o que vocês acham que é sentir ansiedade?

Aguem já sentiu e gostaria de falar pra gente o que sentiu?

É normal sentir ansiedade?

-feedback

Vamos agora fazer uma atividade que chama “representação visual do sentimento”, nesse
caso a ansiedade

Nessa atividade vocês deverão desenhar algo que represente esse sentimento de ansiedade
pra vocês, utilizem a imaginação, vocês podem desenhar uma coisa mais abstrata trazendo
esse sentimento, ou pode desenhar o que te deixa ansioso, eu e o michel vamos fazer
também, vocês têm 10 minutos para fazer, não tem que ficar bonito, não se preocupem.

No final da atividade vamos conversar sobre o que vocês desenharam

Alguma dúvida?

- Atividade

- Feedback

- Explicação sobre ansiedade saudável

Você já se perguntou por que sentimos ansiedade? A ansiedade é uma emoção natural e
funciona como um alerta para um "perigo futuro" (real ou imaginário). Em níveis saudáveis ela
se torna bastante útil e funcional. Por exemplo, ao saber que você terá que realizar uma prova
importante é normal sentir certa ansiedade à medida em que a data dessa prova se aproxima.
Essa ansiedade, então, vai funcionar como um sinal de que a prova está se aproximando e,
com isso, indicar que é necessária uma preparação. Ou seja, aquele sentimento de ansiedade
vai ter, em sua essência, uma funcionalidade que é te avisar, te motivar, alertar que algo
importante precisa ser feito e que, portanto, algumas medidas precisam ser tomadas.

- Feedback

- Explicação sobre ansiedade não saudável/patológica

Entretanto, quando a ansiedade está fora do seu lugar de alerta, pode trazer desconforto e
sofrimento, além de prejudicar os relacionamentos interpessoais e a realização de atividades
básicas do dia a dia. Nesse caso, é necessário buscar estratégias que possibilitem um maior
controle da ansiedade e a garantia de melhor qualidade de vida.

A ansiedade passa a ser considerada patológica, diferindo daquela


considerada saudável, quando se torna excessiva, extrema ou irracional. Deixa de ser
adaptativa, tornando-se disfuncional. Em tais situações, começa a causar considerável
sofrimento emocional e a interferir na capacidade do indivíduo de lidar com acontecimentos
da vida cotidiana.

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- Sintomas ansiedade

Quando sentimos alguma coisa não sentimos só psicologicamente, mas o corpo também
sente, quando estamos tristes – amoados, cansados – apaixonados – borboletas na barriga, na
ansiedade também temos esses sintomas físicos, só que nesse caso são outros.

No nível fisiológico, a ansiedade inclui reações corporais como palpitações, tensão muscular,
sudorese, boca seca ou enjoo. Do ponto de vista comportamental, a ansiedade contribui para
o hábito de evitar situações cotidianas antes facilmente confrontadas. Psicologicamente,
considera-se a ansiedade um estado subjetivo de apreensão e desconforto.

Sintomas psicológicos

 Falta de concentração,
 Irritabilidade
 Pensamentos negativos
 Preocupações, tensões ou medos exagerados (a pessoa não consegue relaxar)
 Sensação constante de que um desastre ou algo muito ruim vai acontecer
 Preocupações exageradas, excessivas. Com saúde, dinheiro, família ou trabalho
 Medo extremo de algum objeto ou situação em particular
 Medo exagerado de ser humilhado publicamente

Sintomas Somáticos (físicos)

 Batimentos cardíacos acelerados (taquicardia)


 Aperto no peito
 Falta de ar, ou respiração ofegante
 Mãos e pernas tremendo sem controle
 Problemas com sono
 Irritabilidade
 Suor excessivo
 Tensão muscular
 Náusea

Quando esses sintomas são excessivos, constantes, intensos quer dizer que a ansiedade em
algum grau pode não estar saudável e dependendo dos sintomas, sua ocorrência e intensidade
o tipo de ansiedade é diferente

As pessoas podem se sentir ansiosas a maior parte do tempo, sem nenhuma razão aparente.
Podem ter ansiedade apenas de vez em quando, mas de forma tão intensa que se sentirão
imobilizadas. A sensação de ansiedade pode ser tão desconfortável que, para evitá-la, as
pessoas deixam de fazer coisas simples, como usar o elevador, por causa do desconforto que
sentem

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Você também pode estar ansioso ou ser ansioso

Alguém sabe a diferença?


- estar - medo, tensão ou preocupação aparecem às vezes, em
situações nas quais eu preciso tomar decisões importantes

- ser - medo de situações simples. Quando vou sair de casa fico


apreensivo(a), quando me olham fico com medo. Em qualquer
situação apresento sentimentos de preocupação

O ciclo da ansiedade

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- Tipos de ansiedade não saudável

- Transtorno de Ansiedade de Separação

Caracteriza-se por uma ansiedade excessiva em relação ao afastamento dos pais ou seus
substitutos, não adequada ao nível de desenvolvimento. Os sintomas causam sofrimento
intenso e prejuízos significativos em diferentes áreas da vida da criança ou do adolescente e
devem estar presentes por, no mínimo, quatro semanas.

quando sozinhos, temem que possa acontecer a seus pais ou a si mesmos adversidades, como
doenças, acidentes, sequestros, assaltos ou outras situações que os afastem definitivamente
de seus pais. Como consequência, apegam-se excessivamente a seus cuidadores, não
permitindo seu afastamento. Dormir-companhia, pesadelo

- Fobias Específicas (FE)

Caracterizam-se pela presença de medo excessivo e persistente relacionado a um determinado


objeto, animal, atividade ou a uma determinada situação que não seja uma situação de
exposição pública ou medo de ter um ataque de pânico. Frente ao estímulo fóbico, a criança
procura correr para perto de um dos pais ou de alguém que a faça sentir-se protegida. Pode
apresentar reações de choro, desespero, imobilidade, agitação psicomotora ou até mesmo um
ataque de pânico. Os sintomas devem estar presentes por pelo menos seis meses.
reação excessiva e pouco adaptada, que foge do controle, leva a reações de fuga, é persistente
e causa comprometimento no funcionamento da criança.

- Transtorno de Ansiedade Social (Fobia Social)

caracteriza-se por um medo persistente e intenso em situações em que a pessoa julga estar
exposta à avaliação de outros ou se comportar de maneira humilhante ou vergonhosa. Em
jovens, a ansiedade pode ser expressa por choro, acessos de raiva ou afastamento de
situações sociais em que haja pessoas não familiares. Para que seja feito o diagnóstico, o
hábito de evitar situações ou a ansiedade devem interferir significativamente no
funcionamento da criança e os sintomas devem estar presentes por pelo menos seis meses.

falar em sala de aula, comer na cantina perto dos colegas, ir a festas, escrever na frente dos
outros, usar banheiros públicos, dirigir a palavra a figuras de autoridade como professores e
treinadores, bem como conversar e brincar com outras crianças. Sintomas físicos

- Transtorno de Ansiedade Generalizada

apresentam medos e preocupações exagerados e irracionais em relação a várias situações.


Estão constantemente tensas e dão a impressão de que qualquer situação é ou pode ser
provocadora de ansiedade. Preocupam--se muito com o julgamento de terceiros em relação a
seu desempenho em diferentes áreas e precisam, o tempo todo e de forma exagerada, ser
tranquilizados/confortados. Dificilmente relaxam, apresentam queixas somáticas sem causa
aparente (cansaço constante, dificuldade para dormir) e sinais de hiperatividade autonômica
(por exemplo, palidez, sudorese, taquipneia, taquicardia, tensão muscular e vigilância
aumentada – “constante sensação de sobressalto”).

O padrão de uma preocupação constante pode durar meses ou anos,


e os pensamentos relacionados às preocupações são muito difíceis de ser controlados.

- Transtorno do Pânico e Agorafobia

É caracterizado pela presença de ataques de pânico (presença do medo intenso de morrer


associado a inúmeros sintomas físicos, como palpitação, sudorese, tontura, falta de ar, dor no
peito, dor abdominal, tremores), seguidos de preocupação persistente de vir a ter novos
ataques. Alguns jovens podem se preocupar em “perder o controle, ficar louco” ou ter um
ataque cardíaco.

Em 30 a 50% dos pacientes, observa-se o desenvolvimento de

Agorafobia, definida como medo ou ansiedade persistente e exagerada de situações em que


seja difícil ou embaraçoso sair/escapar ou o hábito de evitar situações como estar sozinho fora
da casa, viajar em um carro, ônibus ou avião, ou estar em uma aglomeração (exemplos:
entrada/saída da escola, locais fechados como cinema, estádio de futebol etc.)

Estar sozinha longe de casa

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Comorbidades

 Depressão: de forma semelhante a adultos acometidos por Transtornos de Ansiedade,


jovens ansiosos também apresentam altas taxas de depressão comórbida. Crianças e
adolescentes com ansiedade e depressão têm um prognóstico significativamente pior
a longo prazo do que aqueles com um Transtorno de Ansiedade isolado, incluindo risco
de suicídio maior que o esperado para a faixa etária.

 Uso de substâncias: jovens com ansiedade social e transtorno do pânico têm risco
aumentado para abuso de substâncias.

 Déficit de atenção/hiperatividade: entre 20 e 40% das crianças e adolescentes com


transtorno de déficit de atenção e hiperatividade apresentam comorbidade com
Transtornos de Ansiedade.

- Encerramento

Próximo encontro – falar sobre métodos e formas de diminuir/controlar a ansiedade não


saudável

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