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VERIFICAR A IMPORTÂNCIA DO PROCESSO DE

PSICOTERAPIA EM PACIENTES QUE SE SUBMETEM À


CIRURGIA BARIÁTRICA: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Aline Rodrigues de Carvalho leite Schmitt


Dionéia Luciane Mendes

Resumo: A obesidade é caracterizada por um acumulo de gordura prejudicial à


saúde associado a outras comorbidades, associada com sintomas físicos, e
também, fatores psicológicos, com isso, a cirurgia bariátrica tem se tornado o
recurso mais indicado e procurado nos dias de hoje. O objetivo do presente
estudo, foi verificar, através de uma revisão de literatura, verificar a importância
do processo de psicoterapia em pacientes que se submetem à cirurgia
bariátrica. Tendo como busca, as seguintes bases eletrônicas: Scielo e Google
Acadêmico; autores de artigos científicos. Os estudos apontam que, a
psicoterapia tem um papel fundamental desde o início, no processo de
avaliação, durante e após a realização da cirurgia bariátrica, efetivando assim,
obtendo assim, uma melhor adesão ao tratamento. Contudo, destaca se, que à
necessidade de mais estudos sobre o tema e técnicas de manejo a fim de
aprimorar os estudos dos profissionais da psicologia, obtendo assim, mais
embasamento teórico para suas práticas clinicas.
Palavras-chave: Bariátrica. Psicoterapia. Transtorno Alimentar. Obesidade.
Abstract: Obesity is characterized by an accumulation of fat that is harmful to
health, associated with other comorbidities, associated with physical symptoms,
and also psychological factors. Therefore, bariatric surgery has become the
most recommended and sought-after resource today. The objective of the
present study was to verify, through a literature review, the importance of the
psychotherapy process in patients undergoing bariatric surgery. Using the
following electronic databases as a search: Scielo and Google Scholar; authors
of scientific articles. Studies indicate that psychotherapy plays a fundamental
role from the beginning, in the evaluation process, during and after bariatric
surgery, thus achieving better adherence to treatment. However, it is highlighted
that there is a need for more studies on the topic and management techniques
in order to improve the studies of psychology professionals, thus obtaining more
theoretical basis for their clinical practices.
Keywords: Bariatric. Psychotherapy. Eating disorder. Obesity
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Bacharelado em Psicologia do Centro
Universitário Cenecista de Osório (UNICNEC).

Graduanda em Psicologia pelo Centro Universitário Cenecista de Osório (UNICNEC).

Mestre em Psicologia, Orientadora, Docente do curso de Bacharel em Psicologia do Centro Universitário


Cenecista de Osório (UNICNEC).
INTRODUÇÃO

A obesidade tem sido foco de muitos estudos, não sendo apenas


um problema de saúde relacionado a riscos físicos, pois é um acúmulo de
gordura prejudicial à saúde, mas também, relacionado a uma ampla variedade
de sintomas psicológicos, onde fatores biológicos, ambientais e
comportamentais se fazem presentes. No Brasil, uma elevada prevalência da
obesidade, elevou o número de procedimentos bariátricos, sendo que, para
que o paciente possa ser submetido a cirurgia, o IMC, Índice de Massa
Corporal, deve estar maio o que 40 kg/m ou acima de 35 kg/m associado a
obesidade (diabetes tipo ll, apneia do sono, hipertensão arterial, dislipidemia
entre outras). (FLORES, 2014).
Com o aumento da prevalência da obesidade, elevou o número de
cirurgias bariátricas por ser considerada a forma mais efetiva de tratamento da
obesidade a longo prazo, onde resulta, em uma grande perda de peso,
podendo perder até 45% do seu peso inicial. (FREITAS et al.,2023).
Neste contexto, a atuação do psicólogo nessa área, torna-se essencial
para o tratamento, onde o foco da avaliação psicológica tem como objetivo,
identificar as variáveis, como características de personalidade, relacionadas ao
prognóstico cirúrgico bem sucedido. O sucesso da operação vai depender da
mudança de comportamento do paciente, preparando o, desde a avaliação
inicial, no pré-operatório, otimizando os resultados da operação no pós-
operatório. (BORDIGNON et al., 2017).
A escolha do tema do presente estudo, é mostrar a importância da
psicoterapia em pacientes submetidos à cirurgia bariátrica. O quão importante
é o acompanhamento do paciente no tratamento desde o pré-operatório até o
acompanhamento no pós-operatório. Mostrando assim, a eficácia do
tratamento psicológico, onde atua, ajudando o paciente, desde a aceitação,
preparação, até efeitos colaterais que podem vir a surgir.

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REVISÃO DE LITERATURA

BARIÁTRICA

A cirurgia bariátrica, é um procedimento cirúrgico muito procurado por


pessoas que sofrem de obesidade e não conseguem perder peso por alguma
questão, onde resulta em uma significativa perda de peso e duradoura,
contudo, melhora as comorbidades apresentadas pelo paciente, prevenindo
complicações a sua saúde, e assim, aumentando a longevidade e a qualidade
de vida do mesmo.

Segundo Moraes et. al. (2014), a percepção de qualidade de vida é


individual de cada um, dificultando assim, uma definição exata do termo,
podendo levar em conta, o contexto sociocultural em que se está inserido, seus
objetivos, expectativas, padrões e preocupações de cada um.

O preparo do paciente para a cirurgia bariátrica inicia-se com a avaliação


de uma equipe multidisciplinar, no pré-operatório, fazendo se necessário o
acompanhamento durante e pós-operatório. Incluindo assim, uma preparação
desde a reeducação alimentar e a orientação de possíveis intercorrência que
podem vir a ocorrer. (Moraes, et. al. 2014).

A cirurgia bariátrica traz muitas mudanças na vida dos pacientes obesos,


por isso, faz se necessário um acompanhamento com a equipe multidisciplinar
pra poder guiar o mesmo a uma melhor adesão a essa nova fase, trazendo
benefícios ao tratamento. Contudo, estudos mostram uma melhor qualidade de
vida e saúde após a realização da cirurgia bariátrica. (Moraes, et. al. 2014).

OB
ESIDADE

A obesidade tem sido foco de muitos estudos nos últimos anos, pois tem
se tornado uma epidemia mundial, segundo a OMS, Organização Mundial da
Saúde, com dados alarmantes, podendo ser influenciada por fatores biológicos,
psicológicos, ambientais e outros, sendo assim, um fator de risco para uma
série de doenças, não só físicas, como diabetes, hipertensão, entre outras,

3
mas também, psicológicas, como depressão, ansiedade, compulsão alimentar,
etc.

Um estudo mostrou que em 2008, mais de 200 milhões de homens e


300 milhões de mulheres estavam obesos (Flores, 2014). Para que seja
considerado obeso, é preciso que o IMC, Índice de Massa Corporal, esteja
maior do que 40 kg/m ou acima de 35 kg/m associado a outras comorbidades,
como: (diabetes tipo ll, apneia do sono, hipertensão arterial, dislipidemia entre
outras). (FLORES, 2014).
Com esse auto índice de obesidade no Brasil, automaticamente, elevou
o número de cirurgias bariátricas a serem realizadas, sendo a única cirurgia
efetiva a ser realizada no manejo da obesidade, (Flores, 2014). Resultando
assim, numa significativa perda de peso, a longo prazo, onde o paciente pode
perder até 45% do seu peso inicial (FREITAS et al.,2023). Gerando melhoras
significativas na comorbidade, contribuindo de forma a prolongar a expectativa
de vida, aumentando assim, a qualidade da mesma.

TRANSTORNO ALIMENTAR

O transtorno alimentar está relacionado a um comportamento alimentar


alterado, onde há uma relação entre o peso e a forma corporal, o TCAP,
transtorno da compulsão alimentar periódica, é caracterizado por um consumo
elevado de determinado alimento, sendo ele, num período de, em até duas
horas e com uma frequência de até dois dias na semana nos últimos seis
meses.
Trazendo assim, um sentimento de culpa e falta de controle sobre o
determinado alimento, causando um grande sofrimento, segundo Tramontt, et.
al (2013).

“O Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais


(DSM-IV-TR)2 e a Classificação Estatística Internacional de Doenças

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e Problemas Relacionados à Saúde (CID-10)3 são os sistemas
classificatórios atuais que definem a bulimia nervosa (BN) e o
transtorno da compulsão alimentar periódica (TCAP)”.

A bulimia nervosa, presenta características semelhantes ao TCAP,


quando falamos em quantidades de ingestão e frequência, acompanhados de
recorrentes episódios de compulsão alimentar.
Segundo (Taranis e Meyer, 2013), um estudo aponta que, mulheres
jovens, obtinham um aumento do transtorno alimentar associado a exercícios
físicos compulsivo, assim, adotando como um compensatório a prática do
exercício relacionado a minimizar a culpa provocada pelos episódios de
compulsão alimentar.
É importante destacar que, são poucos os estudos que investigam sobre
a compulsão alimentar, onde dificulta, de certa forma, uma compreensão mais
detalhada sobre o mesmo.

PRÉ REQUISITOS

Uma seleção cuidadosa é parte fundamental realizada no processo,


envolvendo num todo, uma equipe multidisciplinar que acompanhara o paciente
desde o pré-operatório, até o pós operatório.
São atribuídos alguns pré-requisitos básicos a serem seguidos, onde o
Índice de Massa Corporal, IMC seja superior a 40 kg/m ou acima de 35 kg/m
associado a outras comorbidades, sendo elas, por exemplo, diabetes tipo ll,
apneia do sono, entre outras, (Flores, 2014).
É importante ressaltar que, é preciso que o candidato esteja disposto a
realizar mudanças comportamentais permanentes a seu estilo de vida, para
que haja sucesso do procedimento, onde inclui uma rotina com dieta, atividade
física, além de estratégias de enfrentamento ao alimento em momentos de
estresse, tensão, etc. (Bauchowitz at. al, 2005).

ASPÉCTOS EMOCIONAIS RELACIONADOS A OBESIDADE

5
A obesidade não está relacionada apenas com sintomas físicos, ela está
associada, também, a muitos sintomas psicológicos.
A imagem corporal é algo que o próprio indivíduo constrói a seu respeito,
em termos de sentimentos, atitudes e comportamentos com seu corpo. A
obesidade não está relacionada apenas com sintomas físicos, ela está
associada, também, a sintomas psicológicos, em muitos casos, não são todos
os pacientes que se sentem satisfeitos com o corpo após o procedimento,
muitos tem uma grande insatisfação, sendo ela pela mudança rápida, excesso
de pele, entre outros, causando um efeito negativo nas emoções, sem contar o
sofrimento psicológico, desencadeando uma depressão, pensamento
obsessivo compulsivo pela busca de uma imagem ideal irrealista.
Essa alteração nas emoções, podem vir a prejudicar o processo pós
operatório do paciente, levando o a não adesão do tratamento, onde inclui um
cuidado com alimentação, rotina de atividade física, acompanhamento
psicológico, etc. (Pineda-Garcia at. al, 2022).
A motivação tem um papel muito positivo no tratamento, faz com que o
indivíduo se sinta bem, aquela sensação de bem-estar, e se sentir bem,
acrescenta de várias formas, sendo ela em forma de auto cuidado, dedicação
consigo mesmo, e assim, proporcionando uma adesão positiva ao tratamento.
H
ISTÓRICO DA OBESIDADE

Na década de 1960, foi onde a obesidade ganhou visibilidade na saúde


pública, com isso, a OMS passou a organizar campanhas pra sensibilizar e
reforçar o fato da importância de se tratar de uma doença social e ambiental,
estimulando hábitos e alimentação saudável. (Reis at. al, 2022).
A OMS, Organização Mundial de Saúde (OMS, 2000), declarou uma
epidemia global de obesidade, baseado em relatos da população, onde a
tendência era aumentar os números que já vem crescendo a mais de 60 anos.
(Murguia, 2013).
Um presente estudo observou que, as diferenças sociais, têm grande
influência na obesidade, onde quem tem menor renda e escolaridade,
apresenta um risco elevado de sobrepeso e obesidade. (Teichmann at. al,

6
2006). O início das cirurgias bariátricas, datam 1953, atribuídos ao cirurgião
sueco Viktor Henrikson.
Em 2013, foram propostas linhas de cuidado para obesidade, oferecidas
pelo Ministério da Saúde, onde o objetivo era buscar organizar de um modo
geral, a atenção e os serviços oferecidos nas Redes de Atenção à Saúde
(RAS) do Sistema de Saúde, trazendo as melhores evidências clínicas
científicas e terapêuticas disponíveis. (Reis, 2022).

TERAPIA E OBESIDADE

Sabe- se que a obesidade não está relacionada apenas com problemas


físicos, e sim, é um problema de saúde que, também, está associado a uma
grande variedade de sintomas psicológicos. Onde apresentam preocupações
com o corpo, isolamento social, humor deprimido e baixa autoestima. (Werrij et.
al, 2021).
O sucesso da cirurgia depende muito do próprio paciente, mudanças
comportamentais são necessárias no seu estilo de vida, incluindo cuidados
com alimentação e exercícios físicos. (Murguia, 2013). Além de aprender
técnicas de enfrentamento para saber lidar com a vontade de recorrer a comida
e momentos como estrese, por exemplo. (Bauchowitz, et. al, 2005).

“Tem sido relatado que os fatores psicossociais e comportamentais


desempenham um papel fundamental no efeito a longo prazo da
cirurgia bariátrica, por isso é extremamente importante conhecê-los e
modificá-los antes da cirurgia (Van Hout, Vreeswijk & Van Heck, 2008).”

A avaliação inicial feita por uma equipe interdisciplinar junto com um


psicólogo é de extrema importância, onde é possível avaliar a capacidade de o
paciente cumprir as mudanças necessárias no seu estilo de vida desde antes,
até mesmo após o procedimento. Sendo assim, o papel do psicólogo, no
primeiro momento, é realizar a psicoeducação para preparar o paciente e
ajuda-lo a tomar a decisão de realizar ou não, o procedimento da cirurgia
bariátrica, deixando o paciente mais seguro e orientado sobre o assunto,
diminuindo os sintomas de ansiedade que podem vir a surgir. (Murguia, 2013).

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Dessa forma, o trabalho do psicólogo é poder investigar mais sobre o
paciente, possíveis contra indicações como vícios, presença de algum
transtorno psiquiátrico grave, moderado ou descontrolado, sendo que, não é
adequado a realização da mesma se algum desses e outros fatores forem
apresentados.
Ajudar o paciente a identificar os desafios que podem virem a surgir no
pós-cirúrgico é outro fator bem importante, junto com isso, criar estratégias
comportamentais a longo prazo. O tempo de acompanhamento é de pelo
menos um ano, mas isso vai depender da particularidade de cada paciente,
segundo o senso de psicologia bariátrica. (Rios, et. al, 2010).
A terapia-cognitivo-comportamental é uma técnica muito eficaz no
tratamento de pacientes bariátricos e pré bariátricos, onde comportamentos
alimentares são regidos por estímulos internos e externos associados a
ingestão de determinados tipos de alimentos.
Algumas técnicas, como a controle de estímulos, que consiste em
modificar os estímulos que desencadeiam a alimentação posteriormente, saber
como modifica-los, modificando de forma geral, o ambiente do paciente, uma
pessoa sedentária, limitar o uso do automóvel, por exemplo. (Van Dorsten,
2008).
Ajudar o paciente na resolução de problemas, ensinando a identifica
barreiras nas mudanças de seu novo estilo de vida, e criando estratégia para
elas, técnicas de relaxamento servem para ajudar a diminuir a tensão e
ansiedade.
Pacientes com obesidade tendem a apresentar crenças disfuncionais
relacionadas a imagem corporal, bem como crenças mau- adaptativas
referente a sua alimentação. Na maioria das vezes, os pacientes que buscam
realizar a cirurgia bariátrica, apresentam pensamentos negativos relacionados
a sua capacidade de conseguir algo, como manter a dieta, por exemplo, esses
tipos de pensamentos devem ser modificados, para que seja possível, um
sucesso no procedimento. (Werrij et. al, 2009).
O trabalho do psicólogo é fundamental e se faz presente em diferentes
momentos da vida de seus pacientes, desde a prevenção, diagnóstico de uma
determinada doença mental, buscando intervir da melhor forma e com melhor
tratamento.

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Estudos mostram o aumento no número de pessoas obesas e com elas,
o número de cirurgias bariátricas sendo realizadas, junto com uma equipe
multidisciplinar, e atuação ativa do psicólogo para um melhor prognóstico da
cirurgia. (Murguia, 2013).

MÉTODO

O presente estudo, se constituiu de uma revisão de literatura, do tipo


integrativa, acerca de verificar a importância da atuação do psicólogo e a
psicoterapia em pacientes submetidos à cirurgia bariátrica. Foram seguidos
alguns passos para essa busca, sendo eles: 1)- ter relação com a psicoterapia
e pacientes bariátricos; 2)- localização e seleção dos estudos relevantes; 3)-
avaliação dos estudos; 4)- análise e apresentação dos dados encontrados; 5)-
aprimoramento e seguimento da revisão.

ESTRATÉGIA DE BUSCA DOS ARTIGOS

As bases de dados utilizadas na busca bibliográficas foram: Google


Acadêmico e Scielo. As palavras chaves utilizadas para a realização da busca
dos artigos foram: 1)- Bariátrica; 2)- Psicoterapia; 3)- Psicologia; 4)- Obesidade;
5)- Transtorno alimentar.

SELEÇÃO DOS ESTUDOS

Para a seleção dos artigos, o resumo de todos eles, foram lidos e


analisados a fim de usa-los ou não na inclusão da revisão de literatura. Em
casos que, a analise não foi possível, foram avaliados a partir da leitura do
texto completo, tomada de apontamentos e relação de trabalhos.

CRITÉRIOS DE INCLUSÃO

Foi usado como critério de inclusão, homens e mulheres acima de 16


anos de idade, obesos, ou com IMC acima de 35kg/m, associados a outras
comorbidades.

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CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO

Foram excluídos da busca, artigos que não tivessem os critérios de


inclusão, ou seja, sendo descartados os que não obedecessem a idade mínima
de 16 anos de idade, não serem obesos, ou com IMC acima de 35kg/m,
associados a outras comorbidades.

COLETA E ANÁLISE DE DADOS

Após a definição dos estudos a serem utilizados na revisão, foi realizado


a leitura, a avaliação da qualidade metodológica, o resumo e a coleta de dados
relevantes dos artigos selecionado.

RESULTADOS

Foram encontrados 14 artigos, nas plataformas, Google Acadêmico e


Scielo, sendo estes, lidos de forma criteriosa, onde levou se, à seleção de 6
artigos para a revisão de literatura. Os artigos foram publicados entre os anos
de 2008 à 2022. (ver Quadro 01).

Quadro 01- Características Básicas das pesquisas mantidas.


Título Autor/ano Amostra Objetivo do Método Principais
estudo resultados
e
conclusões
do estudo
AVALIAÇÃO Carolina Aita 194 Verificar como Revisão da Estudos
PSICOLÓGICA FLORES. profissionais são realizadas as literatura mostram que,
PARA 2014 de saúde avaliações nacional e a avaliação
CIRURGIA mental nos psicológicas dos internacional psicológica
BARIÁTRICA: Estados pacientes criteriosa é
PRÁTICAS bariátricos, os imprescindível

10
ATUAIS Unidos. recursos para todos os
utilizados, e candidatos à
verificar a cirurgia
importância bariátrica.
dessa prática. Conclui se que
há consenso
sobre os
principais
fatores
psicológicos a
serem
investigados
durante a
avaliação pré-
operatória, e
sobre a maior
parte das
contraindicaçõ
es para o
procedimento
cirúrgico.
O papel do Mariana Buscou mostrar a Revisão de Declarada
psicólogo na Alejandra importância da literatura. pela OMS, a
cirurgia Sierra equipe obesidade foi
bariátrica Murguia. multidisciplinar no declarada
Equipe 2013 processo como como uma
interdisciplinar um todo, e o epidemia,
quão crescente é sendo ela, um
a busca pela fator de risco
cirurgia bariátrica. para muitas
doenças.
Conclui se,
que, a cirurgia
bariátrica vem
sendo o
tratamento de
melhor
eficácia,
quando se
trata de

11
obesidade,
junto com um
amplo
acompanhame
nto
psicológico.
Características Ronis Sujeitos que Tem como Relato de Grande
psicológicas de Magdaleno foram objetivo principal pesquisa número de
pacientes Jr., Elinton submetidos a situar os empírica. pacientes,
submetidos a Adami cirurgia pacientes na sua apresentam
cirurgia Chaim, bariátrica no nova condição de complicações
bariátrica Egberto Serviço de vida e, com isso, psicológicas e
Ribeiro Cirurgia melhorar a psiquiátricas
Turato. Bariátrica do adesão ao no pós-
2008. Hospital das tratamento e operatório.
Clínicas da instrumentalizá- Conclui se
Universidade los para manter a que,
Estadual de perda de peso. estabelecer
Campinas Identificando categorias
(UNICAMP), estruturas de psicológicas
Cam pinas personalidade classifi
(SP). que possam catórias pode
orientar no ser crucial
acompanhamento para que se
pós operatório. proponham
condutas no
pós-
operatório.
Características Erika A população Objetivo: Método: Predominaram
de adultos com Cardoso dos do estudo foi Descrever Estudo de mulheres
obesidade Reis, Sonia de 319 clientela, Coorte (76,3%),
grave em Regina adultos, de atendimento e retrospectivo. negros
tratamento Lambert ambos os fatores (69,5%), com
ambulatorial no Passos, sexos, ≥ 18 associados à média de 44,6
Rio de Janeiro Maria anos, perda de peso anos (DP
e fatores Angélica selecionados em Centros de 11,9),
associados à Borges dos aleatoriamente Referência em tratamento
perda de peso Santos, de um total de Obesidade prévio para
Leticia 1.000 usuários (CRO), na cidade obesidade
Machado dos CRO pelo do Rio de (62,1%),

12
Lima e Silva, software Janeiro. história
Raquel de WinPEPI, familiar de
Vasconcellos versão 11.53. obesidade
Carvalhaes (42,6%) e 2 ou
de Oliveira, mais
Anderson comorbidades
Paixão Silva (52%). Os
Camara, resultados do
Juliana tratamento
Zidirich sugerem
Goulart. necessidade
2022 de readequar
práticas
terapêuticas
às indicadas
para
indivíduos com
superobesidad
e, inclusive
maior acesso
à cirurgia
bariátrica

13
Modelo de Gisela 102 Medir suas Estudo Foi obtido um
autocuidado e Pineda- participantes. capacidades de transversal modelo
imagem García, autocuidado, correlacional significativo
corporal em Aracely autoeficácia realizado com bons
adultos pós Serrano- geral, sintomas entre agosto indicadores de
cirurgia Medina, psicopatológicos, e dezembro bondade de
bariátrica José Manuel e percepção e de 2020. ajuste,
Cornejo- satisfação com a demonstraram
Bravo, Víctor imagem corporal. ter um efeito
Hugo sobre as
Andrade- capacidades
Soto, Efraín de
Armenta- autocuidado,
Rojas, enquanto os
Daniela sintomas
Lilian psicopatológic
González- os influenciam
Sánchez. a insatisfação
2022 corporal.
Concluindo
assim, níveis
adequados de
autoeficácia e
satisfação
corporal
predizem uma
alta
capacidade de
autocuidado.

Qualidade de Josiane da 16 obesos que O objetivo do Estudo Antes da


vida antes e Motta se estudo, é transversal e cirurgia, 25%
após a cirurgia Moraes, Rita submeteram à conhecer a
prospectivo. consideraram
bariátrica Catalina cirurgia qualidade de vida
a qualidade de
Aquino bariátrica. antes e após a
Caregnato. cirurgia bariátrica. vida e saúde
Daniela da ruim ou muito
Silva ruim, depois
Schneider. da cirurgia,

14
2014. todos
avaliaram a
qualidade de
vida e
satisfação com
a saúde como
boa ou muito
boa. Concluiu
se que, a
qualidade de
vida, saúde,
sentimentos,
satisfação e
capacidade de
realizar coisas
melhoraram
após a cirurgia
bariátrica.
Fonte: Autoria própria, 2023.

O quadro 1, apresenta artigos científicos mantidos para a elaboração do


presente artigo de revisão, e é dividido nas seguintes categorias: título,
autor/ano de publicação, amostra, objetivo do estudo, método e principais
resultados, e conclusões do estudo.
No estudo realizado por Flores, (2014), o objetivo foi verificar como foi
realizada as avaliações psicológicas dos pacientes bariátricos e também, os
recursos utilizados, incluído os fatores avaliados, a duração do processo,
protocolos existentes, verificando assim, a importância dessa prática.
O estudo mostra que, nem todos os candidatos a cirurgia bariátrica, são
psicologicamente aptos para a mesma. Impedimentos como, problemas
psiquiátricos, tem sido a principal contraindicação para a cirurgia, apontando
91,2%. Concluiu se assim, a importância, da avaliação psicológica estar bem
estabelecida no campo da cirurgia bariátrica, onde se necessita, de um

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protocolo padrão, para nortear a conduta dos profissionais de saúde mental
que atuam nessa área.
Segundo Murguia (2013), o presente estudo, tem o objetivo de descrever
a atuação do psicólogo em uma equipe interdisciplinar de cirurgia bariátrica.
Onde o estudo mostra que, nem odos pacientes submetidos à cirurgia, se
beneficiam com a mesma, pessoas que não conseguiram modificar seu estilo
de vida, por exemplo, fazem com que o resultado não venha a ser o esperado,
obtendo resultados indesejáveis como recuperação do peso perdido,
desnutrição, depressão e ansiedade. Concluindo assim, com a importância da
pratica interdisciplinar, e o quão fundamental a atuação do psicólogo, uma vez
que a obesidade grave está associada a um aumento da prevalência de
psicopatologia.
Ronis et. al (2008), traz em seu estudo, as características psicológicas
dos pacientes submetidos à cirurgia bariátrica, procurando assim, identificar
estruturas de personalidade que possam orientar o acompanhamento pós
operatório, bem como critérios auxiliares de inclusão/exclusão do procedimento
cirúrgico.
O estudo identifica três categorias estruturais psicológicas: estrutura
melancólica, cujos pacientes parecem ter maior possibilidade de desenvolver
outras condutas aditivas no pós-operatório, sobretudo alimentares, por não
suportarem a frustração pela perda; estrutura desmentalizada, na qual, por
faltar uma capacidade elaborativa, o paciente não consegue reorganizar-se
frente ao desafio de permanecer com peso controlado; e, finalmente, a
estrutura perversa, cujos sujeitos mantêm a programada perda de peso, porém
a custas de comportamentos que levam desconfortos à equipe de saúde.
Conclui-se assim, que, estabelecer categorias psicológicas
classificatórias pode ser crucial para que se proponham condutas no pós-
operatório, inclusive indicação de psicoterapia com especialista, visando
individualizar o atendimento, incrementando sucesso terapêutico específico.
Conforme a pesquisa de Reis et.al. (2022), buscou-se, descrever as
características dos indivíduos, atendimento e fatores associados à perda de
peso, com auxílio do centro de referência de obesidade (CRO), do SUS, onde o
protocolo de tratamento prevê comparecimentos mensais aos CRO, contando
com consultas com vários profissionais, facilitando a adesão do indivíduo.

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Foi possível concluir que, o manejo dispensado à população com
obesidade grave atendida nos CRO, mostrou amplo predomínio de práticas
indicadas a populações com obesidade em menor gravidade, e também, baixa
utilização de medicamentos antiobesidade e o mínimo acesso à cirurgia
bariátrica pelo SUS. Algumas recomendações são interessantes, como,
aumentar a intensidade do cuidado ofertado e corrigir as deficiências na
implementação da linha de cuidado do sobrepeso e obesidade, viabilizando
maior acesso aos outros componentes da rede de atenção à saúde, bem como
à cirurgia bariátrica para os indivíduos que possuem critério clínico e desejo de
realização da mesma, para que todos possam ter um maior acesso a cirurgia
bariátrica.
García et.al (2022), propõe no seu estudo, testar um modelo de auto
cuidado, explicado pela relação autoeficácia, imagem corporal, transtorno
depressivo-compulsivo, e depressão em pessoas com cirurgia bariátrica.
Estudo este, que mediu a capacidade de autocuidado, autoeficácia geral,
sintomas psicopatológicos, a percepção e a satisfação com a imagem corporal.
Os níveis de autoeficácia, apresentam uma grande importância no
contexto, podendo eles, aumentar ou diminuir a motivação, sendo assim,
pacientes com uma maior autoeficácia, tem maior capacidade de autocuidado,
permitem adquirir novos comportamentos quando são identificados
desequilíbrios em seu estilo de vida que não levam a um nível ideal de
autocuidado.
Concluiu-se resultados relevantes na pesquisa realizada, onde o
conhecimento da interação entre sintomas psicopatológicos (TOC e
depressão), IMC e autoeficácia na explicação do autocuidado na população
bariátrica, irá ajudar na orientação do desenvolvimento de intervenções
focadas na promoção da saúde física e mental, através de mudanças positivas
no comportamento do paciente, com o objetivo de melhorar a autopercepção
da IMC, a autoestima e a capacidade de autocuidado.
O estudo de Moraes (2014), buscou-se através desta pesquisa conhecer
e compreender a qualidade de vida dos obesos, antes e depois da cirurgia
bariátrica.
O estudo contou com o preenchimento de um questionário, onde foi
possível identificar que, 25% dos pacientes antes da cirurgia, consideraram a

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qualidade de vida ruim ou muito ruim, mostrando se assim, insatisfeitos,
anteriormente, depois da cirurgia, todos avaliaram a qualidade de vida e
satisfação com a saúde como boa ou muito boa, 62,5% disseram não sentir
mais ou apenas algumas vezes sentimentos negativos, como mau humor,
desespero, ansiedade e depressão após a cirurgia.
Essa pesquisa mostrou quem, os pacientes estavam satisfeitos após a
realização da cirurgia bariátrica, lembrando que, outras pesquisas feitas, já
mostraram se diferentes em resultados.
Concluiu se, nesta pesquisa, que a qualidade de vida, saúde,
sentimentos, satisfação e capacidade de realização, como realizar coisas no
seu cotidiano, melhoraram após a cirurgia bariátrica.

DISCUSSÃO

O presente estudo, teve como objetivo, através de uma revisão de


literatura, verificar a importância do processo de psicoterapia em pacientes que
se submetem à cirurgia bariátrica, o quão importante é, estar alinhado uma
equipe interdisciplinar durante todo o processo, desde a avaliação inicial dos
candidatos à cirurgia, durante o processo, e por fim, o pós-operatório, para uma
melhor adesão a cirurgia.
Foi possível verificar, através dos artigos selecionados para o estudo,
que a obesidade, não está relacionada apenas com sintomas físicos, como
diabetes, hipertensão, entre outras, mas, também, relacionada a um problema
de saúde, e, principalmente, com sintomas psicológicos. (Murguia, 2013).
Segundo (Garcia, 2022), com o aumento no índice de obesidade, a
cirurgia bariátrica vem ganhando espaço cada dia mais, e o processo deve ser
acompanhado de perto por toda equipe, poucos estudos foram encontrados
que falasse sobre a compulsão alimentar, isso dificulta um pouco a
compreensão detalhada do assunto que é tão importante. Lembrando que,
para que o candidato possa ser submetido à cirurgia, o primeiro pré-requisito, é
de que o IMC, deve estar acima de 40kg/m ou superior a 35kg/m associado a
outras comorbidades. (Flores, 2014).
Estudos mostram, que a psicoterapia é de extrema importância neste
processo, e a avaliação deve ser feita de maneira minuciosa, onde nem todos

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os candidatos são aptos a realiza-la. Flores, 2014 afirma que, o psicólogo deve
estar preparado para investigar aspectos emocionais, psiquiátricos e cognitivos
que podem influenciar no resultado da operação. Sendo assim, o psicólogo
saberá ajudar o paciente a passar pelo processo, preocupações com o corpo e
baixa autoestima são fatores de uma busca pelo procedimento cirúrgico. Werrjj
et. al (2021).
A psicoeducação ajudara o paciente a identificar os desafios que podem
vir a surgir durante o processo a no pós-operatório, a TCC, Terapia Cognitivo
Comportamental é muito eficaz no tratamento, técnicas de relaxamento, assim
como técnicas de enfrentamento para saber lidar com a vontade de comida em
momentos de estresse, por exemplo, são trabalhadas, assim como outras que
serão trabalhadas junto com o paciente conforme necessário para uma melhor
adesão ao tratamento. Bauchowitz et. al (2005).
Pode-se compreender com o presente estudo, a importância e a
efetividade da psicoterapia em pacientes bariátricos, mas, levando em conta, o
conhecimento de que, a obesidade está associada a muitos fatores e que
devem ser trabalhados junto com a equipe interdisciplinar, caso contrário,
estudos mostram que, nem todos pacientes sentem se realizados e felizes com
o procedimento, obtendo uma não adesão ao tratamento, desencadeando um
ganho de peso significativo, associado a problemas psicológicos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Verificar a importância da psicoterapia em pacientes bariátricos, foi o


foco principal deste estudo, tendo a Terapia Cognitivo Comportamental como
base para uma melhor adesão ao tratamento.
De acordo com a literatura encontrada e as reflexões desenvolvidas, é
possível afirmar que, desde o primeiro contato com o candidato, a entrevista
inicial até o acompanhamento quando se apto ao procedimento, apresentam
uma adesão positiva, no geral, na vida do paciente.
A TCC e sua eficácia no tratamento, auxilia através de técnicas a
amenizar possíveis intercorrências que podem vir a surgir.
Por fim, é importante destacar que, à necessidade de mais estudos e
discussões sobre o tema, afim de agregar conhecimento e manejo na prática

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clínica aos profissionais que trabalham em equipe com foco em pacientes
bariátricos, tema este, tão relevante e atual os dias de hoje.

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