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Obesidade

Prevalência:

De acordo com os dados fornecidos por um programa de colaboração entre a


Associação Internacional para o Estudo da Obesidade (IASO) e a Organização Mundial de
Saúde (OMS), designado por Força Tarefa Internacional de Combate à Obesidade, houve um
aumento, a nível mundial, do número de pessoas com excesso de peso, sendo agora 1,7
bilhões de cidadãos. De um ponto de vista mais especifico, na Europa, a prevalência da
obesidade no sexo masculino, está entre os 10 e os 20%, já nas mulheres encontra-se entre os
10 e os 25%. É importante salientar que, em vários países europeus, mais de metade da
população apresenta excesso de peso ou obesidade (Bruno, 2006). Assim sendo, é passível de
concluir que a prevalência da obesidade tem vindo a crescer rapidamente e representa um dos
principais desafios da saúde pública.

Segundo o Instituo Nacional de Estatística (INE), em 2014, cerca de 52,8% da


população com 18 ou mais anos, apresentava excesso de peso, o que representa um aumento
de 1,9 pontos percentuais em relação a 2005/2006. O aumento da obesidade foi de todos o
mais expressivo, tendo afetado principalmente as mulheres e a população com idades entre 45
e 74 anos.

Etiologia:

Segundo Bueno e colaboradores (2006), a etiologia da obesidade é bastante complexa,


na medida em que é considerada multifatorial, ou seja é originada a partir da interação de
diversos fatores, tais como genéticos e ambientais, culturais e comportamentais, económicos,
sociais, psicológicos, endócrinos e metabólicos e não apenas de um em especifico. Para além
disso, torna-se ainda mais complexa, uma vez que é extremamente complicado identificar e
mensurar a força que cada uma das variáveis envolvidas apresenta no processo de aumento
excessivo do peso, por isso dada a complicada correlação entre estes fatores, o processo de
mudança, feito sozinho raramente tem sucesso.

É importante salientar que dada a sua complexidade, a obesidade é uma doença de dificil
controlo, com altas percentagens de insucessos terapêuticos e de recaídas, podendo por isso
mesmo apresentar diversas consequências para o individuo. Por isso mesmo, o seu tratamento
é bastante complexo, e deve envolver uma equipa de profisionais de diversas áreas, na
medida em que para além de ser necessária uma “simples” redução de peso, é extramemente
fundamental que ocorra a criação e adoção de mudanças no estilo de vida do individuo, que
devrão ser mantids durante toda a vida (Bueno, Leal, Saquy, Santos & Ribeiro, 2011).

Pertinência:

Posto isto, em primeiro lugar, tendo em conta não só a elevada prevalência desta
doença e a tendência que tem para aumentar ao longo do tempo, como também a diversidade
de fatores que podem estar relacionados com a origem desta doença no utente, pensamos que
é passível de concluir que a cooperação entre profissionais de saúde é fundamental, no que
diz respeito ao aumento da adesão ao tratamento da obesidade, isto é os profissionais que
informam, controem parcerias e fornecem algum tipo de suporte social, geralmente
apresentam melhores resultados do que aqueles que não interagem nesse sentido (Bruno,
2006), na medida em que, com a entreajuda entre profissionais torna-se possível atender a
todos os fatores, sejam eles genéticos, psicológicos, entre outros, relacionados com a
obesidade.

Assim sendo, tendo em consideração tudo o que foi descrito anterioremente e a


experiência e conhecimento acerca dos utentes e do funcionamento do ACES que vamos
adquirindo enquanto estagiárias, considermos fundamental que ocorra o fornecimento de
informação, acerca desta doença e de todos os fatores envolvidos nan mesma, aos
profissionais de saúde, atraves de uma sessão de psicoeducação, com o intuito de potenciar a
cooperação entre os mesmos, para que seja possivel atender às necessidades do utente.
Referências Bibliográficas:

Bruno, M. L. M. (2006). Três formas de intervenção para a adesão ao tratamento dietético da


obesidade em cardiologia: estudo comparativo (Doctoral dissertation, Universidade de São Paulo).

Bueno, J. M., Leal, F. S., Saquy, L. P. L., Santos, C. B. D., & Ribeiro, R. P. P. (2011). Educação
alimentar na obesidade: adesão e resultados antropométricos. Revista de Nutrição, 24, 575-584.

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