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Utilização da terapia cognitivo-


comportamental na difusão dos
efeitos psicológicos causados pelo
preconceito social contra pessoas
obesas

Anne Karolline de Melo Brito

Anderson Siqueira Pereira

10.37885/211106641
RESUMO

O presente artigo visou realizar uma revisão sistemática de estudos investigativos dos as-
pectos psicossociais da obesidade, além de possíveis protocolos de tratamentos baseados
na terapia cognitivo-comportamental para o tratamento destes. Considera-se de primordial
importância a investigação dos efeitos psicológicos da visão negativa da pessoa acima
do peso na sociedade contemporânea, haja vista o senso-comum de que os transtornos
psicológicos apresentados por pessoas acima do peso serem consequência direta da
obesidade, e não do contexto multifatorial no qual o mesmo se encontra inserido. A própria
conceituação da construção da personalidade à visão da teoria cognitivo-comportamental
leva em consideração as influências ambientais e como o sujeito percebe o mundo ao
seu redor. Desta forma, conclui-se ser de suma importância a investigação de possíveis
benefícios alcançados com a aplicação da terapia cognitivo-comportamental na difusão
deste sofrimento psicológico, desvinculando a saúde mental da pessoa obesa de um corpo
magro que o mesmo precise alcançar para ser feliz. Os resultados encontrados foram
compatíveis com as hipóteses levantadas, concluindo-se que os diversos sofrimentos
psicológicos apresentados por pessoas acima do peso estão em sua maioria ligados ao
estigma social que estes enfrentam. Ainda, os estudos que utilizaram a Terapia Cognitivo-
Comportamental para uma melhora na autoaceitação dos participantes conseguiram
uma elevação na autoestima dos participantes, e até mesmo diminuição do peso e da
sobrealimentação.

Palavras- chave: Obesidade, Terapia Cognitivo-Comportamental, Preconceito Social,


Efeitos Psicológicos.

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Terapia Comportamental Cognitiva: base teórica e intervenções
INTRODUÇÃO

A Organização Mundial de Saúde (OMS) adota o conceito de obesidade como um acú-


mulo anormal ou excessivo de gordura corporal, capaz de afetar a saúde do indivíduo (WHO,
2016, p.60). De acordo com os resultados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para
Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL) de 2016, elaborado pelo Ministério da
Saúde, a frequência de excesso de peso em adultos foi de 53,8% na amostra investigada
de 53.210 participantes, sendo de 57,7% para homens e 50,5% para mulheres, com ten-
dência a aumentar de acordo com a idade até os 64 anos, e diminuir de acordo com o nível
de escolaridade em mulheres (MS, 2016, p.50). Digno de nota que a cidade de Rio Branco
encontra-se acima da média, com 60,6% de 1.806 participantes, sendo a frequência para
homens de 65,8% e 55,8% para mulheres, as maiores do Brasil (MS, 2016, p.47). Ainda, o
levantamento apurou que algumas das menores frequências de consumo regular de frutas e
hortaliças no sexo masculino ocorreram também em Rio Branco, com 19% para homens, e
30,3% para mulheres (MS, 2016, p.54). O World Health Report alerta que o baixo consumo
de frutas e vegetais esta associado à 19% dos casos de câncer gastrointestinal e em torno
de 31% de doenças cardíacas isquêmicas, além de 11% dos casos de derrame, mundial-
mente (WHO, 2002, p.60-61).
O Índice de Massa Corporal (IMC) é o indicador mais tradicional para a avaliação
do sobrepeso e obesidade, porém as Diretrizes Brasileiras de Obesidade do ano de 2016
apontam que o mesmo não distingui entre gordura e massa magra em seu cálculo (ABESO,
2016, p15). Salientam ainda o fato de que existe uma tênue linha divisória entre a obesidade
e o sobrepeso, e esta varia de acordo com padrões corporais de culturas diversas, além de
sexo e idade. Por último, o IMC não aponta o nível de gordura visceral (intra-abdominal), a
qual é um fator de risco potencial para diversas doenças, independentemente da gordura
corporal total (ABESO, 2016, p15). Desta forma, alguns casos, como de atletas por exemplo,
que contém altos índices de musculatura e massa magra, podem apresentar o mesmo IMC
de um adulto com alto índice de gordura abdominal. Ao avaliar os casos de sobrepeso, de-
ve-se, ao final, considerar o biótipo do indivíduo avaliado, e o impacto do sobrepeso em sua
saúde biológica. O ponto de corte adotado pela OMS para adultos baseia-se na associação
entre IMC e doenças crônicas ou mortalidade. Os critérios da Federação Internacional de
Diabetes, por exemplo, incluem como critério obrigatório a obesidade visceral, associado a
2 de 4 dos critérios não obrigatórios: triglicérides ≥ 150mg/dl ou tratamento, HDL < 40mg/
dl em homes e <50mg/dl em mulheres, Pressão Arterial Sistólica≥130 ou Pressão Arterial
Diastólica ≥ 85mmHd ou tratamento, glicemia de jejum ≥100mg/dl ou diagnóstico prévio de
diabetes (ABESO, 2016, p.17). Os critérios utilizados encontram relação direta com o World
Health Report de 2002, o qual aponta que o excesso de peso leva a efeitos metabólicos
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Terapia Comportamental Cognitiva: base teórica e intervenções
adversos na pressão arterial, colesterol, triglicérides e resistência a insulina, além e au-
mentar os riscos de doenças coronárias, derrame isquêmico e aumento de diabete mellitus
tipo II (WHO, 2002, p.60).
As Diretrizes Brasileiras de Obesidade, elaboradas pela Associação Brasileira para o
Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO), apontam a influência do ambiente,
estilo de vida urbano moderno, papel da genética, efeito do estresse no apetite, iatrogenia
farmacêutica, redução de sono, disruptores endócrinos, ambiente termoneutro, diminuição
do tabagismo, aumento da idade das grávidas, obesidade de origem infecciosa e até mesmo
a poluição como possíveis deflagradores da obesidade (ABESO, 2016, ps.38-43). Desta for-
ma, conclui-se que a obesidade e mesmo o sobrepeso são sintomas de uma questão maior,
que envolve múltiplas facetas, entre os quais os fatores emocionais que permeiam a vida de
alguém que não se enquadra nos padrões de beleza estabelecidos na sociedade ocidental.
Jung, em seu artigo “Fenomenologia e Políticas Corporais (1996, p.5), conceitua que
“existimos como corpo”, ou seja, “nós somos nosso corpo ou existimos como corpo”: enquanto
representação física de nós mesmos, nosso corpo é o veículo pelo qual somos percebidos
pelo outro. “Ser social é primeiramente e acima de tudo ser incorpóreo. Apenas por causa
do corpo somos ditos visíveis e capazes de relacionar a nós mesmos primeiramente a ou-
tros corpos, e depois a outras mentes.” (JUNG, 1996, p.5). Destarte, somos percebidos, e
apreciados ou não, de acordo com o olhar do outro – portanto, o peso da percepção do outro
tem grande importância na formação de nossa autoimagem. Este nos relativiza e padroniza
enquanto desejável ou não, pautando-se pelo socialmente estabelecido como belo.
Assim sendo, o objetivo do presente estudo compõe-se primordialmente em tentar
estabelecer o vínculo entre a internalização do padrão de beleza estabelecido na socieda-
de atualmente e os fatores psicológicos que cerceiam o indivíduo acima do peso. Ainda,
procurou-se investigar se, de fato havendo vínculo entre o preconceito social com a pessoa
acima do peso e os fatores psicológicos averiguados nesta população, a terapia cognitivo-
comportamental pode auxiliar na correção destas questões, sem necessariamente visar o
emagrecimento. Por fim, investigou-se a hipótese de que a aceitação da autoimagem, tal qual
se apresenta, é possível para indivíduos acima do peso, não precisando estes vincularem
uma melhora na autoestima a um possível futuro em um corpo magro.

MÉTODO

Para a elaboração do presente estudo, foram utilizadas buscas em quatro plataformas


de artigos científicos: Pepsic, Scielo, Pubmed e Elsevier. Prevendo o retorno de poucos es-
tudos em âmbito nacional, foram realizadas duas buscas interdependentes, incluindo todos
os resultados publicados em países de cultura predominantemente ocidental, por dividirem
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Terapia Comportamental Cognitiva: base teórica e intervenções
critérios semelhantes para determinação do peso considerado ideal (apurado através do
IMC), além de padrões de beleza. Optou-se pela utilização de artigos apenas nas línguas
inglesa e portuguesa, entre os anos 2000 a 2017. Os termos em inglês não retornaram
resultados internacionais nas plataformas Pepsic e Scielo, à exceção de um estudo com a
população mexicana, o qual também se apresentou nas buscas internacionais na plataforma
Pubmed. Já as plataformas Pubmed e Elsevier não retornaram resultados nacionais.
Ante o exposto, fez-se necessária a adaptação dos strings de busca para cada plata-
forma: inicialmente, nas plataformas Scielo e Pepsic, foram feitas as buscas em português
utilizando as palavras-chave: obesidade, social e autoimagem, o radical psico*, em conjunto
com o operador “and”. Já na busca na língua inglesa, optou-se pela exclusão da palavra-cha-
ve autoimagem, pois mesmo a utilização do termo mais abrangente em inglês (self image)
não retornou resultados nas buscas nestas plataformas.
Já nas buscas de língua inglesa nas plataformas Elsevier e Pubmed, foram utilizadas
as palavras-chave: obesity, social, psychological, “body image” e “self esteem”, com boleador
“and”. A busca na plataforma Pubmed não encontrou resultados, levando à supressão da
palavra-chave “body image”.
Ao final, foram obtidos 415 resultados, sendo 45 nacionais. Destes, foram inicialmen-
te eliminados os resultados de anos anteriores ao ano 2000, além de resultados de áreas
diversas da psicologia, apurados pelo título. Após a leitura dos artigos, eliminou-se aqueles
que pertenciam a abordagens psicológicas diferentes à da terapia cognitivo- comporta-
mental, além de artigos exploratórios unicamente de protocolos de emagrecimento ou de
diferenças culturais interpaíses. Por último, eliminou-se resultados pertencentes a culturas
predominantemente orientais. Ao final, se enquadraram nos critérios de inclusão 09 artigos
brasileiros e 54 da língua inglesa. A pesquisa e seleção dos artigos válidos foi revalidada
por um pesquisador independente.
Após a leitura detalhada dos 63 artigos, estes foram divididos em três subtipos: estudos
avaliativos dos aspectos psicológicos ligados à obesidade, estudos avaliativos dos aspectos
ligados ao estigma social contra a pessoa obesa e protocolos de tratamento utilizando a
terapia cognitivo-comportamental. O processo de seleção destes artigos encontra-se repre-
sentado nas figuras 01 e 02, respectivamente.

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Terapia Comportamental Cognitiva: base teórica e intervenções
Figura 1. Fluxograma dos resultados da pesquisa para estudos exploratórios dos aspectos psicológicos da obesidade e
do estigma com peso corporal.

Haja vista o caráter composto da hipótese investigativa do presente estudo, conven-


cionou-se dividir os resultados apresentados em duas classes de investigações: estudos
que investigaram os aspectos psicológicos da obesidade, entre estes a baixa autoestima
e insatisfação corporal, e estudos que investigaram diretamente os efeitos psicológicos do
preconceito social sofrido por pessoa obesas.

Figura 2. Fluxograma dos resultados da pesquisa para estudos utilizando a terapia cognitivo-comportamental em pessoas
obesas.

Ao final da seleção dos estudos a serem utilizados, foi feita a catalogação dos resul-
tados e realizada uma análise sistemática, de caráter qualitativo, visando validar ou não as
hipóteses levantadas. Por fim, foram analisados os protocolos de tratamento já testados na
população em estudo, discutindo-se os respectivos resultados ao final do presente artigo.

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Terapia Comportamental Cognitiva: base teórica e intervenções
RESULTADOS

Os efeitos psicológicos do sobrepeso e obesidade

Analisando-se um total de 18 estudos internacionais, cujos resultados encontram-se


na tabela 01, pode-se observar que, apesar das diferenças de apuração e efeitos investi-
gados, todos encontraram algum grau de sofrimento, como menores competência atlética
(FRANKLIN et al., 2006), aparência e autoconceito global autorrelatados em comparação
com pares de peso considerado dentro dos parâmetros saudáveis (FRANKLIN et al., 2006,
FONSECA et al., 2009), maior insatisfação com a vida, baixa autoestima (AGUILAR et al.,
2010, WOJTOWICZ & RANSON, 2012), autoconceito negativo (AGUILAR et al., 2010), rejei-
ção social (MOND et al., 2007, FONSECA et al., 2009, AGUILAR et al., 2010), bullying pelos
pares (AGUILAR et al., 2010), baixa saúde mental auto-relatada (FONSECA et al., 2009,
ROBERTS & HAO, 2013, MAGALLARES et al., 2014), estresse relacionado à preocupação
com a imagem corporal e o peso (NEIGHBORS & SOBAL, 2007, FONSECA et al., 2009,
WOJTOWICZ & RANSON, 2012, MAKINEN et al., 2015), vergonha corporal e sentimentos
de culpa associados (PILA et al., 2016, IANNACCONE et al., 2016).
Contrapondo estas apurações, os resultados encontrados em pacientes candidatos à
cirurgia bariátrica por Rocha & Costa (2012) apontam ansiedade, depressão e autoconceito
encontrados dentro dos valores médios para a população normal. Os autores, porém apon-
tam para as limitações do estudo, haja vista o mesmo investigar pacientes já em suporte
terapêutico, além do suporte familiar recebido pelos mesmos. Outro ponto levantado pelos
autores destaca a influência da confiança no sucesso do tratamento, e a possível tendência
de que os indivíduos possam querer se apresentar de forma socialmente favorável (ROCHA
& COSTA, 2012, p.462).
Outro estudo com resultados divergentes foi o realizado por Roberts & Hao (2013), no
qual concluiu-se que não houve comprovação de associação da obesidade com depressão,
impactos negativos na autoestima, funcionamento social, ou performance acadêmica. Porém,
apurou-se a associação positiva entre a obesidade e menor saúde mental percebida e outros
transtornos de humor, além de riscos futuros de menor insatisfação com a vida, mesmo após
ajustes de idade e renda familiar.

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Terapia Comportamental Cognitiva: base teórica e intervenções
Tabela 01. Resultados dos estudos avaliativos internacionais.

TÍTULO ANO PAÍS ASPECTOS PSICOLÓGICOS OBSERVADOS PARTICIPANTES

Obesity and Risk of Low Self- 2006 Austrália Já na idade de 11 anos, crianças obesas 2.813 crianças
esteem: A Statewide Survey of apresentam entre a 2 a 4 vezes mais
Australian Children chances de ter notavelmente menor
competência atlética, aparência e
autoconceito global autorrelatados.
Understanding the relationship 2007 Estados Excesso de peso não é necessariamente 3.353 adultos
between obesity and positive Unidos um estressor: quando uma diversa gama
and negative affect: The role of de estressores relacionados à obesidade
psychosocial mechanisms foram controlados, pessoas obesas
demonstraram melhor saúde psicológica
que seus pares magros
Obesity and Impairment in 2007 Austrália Preocupações com o peso e forma foram 5.255 mulheres
Psychosocial Functioning in mediadores mais fortes do efeito da
Women: The Mediating Role of obesidade no funcionamento psicossocial
Eating Disorder Features que a compulsão alimentar
Prevalence and magnitude of body 2007 Estados M u l h e r e s e x p r e s s a r a m m a i o r 310 universitários
weight and shape dissatisfaction Unidos descontentamento com o peso e forma
among university students corporal, mesmo estando dentro do
IMC normal. Mulheres acima do peso
expressaram desejo por um corpo ideal
no menor IMC considerado saudável
Are overweight and obese 2009 Portugal A obesidade foi relacionada com maior 6 1 3 1 e s t u d a n t e s d o
adolescents different from their insatisfação com a vida, dificuldade em Ensino Médio
peers? fazer amigos e irritabilidade, pior imagem
corporal, menor saúde emocional
Percepções da obesidade de 2010 México Autoconceito negativo, baixa autoestima, 24 adolescentes
adolescentes obesos, estudantes rejeição social e bullying pelos pares
do 7º ao 9º grau, residentes em
Tamaulipas, México
Aspectos p s i c o l ó g i c o s na 2012 Portugal Ansiedade, depressão e autoconceito 100 candidatos à cirurgia
obesidade mórbida dentro dos valores médios para a bariátrica
população normal
Weighing in on risk factors for 2012 Canadá Déficits iniciais de autoestima e altos 316 adolescentes
body dissatisfaction: A one-year índices de IMC emergiram como fatores de
prospective study of middle- risco para aumento de insatisfação com o
adolescent girls corpo durante 1 ano
Obesity Has Few Effects on Future 2013 Estados Obesidade foi positivamente associada 4.175 adolescentes
Psychosocial Functioning of Unidos a baixa saúde mental auto-relatada e
Adolescents transtornos de humor
Psychological well-being in a 2014 Espanha O grupo controle demonstrou os maiores 111 o b e s o s e 11 0
sample of obese patients compared níveis em quase todas as subescalas de indivíduos-controle
with a control group bem-estar psicológico, com destaque para
relações positivas com outros, autonomia,
domínio do ambiente, propósito de vida e
crescimento pessoal
Development of self- image and 2015 Finlândia Para garotas, o peso e forma corporal 1.370 adolescentes
its components during a one- anormais facilmente provocam stress
year follow-up in non-referred associado com sentimentos, atitudes e
adolescents with excess and normal comportamentos voltados ao sexo oposto
weight
How do I look? Focusing attention 2015 Países Indivíduos que focam na própria aparência 107 participantes
on the outside body reduces Baixos têm a atenção para os sinais fisiológicos de
responsiveness to internal signals saciedade reduzidos
in food intake
Obesity and psychosocial 2015 Austrália Tanto para homens quanto para mulheres, 2734 indivíduos entre
impairment: mediating roles preocupações com o peso, forma e 20 e 44 anos
of health status, weight/shape saúde física foram forte mediadores da
concerns and binge eating in a associação entre obesidade e incapacidade
community sample of women and psicossocial, indistintamente, e quanto os
men efeitos indiretos de compulsão alimentar
foram modestos

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Terapia Comportamental Cognitiva: base teórica e intervenções
TÍTULO ANO PAÍS ASPECTOS PSICOLÓGICOS OBSERVADOS PARTICIPANTES

Weight, Weight Perceptions and 2015 Estados Peso percebido emergiu mais fortemente 5.018 garotas em idade
Health-Related Quality of Life Unidos correlacionado a uma qualidade de vida escolar
among a National Sample of US auto-relatada que o peso auto-relatado.
Girls Percepções de ser muito gorda foram
associados a piores funcionamentos
físicos, emocionais, escolares e sociais.
Correlates of appearance and 2016 Estados Pessoas com menor Neuroticismo e maior 26.874 participantes
weight satisfaction in a U.S. Unidos Extroversão se sentem mais satisfeitas com online
National Sample o próprio corpo. Maior concienciosidade
foi associada com maior satisfação com a
aparência e o peso, além de melhor saúde
mental. Pessoas mais ansiosas e com
estilos de dependência temerosos estavam
mais insatisfeitos com sua aparência e
peso

Intrapersonal characteristics of 2016 Canadá Indivíduos classificados como acima 527 adultos, entre 18 e 65
body-related guilt, shame, pride and do peso ou obesos reportaram maior anos
envy in Canadian adults vergonha, maior culpa e menor orgulho. O
orgulho foi vinculado a ideais socialmente
construídos de beleza
Self-esteem, body shame and 2016 Itália Vergonha do próprio corpo emergiu como 111 estudantes obesos
eating disorder risk in obese and sendo o maior fator de risco para distúrbios do Ensino Médio e 111
normal weight adolescents: A alimentares, quando comparado a todas as estudantes-controle
mediation model outras variáveis
Is body shame a significant 2017 Portugal Crianças e adolescentes com sobrepeso 153 crianças e
mediator of the relationship between que tiveram maiores níveis de mindfulness adolescentes caucasianas
mindfulness skills and the quality of experienciaram menores níveis de em tratamento para
life of treatment-seeking children vergonha corporal, que por sua vez foi obesidade
and adolescents with overweight associada a uma melhor qualidade de vida
and obesity?

No Brasil, a apuração dos resultados dos estudos realizados encontra-se prejudicada


pelas metodologias de seleção da população a ser estudada, além da grande variabilidade
de apuração e coleta de dados. Desta forma, não se mostra possível fazer relações entre os
resultados de cada estudo, especificamente para as nuances a cultura brasileira na questão
em tela. Porém, é válido salientar que o resultado das amostras com pelo menos 90 partici-
pantes apuraram baixa autoestima e competência social, à exceção de crianças muito peque-
nas (MORAES, ALMEIDA & SOUZA, 2013, P.560). O Desenho Da Figura Humana, utilizado
como critério avaliativo por Saur, Pasian & Loureiro (2010), mostrou-se insuficientemente
sensível para detectar diferenciações entre expectativas pessoais e padrões estereotipados
da figura humana. Os resultados de cada estudo encontram-se resumidos na Tabela 02.

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Terapia Comportamental Cognitiva: base teórica e intervenções
Tabela 02. Resultados apurados em estudos avaliativos nacionais.

TÍTULO ANO ASPECTOS PSICOLÓGICOS PARTICIPANTES


Habilidades sociais em mulheres obesas: A obesidade não gera, necessariamente, 29 mulheres obesas mórbidas
um estudo exploratório dificuldades de relacionamento. Situações
2004 envolvendo a ansiedade são consideradas os
principais motivos das mulheres comerem em
excesso.
Crenças e influências sobre dietas de Uma aparência física conforme os padrões 41 pacientes obesos em
emagrecimento entre obesos de baixa estéticos sociais e midiáticos não foi o resultado tratamento dietoterápico
renda mais procurado pelos obesos pobres em
2007 nenhuma das etapas, mesmo após decorridos
quatro anos entre elas. Os homens da amostra
mencionaram até preferir mulheres mais gordas,
que seriam mais atraentes.
Fatores biopsicossociais envolvidos Constatou-se que os participantes esperam que 3 mulheres e 3 homens com
na decisão de realização da cirurgia a cirurgia possa trazer mudanças significativas, obesidade mórbida
2008
bariátrica melhorar a qualidade de vida e resolver
problemas de ordem psicossocial.
Avaliação dos sintomas emocionais Apesar de não ter sido encontrado diferença 248 adolescentes, sendo 54
e comportamentais em adolescentes estatística, mais de um quarto dos obesos obesos acompanhados em
2009
obesos tiveram problemas com o contato social. um ambulatório-escola e 194
eutróficos
Avaliação de depressão, problemas de Houve uma considerável associação entre 90 crianças, sendo 60 obesas
comportamento e competência social em 2010 déficits de competência social de forma global
crianças obesas e obesidade infantil.
Desenho da figura humana e a avaliação Os itens predominantemente presentes na 120 voluntários entre 18 e 55
da imagem corporal produção gráfica atestaram uma representação anos
de figura humana compatível com o esperado
2010 para adultos funcionalmente adaptados em
seu contexto socioambiental, com ausência de
indicadores de ansiedade ou de características
psicopatológicas.
Variáveis Psicossociais no Excesso de O grupo de crianças do grupo clínico apresenta 267 crianças
Peso e na Obesidade Infantil um autoconceito mais negativo quando
2012 comparado om o grupo com peso normal e
quando comparadas com o grupo com excesso
de peso em tratamento.
Percepções de Obesos Deprimidos Sobre Não fica explícita a percepção da causalidade 1 9 u s u á r i o s o b e s o s q u e
os Fatores Envolvidos na Manutenção da “insatisfação → obesidade” (comer mais demonstraram scores de
sua Obesidade por consolo). Por outro lado, a percepção depressão na escala Beck
2013 negativa do corpo obeso é acompanhada, nos
indivíduos com depressão, por sentimentos de
autorrecriminação e autodepreciação, o que
promove mais isolamento social.
Problemas Psicológicos e Psicodinâmicos A maior parte apresentou baixa autoestima, 491 crianças e adolescentes
de Crianças e Adolescentes Obesos: com exceção das crianças muito pequenas, com sobrepeso ou obesidade
Relato de Pesquisa sem noção do impacto social a enfrentar no de causa exógena
futuro. Queixas de discriminação social e de
2014
comportamento de isolamento e timidez foram
comuns a quase todos os casos caracterizados;
houve menor incidência no caso de angústias
circunstanciais.

O estigma social contra o sobrepeso

É notória a visão estigmatizada da gordura na atualidade: as próprias campanhas de


área de saúde deixam clara a intenção de aboli-la do repertório cultural. Enquanto no Brasil
são lançadas as Diretrizes Brasileiras de Obesidade (ABESO, 2016), em Portugal, por exem-
plo, o tom do discurso encontra-se no título do documento, de mesmo caráter: Programa
Nacional de Combate à Obesidade (DIRECÇÃO-GERAL DA SAÚDE, 2015).
Em um apanhado total de 28 estudos internacionais, cujos resultados encontram-se
apresentados de forma resumida na tabela 03, constatou-se que, de forma geral, o estigma 105
Terapia Comportamental Cognitiva: base teórica e intervenções
social contra pessoas acima do peso pode ser apurado ainda em crianças de 05 anos,
sendo que a simples proximidade com crianças acima do peso pode levar seus pares ma-
gros a serem também excluídos do convívio social (Penny & Haddock, 2007, p.681). Ainda,
crianças de 10 a 13 anos demonstraram uma associação positiva entre a exposição a es-
tereótipos midiáticos e atitudes estigmatizantes contra crianças obesas (Latner, Rosewall
& Simmonds, 2007, p.151).
Ainda, a impressão de que obesos podem controlar o seu peso mostrou-se diretamen-
te associado a um aumento em atitudes contra estes indivíduos. No estudo realizado por
Hansson & Rasmussen (2014), constatou-se que uma grande variante nas atitudes contra
a obesidade podiam ser atribuídas a percepções das causas da obesidade, se controláveis,
como atividade física e hábitos alimentares, ou incontroláveis, como fatores hereditários ou
doenças. D. Carr et al. (2007, p.174) apuraram que os efeitos do preconceito podem ser
mediados pela forma com os quais os indivíduos percebem estas atitudes: indivíduos que
atribuem o mau tratamento ao preconceito da outra pessoa tem menos probabilidade de
sofrer consequências psicológicas negativas do que aqueles que a atribuem a um traço
pessoal, internalizando a culpabilidade por sua obesidade.

Tabela 03. Resultados dos estudos avaliativos do estigma contra a Gordura.

TÍTULO ANO PAÍS ASPECTOS PSICOLÓGICOS PARTICIPANTES


Body image and psychosocial Experiências estigmatizantes foram 165 mulheres
differences among stable average frequentemente associadas com imagem
Estados
weight, currently overweight, and 2003 corporal e funcionamento psicossocial
Unidos
formerly overweight women: the role negativos
of stigmatizing experiences
Implicit and explicit attitudes toward Tanto pessoas que não limitam sua 56 universitárias de
fatness and thinness: The role of the alimentação quanto pessoas que a psicologia no estudo 1 e 53
internalization of societal standards 2005 Canadá limitam tinham atitudes igualmente fortes universitárias de psicologia
contra gordura e atitudes positivas em no estudo 2
relação a magreza
Childhood obesity stigma: Association Exposição a mídia foi associada com 90 garotos e 171 garotas
Nova Zelân-
with television, videogame, and 2007 atitudes estigmatizantes contra crianças entre 10 a 13 anos
dia
magazine exposure obesas.
We i g h t - b a s e d s t i g m a t i z a t i o n , D e m o n s t r a - s e q u e e x p e r i ê n c i a s 93 adultos obesos
psychological distress, & binge eating estigmatizantes preveram tanto
behavior among obese treatment- alimentação exagerada como estresse
seeking adults Estados psicológico. Uma quantidade não-
2008
Unidos insignificante da variação em alimentação
excessiva prevista por estigmatização
com base no peso foi devido ao efeito do
estresse psicológico.
An investigation of weight bias against Clara tendência de serem tendenciosos 1.024 adultos
women and its associations with contra mulheres acima do peso e obesas
individual difference factors 2010 Áustria ao fazer decisões ocupacionais, de
adoção e de ajuda hipotéticas.

Explicit and Implicit Anti-Fat Attitudes Os participantes mostraram preconceito 120 crianças entre 6 e 11
in Children and Their Relationships e estereótipos contra crianças acima anos
2010 Espanha
with Their Body Images do peso, tanto a nível explicito quanto
implícito
Fat stigmatization on YouTube: A Estes típos de videos são vistos com Vídeos sobre estigmatização
content analysis Estados alta frequência, com uma média de de personagens gordos no
2011
Unidos visualizações de 2.5 milhões Youtube

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Terapia Comportamental Cognitiva: base teórica e intervenções
TÍTULO ANO PAÍS ASPECTOS PSICOLÓGICOS PARTICIPANTES
Social engagement in adolescence Participação social pode proteger 6.909 crianças
Estados
moderates the association between 2012 adolescentes de experienciar insatisfação
Unidos
weight status and body image com sua imagem corporal
The relationship between physical Houveram relações estatisticamente 1.649 adultos
appearance concerns, disgust, and significantes univariadas e multivariadas
anti-fat prejudice 2013 Islândia entre preconceito contra pessoas gordas,
preocupações com a imagem corporal e
nojo
Effects of Anti-Obesity Messages on Exposição a mensagens anti- obesidade 120 universitárias
Women’s Body Image and Eating aparenta diminuir autoestima corporal
2013 Canadá
Behaviour relacionada ao peso em mulheres que já
sentem forte pressão para serem magras
Weight and health-related quality of IMC foi relacionado à deficiência na 8 1 m u l h e r e s a d u l t a s
life: The moderating role of weight saúde física por indivíduos com alto americanas e 21 mulheres
Estados
discrimination and internalized weight 2014 estigma com peso internalizado, mas não de outros países
Unidos
bias por aqueles com baixo estigma com peso
internalizado.
Self-compassion as a moderator Amor próprio diminui o impacto da relação 435 mulheres
of thinness-related pressures entre pressão relacionada á magreza
Estados
associations with thin-ideal 2015 na mídia, alimentação desordenada e
Unidos
internalization and disordered eating internalização do corpo magro ideal.

B u l l y i n g a n d Vi c t i m i z a t i o n i n Crianças e adolescentes severamente 947 crianças e adolescentes


Overweight and Obese Outpatient obesos sofreram vitimização verbal e
2015 Itália
Children and Adolescents: An Italian física, além de exclusão de atividades
Multicentric Study grupais
The internalization of weight bias A internalização de preconceito 197 adultos magros
is associated with severe eating Estados relacionado ao peso entre indivíduos
2015
pathology among lean individuals Unidos magros é associado clinicamente com
patologias alimentares
Stereotypical portrayals of obesity and A preocupação dos participantes com 117 adultos
the expression of implicit weight bias sobrepeso e foco em sua aparência
física foram positivamente associados
com níveis maiores de preconceito
Estados implícito relacionado ao peso, e atitudes
2015
Unidos explícitas contra pessoas gordas
foram relacionadas significantemente
a preconceito implícito apenas ao ver
comportamentos congruentes com
estereótipos
Social exclusion and shame in obesity Alemanha Ao lidar com exclusão social, indivíduos 299 adultos, sendo
com obesidade não respondem com 169 obesos
emoções negativas mais intensas em
2015
geral comparado a controlar-se, mas
sim com um aumento específico em
vergonha.
“No fat friend of mine”: Young Reino ‘Alfie’/’Alfina’ gordos foram votados como 1.126 crianças de 4 a 6 anos
children’s responses to overweight Unido tendo menos amigos. Quando forçados a
and disability 2015 escolher entre personagens, ‘Alfie’/’Alfina’
gordos foram rejeitados na maioria dos
construtos.
A weighty issue: Explaining the Austrália Insatisfação com a imagem corporal 90 universitários
association between body mass index mediou totalmente a relação entre o
2015
and appearance-based social anxiety IMC e a ansiedade social baseada na
aparência
Weight bias internalization in Havaí Preconceito relacionado ao peso e 90 adultos obesos entre 21
treatment-seeking overweight atitudes contra pessoas gordas ajudam e 73 anos
adults: Psychometric validation and a prever uma porção significante da
associations with self-esteem, body variância em preocupação com a
image, and mood symptoms imagem corporal, autoestima e sintomas
depressivos. O preconceito internalizado
2015 contra pessoas gordas foi uma
significante na previsão da preocupação
com a imagem corporal, auto-estima e
sintomas depressivos, acrescentando á
variância escores muito maiores do que
a contribuição de atitudes contra pessoas
gordas e IMC
107
Terapia Comportamental Cognitiva: base teórica e intervenções
TÍTULO ANO PAÍS ASPECTOS PSICOLÓGICOS PARTICIPANTES
Weight-based rejection sensitivity: E s t a d o s Aqueles com resultados altos em 1686 universitários
Scale development and implications Unidos sensitividade à rejeição relacionada
for well-being 2016 ao peso demonstraram estar em risco
adicional de bem-estar psicológico e físico
ao passar do tempo.
Unpacking the psychological weight of Estados Mulheres com maior peso corporal 160 adultos
weight stigma: A rejection-expectation Unidos relataram expectativas maiores de
pathway rejeição social quando seu peso era
observado, o que previa auto-estima
menor, emoções auto-conscientes e
estresse maior. Já mulheres com peso
2016
corporal menor relataram expectativas
de rejeição social menores quando seu
peso era observado, o que em torno
previa auto-estima maior, emoções auto-
conscientes menos frequentes e menor
estresse.
You better not leave me shaming!”: Estados Vergonha internalizada relacionada ao 309 universitárias
Conditional indirect effect analyses of Unidos corpo ajudou a relatar as associações
anti-fat attitudes, body shame, and fat 2016 entre três formas de atitudes contra
talk as a function of self-compassion pessoas gordas e discutir tópicos
in college women relacionados ao peso com colegas

A terapia cognitivo-comportamental e a insatisfação corporal

A terapia cognitivo-comportamental já possui eficácia reconhecida baseada em evidên-


cias para o tratamento da obesidade, Sendo apontada como tratamento terapêutico pelas
Diretrizes Brasileiras de Obesidade (ABESO, 2016, p.93), especialmente quando relacionada
a indivíduos obesos que comem por fatores emocionais (LUZ & OLIVEIRA, 2013, p163).
Porém, estudos mais recentes vêm explorando a possibilidade de melhorar a insatisfação
corporal de pessoas acima do peso, sem vincular o amor-próprio a um hipotético futuro corpo
magro. Pesquisas como a de Tylka et al. (2015), no qual apurou-se que a auto-compaixão
pode diminuir a ligação entre a internalização dos padrões midiáticos de magreza e distúrbios
alimentares, assim como Caccavale, Farhat & Iannotti (2012, p.225), que concluíram que
o engajamento social pode proteger crianças de desenvolverem insatisfação corporal, dão
suporte à teoria de que a insatisfação corporal pode estar menos relacionada ao peso em
si do que à internalização de ideais de magreza socialmente estabelecidos.
Dentre os cinco estudos encontrados com enfoque nesta temática, foram aplicadas
principalmente técnicas de difusão cognitiva de pensamentos negativos e terapias de au-
toaceitação e correção nas distorções da autoimagem e autoestima. Tanto a difusão cog-
nitiva quanto a Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT) derivam da Teoria do Quadro
Relacional (Relational Frame Theory, RTF), de Hayes, Barnes-Holmes, & Roche (Relational
Frame Theory: A Post-Skinnerian Account of Human Language and Cognition, 2001). A RFT
baseia-se na assunção de que “processos de aprendizagem verbal podem ser largamente
responsáveis por muitos das funções que estímulos verbais demonstram. Em outras palavras,
RFT descreve quão unicamente processos verbais resultam na transformação da função
para estímulo que estes processos enfrentam” (BLACKLEDGE, 2007, p.556). O ponto-chave
108
Terapia Comportamental Cognitiva: base teórica e intervenções
da RFT gira na premissa de que as funções estimuladoras de determinado evento em um
determinado momento são contextualmente determinadas, dependendo da interação do
evento com o contexto histórico e situacional no qual este ocorre (Mandavia et al, 2015, p.7).
Difusão cognitiva refere-se ao processo comportamental de modificar os estímulos
funcionais de um determinado evento, através da alteração do contexto situacional e histó-
rico em que este ocorre (BLACKLEDGE, 2007, p.561), e é um processo central da Terapia
de Aceitação e Compromisso (Acceptance and Commitment Therapy, ACT), de Hayes,
Strosahl, & Wilson (2012). As técnicas de difusão cognitiva não visam mudar a forma que
o indivíduo pensa sobre a experiência, e sim interromper os processos verbais únicos que
fazem emergir as transformações problemáticas de sua função. Desta forma. Pode-se dizer
que a difusão cognitiva vem em contraponto à fusão cognitiva, que refere-se ao contexto em
que estas transformações da função dos processos verbais estão ocorrendo (BLACKLEDGE,
2007, p.557). Desta forma, técnicas como paradoxos, mindfulness, distanciamento cognitivo,
entre outras, são utilizadas para “ajudar os clientes a experienciar pensamentos problemá-
ticos em um novo contexto – um em que as funções debilitantes de tais pensamentos são
interrompidas, ainda que a forma (ou conteúdo) destes pensamentos permaneça o mesmo”
(BLACKLEDGE, 2007, p.557).
No experimento realizado por Mandavia et al, com 254 estudantes universitários, ob-
jetivou-se estudar os efeitos da difusão cognitiva nos conceitos negativos de imagem cor-
poral, mais especificamente a técnica de rápida vocalização de um estímulo vocal neutro,
conhecida como Milk-milk-milk, na difusão destes pensamentos negativos. Os resultados
apurados mostraram uma redução no desconforto emocional e na credibilidade associada
a um pensamento corporal negativo auto-identificado (MANDAVIA et al, 2015, p.7).
Pode-se afirmar que a ACT é a aplicação prática da RTF). Pearson et al. (2012) ela-
boraram um protocolo piloto de intervenção em grupo, com foco na dissonância da insatis-
fação corporal das participantes. O protocolo previa um workshop de 08hs, na modalidade
grupal, baseada na Terapia de Aceitação e Compromisso (Acceptance and Commitment
Therapy, ACT). Este foi comparado com intervenções baseadas em lista de espera, e teve
um follow-up de 01 e 02 semanas.
Durante o workshop realizado por Mandavia et al (2015), foram trabalhados os seis
componentes centrais da ACT: aceitação, difusão cognitiva, contato com o momento pre-
sente, self como contexto, valores e ação comprometida. Os protocolos trabalhados são
comuns em grande parte de terapias de ACT: desesperança criativa, controle como o pro-
blema, mindfulness e aceitação, clarificação de valores pessoais, barreiras para valores e
ação comprometida. Os resultados demonstraram a superioridade do protocolo de workshop

109
Terapia Comportamental Cognitiva: base teórica e intervenções
sobre a lista de espera, combinada com automonitoramento em redução de atitudes de
alimentação desordenada e ansiedade corporal.
Já o programa Health at Every Size - HAES (Saúde em todo Tamanho) é um progra-
ma de aceitação do próprio peso que trabalha a adoção do reconhecimento da diversidade
corporal, além de ensinar estratégias para aumentar a saúde social, emocional, espiritual e
física, assim como o bem-estar psicológico (Bacon, 2010, p.156). Seu programa foi desen-
volvido sob a premissa de que é possível restaurar a saúde física e psicológica, de forma
separada do processo de emagrecimento.
No estudo de Murakami & Latner com 394 universitários, os resultados sugerem que
“auto-aceitação do peso pode resultar em estigma reduzido e menores percepções de pro-
blemas psicológicos atribuídos ao peso corporal”. Especificamente, os alvos de julgamento
que demonstraram aceitação do próprio peso foram menos estigmatizados, conforme apu-
rado pela Escala de Gordofobia (Murakami & Latner, 2015, p.166).
Por fim, Riva et al. (2001) usaram programas de realidade virtual associadas a terapia
cognitiva baseada no diálogo socrático, em um estudo controlado com 28 mulheres obesas,
na tentativa de corrigir as perturbações na autoimagem e autoaceitação. Seus resultados
mostraram que a terapia foi capaz de melhorar o estado psicológico geral dos pacientes,
diminuir o nível de insatisfação corporal e ansiedade. Ainda, a terapia aumentou a auto-e-
ficácia, refletindo nos comportamentos alimentares, reduzindo a sobrealimentação. Ao fim
do estudo, as participantes do grupo experimental tiveram uma redução média de 11,33kgs
(Riva et al., 2001, p.523).

DISCUSSÃO

Segundo Cash & Pruzinsky (2003, p.1), pode-se compreender a imagem corporal como
um construto multidimensional que abrange as percepções da aparência e forma do corpo
e as emoções correspondentes, além de comportamentos que envolvam ações voltadas à
aparência. O homem é um ser eminentemente social: constrói sua identidade e sua percep-
ção de si, primeiramente, segundo o olhar do outro. É no contato com os pais que o infante
descobre como seu corpo funciona, e é no olhar do outro que ele avalia a apreciação – ou
não – de seu corpo. Não obstante, é através do corpo que nos expressamos e nos comuni-
camos com o mundo ao nosso redor: segundo Jung (1996, p5), “pertencente ao mundo do
visível e sensível, o corpo é o cordão umbilical com o social”.
Importante salientar que a metodologia de apuração dos resultados mostrou grande
variação entre os estudos, haja vista alguns utilizarem medição através de escalas, enquanto
outros optarem pelo autorrelato. Desta forma, os resultados de alguns estudos contrapõem-se

110
Terapia Comportamental Cognitiva: base teórica e intervenções
a outros, principalmente no que tange à associação de depressão e outros transtornos psi-
cológicos e a obesidade per se.
Abrangendo uma população total de 59.550 participantes entre 09 e 65 anos, de for-
ma geral, todos encontraram alguma forma de sofrimento psíquico associado à obesidade.
Porém, em estudo de Carr, Friedman & Jaffe (2007), envolvendo 3.553 adultos americanos,
constatou-se que, quando uma diversa gama de estressores relacionados à obesidade fo-
ram controlados, como má saúde física, funcionamento físico comprometido, discriminação
interpessoal e relacionamentos problemáticos com membros da família, pessoas moderada-
mente obesas demonstraram melhor saúde psicológica que seus pares magros. Os autores
sugerem que o aumento de campanhas de combate à obesidade, embora aumentem a
conscientização e o debate quanto à questão da saúde como um todo, pode ter efeitos po-
tencialmente prejudiciais tanto para o tratamento da obesidade quanto para a vida diária de
pessoas obesas, ativando pobre imagem corporal, auto-culpabilização ou ansiedade sobre a
própria saúde. Concluem sugerindo que “focar em comportamentos modificáveis do paciente,
ao invés de atributos duradouros como o IMC, pode aumentar o bem-estar psicológico dos
pacientes”. Concluem ainda que “melhorar as condições psicossociais que perpetuam o afeto
negativo entre indivíduos obesos pode ser crítico no gerenciamento do impacto na saúde
pública desta condição crônica e penetrante. (CARR, FRIEDMAN & JAFFE, 2007, p.174).”
Enquanto indivíduo pertencente a uma sociedade, o corpo, assim como todas as outras
facetas do ser humano, está sujeito à normatividade coletiva. O construto de beleza varia
para cada época e sociedade, além do valor e função que se dá ao corpo humano. Em plena
era industrial, este era ferramenta de trabalho, e deveria ser funcional, produtivo – portanto,
o desejado era um corpo capaz de atender às necessidades do capitalismo. Na era atual,
em plena objetificação do homem, o corpo não é mais um fim em si mesmo: com infinitas
possibilidades de modificações, o corpo é mero rascunho, dependendo apenas de querer-se
altera-lo: na era do “só é feio quem quer”, aquele que não se “conserta”, adequando- se
aos padrões de beleza vigentes, causa estranheza. Manter-se fora do padrão, à margem
do desejável, é visto como um paradigma: por que, podendo “apenas emagrecer”, alguém
se manteria acima do peso?
“Em uma sociedade como a nossa, na qual o máximo da valoração social não reside
na realização das ideologias/utopias, mas na realização dos projetos individuais, nada mais
antipático e que desperte menos solidariedade do que um indivíduo incapaz de empenhar-se
no projeto pessoal da boa aparência”. (NOVAES & VILHENA, 2003, p.21)
Confrontados com esta questão, as pessoas com sobrepeso e obesas nos mais diver-
sos graus se veem ao limbo da sociedade: por um lado, a certeza de que, se quisessem,
poderiam facilmente se encaixar nos padrões; de outro lado, as infrutíferas tentativas de
111
Terapia Comportamental Cognitiva: base teórica e intervenções
fazê- lo. Conviver com tamanho vitrine de fracasso, por si só, já é naturalmente um causador
de sofrimento psíquico.
No Brasil, ainda pode ser percebido a diferença entre o ideal de beleza para um corpo
produtivo e o corpo de consumo moderno: em estudo realizado com pessoas de baixa renda
no Rio de Janeiro, Cavalcanti et al.(2007) apuraram que os maiores motivos pelos quais as
pessoas obesas das classes mais baixas procuram tratamento dietoterápico se dá por uma
melhora geral na saúde física. Já em estudos mais recentes, como o de Andrade, Moraes
& Ancona-Lopes (2014) apuraram, em geral, a presença de déficits psicossociais desde a
infância, em pacientes obesos. A falta de mais estudos dentro da temática impedem maiores
generalizações quanto à população brasileira em específico.
A análise dos estudos internacionais demonstra que em todos, em maior ou menor grau,
foram encontrados algum grau de sofrimento psicológico relacionado à obesidade. Porém,
quando investigada a obesidade por si só, os resultados são contraditórios – controlam-no
estudo em que foram controlados estressores indiretos ligados à obesidade, como o de
Carr, Friedman & Jaffe (2007), indivíduos obesos demonstraram até mesmo melhor saúde
mental que seus pares magros. Tais resultados dão suporte à teoria de que o sofrimento
psicológico não está diretamente ligado à obesidade per se, mas sim à resposta social que
o indivíduo obeso recebe do núcleo em que vive.
A relação saúde física e psicológica foi teorizada por Tylka et al (2014, p.9), a qual
posiciona o estigma com o peso como ponto inicial para uma saúde negativa. Os autores
relacionam o estigma direta e indiretamente a uma diminuição do bem-estar físico e/ou psi-
cológico, assim como dependente ou independentemente do estigma internalizado, em uma
proposta de abordagem inclusiva de peso na prática de profissionais de saúde. Defendem
os mesmos que as práticas atuais, categorizando os riscos de saúde de acordo com o peso,
podem levar a diagnósticos errôneos, não detectando diabetes, por exemplo, em pacientes
que não foram testados por não se encontrarem na faixa de risco de acordo com o IMC.
Desta forma, pode-se auferir que a própria prática clínica, baseada nos estigmas sociais
da obesidade de que a pessoa acima do peso possui controle sobre os fatores ligados ao
seu peso, coloca em risco o próprio objetivo de melhora da saúde do paciente, depositando
neste a carga de fracasso dos tratamentos de emagrecimento, condenando-os por “falta de
vontade” ou de “esforço” em emagrecer.

112
Terapia Comportamental Cognitiva: base teórica e intervenções
Figura 01. Modelo Teórico do estigma contra o peso e suas variáveis associadas.

Fonte: adaptação de Tracy L. Tylka et al, 2014.

Os autores defendem a substituição e uma abordagem peso-normativa por uma peso-


inclusiva na prática clínica. O conceito normativo de peso preconiza que todas as pessoas
acima do peso, independente de fatores adversos, encontram-se em pior estado de saúde
que pessoas consideradas com um peso adequado, considerando unicamente o IMC como
definidor de saúde. Este tipo de pensamento implica, por exemplo, em priorizar exames de
diabetes e colesterol em pessoas acima do peso. Ainda, implica que para todos é possível
atingir o patamar do “peso saudável”, impondo a todos a obrigação, por motivos de saúde, de
atingi-lo. Tanto Tylka et al. (2014) quanto Bacon (2008) baseiam suas teorias em evidências
da falha em tratamentos dietários, graças à premissa de “só é gordo quem quer”.
Os estudos abordados no presente artigo sucederam em contestar a ligação entre obe-
sidade – má saúde física e psicológica, demonstrando evidências de que tais consequências
dependem muito mais de fatores sociais e psicológicos do que biológicas.
O modelo teórico desenvolvido por Tylka et al. (2014) sustenta que a diminuição do
bem-estar psicológico e físico encontram-se direta e indiretamente ligados ao estigma com
o peso, podendo derivar tanto do estigma social per se quanto da internalização deste. É im-
portante destacar que não necessariamente a diminuição da saúde física e/ou psicológica
dependerão da internalização do referido estigma, haja vista poderem derivar diretamente
do desconforto causado pela rejeição social.
Os estudos investigatórios da eficácia da RFT demonstraram resultados positivos na
diminuição da insatisfação corporal, baixa autoestima e até mesmo diminuição do sobre-
peso, o qual derivou da diminuição da sobrealimentação emocional. Desta forma, pode-se
concluir que a premissa da autoaceitação como abordagem no tratamento da obesidade
possui evidências de eficácia, fortalecendo a validade teórica da RFT.

113
Terapia Comportamental Cognitiva: base teórica e intervenções
CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho propôs-se a investigar os sofrimentos psíquicos relacionados à


obesidade e sobrepeso, além do peso do estigma social associado ao sobrepeso. Ainda,
analisou-se programas de tratamento já realizados com indivíduos obesos, visando a au-
toaceitação, independentemente do emagrecimento. A percepção de rejeição social foi
amplamente relacionada à maior insatisfação corporal, independente do IMC, e afetando até
mesmo mulheres na faixa de peso normal. A internalização do ideal de beleza ocidental afeta
todos os que nele não se enquadram, e atitudes discriminatórias contra pessoas obesas são
vistas como socialmente aceitas, haja vista a falsa crença de que comportamentos de rejeição
à obesidade podem até mesmo auxiliar o alvo a motivar-se em perder peso. A análise dos
estudos selecionados, com destaque para o estudo “The ironic effects of weight stigma”, de
Major et al. (2012), demonstram os efeitos negativos do isolamento social enfrentado por
pessoas acima do peso: o estresse psicológico leva, inclusive, a uma falha na percepção
dos sinais corporais de saciedade, fazendo com que os indivíduos comam mais que o ne-
cessário, perpetuando a condição de obesidade. Baseando-se nas evidências apresentadas,
percebe-se uma causalidade de ineficiência nas campanhas atuais, haja vista colocarem o
obeso como um vilão a ser combatido. Ao contrário, é importante cultivar a autoaceitação
e uma autoimagem positiva, haja vista um dos maiores fatores ligados à obesidade serem
os estressores psicológicos. Não apenas a obesidade, mas outros distúrbios alimentares,
como a anorexia e bulimia, podem se beneficiar de tratamentos voltados à autoaceitação e
difusão de pensamentos e cognições negativas quanto à autoimagem.
Os estudos abordados no presente artigo trazem fortes evidências da validade de uma
abordagem mais inclusiva à diversidade corporal, demonstrando que a proposta teórica de
tratamentos baseados na ACT merecem maior exploração na população obesa como um
todo. Destaque-se que a todo momento demonstrou-se a ineficácia dos tratamentos dietários
que não levam em consideração o fator da autoaceitação, causando um ciclo vicioso de
emagrecimento e retomada do excesso de peso. Recomenda-se, por fim, a validação da apli-
cação do fundamento da autoaceitação, independente do emagrecimento, no tratamento da
população obesa. Considera-se que a quebra do paradigma emagrecimento-saúde é essen-
cial para a diminuição da epidemia de obesidade que a sociedade contemporânea enfrenta.
Digno de nota que o presente artigo de revisão literária encontra diversas limitações
que devem ser levadas em consideração. Inicialmente, vale ressaltar que os resultados de
com a população brasileira foram extremamente limitados, impedindo um aprofundamento
da exploração das diferenças culturais entre sociedades anglo-saxônicas e latinas como
um todo. Os estudos utilizados, em sua maioria, baseiam-se em populações de culturas im-
portantemente diferentes da latina, incluindo-se aqui o fato de que no México, por exemplo,
114
Terapia Comportamental Cognitiva: base teórica e intervenções
certo nível de excesso de peso é considerado como indicador de boa condição financeira, o
que pode distorcer a percepção do estigma da obesidade nesta cultura, quando comparado
a países como os Estados Unidos, o qual apresenta uma forte rejeição a qualquer excesso
de peso, principalmente em mulheres. Desta forma, considera-se de primordial importância
a realização de mais estudos com a população brasileira. Destaque-se ainda que grande
parte dos estudos investigatórios de tratamentos de autoaceitação baseiam-se na RFT e
utilizam, essencialmente, a ACT e a difusão cognitiva. Considera-se que estudos-controle
com técnicas baseadas em outras teorias sejam recomendáveis para um melhor contrapon-
to e, até mesmo, validação de RFT enquanto base teórica. Por fim, deve-se apontar que a
numerosa quantidade de referências utilizadas diminui um maior aprofundamento em cada
um. Revisões literárias mais restritivas nos critérios de inclusão merecem consideração.
Em suma, apesar do grande volume de estudos investigatórios dos aspectos psico-
lógicos da obesidade, as diferentes metodologias utilizadas, além da grande utilização do
auto-relato, torna necessária a realização de mais estudos de caráter quantitativo, além de
mais revisões literárias acerca do tema. Destarte, considera-se que o trabalho realizado
possui volume suficiente de evidências que sustentam a hipótese levantada, além de uma
síntese das técnicas já utilizadas com base na autoaceitação por pessoas com sobrepeso e
obesas. Espera- se que o presente artigo traga uma nova ótica sobre a questão da obesidade
no âmbito psicológico, e inspire mais estudos sobre a temática com a população brasileira.

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