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A reflexão a cerca do tema da obesidade é urgente e de extrema importância,

de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNAS, 2020) a proporção de


obesos na população com 20 anos ou mais de idade mais que dobrou no país
entre 2003 e 2019, passando de 12,2 % para 26,8 %. Outro dado da amostra,
que 2019, uma em cada quatro pessoas de 18 anos ou mais anos de idade no
Brasil estava obesa, o equivalente a 41 milhões de pessoas. Já o excesso de
peso já atingia 60.3 % da população de 18 anos ou mais de idade o que
corresponde a 96 milhões de pessoas, sendo 62,6 % das mulheres e 57 5 %
dos homens. É uma Pesquisa Nacional de Saúde (PNAS), realizada pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o
Ministério de Saúde.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS, 2020) é considerado como
excesso de peso o índice de massa corporal (IMC) maior que 25. A pessoa
obesa tem um IMC igual ou maior que 30, é feito um cálculo pelo IMC que é
calculado o peso em quilogramas e feito uma divisão pelo quadrado da altura
em metros, então a obesidade seria considerada a partir de uma demasia de
gordura corporal, em quantidades que determinem danos.
A Proposta desde estudo é buscar uma mudança futura nos discursos
estigmatizados e preconceituosos, ressaltando as causas da obesidade que
estão muito além da má alimentação, mas que existem múltiplos fatores que
fazem uma pessoa a ser obesa. Ao relacionar psicologia e fisiologia, nos
aspectos que norteiam a obesidade no Brasil, apresentando as questões
psicossociais que se relacionam e também trazendo dados e pesquisas
recentes para engrandecer o estudo e evidenciar a importância e urgência do
tema.
A obesidade é um dos principais fatores de riscos para várias doenças não
transmissíveis ( DNTs), como diabetes tipo ll, doenças cardiovasculares,
hipertensão, acidente vascular cerebral e várias formas de câncer, tendo em
vista que a obesidade é uma questão de saúde pública. O proposto trabalho
tende a dar ênfase no entendimento de tal fenômeno que acomete uma grande
parcela da população brasileira, tendo uma preliminar de 62,6% nas mulheres
e nos homens uma porcentagem de 57,5% . Já a condição da obesidade atinge
25,9% da população, alcançando 41,2 milhões de adultos, a obesidade é
influenciada por diversos fatores que engloba diferentes dimensões: Biológica,
social, cultural e comportamental. Tornando-se crucial ações de políticas
públicas que visem a promoção da saúde, implementando medidas de
prevenção do ganho de peso excessivo, diagnóstico precoce e dentre outras
intervenções, neste tempo em que a definição de saúde pública já é
insuficiente para lidar com os problemas que acometem a população e temos
que rever o conceito para incluir o de saúde planetária, o enfrentamento da
obesidade, além de ser uma urgência, é uma oportunidade para criar um novo
paradigma para tratamentos de saúde relacional( Falceto 2016,p.15). Dito isto,
compreende-se que a obesidade não está relacionada apenas a um fator, mas
sim, sendo esta um fenômeno multifatorial, se tornando, então, de extrema
relevância a reflexão e o entendimento do contexto cultural pós-moderno e o
funcionamento alimentar que são prevalentes deste espaço, com o consumo
de alimentos rápidos( Fast Food) e excessivamente calóricos, mais fáceis de
cozinhar ( Falceto, 2016). Analisando também os fatores que se aliam ao
consumismo favorecido pelo excesso de exposição à propaganda na televisão,
impactando nas relações interpessoais( Falceto, 2016). Isto posto, os fatores
psíquicos são em grande parte – os primordiais desencadeadores da
compulsão por alimentação presente em muitos sujeitos obesos, ao
adentrarmos no polo perceptivo que vai além do orgânico e fisiológico como
uma necessidade instintiva de sobrevivência, consequentemente, o psíquico e
o fisiológico estão interligados: mente e corpo/psicofisiologia, mas como o polo
perceptivo além do orgânico pode nos trazer questões primordiais sobre a
obesidade, questões como a compulsão por alimentação presente muitas
vezes nos sujeitos obesos, afim de compensar algo que o sujeito não consegue
lhe dar, de acordo com Spada,2020 durante o ato compulsivo de comer, não
existe mais nada além do ato de se satisfazer ou preencher alguma coisa, a
estrutura familiar tem uma marca significativa, um enlace no desenvolvimento
da obesidade na infância que perpassa para a vida adulta , segundo Beck e
Terry(1985), zeller et al(2007) e Hasenboehler, Munsch, Meyer, Kappler e
Vögele, citados por Coelho e Pires(2014) como em famílias mais disfuncionais
a prevalência da obesidade é mais evidente, buscando através disto,
intervenções possíveis para que se possa reverter o ganho excessivo de peso
e promover um crescimento e desenvolvimento adequado da criança,
promoção do bem estar mental e melhora na qualidade de vida.
A psicofisiologia do comportamento alimentar no que está relacionada a
obesidade, envolve múltiplas causas a falta de reflexão a respeito do tema
abordado tem gerado vários discursos, pré-concebidos e estigmatizados por
parte da população desinformada e imersa, e criando ainda mais preconceitos,
e provocando um agravamento, em episódios de idealização e até tentativas de
suicídio, que estas pressões sociais acabam ocasionando, é crescente dentre
os mais jovens (UOL, 2020) .
A obesidade tem obtido similaridades epidêmicas e vem crescendo de forma
considerável (SBEM- MG, 2020 ). A obesidade pode gerar problemas
relacionados à autoestima que impactam na socialização (SBEM-MG, 2020). O
excesso de peso na que tange a obesidade está relacionado, há uma serie de
questões que muitas vezes variam de pessoa para pessoa, dentre os fatores
que estão relacionados existem algumas causas genéticas, comportamentais,
sociais, culturais, financeiras, políticas e midiáticas (OMS, 2020). Por outro lado
existem questões que estão diretamente ligadas ao ganho de peso e tem suas
origens emocionais, então a obesidade está interligada ao um cunhado
emocional, as patologias que tem um viés emocional acabam refletindo
bastante no corpo, com uma perda de peso ou um ganho excessivo de peso
(OMS, 2020).
Ao relacionarmos a obesidade a questões de cunho emocional, fazendo uma
relação com a psicologia e a fisiologia, nos deparamos como uma serie de
discursos, e julgamentos que estão entrelaçados a estas situações, em muitos
discursos, que por vezes são rotineiros, quando uma pessoa magra é
associada ao saudável e de sucesso, uma pessoa obesa é associada, e
também vista como preguiçosa, gulosa, e culpabilizada por seu próprio peso,
esses discursos acabam gerando ainda mais dor e sofrimento (OMS, 2022).
As pressões sociais que estes discursos causam, e ainda são alavancados por
padrões estéticos de beleza, que as mídias sociais disseminam, que acabam
gerando um ciclo vicioso, onde pessoas tentam alcançar algo que é impossível
de conseguir, acaba gerando muito sofrimento e dificuldades de lidar com o
seu corpo, causando ainda mais insegurança e baixa autoestima (OMS, 2022).
Assim podendo desencadear várias outras patologias psicológicas.
A obesidade acarreta inúmeros fatores de riscos para várias outras patologias,
dentre estes grupos estão como maior prevalência de ansiedade, e depressão,
existem maior sofrimento entre as mulheres do que homens, principalmente a
questões relacionadas a estigmas, isolamento social, baixa autoestima e
também uma grande tendência a desencadear emoções negativas (UOL,
2020).
Referências:

Ministério da saúde, secretaria de atenção primária à saude(SAPS),


encontra-se em:
https://aps.saude.gov.br/ape/promocaosaude/excesso

Biblioteca virtual em saúde(BVS), Ministério Da Saúde, encontra-se


em: https://bvsms.saude.gov.br/04-3-dia-mundial-da-obesidade/

Coelho e Pires, relações Familiares e comportamento alimentar,


psicologia: teoria e pesquisa, Jan-Mar 2014, vol.30 n. 1, pp. 45-52,
encontra-se em:
https://www.scielo.br/j/ptp/a/S64cKkcsZxnKbstSCRf5NzC/abstract/?
lang=pt

Ribeiro, Obesidade infantil interações familiares e ciclo de vida


numa perspectiva sistêmica, 2016, editora: Appris

Spada, obesidade e sofrimento psíquico, 2020, editora: Unifesp

https://www.em.com.br/app/noticia/opiniao/2020/03/08/
interna_opiniao,1126987/obesidade-ja-tem-proporcoes-
epidemicas.shtml

https://www.uol.com.br/vivabem/reportagens-especiais/obesidade-o-
peso-dos-fatores-psicologicos-no-sucesso-do-tratamento-/#cover

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