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Infuências da mídia e das relações sociais na obesidade de escolares e a

Educação Física como ferramenta de prevenção.

A obesidade nada mais é que o acúmulo excessivo de gordura no organismo, que


pode levar a comprometimentos de saúde. Nos últimos 20 anos, o excesso de gordura
na população infantil aumentou drasticamente, devido a maus hábitos alimentares, por
influência de mídias e das relações sociais na qual a criança está inserida.
Mas o problema não é exclusivo do país. Segundo a OMS, nos últimos 35 anos a
prevalência de obesidade subiu de 5,4% para 21% da população mundial e na faixa
etária entre zero e 18 anos o índice fica em torno de 15%, sendo considerada uma
epidemia. De acordo com dados do Ministério da Saúde, a cada ano são 1 milhão de
novos casos de obesidade no Brasil.
A Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso),
fez inclusive o Mapa da Obesidade no país. A faixa etária mais preocupante da Região
Centro-Oeste é com as crianças de 5 a 9 anos, 35,15% desta população está acima do
peso considerado ideal.
Segundo profissionais da area de endocrinologia pediatrica do hospital Julio Muller de
Cuiabá, não há dados sobre a obesidade infantil, mas a observação em ambulatório é
que a prevalência acompanha a taxa nacional de 15% da população. A obesidade atinge
todas as classes sociais, por motivos diferentes. As crianças mais pobres acabam
consumindo carboidratos considerados mais baratos, como arroz, macarrão e batata. Já
as crianças de famílias mais abastadas tem acesso a fast foods e produtos
industrializados.
Ah de se concordar que o sedentarismo e o estilo de vida moderno tem colaborado
para a epidemia da obesidade na população, em especial entre os pequenos, e este
ganho de peso tem repercussões por toda a vida. Entre os menores pode acelerar a
puberdade, com a menstruação precoce entre as meninas e o crescimento da genitália
nos meninos. Além disso avança a idade óssea, fechando os espaços e impactando no
potencial de crescimento, que normalmente vai até os 15 e 16 anos.
Na fase da adolescência pode gerar distúrbios metabólicos como diabetes,
hipertensão, aumento de ácido úrico e dislipidemia (elevação de colesterol no sangue).
“Adulto obeso, com ganho de peso ao longo da vida corre mais risco de morte por
doenças cardiovasculares, como AVC e infarto do miocárdio.”
Pode se destacar ainda a segregação social que uma criança obesa pode sofrer. “São
bastante comuns relatos de bullying contra crianças acima do peso, o que acaba
impactando na autoestima delas. A escola e os pais precisam ficar muito atentos”.
Os médicos reforçam que criança queima caloria brincando e para isso o adulto precisa
incentivar a pratica de atividade física. “Pular, correr, jogar bola são exercício ideais para
as crianças. Musculação só depois dos 16”.
O uso de tecnologia está sendo cada vez mais cedo, o que reforça o sedentarismo. Uso
de celular, TV e vídeo game por exemplo deve ser no máximo de 2 horas por dia. E é
preciso observar o sono de 8 a 12 horas por dia, dependendo da faixa etária da criança”.
Enquanto o consumo alimentar e a atividade física podem ser classificados entre os
fatores ambientais, existem também os fatores genéticos, os quais determinam que
filhos de pais obesos estejam predispostos a um risco maior de se tornarem. Contudo, a
determinação das proporções de contribuição da genética e dos fatores ambientais é
extremamente difícil, visto que pais e filhos, além da semelhança dos genes, costumam
também compartilhar hábitos semelhantes de alimentação e de atividade física. Em
adição, há evidências de que fatores genéticos podem modular a resposta do organismo
às variações dos fatores ambientais, tais como dieta e atividade física; variações estas de
grande magnitude se descontroladas.

A diminuição da atividade física regular é um fator de importante contribuição para o


aumento da obesidade.5 Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s)6 apontam que a
educação física escolar é uma disciplina que objetiva introduzir e integrar o aluno na
cultura corporal dos movimentos por meio de jogos, dos esportes, das danças, das lutas
e das ginásticas no intuito de formar o cidadão e torná-lo produtor, reprodutor,
transformador da cidadania e do progresso em sua qualidade de vida; contribuindo de
forma significativa ao inferir que as relações que envolvem a prática de atividades
corporais e a recuperação, manutenção e promoção da saúde devem incluir o indivíduo
e a sua experiência pessoal com as mesmas.
Tendo em vista os índices epidemiológicos que a obesidade tem apresentado em todo o
mundo, divulgados frequentemente na imprensa geral ou televisiva, bem como a
percepção diária nas ruas, nas escolas e demais ambientes comumente visitados por
adolescentes, percebeu-se a necessidade de compreender e adquirir argumentações
que possam modificar tal realidade. Assim, torna-se necessário entender como o estilo
de vida influencia na obesidade de crianças e verificar como a Educação Física pode
intervir no processo de prevenção. Sendo assim, o objetivo do presente estudo foi
verificar as influências do estilo de vida, relações sociais e da mídia na obesidade infantil
e entender como as aulas de Educação Física podem auxiliar na sua prevenção.

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