Você está na página 1de 2

OBESIDADE INFANTIL

A obesidade ocorre com mais frequência nos primeiros anos de vida, entre 5
e 6 anos e na adolescência. Cerca de 15% das crianças sofrem de problemas de
obesidade, e podem continuar obesos na fase adulta. Há relatos da Organização
Mundial da Saúde, que a prevalência de obesidade infantil tem crescido em torno de
10 a 40% na grande maioria dos países, nos últimos 10 anos.
A definição de obesidade pode ser definida como “simples”, podendo ter como
significado o ganho de peso na criança, o excesso de gordura, acompanhado por
aumento de estatura e aceleração da idade óssea. No entanto, mesmo depois de
tempos, o ganho de peso continua, e a estatura e a idade óssea se mantêm
constantes. A puberdade das crianças podem se acarretar mais cedo, o que altera a
altura final diminuída. (Hammer LD. Obesidade. In: Green M, Haggerty RJ, editors.
Pediatria Ambulatorial. Porto Alegre: Artes Médicas. )
Para que, uma pessoa, ou até mesmo uma criança seja considerada obesa,
irá existir métodos diagnósticos para classificar o indivíduo em obeso e sobrepeso.
O índice de massa corporal (IMC, que será, peso/altura ao quadrado) e a medida da
dobra cutânea do tríceps (DCT) são os meios mais utilizados nos diagnósticos.
(Must A Dallal GE, Dietz WH. Dados de referência para obesidade: percentis 85 e 95
do índice de massa corporal (peso/al2) e espessura da dobra cutânea triciptal.
Publicada em Am J Clinical Nutrition
Mais recentemente, tem-se a tabela de Cole et al, com padrões mundiais para
sobrepeso e obesidade infantil (Cole TJ, Bellizzi MC, Flegal KM, Dietz WH.
Estabelecendo uma definição padrão para sobrepeso e obesidade infantil em todo o
mundo: pesquisa internacional.). Apesar de tudo isso, com a escolha do método
deve ser considerado junto a ele meios criteriosos, tais como sexo, idade e
maturidade sexual para obter valores de referência e classificações de obesidade
(Tanner JM, Whitehouse RH. Padrões clínicos longitudinais para altura, peso,
velocidade de crescimento, velocidade de peso e estágios da puberdade.). No sexo
feminino, as dobras cutâneas podem ser maiores, pela maior quantidade de gordura.
A obesidade é um fator de risco, já que o mesmo pode promover aumento de
colesterol, triglicerídeos e redução da fração HDL colesterol.
Vários fatores influenciam a forma da criança se alimentar, entre eles fatores
externos (suas famílias e suas características, atitudes de pais, mídia, alimentos
ITAPEVA – SP
2023
rápidos, religião) e fatores internos (necessidades e características psicológicas,
distorções de imagem). Quando as crianças são induzidas a consumir tudo o que é
servido, elas podem perder o ponto da saciedade, ocorrendo a dificuldade de
estabelecer um bom controle dessa saciedade. (Auwerx J, Staels B. Leptin. Lancet.
Salbe AD, Weyer C, Lindsay RS, Ravussin E, Tataranni PA. Avaliação de fatores de
risco para obesidade entre a infância e a adolescência)
Os pais exercem uma forte influência sobre a ingestão de alimentos feitos
pelas crianças, já que eles insistem no consumo de certos alimentos. Sendo que, as
restrições dos responsáveis também podem gerar efeitos nas crianças, por querer
consumir aquilo que viram outras pessoas consumindo.
É essencial que sejam avaliadas a disponibilidade dos alimentos, quais são
os preferidos preferência, os que mais são habitualmente consumidos, o local onde
são feitas as refeições, e a ingestão de líquidos nas refeições.
Em nosso meio, a obesidade infantil é um sério problema de saúde pública,
tem seu aumento gradativamente em todas as camadas sociais da população
brasileira. Prevenir a obesidade infantil significa diminuir, de algum jeito, a incidência
de doenças crônico-degenerativas.
A escola é um local de extrema importância para certa prevenção, já que as
crianças fazem pelo menos uma refeição nas escolas, além de também proporcionar
aumento da atividade física. (Sahota P, Rudolf MCJ, Dixey R, Hill AJ, Barth JH, Cade
J. Avaliação da implementação e efeito da intervenção baseada na escola primária
para reduzir os fatores de risco para obesidade.)
Com isso, a obesidade infantil poderia ser “combatida” com medidas
adequadas de prescrição de dietas na infância desde o nascimento, além de se
estudar mais sobre programas de educação que poderiam ser aplicados no nível
primário de saúde.

REFERÊNCIAS
<https://www.scielo.br/j/jped/a/GftqBGnnCyhvZ89C9M4Pqsv/ >
<https://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/infantil/obesidade-infantil.htm >
<https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/Interven
%C3%A7ao_para_controlar_as_dislipidemias_am_adultos.pdf >

ITAPEVA – SP
2023

Você também pode gostar