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Nutrição do

Pré-Escolar e
Escolar
Prof. Me. Monique Lima dos Santos Cotias
Introdução

 A etapa de nutrição nas fases pré-escolar e escolar caracteriza-se por ser


de período de crescimento estável com menores necessidades para o
crescimento que as etapas anterior e posterior da infância.

 No entanto, o hábito alimentar da criança nessa faixa etária,


principalmente na idade pré-escolar, é extremamente importante, pois
reflete diretamente em seu crescimento e desenvolvimento.
Introdução

 A criança aprimora progressivamente seu sentido de sabor e


desenvolve suas preferências baseadas na textura, no aroma
e na apresentação dos alimentos.

 A estreita dependência família é rompida e as relações são


ampliadas a outras ambiências de seu meio sociocultural,
com forte influência do meio externo, tendo a mídia um
papel de destaque.

 A escolarização permite que a criança adquira certo grau de


autonomia em sua alimentação, sem supervisão familiar.
Crescimento e desenvolvimento

 A Organização Mundial da Saúde (OMS), o Ministério da Saúde (MS) e a Sociedade


Brasileira de Pediatria (SBP) preconizam o acompanhamento do crescimento como
atividade de rotina na atenção à criança;

 Na criança, a avaliação do estado nutricional é importante para investigar se ela


está crescendo dentro dos padrões recomendados ou está se afastando destes,
devido à presença de doenças ou às condições desfavoráveis de sobrevida.
Crescimento e desenvolvimento

 Os parâmetros antropométricos usualmente


utilizados para avaliar a condição nutricional de
crianças são o peso e a altura.

 Os perímetros cefálico, torácico, braquial e as


pregas cutâneas tricipital e subescapular também
podem ser utilizados.

 Os valores desses dados antropométricos deverão


ser sempre analisados em função da idade e do
sexo da criança a partir da criação de índices
antropométrico
Crescimento e desenvolvimento

 A partir de 2007, o cartão da criança distribuído


pelo Ministério da Saúde inclui curvas de
crescimento com os indicadores peso/idade,
estatura/idade para cada sexo, para avaliar
parâmetros antropométricos até 10 anos de
idade, e contempla também curvas de perímetros
cefálicos/idade para crianças até 2 anos de
idade.
Avaliação do estado nutricional
FASE PRÉ-ESCOLAR

 2 a 6 anos;

 Velocidade de crescimento e o ganho de peso são menores que no 2° ano de


vida;

 A velocidade de crescimento e o estado geral da criança devem ser monitorados,


evitando, dessa forma, diagnósticos errôneos de anorexia, inapetência e
desaceleração do crescimento e condutas inadequadas;

 Valorização das atividades lúdicas, deixando a alimentação em segundo plano.


FASE PRÉ-ESCOLAR

 Relação forte entre a criança e o alimento, iniciando-se o processo de escolha;

 Influência do contexto socioafetivo na formação das preferências alimentares da


criança, podendo ocorrer imitação na seleção de alimentos;

 Observação dos alimentos escolhidos por familiares ou outras pessoas e crianças


que convivem em seu meio ambiente;
FASE PRÉ-ESCOLAR

 Fase de construção de autonomia e independência;

 Expressões de negação e birras;

 As crianças podem passar longos períodos recusando


alguns alimentos dos quais previamente gostavam, e
passam a consumir uma dieta com uma variedade
muito pequena de alimentos;

 Também podem apresentar conduta inadequada ao se


alimentar, como comer de forma extremamente lenta,
brincar com a comida e mostrar desinteresse
FASE PRÉ-ESCOLAR

 Um importante princípio da alimentação de pré-escolares é a habilidade de


autorregular a ingestão alimentar;

 A fome e a vontade de comer podem variar a cada refeição e a cada dia;

 Apesar disso, é melhor oferecer porções menores de alimentos e esperar que a


criança solicite mais, caso desejar;

 Dessa forma, estimula-se a criança a perceber seus sinais internos de fome e


saciedade. Portanto, a criança não deve ser obrigada a comer tudo que está no
prato.
ESCOLARES

 7 a 10 anos;

 Fase de transição entre a infância e a adolescência;

 É um período de intensa atividade física e ritmo de crescimento constante e mais estável, de


aproximadamente 5 a 7 cm e 3 a 3,5 kg por ano;

 Fatores genéticos e hormonais têm maior relevância;

 A criança passa por algumas fases de maior crescimento, que geralmente coincidem com
períodos de aumento do apetite e do consumo alimentar, e por períodos de crescimento mais
lentos, nos quais o apetite e o consumo de alimentos diminuem.
ESCOLARES

 O ganho de peso é proporcionalmente maior que o crescimento em estatura;

 As crianças se tornam mais fortes, mais rápidas e mais coordenadas - aumento da


porcentagem de gordura corporal como preparo para o estirão de crescimento na
adolescência.
ESCOLARES

 A televisão, além de ser uma das causas mais importantes de sedentarismo, também
estimula o consumo de alimentos com maior teor energético, por meio das
propagandas veiculadas;

 Possibilidade do desenvolvimento da obesidade, por outro lado deve-se atentar para o


fato de que a preocupação excessiva ou mal conduzida com o ganho de peso pode
causar transtornos alimentares, como a bulimia e a anorexia.
Necessidades Nutricionais
Energia
EER - DRIs

3 a 19 anos
Considera fator atividade
Energia
Energia
Schofield

GEB - DRIs
Energia

(GET = GEB × FA)

 O valor do FA é obtido pelo somatório da multiplicação das horas do dia de acordo


com as atividades diárias desempenhadas e dividido por 24 horas
Energia
Macronutrientes

 O intervalo de distribuição aceitável para cada um dos micronutrientes,


de acordo com a DRI (IOM, 2002;2005), para crianças de 1 a 3 anos e
maiores que 3 anos
Carboidratos

 A principal função dos carboidratos é fornecer energia


às células do corpo, principalmente o cérebro, sendo
esse o único órgão dependente exclusivamente de
carboidratos.

 O valor da ingestão dietética recomendada (RDA –


Recomended Dietary Allowance) é de 130g/dia, com
base na média da quantidade mínima de glicose
utilizada pelo cérebro.
Proteínas

 A proteína é um nutriente de extrema importância na infância, pois atua


na reparação e construção dos tecidos, entre outras funções, estando
diretamente relacionada com o crescimento.
Micronutrientes

 são essenciais nessa fase da vida. São eles: ferro, cálcio, vitaminas A e D e
zinco
Ingestão hídrica

VITOLO,2008
Plano alimentar

 O cardápio deve respeitar os hábitos da família e as características regionais;

 A dieta deve ser planejada incluindo os oito grupos alimentares da Pirâmide Alimentar
Brasileira de acordo com a necessidade energética da criança;

 O consumo de alimentos fontes de carboidratos complexos, como pães, arroz e massas


integrais, deve ser priorizado e estimulado, assim como o consumo diário e variado de
frutas, verduras e legumes da época e da região.
Referências

 PHILIPPI, ST; AQUINO, RDCD Dietética: Princípios para o Planejamento de uma


Alimentação Saudável . Barueri, SP : Editora Manole, 2015.

 WEFFORT, V.R.S.; LAMOUNIER, J.A. Nutrição em Pediatria: da Neonatologia à


Adolescência. Barueri, SP : Editora Manole, 2009.

 VASCONCELOS, M.J.D.O.B.; BARBOSA, J.M.; PINTO, I.C.D.S. Nutrição Clínica - Obstetrícia


e Pediatria. Rio de Janeiro: MedBook Editora, 2011

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