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PROVA CRIANÇA E ADOLESCENTE

DEFINIÇÃO DE IDADES:
 Criança: Abaixo de 10 anos (OMS) ou 12 anos (ECA).
 Adolescente: Entre 10 e 19 anos (OMS) ou 12 e 18 anos (ECA).

SAÚDE NA INFÂNCIA:
 Morte Infantil - Fatores de Risco:
o Doenças diarreicas, pneumonia, desnutrição severa, acidentes e agressões.
o 2/3 das mortes infantis são evitáveis através da nutrição.

FATORES QUE INTERFEREM NA SAÚDE INFANTIL:


 Vida uterina, alimentação, higiene, habitação, saneamento, doenças, acesso a serviços
de saúde.

NUTRIÇÃO NA INFÂNCIA:
 Considerações:
o Início da alimentação familiar.
o Compreensão dos efeitos dos alimentos.
o Experiências escolares, como merenda escolar e convívio com colegas.
o Práticas alimentares, incluindo falta de apetite e seletividade alimentar.

SAÚDE NA ADOLESCÊNCIA:
 Morte na Adolescência - Fatores de Risco:
o AIDS, gestação precoce, abortos inseguros, consumo de tabaco, uso de drogas,
problemas de saúde mental e violência.
o Quase 2/3 das mortes prematuras e 1/3 das doenças em adultos têm origens na
juventude.

NUTRIÇÃO NA ADOLESCÊNCIA:
 Influência de amigos, mídia e redes sociais nas escolhas alimentares.
 Relação entre corpo, estética, identidade e escolhas alimentares.
 Propagandas de alimentos, uso de substâncias nocivas e transtornos alimentares.

PAPEL DO NUTRICIONISTA:
 Na Infância e Adolescência:
o Importância da nutrição para crescimento e desenvolvimento.
o Formação de hábitos alimentares saudáveis.
o Prevenção de doenças na vida adulta.
o Planejamento nutricional individualizado.

FUNÇÕES SOCIAIS DA ALIMENTAÇÃO:


 Construção e manutenção de identidades sociais.
 Manutenção de ligações sociais em eventos sociais.
 Recordação do passado e dietas da moda.

AÇÕES DE SAÚDE E NUTRIÇÃO NO SUS:


 Programas e estratégias para promoção de saúde e prevenção de doenças em crianças
e adolescentes.
ESPECIFICIDADES RELACIONADAS À IDADE:
 Adaptação das ferramentas de orientação nutricional à idade.
 Horário de aulas e atividades escolares como fatores a considerar.

ATENDIMENTO NUTRICIONAL

COMPETÊNCIAS
 Prescrição dietoterápica
 Suplementação e complementação nutricional
 Solicitação de exames necessários para o diagnostico nutricional
 Orientação nutricional

CONSULTA NUTRICIONAL:
 Realizada por nutricionistas em diferentes ambientes.
 Coleta de informações para diagnóstico e prescrição.

CONSULTA INICIAL:
 Primeiro atendimento.
 Entrevista e avaliação.
 Encaminhamento quando necessário.

ATENÇÃO NUTRICIONAL:
 Cuida da saúde, prevenção e tratamento.
 Integrada ao SUS.

INTERDISCIPLINARIDADE:
 Trabalho em equipe para cuidado integral.

AMBIENTE:
 Deve ser calmo, claro, limpo e acolhedor.

ATENÇÃO:
 Tom de voz
 Expressão facial
 Postura do corpo

ETAPAS DO ATENDIMENTO:
 Anamnese, avaliação e conduta.

COMO CONVERSAR COM A CRIANÇA:


 Uso de linguagem simples.

PASSOS DO ATENDIMENTO – CRIANÇAS:


 Apresentação, conhecimento, alimentação, avaliações e orientação.

PASSOS DO ATENDIMENTO – ADOLESCENTES:


 Mesmos passos, adaptados.
PRINCÍPIOS
 Sigilo
 Saber ouvir
 Profissionalismo
 Tempo/paciência

REGISTROS DE INFORMAÇÕES:
 Prontuário —> registro sobre a saude do paciente e os cuidados prestados
 Claro, objetivo e sigiloso

IMPORTÂNCIA DE OUTROS ATORES:


 Envolvimento da escola —> educação, cuidado e desenvolvimento

FACILITAR A ADESÃO:
 Empatia
 Ser realista
 Dividir o objetivo final em pequenas metas
 Não impor, sugerir
 Distribuir as orientações em diferentes sessões
 Linguagem simples e objetiva
 Participação do paciente/responsável

INFORMAR X ORIENTAR X EDUCAR:


 Informar: o que fazer?
 Orientar: como fazer?
 Educar: por que fazer?

PRINCÍPIOS ÉTICOS PROFISSIONAIS:


 Respeito aos direitos humanos e ética.

RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
 Fornecer energia e nutrientes através da alimentação adequada é crucial para evitar
deficiências e excessos/toxicidade alimentares.
 As necessidades de energia em crianças são maiores do que em adultos. Na
adolescência, as necessidades são influenciadas pela puberdade, maturação sexual, e
crescimento.
 Existem vários métodos para estimar as necessidades energéticas de crianças e
adolescentes, escolhendo o mais adequado às características do indivíduo avaliado.

TAXA METABÓLICA BASAL (TMB) / GASTO ENERGÉTICO BASAL (GEB):


 Determinada pelo tamanho, composição corporal, sexo, idade e nível de atividade
física.
 É a energia necessária para a manutenção de processos vitais no corpo.

GASTO ENERGÉTICO TOTAL (GET):


 É o GEB somado ao gasto energético das atividades diárias.
 O gasto energético para o crescimento inclui energia usada para o funcionamento dos
tecidos e para a síntese de novos tecidos.
 O valor de ingestão diária de energia necessária para a manutenção do equilíbrio
energético em indivíduos saudáveis considera idade, sexo, peso, estatura e nível de
atividade física.
DRI
 Valor médio necessário de ingestão diária de energia para a manutenção do balanço
energético de indivíduos saudáveis
 Considera a idade, sexo, peso, estatura, nível de atividade física
 Na infância inclui a energia associada a deposição dos tecidos

ATIVIDADE FÍSICA:
 Levada em consideração na hora de calcular
 Classificada como leve, moderada ou intensa, dependendo do esforço físico envolvido.
 Diferentes atividades diárias são associadas a categorias de nível de atividade física em
adultos.

RECOMENDAÇÕES DE MICRONUTRIENTES:
 Distribuir o Valor Energético Total (VET) entre carboidratos, lipídios e proteínas.
 Carboidratos fornecem energia às células, principalmente ao cérebro.
 Proteínas são essenciais para reparação e construção de tecidos, especialmente
durante o crescimento.
 Seguir as recomendações do Instituto de Medicina.

PROTEÍNAS:
 Ambos os sexos:
o 1 a 3 anos: 13g/dia
o 4 a 8 anos: 19g/dia
o 9 a 13 anos: 34g/dia
 Masculino:
o 14 a 18 anos: 52g/dia
 Feminino:
o 14 a 18 anos: 46g/dia

FIBRA ALIMENTAR:
 Ingestão mínima: idade (anos) + 5
 Ingestão máxima: idade (anos) + 10 —> máximo de 35g

RECOMENDAÇÃO HÍDRICA:
 1 a 3 anos: 1,3 L/dia
 4 a 8 anos: 1,7 L/dia
 9 a 13 anos: 2,4 L/dia
 14 a 18 anos: 3,3 L/dia

RECOMENDAÇÃO DE MICRONUTRIENTES:
 Consultar DRI para informações detalhadas.
ASPECTOS FISIOLÓGICOS, COMPORTAMENTAIS E NUTRICIONAIS

CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO:
 Crescimento refere-se às mudanças físicas nas dimensões do corpo, enquanto
desenvolvimento envolve modificações nas funções do organismo.
 Crescimento é um processo biológico dinâmico, afetado por fatores genéticos e
ambientais, e reflete as condições de vida da criança.
 Fatores ambientais como alimentação, cuidados gerais, higiene, acesso à saúde e
condições de habitação influenciam o crescimento.
 O crescimento é mais rápido nos primeiros anos de vida, diminui gradualmente dos 2
aos 5 anos e mantém-se constante a partir do quinto ano até a adolescência.

CRESCIMENTO EM IDADES ESPECÍFICAS:


 Nos primeiros anos, o peso duplica aos 6 meses e triplica aos 12 meses
 Até os 2 anos, o crescimento reflete mais as condições de nascimento e ambientais do
que fatores genéticos.
 A partir dos 2 anos, o potencial genético e as condições ambientais influenciam o
crescimento.
 Na infância, a velocidade de crescimento varia, com fatores como nutrição e saúde
afetando o resultado.
 Na adolescência, ocorre um crescimento intenso, com diferentes partes do corpo
crescendo em ritmos variados.

DISTÚRBIOS DE CRESCIMENTO:
 Déficits de crescimento linear até os 2 anos podem ser recuperados, mas a
reversibilidade diminui com a idade.
 Crescimento compensatório: resposta a uma desaceleração do crescimento após a
resolução da causa —> î velocidade de crescimento

FATORES QUE INFLUENCIAM O CRESCIMENTO:


 Alimentação, infecções, higiene e ambiente são cruciais para o crescimento.

AVALIAÇÃO
 Após coletar as medidas antropométricas, verificar se os valores encontrados estão
dentro dos imites normais

PARÂMETROS:
 Fechamento das epífises —> final do crescimento
 Crescimento dentário —> começa a partir dos 6 meses e finaliza (dentes permanentes)
por volta dos 6 anos

DESENVOLVIMENTO:
 O desenvolvimento é um processo contínuo que inclui crescimento, maturação,
aprendizado e aspectos psíquicos e sociais.
 Envolve a aquisição de habilidades complexas e segue uma ordem, mas pode variar
entre indivíduos.
 O desenvolvimento é influenciado por fatores biológicos e socioculturais, e estímulos
ambientais desempenham um papel essencial.
 Existem escalas de desenvolvimento para avaliar marcos como desenvolvimento social,
afetivo, motor, linguagem e neurológico.
CONTROLE DE ESFÍNCTERES:
 O controle intestinal precede o urinário e é reconhecido como um marco do
desenvolvimento infantil.

COMPORTAMENTO:
 A partir dos 2 anos, a criança desenvolve seu senso de identidade e independência e
são movidos pelo exemplo.
NUTRIÇÃO E VÍNCULO MÃE/FILHO:
 O vínculo entre mãe e criança afeta o crescimento, desenvolvimento e nutrição,
fornecendo um "alimento afetivo".

PROTEÇÃO E CUIDADO:
 A saúde e bem-estar das crianças e cuidadores afetam a capacidade de cuidar da
criança.

OPORTUNIDADE PARA O APRENDIZADO:


 A interação da criança com pessoas, lugares e objetos do ambiente contribui para o
desenvolvimento cerebral e aprendizado.

CUIDADO RESPONSIVO:
 Cuidadores responsivos percebem, entendem e respondem aos sinais da criança de
maneira apropriada, sendo fundamental para o desenvolvimento infantil.

COMPORTAMENTO E HÁBITOS ALIMENTARES – INFÂNCIA

COMPORTAMENTO ALIMENTAR NA INFÂNCIA


 Influenciado pelo ambiente.
 Começa a ser formado nos primeiros anos de vida.
 Fatores: sociais, afetivos/emocionais, comportamentais, motivacionais, genéticos e
ambientais.
 Alimentação infantil crucial para crescimento e prevenção de doenças na idade adulta.

FASES DE DESENVOLVIMENTO
 < 1 ano: Relação oral com o mundo, alimentação como afeto.
 1 ano e 3 meses: Alimentação como ato de brincar.
 1 ano e 5 meses: Fase de seleção de alimentos.
 1 ano e 8 meses: Desejo de comer sozinha.
 2 anos: Imitação dos pais.
 A partir dos 2 anos: Criança se distrai facilmente, opina no cardápio.

FATORES QUE INFLUENCIAM COMPORTAMENTO ALIMENTAR


 Fatores biológicos.
 Determinantes sociais.
 Influência da família.
 Alimentos do primeiro ano de vida.
 Fatores psicológicos.
 Idade.
 Fatores econômicos.
PROCESSOS DE APRENDIZAGEM
 Aprendizagem pela exposição repetida.
 Aprendizagem sabor-sabor.
 Aprendizagem nutriente-sabor ou caloria-sabor.

ATITUDE E ESTRATÉGIAS DOS PAIS


 Responsáveis pelas compras e exposição aos alimentos.
 Adoção de hábitos saudáveis como referência.
 Oferta e consumo de novos alimentos por outras pessoas.
 Desenvolvimento da percepção de fome e saciedade.
 Crianças responsáveis por quanto e quando comer.

INFLUÊNCIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO


 TV tem influência significativa.
 Crianças não têm senso crítico.
 Marketing também presente em meios digitais.

EMBALAGENS
 Além de conservar, refletem identidade do produto.
 Cores e apelo visual são relevantes.
 Praticidade pode levar a excessos calóricos.

ROTULAGEM
 Comunicação entre produtores e consumidores.
 Nem todos compreendem adequadamente as informações.
 Percentuais de ingestão diária podem não ser adequados à idade.

INICIATIVAS PARA PROMOVER ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL


 Refeições em família.
 Participação ativa da criança no preparo.
 Estimular curiosidade por sabores e texturas.
 Autonomia na alimentação.
 Evitar forçar ou chantagear a criança a comer.
 Presença de frutas e legumes nas escolas.
 Normas para alimentos escolares e no entorno.

COMPORTAMENTOS E HÁBITOS ALIMENTARES – PRÉ ESCOLAR

PRÉ-ESCOLAR: 1-6 ANOS

CARACTERÍSTICAS DA FASE:
 Menor crescimento.
 Interesse secundário pela alimentação.
 Redução do apetite.
 Corpo mais magro..
 Oscilação de preferências alimentares.
 Formação de hábitos saudáveis.
 Intenso desenvolvimento cerebral.

COMPORTAMENTOS ALIMENTARES:
 Neofobia alimentar.
 Presença de recusa alimentar.
 Picky eater (comedor exigente).
 Influência dos pais/responsáveis.
 Ambiente: publicidade de alimentos.
 Permissão ou restrição alimentar.

PROBLEMAS MAIS FREQUENTES:


 Inapetência alimentar (verdadeira ou falsa).
 Sobrepeso/obesidade.
 Consumo inadequado de grupos alimentares.

ABORDAGEM NUTRICIONAL:
 Avaliação clínica.
 Respeitar as preferências alimentares.
 Evitar recompensas e punições.
 Observar alimentação escolar.
 Mamadeira até os 2 anos, se utilizada.
 Preferência inata pelo sabor doce.
 Limitar alimentos ricos em sal, gordura e açúcar.
 Utensílios adequados à idade.
 Limitar aparelhos eletrônicos na hora das refeições.
 Não categorizar alimentos em "bons" e "ruins".
 Orientar ingestão de nutrientes essenciais.
 Verificar inapetência alimentar.
 Seguir recomendações de macronutrientes.
 Planejamento alimentar por refeição.
 Recomendações para formar bons hábitos alimentares.

PRESCRIÇÃO – PRÉ ESCOLAR


 Base no planejamento dietético:
 Condições socioeconômicas.
 Estado nutricional.
 Alimentação.
 Situação clínica e estado de saúde.

O PLANEJAMENTO DEVE:
 Satisfazer as necessidades nutricionais para o crescimento e desenvolvimento.
 Respeitar as características fisiológicas, comportamentais e hábitos próprios da idade.
 Enfocar aspectos nutricionais, microbiológicos e promover hábitos alimentares
saudáveis.
 Fornecer uma alimentação variada.
 Ter cálculos energéticos baseados na FAO ou IOM.
 Macronutrientes dentro de faixas aceitáveis
 Atenção especial aos micronutrientes cálcio, ferro, zinco, vitamina A e vitamina C
(DRIs).

GUIA ALIMENTAR:
- Conjunto de informações e recomendações para promover a saúde.
PRINCÍPIOS DO GUIA ALIMENTAR:
- Alimentos são mais que nutrientes.
- Levar em conta a evolução da alimentação e saúde da população.
- Alimentação saudável deriva de um ambiente sustentável.
- Diferentes saberes geram conhecimento.
- Guias alimentares geram poder de escolha alimentar.

10 Passos para uma Alimentação Saudável:


 Base em alimentos in natura ou minimamente processados.
 Uso moderado de óleos, gorduras, sal e açúcar.
 Limitação de alimentos processados e ultraprocessados.
 Comer com regularidade e atenção.
 Compras em locais com variedade de alimentos in natura.
 Desenvolvimento de habilidades culinárias.
 Planejamento do tempo para a alimentação.
 Preferência por refeições feitas na hora fora de casa.
 Crítica em relação a informações de propagandas comerciais.

PRÁTICAS ALIMENTARES:
 Inclusão na cozinha.
 Exemplo e presença dos pais.
 Participação dos irmãos.
 Lancheira saudável.
 Apresentar mais vezes.
 Mudar a consistência.
 Pratos coloridos e divertidos.
 Espetinhos.
 Picolé de frutas.

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