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Sumário:

INTRODUÇÃO: ..................................................................................................................... 2

1. INFÂNCIA: ........................................................................................................................ 2

1.1 - Introdução Alimentar: .............................................................................................. 2

1.2 - Alimentação No Período Pré-Escolar: .................................................................... 3

2. ADOLESCENTES: ............................................................................................................ 3

2.1 - Desenvolvimento: .................................................................................................... 3

2.2 - Ciclo Social: ............................................................................................................. 4

2.3 - Obesidade: ............................................................................................................... 4

3. ADULTOS: ........................................................................................................................ 5

3.1 - Equilíbrio, Variedade e Moderação Alimentar: ...................................................... 5

4. GESTANTES: .................................................................................................................... 7

4.1 - Aumento Da Frequência Alimentar: ....................................................................... 7

4.2 - Alimentação Recomendada Para Gestantes: ........................................................ 7

5. ATLETAS: ....................................................................................................................... 10

5.1 - Carboidratos: ......................................................................................................... 10

5.2 - Proteínas: ............................................................................................................... 10

5.3 - Hidratação: ............................................................................................................. 11

6. IDOSOS: ......................................................................................................................... 12

6.1 - Fatores Físicos: ..................................................................................................... 12

6.2 - Fatores Fisiológicos: ............................................................................................. 12

6.3 - Fatores Metabólicos: ............................................................................................. 13

6.4 - Fatores Psicológicos: ............................................................................................ 13

6.5 - Fatores Patológicos: ............................................................................................. 14

CONCLUSÃO: .................................................................................................................... 15

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: .................................................................................. 16

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INTRODUÇÃO:
A nutrição desempenha um papel fundamental em todos os estágios da vida
humana, influenciando o crescimento, o desenvolvimento, a saúde e o bem-estar ao
longo dos anos. Desde o momento da concepção até a terceira idade, nossas
escolhas alimentares desempenham um papel vital em nossa qualidade de vida e
longevidade. Ao compreendermos a importância da nutrição nos ciclos da vida,
podemos tomar decisões informadas sobre nossa alimentação e promover uma vida
mais saudável e equilibrada. Através dessa análise, esperamos destacar a relevância
da nutrição como um fator-chave na promoção do bem-estar em todas as fases da
jornada humana.

1. INFÂNCIA:

1.1 - Introdução Alimentar:


Até os seis primeiros meses de vida, o bebê precisa ser alimentado
exclusivamente com leite materno ou fórmulas infantis, caso não seja possível
amamentar. A partir desse momento, o sistema digestivo do bebê já está maduro o
suficiente para receber outros tipos de sabores e texturas. O organismo do pequeno
também já está mais forte e capaz de enfrentar alergias e infecções.
Além de saber quais são os melhores alimentos para o bebê, é importante
atentar para a maneira como os alimentos devem ser introduzidos.
O ideal é que o bebê faça 3 refeições por dia, além da complementação do
aleitamento materno. Essas refeições precisam conter minerais, vitaminas, fibras,
proteínas e gorduras boas.
Esses nutrientes estão presentes nas frutas, nos legumes, nas verduras, nos
cereais, nas carnes e nos feijões.
Os alimentos recomendados para essa primeira fase alimentar do bebê são:

 Frutas (frescas, raspadas ou amassadas): maçã, banana, mamão,


melancia e abacate, etc.
 Cereais: macarrão e arroz;
 Tubérculos: batata, aipim e batata-doce;
 Proteína animal: carne bovina, frango e ovos;
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 Verduras e legumes: beterraba, cenoura, repolho, abóbora e brócolis;
 Leite materno ou fórmula.

1.2 - Alimentação No Período Pré-Escolar:


A fase pré-escolar (de 1 a 6 anos de idade) é caracterizada pela redução da
velocidade de crescimento e do apetite, grande interesse pelo ambiente e reduzido
interesse pelos alimentos. De forma geral, os pré-escolares estão expostos a uma
ampla variedade de alimentos com diversas composições, sabores, texturas e cores.
Depois do leite e dos produtos lácteos, os principais componentes da dieta de
pré-escolares são as frutas, os vegetais verdes, os tubérculos, os cereais, o açúcar, a
carne e seus derivados. A ingestão de micronutrientes está estreitamente relacionada
com a ingestão de energia, de modo que é possível que as crianças cujo consumo de
energia seja menor também sofram de deficiência de outros micronutrientes, como o
ferro e o zinco.
A inapetência é a queixa mais comum dessa fase e deve ser avaliada tanto
pelo pediatra quanto pelo nutricionista, por meio de uma criteriosa anamnese
alimentar, adequações do peso à estatura, exames físicos e laboratoriais, para que se
possa diferenciar da inapetência orgânica, que pode estar associada à deficiência de
micronutrientes, especialmente o ferro. A nutrição inadequada, em especial a
deficiência de ácidos graxos essenciais (linoleico e alfalinolênico), pode estar
associada a déficits de aprendizagem e maior suscetibilidade a infecções.
Portanto, a alimentação adequada é fundamental para o crescimento e o
desenvolvimento de crianças nessa faixa etária, pois é nessa fase que se consolidam
os principais sistemas orgânicos e se formam os hábitos alimentares, fatores
condicionantes para o equilíbrio da saúde do futuro adulto.

2. ADOLESCENTES:

2.1 - Desenvolvimento:
A adolescência é uma fase de grande vulnerabilidade para o desenvolvimento
de distúrbios nutricionais, pelo aumento das necessidades de nutrientes específicos
decorrente da aceleração do ritmo de crescimento, do desenvolvimento puberal e das

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modificações na composição corpórea e também pela presença de hábitos
alimentares inadequados, bastante comuns neste período.
Além das modificações estruturais, há outros aspectos característicos, como a
busca por autonomia, a definição da própria identidade, a maior suscetibilidade às
pressões sociais, o que propicia mudanças nas escolhas alimentares do adolescente
e o abandono do padrão alimentar da família. O hábito alimentar do adolescente é
determinado por fatores psicológicos, socioeconômicos e culturais, assim como pela
influência dos seus pares e da mídia.

2.2 - Ciclo Social:


Na adolescência o comportamento é influenciado por vários fatores, em
resposta de uma busca por autonomia e criação de uma identidade própria e
independente. Os lugares frequentados, a dinâmica familiar, a condição sócio-
econômica, os círculos sociais e a influência dos meios de comunicação tem papel
importante nesse processo e influenciam também nas escolhas alimentares.
Os hábitos alimentares na adolescência são caracterizados pelo alto consumo
de alimentos ultraprocessados, que apresentam excesso de açúcar, gordura e sódio,
enquanto o consumo de frutas e hortaliças é baixo. Apesar da influência círculo social
ser importante no desenvolvimento desses hábitos, a família continua exercendo um
papel crucial, sendo que estudos apontam que o ato de realizar refeições em família
frequentemente pode agir como fator de proteção para problemas de saúde
relacionados ao desenvolvimento de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão
arterial e obesidade. Isso porque fazer refeições com os pais em pelo menos cinco
dias da semana está positivamente associado ao consumo frequente de feijão, frutas
e hortaliças e negativamente associado com o consumo frequente de guloseimas e
ultraprocessados. Além disso, o contexto familiar pode ser um ambiente de
aprendizagem, no qual os pais e irmãos mais velhos podem demostrar hábitos
alimentares saudáveis e ensinamentos sobre os alimentos e como prepara-los.

2.3 - Obesidade:
O aumento da frequência do excesso de peso e da obesidade observado entre
os adolescentes é preocupante, assim como o hábito de fazer regime para emagrecer

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que, especialmente entre as meninas, pode determinar níveis de ingestão de
micronutrientes inferiores aos recomendados.
Os lanches mais populares são os produtos fritos ou com sabores intensos,
doces e chocolates, biscoitos, produtos lácteos, frutas e sucos de frutas, refrescos e
pão. Quando os lanches substituem parcialmente as principais refeições, é importante
assegurar que sejam nutritivos, o que pode contribuir para uma dieta equilibrada,
desde que os demais alimentos escolhidos sejam adequados.
As consequências nutricionais do consumo de refrescos e fast food são
principalmente as resultantes dos seus altos teores de gordura e hidratos de carbono.
São as principais consequências a obesidade, cáries dentárias, hiperlipidemia e
hipercolesterolemia, hiperatividade infantil, diarreia e sobrecarga de fósforo devido às
grandes quantidades deste elemento em bebidas à base de cola.
Esses hábitos alimentares podem acarretar desequilíbrio no balanço
energético, com aumento do risco para o desenvolvimento de obesidade e
morbidades associadas, assim como deficiência de micronutrientes. A orientação
alimentar do adolescente não pode ser rígida e deve ser sempre discutida com ele
para que haja melhor adesão às modificações propostas.
A abordagem mais adequada é aquela que considera os aspectos
biopsicossociais próprios da adolescência e não se baseia apenas em proibições. A
promoção da alimentação saudável na adolescência, além de suprir as demandas
nutricionais desse importante estágio da vida, tem o potencial de conferir significantes
benefícios à saúde em longo prazo.

3. ADULTOS:

3.1 - Equilíbrio, Variedade e Moderação Alimentar:

A pirâmide alimentar ou a representação gráfica do equilíbrio alimentar foi


criada nos Estados Unidos no início da década de 1990. Como os hábitos de consumo
alimentar entre as pessoas são diferentes, nutricionistas brasileiros montaram uma
pirâmide alimentar adaptada para nossa realidade. A pirâmide brasileira é dividida em
08 grupos de alimentos, distribuídos em 04 níveis ou andares. De forma balanceada,
e adequada às necessidades especificas de cada um, devemos compor nosso

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cardápio diário com alimentos nutritivos e, porque não saborosos, que ajudam no
desenvolvimento das crianças e dos adolescentes e contribuem para a saúde e o bem-
estar na fase adulta.

Imagem:https://www2.ibb.unesp.br/Museu_Escola/2_qualidade_vida_humana/imagens/nutri_piramide.jpg.

No Primeiro Andar, no térreo, está o GRUPO 1 cujos alimentos devem ser


consumidos em maior proporção e todos os dias. São as fontes de carboidratos que
estão presentes arroz, macarrão, pão, batata que fornecem energia de fácil
assimilação pelo organismo.
O Segundo Andar é formado por dois grupos de alimentos: no GRUPO 2 pelas
hortaliças (verduras e legumes) e o GRUPO 3 pelas frutas e suco de frutas.
O Terceiro Andar abriga três grupos: GRUPO 4, as leguminosas (feijão, soja,
ervilha, lentilha); GRUPO 5 referente às carnes e ovos e GRUPO 6, leites e seus
derivados. Todos esses grupos são as principais fontes de proteínas.
No Quarto Andar, no topo, estão os GRUPO 7 dos óleos e gorduras (fonte de
lipídeos) e o GRUPO 8 dos açúcares e doces. São as fontes de energia que devem
ser consumidos com moderação.

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A Pirâmide alimentar foi construída com base nos grupos de alimentos e nos
seguintes princípios:
 Variedade: devem-se inserir nas refeições alimentos de todos os grupos, já
que nenhum é mais ou menos importante, assim proporcionando uma
diversidade de nutrientes para o organismo.
 Moderação: os alimentos devem ser consumidos de acordo com o tamanho
das porções recomendadas, principalmente os ricos em gorduras e açúcares.
 Proporcionalidade: reúne os conceitos de variedade e moderação,
respeitando a utilização de diferentes alimentos em quantidades adequadas a
cada pessoa.

4. GESTANTES:

4.1 - Aumento Da Frequência Alimentar:


É natural ter um maior apetite durante a gestação devido às transformações
metabólicas no corpo da mamãe. Há uma tendência para uma queda rápida de
glicemia e maior produção de peptídeos, substância que gera a sensação de
insaciedade. Além disso, há uma redução dos movimentos peristálticos no trato
digestório, que faz seu corpo pedir por “mais comida”. Mas basta mais 300 calorias
nas 2 mil indicadas diariamente para um adulto para você e seu bebê ficarem bem.
A fome que parece nunca ter fim na gravidez pode ser causada também pela
ansiedade característica do novo período, especialmente no último trimestre, quando
os enjoos já se foram e a expectativa pelo parto aumenta.

4.2 - Alimentação Recomendada Para Gestantes:


Durante toda a gravidez, a mulher deve comer a cada três horas. Os
especialistas recomendam uma alimentação bastante variada e colorida, incluindo
seis porções diárias de pães e cereais, de preferência integrais, cinco de frutas e três
a quatro porções de legumes e verduras. Além disso, carnes, leite e derivados, sempre
variando para assim obter os mais variados minerais e vitaminas que gestante e o
bebê precisam. Não se esquecendo de beber pelo menos dois litros de água por dia.
O primeiro trimestre é marcado por um aumento da frequência cardíaca e
volume do sangue da gestante, fase importante de desenvolvimento de partes vitais

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do bebê, como o sistema nervoso. Nessa fase, a ingestão de ferro, ácido fólico e
líquidos são interessantes. Isso não quer dizer que esses componentes são
importantes só nessa fase, eles têm que fazer parte de toda a gestação.
A gestante tendo uma noção do valor de cada nutriente poderá montar pratos
de acordo com o seu paladar e com a etapa da gravidez:

 FERRO: encontrado em carnes, fígado, ovos, feijão e verduras (espinafre, por


exemplo). Para melhor absorção do ferro pelo organismo, consuma na mesma
refeição alimentos ricos em vitamina C, como frutas cítricas e tomate, e evite
alimentos ricos em cálcio, como leite e seus derivados, que diminuem a
absorção.
 ÁCIDO FÓLICO: encontrado em vegetais verde escuros (espinafre, couve,
brócolis), cereais e frutas cítricas. O cozimento pelo microondas e altas
temperaturas destroem o ácido fólico. Prefira cozinhar no vapor. Já a partir do
segundo trimestre de gestação, é hora de se reforçar a ingestão de vitaminas
C (age na formação do colágeno – pele, vasos sanguíneos, ossos e cartilagem,
além de fortalecer o sistema imunológico da mamãe) e B6 (importante para o
crescimento e o ganho de peso do feto e a prevenção da depressão pós-parto)
e do mineral e magnésio (favorece a formação e o crescimento dos tecidos do
corpo).
 VITAMINA C: encontrada nas frutas como kiwi, laranja, morango, melão,
melancia, mamão, abacaxi e nas hortaliça (brócolis, pimentões, tomate, couve-
flor).
 B6: encontrada no trigo, milho, fígado, frango, peixe, leite e derivados,
leveduras.
 MAGNÉSIO: encontrada nas nozes, soja, cacau, frutos do mar, cereais
integrais, feijões e ervilhas.
O cálcio e a vitamina D devem ser reforçados no terceiro trimestre, já que o
bebê começa a esgotar a reserva da mamãe. O bebê precisa para a sua formação
óssea (dentes e ossos). Além disso, auxilia na contração muscular e batimentos
cardíacos. Já a mamãe precisa para manter as unhas fortes, os dentes sem cáries,
evitar gengivite e câimbras, além de ajudar na produção de leite após o parto.

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 CÁLCIO: encontrado em leites e derivados, bebidas de soja, tofu, gema de ovo
e cereais integrais.
 VITAMINA D: encontrada em leite enriquecido, manteiga, ovos e fígado. O
banho de sol é essencial para que essa vitamina auxilie na fixação do cálcio
nos ossos.
Esses não são os únicos nutrientes que mamãe e bebê precisam durante toda
a gravidez. Outros importantes são:

 CARBOIDRATOS: fornecem energia para a mamãe e para o desenvolvimento


do bebê. Os melhores são os integrais: arroz, pães, macarrão e cereais que
são absorvidos mais lentamente e por isso saciam mais a mamãe.
 PROTEÍNAS: encontradas em carnes, feijão, leite e derivados. São
responsáveis por construir, manter e renovar os tecidos de mamãe e bebê.
 LIPÍDEOS: são as gorduras que auxiliam na formação do sistema nervoso
central do feto. Encontrados mais em carnes, leite e derivados, abacate, azeite
e salmão.
 VITAMINA A: ajuda no desenvolvimento celular e ósseo e a formação do broto
dentário do feto e na imunidade da gestante. É encontrada no leite e derivados,
gema de ovo, fígado, laranja, mamão, couve e vegetais amarelos.
 NIACINA (VITAMINA B3): transforma a glicose em energia, mantendo a
vitalidade das células maternas e fetais e estimula o desenvolvimento cerebral
do feto. É encontrada em verduras, legumes, gema de ovo, carne magra, leite
e derivados.
 TIAMINA (B1): também estimula o metabolismo energético da mamãe. É
encontrada em carnes, cereais integrais, frutas, ovos, legumes e leveduras.

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5. ATLETAS:

A alimentação é o combustível que ajuda os atletas a terem melhor rendimento,


sem isso, resistência, força e desempenho geral serão reduzidos. Se o atleta quiser
tirar o máximo proveito de seus treinos e capacidades, deve dedicar-se a ingerir os
melhores alimentos, sua dieta deve ser uma prioridade em seus esforços de
condicionamento físico.
À medida que seu corpo libera energia através de exercícios e treinamento, o
atleta precisa reabastecer os nutrientes perdidos, o que pode ser feito escolhendo os
melhores alimentos para atletas. O treinamento diário e a recuperação exigem um
plano alimentar abrangente que corresponda a essas demandas físicas.

5.1 - Carboidratos:
Os carboidratos constituem os mais abundantes dos compostos orgânicos.
Servem como combustível, reserva de energia, ligam-se a outros macronutrientes que
desempenham importantes papeis nas membranas celulares, etc.
Carboidrato é o principal substrato energético do músculo durante a atividade
física, utiliza reservas de glicogênio hepáticas ou musculares como fonte de energia.
Em exercícios físicos anaeróbicos, o consumo de glicogênio se dá com maior
intensidade, enquanto que em exercícios físicos aeróbicos, a participação de ácidos
graxos é mais intensa. Em atividades que necessitam de maior utilização de
glicogênio como fonte energética (como, por exemplo, corrida de velocidade, sprint
final de alguns tipos de modalidades, esportes em que a atividade é praticada de
maneira intermitente e com máximo esforço) é importante dar uma atenção especial
a quantidade de carboidratos, principalmente nos dois a três dias antes da
competição. Dessa maneira, o corpo consegue fazer maiores reservas de glicogênio
e estar mais bem preparado para o dispêndio de energia durante uma prova
competitiva.

5.2 - Proteínas:
As proteínas têm uma função plástica no nosso organismo – formam estruturas.
Elas têm uma participação mínima para produção de energia quando a dieta está
adequada no fornecimento calórico. Por serem responsáveis pela formação e

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reparação dos tecidos, proporcionam adaptações em resposta ao treinamento físico,
além de estarem envolvidas na formação de hormônios e de enzimas que participam
de diversas funções, dentre as quais, o metabolismo.
A ingestão de proteínas acima dos valores recomendados ou acima de suas
necessidades momentâneas é um problema por que não permite que exista
carboidrato suficiente para restaurar o glicogênio muscular em depleção durante dias
de treinamento. Muita proteína na dieta também faz com que seus aminoácidos sejam
utilizados sob a forma de energia ou se convertam em tecido adiposo; elevem o risco
de desidratação em decorrência de maior excreção de amônia e uréia pelos rins, de
aumentar as perdas de cálcio, prejudicando a contração muscular.
Outro ponto importante em relação às proteínas é o de que elas apresentam
melhor resultado na estimulação da síntese protéica muscular quando consumidas
em conjunto com carboidratos. Estudos avaliando o desempenho físico de atletas
realizando exercícios de endurance e de força mostrou que o consumo conjunto de
proteínas com carboidratos quando comparado ao consumo isolado de carboidratos
resultou em menor dano muscular gerado pelo exercício e melhora no desempenho
esportivo.

5.3 - Hidratação:
A hidratação é um dos itens mais importantes para o atleta, pois durante o
esforço físico, a produção de calor chega a ser 100 vezes maior que em condições de
repouso. Esse calor é dissipado por meio da evaporação do suor, ou seja, por meio
da perda de líquidos. Para que isso ocorra adequadamente, é melhor que o corpo
esteja hidratado, pois se o calor não fosse dissipado, estima-se que a temperatura
corporal aumentaria em 1ºC a cada cinco/ oito minutos, sendo que valor de 45ºC para
a temperatura corporal é incompatível com a vida.
Uma maneira de manter o organismo hidratado seria ingerir líquidos antes,
durante e depois da atividade física. Antes da atividade, a recomendação geral seria
o consumo de aproximadamente 500 a 600 mL de líquido duas horas antes do início
do exercício para que o organismo consiga fazer o ajuste hídrico e eliminar o excesso.
Este momento da hidratação possibilita que o atleta inicie a atividade estando
hidratado e é principalmente importante em esportes que não se tenham muitos
intervalos para a ingestão de líquidos. Durante o exercício, recomenda-se o consumo

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de 150 a 200 mL de líquido a cada quinze/vinte minutos de exercício. Nessa situação,
bebidas flavorizadas, em temperaturas mais frias e com percentual e tipo adequado
de carboidratos são mais aceitas e mais facilmente absorvidas. Por último,
recomenda-se que o atleta reponha os líquidos perdidos após o exercício em 150%,
ou seja, se perder 1 kg de peso durante a atividade ele deverá, nas próximas quatro
horas, ingerir pelo menos 1,5 litros de água. Essa recomendação é feita, porque
mesmo depois que o atleta termina o exercício, ele continua perdendo líquidos por
algum tempo.

6. IDOSOS:

O envelhecimento é um fenômeno que atinge todos os seres humanos,


independentemente. Sendo caracterizado como um processo dinâmico, progressivo
e irreversível, ligados intimamente a fatores biológicos, psíquicos e sociais.

6.1 - Fatores Físicos:


As alterações físicas, como perdas sensoriais (déficit auditivo e visual), déficits
cognitivos, problemas osteoarticulares, sequelas ou descontrole de doenças crônicas,
são fatores que limitam a mobilidade e a independência do idoso, prejudicando sua
sociabilidade, atividades diárias e bem-estar.

6.2 - Fatores Fisiológicos:

 Envelhecimento do sistema cardiovascular: Acúmulo de gordura no átrio e


septo do miocárdio, calcificação e degeneração das valvas aórtica e mitral,
arteriosclerose comum.
 Sistema respiratório: Redução na frequência respiratória, aumento do espaço
morto, calcificação da traqueia, diminuição do volume alveolar, elasticidade
pulmonar reduzida, apneia do sono comum.
 Sistema digestório: Redução na inervação no esôfago, atraso no
esvaziamento gástrico, redução na capacidade do pâncreas e fígado de
secretar enzimas, absorção de nutrientes variável.

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 Sistema genito-urinário: Redução do peso renal, esclerose dos vasos renais,
menor filtração glomerular, aumento de ferro no ureter, desarranjo da bexiga,
aumento de infecções urinárias.
 Sistema endócrino: Diminuição de alguns hormônios (hipofisários, hormônios
sexuais) e aumento de outros (hormônios tireoidianos, prolactina, PTH, ACTH,
LH e FSH).
 Climatério: Transição da fase reprodutiva para não reprodutiva em mulheres,
com risco de osteoporose e doenças cardiovasculares.
 Sistema nervoso: Redução no número de neurônios.
 Sistema osteoarticular: Contração das vértebras, perda de massa óssea e
muscular, aumento de casos de artrite e artrose, menor comprimento de passos
e força muscular reduzida.
 Imunidade: Função imune reduzida, resposta de linfócitos T e NK diminuída,
produção de anticorpos e resposta a novos antígenos limitadas.

6.3 - Fatores Metabólicos:


A Síndrome Metabólica (SM) tem como característica um conjunto de fatores
de risco, que associados, tais como: o aumento da circunferência abdominal,
hipertensão arterial sistêmica, hiperglicemia, resistência insulínica e dislipidemia.
O diagnóstico se dá quando o paciente apresenta três desses fatores de risco.
A SM é um grande desafio para a Saúde Pública, por levar ao desenvolvimento de
doenças/eventos cardiovasculares e diabetes mellitus e ser responsável por grande
parte dos óbitos em todo o mundo.
Em idosos, um tratamento adequado associado a uma dieta adequada contribui
positivamente para a recuperação desses pacientes, mas, infelizmente a adesão a
esta mudança de estilo de vida ainda é muito baixa.

6.4 - Fatores Psicológicos:


Os problemas de saúde mental são comuns entre os idosos e podem incluir
isolamento, distúrbios afetivos, ansiedade, demência e psicose, entre outros.
Muitos idosos também sofrem de perturbações do sono e do comportamento,
deterioração cognitiva ou estados de confusão como resultado de perturbações físicas
ou intervenções cirúrgicas.

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À medida que as pessoas envelhecem, experimentam mudanças nas
capacidades físicas e cognitivas, tais como velocidade de marcha e tempo de reação,
e também mudanças na vivência emocional e nos interesses sociais.
Segundo a Organização Mundial da Saúde existem muitos fatores que podem
ter impacto na vida psicológica dos idosos.
Entre esses fatores incluem-se:
 Abuso de álcool ou de substâncias;
 Doença causadora de demência como a doença de Alzheimer;
 Doença ou perda de um ente querido;
 Doença a longo prazo como o cancro ou doença cardíaca;
 Dor crónica;
 Interações medicamentosas;
 Deficiência física ou perda de mobilidade;
 Doenças físicas que podem afetar a emoção, memória e o pensamento;
 Dieta pobre ou desnutrição.

6.5 - Fatores Patológicos:


No passado, poucas pessoas chegavam ao que se chama hoje de terceira
idade. Por isso, algumas das doenças muito comuns na população de idosos atual
não eram frequentes e não apareciam como grandes causadoras de mortalidade.
No entanto, hoje a situação mudou. As doenças crônicas são muito comuns
nessa população como:
 Doenças cardiovasculares;
 Problemas pulmonares;
 Diabetes;
 Osteoporose;
 Alzheimer;
 Câncer.

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CONCLUSÃO:

Em conclusão, ao longo das diferentes fases da vida, desde a infância até a


velhice, observamos uma série de características distintas que impactam as
necessidades nutricionais e os desafios de cada grupo. A infância é marcada pela
introdução alimentar e o período pré-escolar, onde o desenvolvimento é fundamental.
Na adolescência, o foco recai no desenvolvimento físico, ciclo social e questões
relacionadas à obesidade. Na fase adulta, a ênfase está no equilíbrio, variedade e
moderação alimentar. Durante a gestação, aumenta a frequência alimentar e a
atenção se volta para alimentos ricos em ferro e hidratação. Para os atletas, a dieta
se concentra em carboidratos, proteínas e hidratação adequada para o desempenho
esportivo. Por fim, no envelhecimento, diversos fatores físicos, fisiológicos,
metabólicos, psicológicos e sociais influenciam as necessidades nutricionais e a
saúde geral, com atenção especial a condições patológicas. Compreender essas
características é essencial para promover a saúde e o bem-estar ao longo de toda a
vida.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

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