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Saú de da

Criança:
Avaliaçã o
Ampliada
Gecilda Régia Ramalho Vale Cavalcante
Médica de Família e Comunidade
OBJETIVO EDUCACIONAL

• Compreender a monitorizaçã o do crescimento infantil.


• Compreender o acompanhamento do desenvolvimento infantil.

• Entender aspectos da alimentaçã o saudável para crianças de 0 a 6


meses (trabalhar a importâ ncia do aleitamento materno).

• Rever o conceito de Segurança do Paciente e trabalhar o item


Higienizaçã o das Mã os
•Supera a visã o tradicional, restrita a orientaçõ es de alimentaçã o ,higiene,
vacinas e controle do crescimento e desenvolvimento para uma puericultura
que incorpora conceitos de ricos e vulnerabilidades e entenda a criança na
sua dimensã o psíquica e nas suas relaçõ es com a família e com a comunidade
que a cerca.

A NOVA PUERICULTURAOVA PUERICULTURA.


Um novo olhar para a saúde da criança

• Incorpora conceitos de risco e vulnerabilidade,


entendendo a criança na sua dimensã o psíquica e
nas suas relaçõ es com a família e a comunidade. A
criança na sociedade atual adquiriu novos
contornos, ganhando uma complexidade que
demanda um olhar mais ampliado, que a enxergue
como um sujeito social, com vivências diversas.
• A APS tem de incluir o escolar e o adolescente,
bem como a dinâ mica familiar e os espaços sociais
onde convivem.
Os olhares da ESF ampliam a
percepçã o da criança e da família
•A inserçã o do médico de família e comunidade na
equipe de saú de da família, permite uma maior
aproximaçã o das realidades da criança, da família e da
comunidade.

•O enfoque, mais atual, da promoçã o da saú de muda o


eixo da simples orientaçã o educativa e detecçã o
precoce dos problemas para a intervençã o nos
determinantes gerais do processo saú de/doença.
Nova CDERNETA DE
SAUDE DA CRIANÇA
ACOMPANHAMENTO DO CRESCIMENTO e DESENVOLVIMENTO
CRESCIMENTO

• Todo indivíduo nasce com um potencial


ou alvo genético de crescimento, o qual
está relacionado à s especificidades
hereditá rias e ao sistema neuroendó crino
e é fortemente influenciado por questõ es
ambientais, relacionadas à alimentaçã o,
à s condiçõ es socioeconô micas, geofísicas,
de urbanizaçã o e fundamentalmente do
afeto proveniente da relaçã o mã e e filho.
CURVAS DE CRESCIMENTO

• Para isso, existem as curvas padrão de crescimento da Organização


Mundial de Saúde (OMS)

Escore Z representa a distâ ncia, medida em unidades de DP, que os vá rios


valores daquele parâ metro podem assumir na populaçã o em relaçã o ao valor
médio
CRESCIMENTO
• Peso ao nascer:
• Normal: entre 2.500 e 3.500g Dobra o peso com 4 meses
Triplica o peso com 1 ano
• Baixo peso: abaixo de 2.500g
Quadriplica o peso com com 2 anos.

• O RN perde 10% do peso nos 2 BAIXO PESO AO NASCER


primeiros dias. • Ó timo indicados das condiçõ es de
• Ganho médio de peso por trimestre: saú de materna e das condiçõ es RN
• 1ºtrimestre 700g/mês
• 2º trimestre 500g/mês • A OMS considerado determinante
• 3º trimestre 400g/mês isolado mais importante de
sobrevivência da criança.
• 4º trimestre 350g/mês
RN: + ou - 50 cm
1º semestre: cresce 15 cm ESTATURA (COMPRIMENTO/ALTURA)

2º semestre: cresce 10 cm
No fim do 1º ano: está com + ou - 75 cm
Entre 1 e 3 anos: cresce 10 cm /ano
Idade de 4 anos: 1 metro
PERÍMETRO CEFÁLICO:
• RN: 34 a 35 cm
• 6 meses: 42 a 43 cm
• Aumenta 10 cm/ano no 1º ano e mais 10 cm até os 20 anos, sendo que a maior

parte desse crescimento ocorrerá até os 6 anos.


Visa a identificaçã o de doenças como microcefalia, hidrocefalia crâ niocinostose
ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA – IMC

• Peso(kilo)/comprimento ou altura ao quadrado


Seu uso é recomendado desde o nascimento devido à evidências da associação
de seus valores em crianças menores de 2 anos com obesidade na adolescência
ou vida adulta
DESENVOLVIMENTO :
O conceito é amplo e refere-se a uma transformação complexa, contínua
dinâmica e progressiva, que inclui, além do crescimento, maturação,
aprendizagem e aspectos psíquicos e sociais.
ASPECTO DO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA DE
ACORDO COM FAIXA ETÁRIA
O QUE É UMA PRÁTICA ALIMENTAR SAUDÁVEL?
ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR
• Alimentos sólidos ou semissólidos
que complementam o leite materno
• nutricionalmente adequados,
• em momento oportuno,
• fácies de serem consumidos
• quantidade apropriada
• seguros ,
• disponíveis ,
• acessíveis
• respeitando a cultura local.
ALIMENTACÃ O DA CRIANÇA AMAMENTADA

1 .AME até 6 meses com introduçã o de alimentos complementares a partir


desta idade, mantendo AM.
2. Continuar com AM em livre demanda, frequente, até os dois anos
3. Praticar alimentaçã o responsiva, aplicando o principio de cuidado
psicossocial
4. Praticar boa higiene e manipulaçã o apropriada dos alimentos.
5.Iniciar com pequenas quantidades de alimentos e aumentar a quantidade à
medida que a criança cresce, mantendo alimentaçã o frequente.
ALIMENTACÃ O DA CRIANÇA AMAMENTADA

6. Aumentar gradualmente a consistência e a variedade à medida que a


criança cresce, adaptando aos requerimentos e habilidades da criança.
7. Aumentar o nú mero de vezes à medida que a criança cresce.
8. Alimentar com uma variedade de alimentos nutritivos para assegurar
todas as necessidades nutricionais.
9. Usar alimentos complementares fortificados ou suplementos vitamínicos
para criança, se necessá rio
10. Aumentar a ingesta de líquidos durante as doenças, incluindo
aleitamento materno mais frequente, e encorajar a criança a comer
alimentos prediletos, macios. Apó s a doença, oferecer alimentos com mais
frequência que a habitual, e encorajar a criança a comer mais
SEGURANÇA DO PACIENTE

• A segurança do paciente visa a reduçã o de atos inseguros nos processos assistenciais e


o uso das melhores prá ticas de cuidado, a reduçã o dos riscos de danos desnecessá rios
associados a assistência em saú de e a gestã o de riscos persistentes ao longo do tempo,
visando maximizar os benefícios e .minimizar danos aos pacientes no sistema de saú de.
• Essa definição foi atualizada pela OMS, em 2020, e a Segurança do Paciente
passou a ser definida como um referencial explicativo de atividades organizadas
que cria culturas, processos, procedimentos, comportamentos, tecnologias,
ambientes, que de forma sustentável e coerente, reduzem riscos e a ocorrência
de dano evitável, tornam o erro menos provável, e reduzem seu impacto quando
ele ocorre . Essa definição incorpora e traduz uma visão sistêmica e abrangente
da Segurança do Paciente. Como pensar e concretizar essa visão no âmbito da
APS, sistema altamente complexo pelas características dos pacientes.
5 MOMENTOS PARA HIGIENE DE MÃOS

Sã o momentos para lembrar de higienizar as mã os


antes, durante e apó s o atendimento ao paciente.
Sã o eles:
1) Antes de tocar o paciente;
2) Antes de realizar procedimento limpo ou
asséptico;
3) Apó s o risco de exposiçã o a fluidos corporais ou
excreçõ es;
4) Apó s tocar o paciente;
5) Apó s tocar superfícies pró ximas ao paciente.
REFERÊNCIAS :

• BRASIL. Ministério da Saú de. Política nacional de atenção


integral à saúde da criança Brasília (DF), 2018.
BRASIL. Ministério da Saú de. Secretaria de Atençã o à Saú de.

• BRASIL, Ministério da Saú de. Carteira de serviços da


atenção primária à saúde (CaSAPS). Brasília, 2019.

• ASSOCIAÇÃ O HOSPITALAR MOINHOS DE VENTO. Segurança do


Paciente na Atenção Primária à Saúde: Teoria e Prática. Tiago
Chagas Dalcin, Carmen Giacobbo Daudt ... [et al.,]. – Associaçã o
Hospitalar Moinhos de Vento: Porto Alegre, 2020.
Referências:
DUNCAN, B. B. et al. Medicina
Ambulatorial: condutas de atenção
primário baseadas em evidências.
4.ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.
PAG:235 a 247

BRASIL, Ministério da Saú de. Secretaria de


Atençã o à Saú de. Departamento de atençã o
bá sica. Saúde da Criança: Crescimento e
desenvolvimento Brasília, 2012. Cap. 7 e 8
e9

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