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CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

ANA ROSA DE BRITO

SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

MACHADINHO D´OESTE-RO

SETEMBRO DE 2020
O CUIDAR DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Trabalho elaborado como requisito para


obtenção de nota final da disciplina
o cuidar da criança e do adolescente,
apresentado a Faculdade UNIP.

DOCENTE: ANA SUELI ALVES BARBOSA

MACHADINHO D´OESTE-RO

SETEMBRO DE 2020

INTRODUÇÃO
O presente trabalho trata sobre a Saúde da Criança e do Adolescente, mais
concretamente sobre o conceito de saúde, os cuidados e atendimento com essa parte
da população redentora de direitos. São objetivos desse trabalho analisar indicadores
de saúde esperados no desenvolvimento, abordar sobre os problemas comuns dessa
faixa etária, prevenção e tratamento, enfatizando no campo atuação do enfermeiro,
das atribuições que devem ser desenvolvidas pelo profissional.

1. CONCEITO DE SAÚDE
A atual definição de saúde de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde) é
uma situação de perfeito bem-estar físico, mental e social da pessoa, e não somente a
ausência de enfermidades como era antes considerada, abrangendo então dimensões
físicas, emocionais, mentais, sociais e espirituais do ser humano. No entanto essa
pode ser considerada um conceito utópico devido à impossibilidade de se alcançar
essa perfeição que é visada.Na realidade a saúde do individuo é intrínseca a
“qualidade de vida” do individuo. O que é uma “qualidade de vida”? Considera-se um
termo com significado subjetivo no qual apenas o próprio sujeito é capaz de analisar,
“A realidade é a de cada um” de acordo com o psicanalista britânico WilfredBion
(1967).

2. SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Crianças e adolescentes tem direitos e prioridade nas políticas públicas, sendo


responsabilidade do SUS (Sistema Único de Saúde) efetivar o direito à vida e à saúde
e garantindo o acesso universal e igualitário aos serviços do sistema público e
promovendo saúde, prevenção de doenças e agravos, atenção humanizada e trabalho
em rede.

3. SAÚDE DA CRIANÇA

A primeira infância, de zero a 6 anos, é um período muito importante para o


desenvolvimento mental e emocional e de socialização da criança. É fundamental
estimular bem a criança nessa fase, para que ela tenha uma vida saudável e possa
desenvolver-se bem na infância, na adolescência e na vida adulta.A ciência tem
comprovado que as experiências vividas na Primeira Infância, desde o período de
gestação, influenciam diretamente na formação do adulto que a criança será no
futuro. Essa fase é uma janela de oportunidades para que o indivíduo desenvolva
todo o seu potencial. Nos primeiros anos de vida, a arquitetura do cérebro começa a
se formar. (Ministério da Saúde, 2013)

Esse processo continua ao longo do tempo, moldado pelas experiências positivas ou


negativas vividas e compartilhadas, principalmente, com seus pais, parentes e
cuidadores em geral. Por isso, a proteção é essencial: problemas graves logo no
início da vida, como violência familiar, negligência e desnutrição, podem interferir no
desenvolvimento saudável do cérebro.Por outro lado, o estímulo adequado gera
benefícios, que vão desde o aumento da aptidão intelectual, que favorece o
acompanhamento escolar e diminui os índices de repetência e evasão, até a
formação de adultos preparados para aprender a lidar com os desafios do cotidiano.
(Ministério da Saúde, 2013)

Conclui-se que é fundamental que a criança seja bem estimulada nessa fase para ter
um bom desenvolvimento, e ter uma vida saudável, pois a criança é um ser humano
em pleno desenvolvimento e todas as experiências vividas nos primeiros anos de
vida são fundamentais para a sua formação.
3.1. ACOLHIMENTO E ATENDIMENTO A CRIANÇA

De acordo com o Ministério da Saúde toda criança tem direito a:

 Ser registrada gratuitamente.


 Realizar o teste do pezinho entre o 3º e o 5º dia de vida.
 Ter acesso a serviços de saúde de qualidade.
 Ter acesso à escola pública e gratuita perto do lugar onde mora.
 Receber gratuitamente as vacinas indicadas no calendário básico de vacinação.
 Ter direito de viver intensamente a infância.
 Ter acesso à água potável e alimentação adequada.
 Ser acompanhada em seu crescimento e desenvolvimento.
 Ser acompanhada pelos pais durante a internação em hospitais.
 Viver em um lugar limpo, ensolarado e arejado.
 Ter oportunidade de brincar e aprender.
 Viver em ambiente afetuoso e sem violência.

Com o objetivo de promover e proteger a saúde da criança e o aleitamento materno,


o Ministério da Saúde instituiu a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da
Criança (PNAISC). A política abrange os cuidados com a criança da gestação aos 9
anos de idade, com especial atenção à primeira infância e às populações de maior
vulnerabilidade, visando à redução da morbimortalidade e um ambiente facilitador à
vida com condições dignas de existência e pleno desenvolvimento.

Para que a criança cresça e se desenvolva bem, é fundamental comparecer à


unidade de saúde para fazer o acompanhamento do seu crescimento e
desenvolvimento.
Em todas as consultas de rotina, o profissional de saúde deve avaliar e orientar
sobre:

 Alimentação da criança.
 Peso, comprimento ou altura e perímetro cefálico (este último até os 2 anos).
 Vacinas.
 Desenvolvimento.
 Prevenção de acidentes.
 Identificação de problemas ou riscos para a saúde.
 Outros cuidados para uma boa saúde.

3.2. DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA


De acordo com o Ministério da Saúde, é importante estimular desde cedo o
desenvolvimento da criança para que ela adquira autoconfiança, autoestima e
desenvolva capacidade de relacionar-se bem com outras crianças, com a família e
com a comunidade. Desse modo, terá maior possibilidade de tornar-se um adulto
bem adaptado socialmente.
Vigiar o desenvolvimento da criança nos primeiros anos de vida é de extrema
importância, pois é nesta etapa da vida extrauterina que o tecido nervoso mais
cresce e amadurece, estando, portanto, mais sujeito aos agravos. É também nesta
época que a criança responde melhor aos estímulos que recebe do meio ambiente e
às intervenções, quando necessárias.

Na caderneta de saúde da criança, criado pelo ministério da saúde, esta toda a


informação sobre o desenvolvimento a criança de acordo com cada idade e também
informações sobre cuidados com a criança, tal como informações sobre como
identificar problemas no desenvolvimento, orientações sobre saúde dental, ocular e
auditiva, principais fatores de risco, e alterações físicas associadas a problemas ,
sinais de autismo, entre outros.

3.3. DESENVOLVIMENTO PONDERO-ESTATURAL

O desenvolvimento pondero-estatural refere-se ao crescimento por ingestão calórica,


seu conceito baseia-se no tamanho (peso e altura) da criança. O crescimento é
influenciado por alguns fatores, como por exemplo, a duração e a qualidade do sono,
problemas clínicos e psicossociais. O sono desempenha um papel crucial na
homeostase do organismo. Sua relacão com o desenvolvimento pondero-estatural na
infância e adolescência, especialmente na sua associação com o ganho de peso, tem
sido tema de marcado interesse. A maior parte da evidência disponível fala a favor de
uma influência da quantidade insuficiente de sono sobre o ganho de peso. (CHEN,
2008). Poucos estudos avaliaram o efeito de intervenções com vistas ao efeito do
aumento do tempo de sono sobre a perda ou manutenção do peso ou sobre o
crescimento estatural. Uma intervenção feita com mães de lactentes na segunda
semana de vida, baseada em higiene do sono, alimentação e regulação emocional, e
reforçada periodicamente até 40 semanas pós-nascimento, encontrou menor risco de
sobrepeso com um ano de idade no grupo que sofreu a intervenção. (SAVAGE, 2016)

Estudos que avaliaram o possível papel do sono sobre o crescimento estatural


apresentam delineamento observacional e seus resultados sugerem uma associac¸ão
positiva entre maior duração de sono e altura. No estudo de Lamplet al., a
probabilidade de crescimento episódico, o conhecido ‘‘estirão’’, aumentava em 20%
para cada hora adicional de sono e 43% para cada episódio diurno de sono, em
crianças acompanhadas dos quatro aos 17 meses. (LAMPL, 2011)A associac¸ão entre
menor durac¸ão de sono e risco para sobrepeso e obesidade está bem estabelecida
para todas as faixas etárias da pediatria. Entretanto, maiores evidências são
necessárias para que se possa estabelecer uma associac¸ão entre durac¸ão
insuficiente de sono e déficit no crescimento estatural. O médico pediatra deve incluir
nas suas orientac¸ões de rotina o estímulo a hábitos de sono saudáveis como
coadjuvante na prevenc¸ão e manejo do excesso de peso. (HALAL, 2018)
Em suma, o crescimento pondero-estatural é um termo utilizado para tratar do
crescimento em estarura relacionado ao peso e o RCPE (retardo de crescimento
pondero estatural) é um termo que se refere ao crescimento menor que o esperado
durante os 3 primeiros anos de vida, quando comparado com o crescimento adequado
de crianças com a mesma idade e sexo.

3.4. EXAME FÍSICO (SAE) MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS

A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é uma metodologia ordenada


e deliberada que possibilita ao enfermeiro e sua equipe desenvolverem o Processo de
Enfermagem por meio do conhecimento técnico, científico e humanos, conferindo-lhe
autonomia, respaldo científico, legal e satisfação profissional em suas ações. (WALL et
al, 2014)

O exame físico de enfermagem é um conjunto de técnicas e manobras que os


profissionais de enfermagem desenvolvem com o intuito de diagnosticar nos pacientes
problemas associados a alguma patologia e com isso elaborar o planejamento da
assistência de enfermagem.
O exame físico pode ser realizado também por outros profissionais da área da saúde,
também com o objetivo de evidenciar sinais e sintomas que possam levar a um
diagnóstico. (SILVA, [21-])

O objetivo da metodologia é garantir a precisão e a coesão no cumprimento do


processo de enfermagem e de atendimento aos pacientes. O método é organizado em
cinco etapas, que ajudam a fortalecer o julgamento e a tomada de decisão clínica
assistencial do profissional de enfermagem. Dessa forma, o profissional consegue agir
de acordo com a priorização, a delegação, gestão do tempo e contextualização do
ambiente cultural do cuidado prestado. (RODRIGUES, 2019)

A metodologia da SAE é organizado em cinco etapas, que ajudam a fortalecer o


julgamento e a tomada de decisão clínica assistencial do profissional de enfermagem.
São eles:

1. Coleta de dados de Enfermagem ou Histórico de Enfermagem

2. Diagnóstico de Enfermagem

3. Planejamento de Enfermagem

4. Implementação

5. Avaliação de Enfermagem (Evolução)

Em conclusão, no âmbito da antropometria, o exame físico estuda as medidas de


tamanho e proporções do corpo humano e sua relação com o problema apresentado
pelo paciente. As medidas antropométricas tais como peso, altura, circunferência de
cintura e circunferência de quadril são utilizadas para o diagnóstico do estado
nutricional (desnutrição, excesso de peso e obesidade) e avaliação dos riscos para
algumas doenças em crianças, adultos, gestantes e idosos.

3.5. COMPLEMENTAÇÃO VITAMÍNICA

A carência de micronutrientes é um fator de risco para o adoecimento, influenciando o


aumento da incidência de morbidade e mortalidade na infância. A taxa de doenças
globais secundárias à deficiência de micronutrientes é de cerca de 7,3%. Verifica-se
que a suplementação de vitaminas e minerais apresenta-se como uma opção
favorável para suprir os déficits nutricionais da alimentação com um baixo custo. (VAZ
et al, 2017)

No Brasil, as ações de prevenção das carências nutricionais específicas, por meio da


suplementação de micronutrientes, são de responsabilidade dos serviços de atenção
básica, tendo a colaboração dos hospitais e maternidades na implementação dos
programas de suplementação para as puérperas, em especial de vitamina A e ferro.
(VAZ et al, 2017)

Verifica-se que a suplementação de vitaminas e minerais na infância é fundamental


para garantir o crescimento e desenvolvimento adequados da criança, a prevenção de
doenças infecciosas e secundárias à carência de micronutrientes, como cegueira,
raquitismo, anemia, etc. Para tanto, torna-se imprescindível rastrear os casos de
desnutrição ou dieta com baixos teores nutricionais e adotar medidas de almejando
diminuir a morbidade e mortalidade decorrentes da carência de micronutrientes.
(OLIVEIRA et al, 2017)

Principais vitaminas para crianças:

 Vitaminas do Complexo B: Elas ajudam a manter os nervos, pele, olhos,


cabelos, fígado, aparelho muscular gastrointestinal e a boca sempre em dia.
Além disso, o consumo de vitaminas para crianças do complexo B ajudam a
diminuir as chances de casos de depressão e ansiedade. A vitaminas do
Complexo B são encontradas em alimentos como carnes, vísceras, legumes,
folhas escuras e levedo. Os alimentos ricos em vitaminas do Complexo B
ajudam o organismo a absorver os carboidratos, proteínas e a gordura.
 Vitamina C: Frutas amarelas e verdes são repletas em vitamina C. Consumir
alimentos ricos em vitamina C ajuda na melhora do sistema imunológico, na
saúde dos tendões, auxilia a combater as inflamações, desintoxica o corpo,
potencializa a absorção do ferro.
 Vitamina D: A vitamina é responsável por melhorar a assimilação do cálcio e
fósforos, importantes para o desenvolvimento de ossos saudáveis. Pode ser
encontrados em óleo de bacalhau, ovos e manteiga.

3.6. HIGIENE ORAL

Os cuidados de Saúde Oral infantil devem iniciar-se no período pré-natal, fornecendo


informação adequada aos futuros pais e sensibilizando-os para a importância e o
impacto de uma boa Saúde Oral. Estes cuidados devem ser vistos como a base para
uma educação preventiva que proporcione as condições para um ótimo crescimento,
desenvolvimento e funcionamento. Os primeiros dentes de leite erupcionam entre os
6-8 meses de vida e até aos 2,5-3 anos de idade surgem, em situações normais, 20
dentes temporários. A primeira visita ao dentista deve ocorrer durante o primeiro ano
de vida. Nesta primeira consulta procede-se à avaliação do estado de Saúde Oral, à
detecção de hábitos nocivos, informam-se os pais sobre atitudes preventivas e
estabelece-se um programa adequado ao grau de risco de cada criança. (COSTA,
2006)

Durante toda a vida do dente decíduo o gérmen do dente permanente encontra-se em


íntimo contacto e, portanto, os processos que são um risco para os dentes decíduos,
como cárie e traumatismos, também o são para o sucessor permanente. A mudança
dos dentes dá-se normalmente em duas fases: entre os 6-8 anos e entre os 10-12
anos. É de salientar o aparecimento aos 6 anos do 1o molar permanente que
erupciona atrás do 2o molar decíduo; ao não implicar a queda de nenhum dente
temporário a sua presença pode passar despercebida e confundir os responsáveis que
assumem que esse dente será substituído posteriormente. (COSTA, 2006)

Quando aparecem os dentes, a escovação já pode ser realizada. E a partir do


momento em que a capacidade motora já estiver mais desenvolvida já se torna
possível ensina-los a pratica da escovação. O fio dental também não pode ser deixado
de lado. “Hábitos alimentares com pouco consumo de carboidratos e açúcares
também devem ser empregados, afim de uma saúde bucal adequada”- afirma a
especialista em ortodontia Amanda De Souza Mattos (MATTOS, 2018)

Em conclusão, a higiene bucal da criança deve ser uma preocupação desde bem
cedo, é necessário iniciar a higiene bucal antes de o primeiro dente aparecer, pois
gengivas saudáveis originam dentes saudáveis. Escovar os dentes pelo menos três
vezes ao dia, com um creme dental com flúor,  é o passo mais básico em relação à
higiene bucal. Além disso, é de suma importância manter uma alimentação equilibrada
e consultas regulares com um dentista.

3.7. ALEITAMENTO

A amamentação é o ato de alimentar o bebê com leite materno diretamente no seio da


mãe. Esse ato é benéfico tanto para a mãe quanto para o bebê, garantindo, entre
outros benefícios, a redução do risco de doenças para a criança. A amamentação
deve ser exclusiva pelos primeiros seis meses de vida da criança acordo com a oms, e
é importante deixar claro que o leite contém tudo que o bebê necessita para essa fase
de seu desenvolvimento. (SANTOS, 2020)

O leite materno éproduzido nas glândulas mamárias e apresenta uma composição


nutricional balanceada que não necessita da complementação de outros alimentos nas
fases iniciais de desenvolvimento. Proteínas,  carboidratos e lipídios (gorduras) estão
presentes no leite materno, bem como anticorpos, substâncias antimicrobianas, anti-
inflamatórias e enzimas. (SANTOS, 2020)
Nos primeiros dias, logo após o parto, a mulher vai produzir o colostro, que apresenta
composição distinta do chamado leite maduro, secretado cerca de duas semanas após
o parto. Nesse sentido, o colostro caracteriza-se por ser mais viscoso e por apresentar
uma concentração mais elevada de proteínas e uma menor quantidade de gordura. No
colostro destaca-se a grande quantidade de substâncias que atuam na defesa do
corpo, tais como anticorpos, sendo considerada a primeira vacina do bebê. (SANTOS,
2020)

Porém, quando se tratam de bebês prematuros, em função da imaturidade do trato


gastrointestinal e da falta de reflexos de sucção e deglutição, eles podem precisar
receber suas primeiras calorias por via intravenosa. Mas a amamentação do
prematuro é possível ainda assim. Quando ainda não conseguem sugar, os prematuro
muito extremos recebem água com glicose (soro), e com o passar do tempo, vai-se
acrescentando proteínas, gorduras, vitaminas e minerais aos fluidos que recebem
através da veia, o que chamamos de "Nutrição Parenteral Total (NPT)". (TAVARES,
2020)

Amamentar também traz benefícios para a mulher. A amamentação favorece a


involução do útero, agiliza o retorno ao peso anterior à gravidez, previne
sangramentos pós-parto, câncer de mama e de ovário, além de aumentar a produção
de endorfinas pelo cérebro, substâncias que produzem relaxamento e bem-estar. As
mães que amamentam têm também menores índices de depressão pós-parto e de
doenças cardíacas. (FEFERMAN, [21-])

Cuidados que deve ter a mulher que amamenta?

 A mulher que amamenta deve certificar-se de estar em boas condições


de saúde, porque muitas doenças são transmitidas pelo leite materno.
 Deve tomar bastante líquido e não usar medicações sem orientação médica
porque algumas delas são eliminadas pelo leite materno e podem prejudicar o
bebê.
 Não fumar, tomar bebida alcoólica ou usar drogas.
 Com relação aos horários, é preferível que sejam geridos pela fome que o
bebê manifesta, a chamada livre demanda. Esses horários se modificam com a
idade do bebê e geralmente são maiores à noite que durante o dia.
 Ao amamentar, a mulher deve estar confortavelmente assentada, colocar o
bebê junto ao seu corpo, tórax a tórax, ajustar a boca do bebê à sua mama de
jeito a não entrar ar, manter seu olhar em direção aos olhos do bebê e
respeitar o ritmo dele.

3.8.INTRODUÇÃO ALIMENTAR

Aos seis meses de vida, começa a apresentação de alimentos sólidos ao bebê. Um


bom início ajuda a preparar o paladar da criança para uma vida de alimentação
equilibrada e prazerosa. “Por volta do primeiro aniversário, espera-se que a
alimentação da criança já esteja com uma apresentação bem próxima do prato dos
adultos, com as devidas adaptações de textura, temperos e ingredientes”, explica
Raquel Ricci, nutricionista do Instituto PENSI – Hospital Infantil Sabará. (PINHEIRO,
2020)

Ou seja, o segundo semestre de vida é a hora perfeita para introduzir novos alimentos
que, depois, estarão nas receitas familiares. As frutas são a primeira etapa, depois,
entram os outros grupos alimentares: legumes, tubérculos, raízes, leguminosas,
carnes, derivados e cereais. No início, os alimentos vão sendo apresentados um a
um e depois combinados. (PINHEIRO, 2020)

Os alimentos complementares são constituídos pela maioria dos alimentos básicos


que compõem a alimentação das famílias. Complementa-se a oferta de leite materno
com alimentos que são mais comuns à região e ao hábito alimentar da família. Se a
criança está mamando no peito, três refeições por dia com alimentos adequados são
suficientes para garantir uma boa nutrição e crescimento, no primeiro ano de vida.
(VITOLO, 2003)

No segundo ano de vida, devem ser acrescentados mais dois lanches, além das três
refeições. Se a criança não está mamando no peito, deve receber cinco refeições por
dia com alimentos complementares a partir do sexto mês. A partir do momento que a
criança começa a receber qualquer outro alimento, a absorção do ferro do leite
materno reduz significativamente: por esse motivo a introdução de carnes e vísceras,
mesmo em pequena quantidade, é muito importante. (VITOLO, 2003)

Desde cedo a criança deve acostumar-se a comer alimentos variados. Só uma


alimentação variada evita a monotonia da dieta e garante a quantidade de ferro e
vitaminas que a criança necessita, mantendo uma boa saúde e crescimento
adequado. É fundamental oferecer ao menos 2 frutas diferentes ao dia e também a
introdução de alimentos novos de maneira gradual, oferecendo apenas um alimento
novo a cada refeição. (VITOLO, 2003)

A formação dos hábitos alimentares é muito importante e começa muito cedo. É


comum a criança aceitar novos alimentos apenas após algumas tentativas, e não nas
primeiras. O que pode parecer rejeição aos novos alimentos é resultado do processo
natural da criança em conhecer novos sabores e texturas, e da própria evolução da
maturação dos reflexos da criança. (VITOLO, 2003)

3.9. PROGRAMAÇÃO PARA GRUPOS EDUCATIVOS

Programas de educação para a primeira infância constituem intervenções valiosas


para ajudar a criança a desenvolver habilidades adequadas de prontidão escolar, com
vistas a facilitar a transição para a escolarização formal. Alguns desses programas são
direcionados a crianças menos favorecidas, ao passo que outros são oferecidos a
todas as crianças. Há questões importantes relativas aos benefícios desses
programas para apoiar a transição da criança para a escolarização formal, e ao nível
de qualidade necessário para produzir esses benefícios. (ZILL, 2005)
Para ajudar a fazer distinção entre os efeitos de programas de educação na primeira
infância e o desenvolvimento normal de habilidades que surgem com a maturidade da
criança, alguns estudos separam crianças aleatoriamente para participar em um
programa de educação infantil, e outras para um grupo de controle que não participa
do programa. (ZILL, 2005)

Muitos dos efeitos conhecidos dos programas de educação na primeira infância


podem ser atribuídos à intensidade e ao controle disponível em programas-modelo. De
um modo geral, programas de alta qualidade, mais intensivos e baseados em
instituições escolares, apresentaram efeitos mais fortes e consistentes.Experimentos
casualizados e controlados de programas de alta qualidade produziram benefícios
significativos para as crianças que, muitas vezes, perduram até a adolescência e a
idade adulta. (ZILL, 2005)

3.10. CALENDÁRIO VACINAL

As vacinas são substâncias capazes de estimular o sistema imunológico, a fim de


tornar o organismo imune, ou mais resistente, a alguns agentes patológicos. Seu efeito
se faz pela presença de proteínas, toxinas, partes de bactérias ou vírus, ou mesmo
vírus e bactérias inteiros, atenuados ou mortos, que ao serem introduzidos no
organismo de um animal estimulam a síntese de anticorpos. (DUARTE, [ca. 2015])

Além das substâncias imunogênicas, as vacinas podem conter outras, como líquido de
suspensão, conservantes, estabilizantes e adjuvantes, com funções de evitar a
contaminação, proteger os imunobiológicos de condições adversas (frio, calor,
alterações do pH) ou aumentar o estímulo à produção de anticorpos. (DUARTE, [ca.
2015])

O calendário vacinal é uma seqüência cronológica de vacinas que se administram


sistematicamente às crianças de determinada área ou região.
No calendário vacinal proposto pelo Ministério da Saúde incluem as seguintes vacinas:

 BCG: vacina contra a tuberculose.


 VHB: vacina contra a hepatite B.
 SABIN: vacina contra a poliomielite.
 DPT-Hib: vacina contra difteria, coqueluche, tétano e H. influenzae tipo b.
 FA: vacina contra febreamarela
 DPT: vacina contra difteria, coqueluche e tétano
 TrípliceViral: vacina contra sarampo, caxumba e rubéola.
 ROTA: vacina oral contra rotavírus.
 dT: vacina dupla, tipo adulto, contra a difteria e o tétano.

Segundo a Secretaria Municipal da Saúde da Prefeitura de Salvador, cada vacina


possui uma idade mínima para ser iniciada, e os intervalos entre as doses devem ser
respeitados para que a vacinação seja mais efetiva. Para isso o Ministério da saúde
elaborou um esquema de vacinação, que é utilizado por todo o sistema de saúde
brasileiro.
A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda outras vacinas que não estão incluídas
no calendário vacinal, são elas:

 influenza
 pneumococo
 varicela
 hepatite A

A criança deve fazer acompanhamento médico mensal no primeiro ano de vida, e


todas as informações sobre a vacinação e sua importância serão passadas pelo
médico.

3.11. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AOS PROBLEMAS COMUNS DA


INFANCIA

O bem-estar da criança por meio da promoção e recuperação da saúde tem sido, há


muito tempo, prioridade da assistência à saúde das populações. Nesse sentido, o
Brasil vem buscando desenvolver estratégias em defesa dos direitos infantis e
maternos, quanto ao combate à desnutrição e ao analfabetismo, e da erradicação de
doenças que causam a morte de milhões de crianças, anualmente. (SOUZA, 2012)

Para o crescimento saudável, são necessários cuidados básicos com a finalidade de


prevenir, promover e recuperar a saúde da criança. Tais cuidados devem ser
garantidos na atenção básica à saúde por meio de ações práticas, habilidades e
conhecimentos, sendo a Unidade de Saúde da Família (USF) a porta de entrada
desse sistema. (SOUZA, 2012)

O Ministério da Saúde instituiu as linhas de cuidado para a operacionalização de uma


assistência integral, oferecendo atendimento nos três níveis de atenção, por meio de
ações preventivas que estimulem a autonomia e a corresponsabilidade dos usuários,
bem como a detecção precoce de agravos. O foco das ações é a saúde, em vez da
doença, buscando visualizar a criança inserida no contexto familiar sob todos
osaspectos que determinam sua saúde e, assim, reduzir as taxas de morbidade e
mortalidade por causas evitáveis. (SOUZA, 2012)

E surge, assim, um campo rico de atuação para o enfermeiro, Tal profissional


desenvolve suas atribuições quando: realiza consultas; orienta, treina e define funções
para a equipe de enfermagem; supervisiona as atividades; realiza visitas domiciliares
às crianças de risco; desenvolve ações educativas fornecendo informações às mães;
identifica a situação de saúde da criança relacionando-a às suas condições de vida e
considerando suas características biopsicossociais. (SOUZA, 2012)

Na Saúde da Criança, a Enfermagem, sobretudo, vem acompanhar o desenvolvimento


infanto-juvenil e ampliar as competências e responsabilidades familiares no cuidado da
criança. Considerando a necessidade de instrumentalizar a Enfermagem, que atua nas
Unidades Básicas de Saúde, e garantindo que essa Assistência ocorra conforme as
diretrizes do Sistema Único de Saúde fez-se necessária a elaboração deste
Instrumento, com o objetivo de nortear condutas no âmbito da Atenção Integral à
Saúde da Criança. (BERALDO, 2015)

3.12. TRIAGEM NEONATAL- EXAME DO PÉZINHO, TESTE DA LINGUINHA E


TESTE DA ORELHINHA

A chamada Triagem Neonatal é formada por quatro exames muito importantes para a
saúde da criança. Entre eles, estão Teste do Olhinho e da Orelhinha, que auxiliam a
detectar precocemente a presença de alterações oculares e auditivas em recém-
nascidos.

De acordo com a Sabará Hospital Infantil, a triagem neonatal é uma ação preventiva
que permite fazer o diagnóstico de diversas doenças congênitas ou infecciosas,
assintomáticas, no período neonatal a tempo de se interferir no curso da doença,
permitindo, dessa forma, a instituição do tratamento precoce específico e a diminuição
ou eliminação das sequelas associadas a cada doença. Os testes são:

Teste do pezinho: Toda criança nascida em território nacional tem o direito à triagem
neonatal (Teste doPezinho). Seu objetivo primordial de detectar algumas doenças que
podem causar sequelas graves ao desenvolvimento e crescimento.

Triagem básica (obrigatória pelo governo):é o exame obrigatório para todos os recém-


nascidos do país, a fim de detectar duas doenças: a fenilcetonúria (PKU) e o
hipotireoidismo congênito (HC).

Triagem ampliada: Entre as doenças incluídas nesse tipo de exame estão a anemia
falciforme e outras alterações de hemoglobina, fibrose cística, hiperplasia adrenal
congênita, galactosemia, deficiência de biotinidase, deficiência de glicose-6-fosfato-
desidrogenase (G6PD) e toxoplasmose congênita.

Teste do Olhinho

A Triagem Ocular Neonatal, ou teste do olhinho, é um exame que consiste na


verificação da presença de um reflexo vermelho ou alaranjado quando aplicado um
feixe de luz sobre o olho do bebê. A ausência do reflexo vermelho pode indicar um
comprometimento de estruturas oculares ocasionado por algumas condições como
catarata, glaucoma, toxoplasmose, retinoblastose, entre outros. (BOLONEZI, 2018)

Teste da Orelhinha

A triagem neonatal auditiva ou o teste da orelhinha possibilita a identificação precoce


de possíveis perdas auditivas nos recém-nascidos. Esse exame consiste na colocação
de um fone acoplado a um computador na orelha do bebê que emite sons de fraca
intensidade e recolhe as respostas que a orelha interna do bebê produz. (BOLONEZI,
2018)

Teste da Linguinha
O teste da linguinha é um exame padronizado que possibilita diagnosticar e indicar o
tratamento precoce das limitações dos movimentos da língua causadas pela língua
presa que podem comprometer as funções exercidas pela língua: sugar, engolir,
mastigar e falar. (AGOSTINI, 2014)

3.13. ATENDIMENTO A CRIANÇAS E ADOLESCENTES VITIMA DE VIOLÊNCAS

Violência contra Criança e Adolescente é qualquer conduta, ação ou omissão,


agressão ou coerção ocasionada pelo fato de a vítima ser criança ou adolescente, e
que cause dano, constrangimento, limitação, sofrimento físico, sexual, moral,
psicológico ou social. É um fenômeno complexo que envolve causas socioeconômicas
e histórico-culturais, além da pouca visibilidade e da impunidade. (VILELA et al, 2009)

As consequências da violência contra crianças/adolescentes podem ser físicas,


psicológicas, cognitivas e comportamentais, decorrentes de abusos físicos,
psicológicos, sexuais e de negligência. Isso significa que todos os níveis de atenção à
saúde precisam estar atentos a essa situação e implantar programas de prevenção e
atenção.O técnico de enfermagem tem uma importância crucial na identificação,
notificação e intervenção das situações de violência dentro de suas especificidades.
(VILELA et al, 2009)

Nas situações de violência contra a criança, os profissionais ficam entre os deveres de


proteger a criança, de tratá-la clinicamente, de mantê-la junto à família e de melhorar
as relações familiares.No Atendimento à Criança e ao Adolescente Proteger a
identidade da criança e do adolescente abusados deve ser um compromisso ético e
profissional. Portanto, essa situação deverá ser relatada somente às pessoas que irão
tratar da criança/adolescente. (VILELA et al, 2009)

Dessa forma, o profissional de saúde deve priorizar a assistência à


criança/adolescente e a sua família e encaminhar para a intervenção intersetorial:
órgãos de proteção, responsabilização e atendimento.

4. SAÚDE DO ADOLESCENTE

A adolescência é considerada a etapa de transição entre a infância e a idade adulta,


marcada por significativas mudanças e transformações biológicas, psíquicas e sociais.
Constitui-se uma etapa crucial do crescimento e desenvolvimento na qual culmina todo
o processo maturativo biopsicossocial do indivíduo. É um período de contradições,
ambivalências; turbulento, repleto de paixões, dorido, caracterizado por conflitos
relacionais com o meio familiar e social. (ROEHRS et al, 2008)

A saúde do adolescente é influenciada pelas transformações que ocorrem na


adolescência e estendem-se a outros fenômenos relacionados à sexualidade e suas
consequências. O adolescente está exposto a riscos, acrescidos de questões
socioeconômicas e dificuldade de relacionamento com a família e professores.
(ROEHRS et al, 2008)

Como cidadãos, os adolescentes têm direito à saúde, e é dever do Estado garantir


este acesso, dentro dos preceitos do SUS. O Estatuto da Criança e do Adolescente –
ECA – determina prioridade no atendimento a esse grupo, bem como na formulação e
na execução das políticas sociais públicas. As características desses indivíduos, bem
como sua vulnerabilidade às questões econômicas e sociais e a importância desse
período na formação de hábitos, determinam a necessidade de uma atenção mais
específica. (DALTRO et al, 2019)

4.1. ATENDIMENTO E ACOLHIMENTO AO ADOLESCENTE

A individualidade na atenção ao adolescente se apresenta como desafio para o


enfermeiro, podendo-se citar como obstáculos a serem superados a necessidade de
adequação do diálogo entre o profissional e o jovem adolescente. Mas, nesse
processo, deve-se considerar a forma como os adolescentes enxergam os
profissionais e os serviços de saúde, e suas reais necessidades.

De acordo com Bôas, Araújo e Timóteo (2008), diversas dificuldades são


apresentadas pelas equipes da ESF, sendo consideradas prioritárias as que dizem
respeito à estruturação da atenção básica, descontinuidades na implantação de ações
intersetoriais e de promoção da saúde, bem como às relativas ao apoio institucional e
ao perfil de alguns profissionais. Estes impasses são apontados pelos enfermeiros
como fatores que limitam a autonomia, interferindo no processo de trabalho.

Neste sentido, a elaboração de programas voltados para a saúde do adolescente


necessita de uma abordagem interdisciplinar, abrangendo aspectos relacionados ao
cotidiano dos adolescentes e ao contexto em que estão inseridos, buscando adequar
os conteúdos dos projetos às diferentes modalidades de demanda individual e
coletiva. (HENRIQUES; ROCHA E MADEIRA, 2010).

Principais programas e ações em saúde do adolescente:

 Programa Saúde do Adolescente (PROSAD): Tem como público alvo jovens de


ambos os sexos, de 10 a 19 anos de idade, priorizando como áreas de atuação
o crescimento e o desenvolvimento, a sexualidade, a saúde bucal, a saúde
mental, a saúde reprodutiva, a saúde do escolar adolescente e a prevenção de
acidentes.

 Estatuto da Criança e do Adolescente: Dá a prioridade absoluta na atenção


integral a esta faixa etária, garantindo o direito à vida e à saúde.

 O Programa Saúde na Escola (PSE): contribui para a formação integral dos


estudantes por meio de ações de promoção da saúde, prevenção de doenças
e agravos à saúde para o enfrentamento das vulnerabilidades que
comprometem o pleno desenvolvimento de crianças e jovens da rede pública
de ensino.

A consulta de enfermagem também é um espaço reservado para o atendimento ao


adolescente. A abordagem centrada no profissional, interrogativa e informativa deve
ser substituída por uma relação favorável à construção conjunta de novos
conhecimentos, valores e sentimentos. Nesse sentido, são importantes o
estabelecimento de vínculo e uma relação de confiança. A interação entre os
envolvidos na consulta deve se basear na troca, e no respeito à privacidade. As
observações e posturas do enfermeiro deve traduzir respeito, poupando os juízos de
valores, reprovações e imposições. As mensagens precisam ser claras e objetivas e a
base da relação deve ser o diálogo sendo estabelecida na escuta livre de pré-
julgamentos. (MANDÚ, 2004).

“Nos vários processos de abordagem do adolescente, deve-se trabalhar todo tempo


com: sua motivação; espaços e posturas favoráveis à expressão de seus valores,
conhecimentos, comportamentos, dificuldades e interesses; elementos de troca e
reflexão que favoreçam o controle da própria vida, práticas de responsabilização e de
participação mais ampla nas decisões que lhes dizem respeito. Reconhecer sempre a
totalidade da vida adolescente, estar atento aos seus dilemas, ouvi-lo, apoiá-lo e o
acolher, exercendo os princípios do respeito, privacidade e confidencialidade.” (SILVA,
S. L. da; et.al., 2007, p.4).

4.2. CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO PUBERAL- AVALIAÇÃO

A puberdade é um período da adolescência que se caracteriza pelas mudanças


biológicas que ocorrem nessa fase da vida. Com duração de cerca de dois a quatro
anos, ela é marcada por crescimento esquelético linear; alteração da forma e
composição corporal; desenvolvimento de órgãos e sistemas e desenvolvimento de
gônadas e caracteres sexuais secundários. (LOURENÇO, 2010)

A puberdade é caracterizada pelas mudanças biológicas que se manifestam na


adolescência, e representam, para o ser humano, o início da capacidade reprodutiva.
A puberdade não é, portanto, sinônimo de adolescência, mas uma parte dela constitui-
se por um período relativamente curto, de cerca de dois a quatro anos de duração, no
qual ocorrem todas as modificações físicas desse momento de transição da infância
para a idade adulta. (LOURENÇO, 2010)

Embora ainda persistam dúvidas sobre a complexa dinâmica da ativação puberal,


sabe-se que esse momento se inicia apos a reativação de neurônios hipotalâmicos,
quesecretam,deumamaneira pulsátil bastante específica, o hormônio liberador de
gonadotrofinas (GnRH). A secreção desse resulta na consequente liberação também
pulsátil dos hormônios luteinizante (LH) e folículo-estimulante (FSH) pela glândula
hipófise. Isso ocorre inicialmente durante o sono e, mais tarde, estabelece-se em ciclo
circadiano. (LOURENÇO, 2010)
Aprimeira manifestação puberal nas meninas é o desenvolvimento do broto ou
botão mamário, fenômeno denominado de telarca. No sexo masculino, o início clínico
da puberdade é marcado pelo aumento dovolumetesticular. Odesenvolvimento
gonadal é marcante nesse período e culmina com o desenvolvimento da capacidade
reprodutiva completa do adolescente.Ocrescimento dos pelos axilares e faciais se
segue ao dos pelos pubianos. Amudança vocal, decorrente do aumento da
laringe por ação androgênica, ocorre tardiamente no processo puberal masculino.A
ginecomastia é também um evento puberal comum nos meninos. (LOURENÇO, 2010)

4.3. ALIMENTAÇÃO NA ADOLESCÊNCIA

A nutrição tem papel crítico no desenvolvimento do adolescente sendo o consumo de


dieta inadequada uma influencia desfavorável sobre o crescimento somático e
maturação. Outro fator que influencia sobre as necessidades nutricionais é a
realização de exercício físico. Atualmente, a preferência dos adolescentes por lanches
rápidos, substitutos das grandes refeições e principalmente do jantar, geralmente
favorece o desequilíbrio na dieta. (BERALDO et al, 2015)

A combinação dos alimentos nem sempre é variada, resultando em cardápios muito


calóricos e pouco nutritivos. A associação entre este estilo de vida pouco saudável e o
surgimento do elevado número de pessoas com sobrepeso e/ou obesidade, com o
aumento de doenças crônico-degenerativas (hipertensão arterial, diabetes, alteração
nos níveis de colesterol e triglicérides, doenças cardiovasculares e cerebrovasculares),
constitui-se um problema prioritário de saúde pública, inclusive no grupo etário de
crianças e de adolescentes. Para realizar a avaliação nutricional de adolescentes, o
método mais adequado é o índice de massa corporal (IMC). (BERALDO et al, 2015)

PARA MELHOR ESTILO DE VIDA É NECESSÁRIO ORIENTAR:

 Fazer as refeições em ambiente tranquilo, juntamente com a família (criar


rotina);
 Incorporar ao cotidiano, técnicas como comer devagar e mastigar bem os
alimentos, permitindo um melhor controle da ingestão e uma adequada
percepção da saciedade e plenitude;
 Ingerir todos os grupos de alimentos (pães, massas e tubérculos, frutas e
hortaliças, carnes e peixes, feijão e outras leguminosas, leite e derivados e
quantidades moderadas de gorduras, sal e açúcares;
 Reduzir o consumo de alimentos que possuem elevados teores de gorduras
saturadas, açúcar simples, corantes e conservantes;
 Aumentar a ingestão de líquidos, principalmente, água, nos intervalos das
refeições;
 Consumir regularmente alimentos fontes de fibra;
 Incorporar a prática de atividade física;
 Estimular busca de atividades prazerosas
4.4. IMUNIZAÇÃOAO ADOLESCENTE

A maioria dos adolescentes frequentemente apresenta carteira de vacinação


incompleta, com esquema básico de vacinação interrompido. Nesse caso, não é
necessário reiniciar o esquema e sim completá-lo. Outra situação comum é aquela em
que não há informação disponível sobre vacinação anterior. Se a informação for muito
duvidosa, recomenda-se considerar como não vacinado.(BERALDO et al, 2015)

5. PRINCIPAIS AGRAVOS

5.1. OBESIDADE NA ADOLESCÊNCIA

É um distúrbio do estado nutricional traduzido por aumento de tecido adiposo


localizado ou generalizado, provocado por desequilíbrio nutricional associado ou não a
distúrbios genéticos ou endócrino-metabólicos. Doença crônica multifatorial, de difícil
tratamento, disseminada em todas as camadas sociais, sendo sua etiologia uma
complexa interação entre fatores genéticos e ambientais. A obesidade é considerada
um problema de saúde pública devido a sua alta incidência na população em geral,
sendo considerada pela Organização Mundial da Saúde como uma epidemia.
(BERALDO et al, 2015)

Para o acompanhamento da obesidade existem vários métodos de avaliação


nutricional para identificar o sobrepeso e a obesidade, como a antropometria e a
avaliação da composição corporal.Os métodos antropométricos são os de mais fácil
manuseio, inócuos, de baixo custo e os mais indicados para a prática diária. Para os
adolescentes, o uso do Índice de Massa Corporal (IMC) tem sido validado em muitos
estudos, apresentando alta especificidade para diagnóstico da obesidade. (ESCRIVÃO
et al, 2000)

Consequências da obesidade:

 Hipertensão arterial, hiperlipidemia, doença cardiovascular, cálculos biliares,


diabetes.

 Irregularidades menstruais, infertilidade, gravidez de risco, eclampsia e pré-


eclampsia, maior possibilidade de infecção no puerpério.

 Diminuição dos níveis de testosterona e maior chance de desenvolver a


ginecomastia púbere.

 Isolamento social, baixa autoestima, depressão, dificuldade de aceitação pelo


grupo.

É necessário estabelecer objetivos e intervenções individualizadas, baseadas na


idade, grau de obesidade, fatores comportamentais, psicológicos, sociais e na
presença de comorbidades. O objetivo principal do atendimento é fornecer
recomendações para mudanças na dieta e atividade física, que podem ser
implementadas dentro do ambiente familiar e que promovam a saúde, crescimento e
desenvolvimento adequados. (BERALDO et al, 2015)

No exame físico do adolescente obeso é necessário observar o peso, estatura e IMC,


pressão arterial, presença de acanthosenigricans, hiperqueratose e hiperpigmentação
em regiões de dobras, etc.

5.2. TRANSTORNOS ALIMENTARES NA ADOLESCÊNCIA (ANOREXIA NERVOSA


E BULIMIA)

5.2.1 ANOREXIA

A anorexia e bulimia constituem transtornos alimentares frequentemente de


prognóstico reservado, e que acometem, principalmente, adolescentes e adultos
jovens, mais do sexo feminino, apresentando gravidade semelhante em ambos os
sexos.

O diagnóstico de anorexia nervosa, cujo significado é perda do apetite, requer quatro


critérios diagnósticos definidos no Manual das Desordens Mentais (1994), Diagnóstico
e Estatística (DSM-IV);

1 – Recusa em manter o peso dentro dos limites considerados normais para altura e
idade (abaixo de 15% do peso considerado ideal).

2 – Medo de ganhar peso.

3 – Distúrbio grave da imagem corporal, medida predominante da autoavaliação, com


negação da gravidade da doença.

4 – Ausências de ciclos menstruais ou amenorreia (mais que três ciclos)

Geralmente, o quadro é desencadeado por um fator estressante como, por exemplo,


comentários sobre o peso, pressão profissional ou uma ruptura afetiva. Apesar de
emagrecido, o adolescente costuma perceber-se gordo ou desproporcional, o que se
denomina insatisfação ou distorção da imagem corporal. A perda de peso constitui-se
no grande objetivo do adolescente, que faz uso de dietas severas, períodos de jejum,
pratica exercícios físicos em exagero e usa ou abusa de medicações laxativas,
diuréticas e/ou inibidores do apetite. (BERALDO et al, 2015)

5.2.2 BULIMIA

Os critérios para o diagnóstico de bulimia pelo Manual das Desordens Mentais (1994),
Diagnóstico e Estatística (DSM-IV), incluem os seguintes itens:

1 – Episódios de ingestão excessiva com sensação de perda de controle.


2 – A ingestão excessiva é compensada por comportamento de expurgo (vômitos auto
induzidos, laxantes ou diuréticos) ou não expurgo.

3 – A ingestão excessiva e os comportamentos compensatórios ocorrem pelo menos


duas vezes por semana, por três meses.

4 – Insatisfação com a forma do corpo e com o peso

Geralmente, o início dos sintomas ocorre nos últimos anos da adolescência até os 40
anos, estando a idade média de início em torno dos 20 anos de idade. É mais
frequente no sexo feminino, na mesma proporção da anorexia nervosa.

O tratamento dos transtornos alimentares são, quase sempre, desafiadores e


complexos, visto que se depara com um quadro de confusão, perplexidade, chegando
ao franco desespero do adolescente e de seus familiares. Várias modalidades
terapêuticas específicas são necessárias, entre elas, destaca-se a terapia nutricional,
baseada na orientação e reeducação alimentar, a psicofarmacoterapia, a psicoterapia
individual e do grupo familiar que devem ser desenvolvidas por uma equipe
multidisciplinar.(BERALDO et al, 2015)

5.3. SAÚDE BUCAL DO ADOLESCENTE

As estratégias de prevenção dos principais agravos à saúde bucal devem incluir


aquelas que impeçam o aparecimento de doenças. As principais afecções que devem
ser observadas pelos Enfermeiros são: cáries, gengivites, má-oclusão, traumatismos,
halitose, aftas e outras.

Conduta que deve ser tomada pelo profissional responsável:

 Estimular a correta higiene bucal: escovação dos dentes e da língua, uso frequente
do fio dental, gargarejos salinos para remover resíduos das amígdalas

 Orientar para visitar periodicamente o dentista para realização de limpeza


profissional e remoção de tártaro.

 Orientar alimentação rica em vitaminas e frutas cítricas, que aumentam a produção


de saliva.

 Orientar a evitar café, chá preto e refrigerante escuro.

 Orientar a evitar dietas emagrecedoras que causam hipoglicemia e redução de


saliva.

 Orientar para comer bem devagar, mastigar bem os alimentos e respeitar os


horários das refeições.
 Orientar para evitar jejum prolongado, beber no mínimo 1 litro e meio de água por
dia.

 Orientar a não fumar e não ingerir bebidas alcoólicas.

5.4. GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA

Segundo dados do Ministério da Saúde o número de partos no Brasil vem


decrescendo quando se trata de gravidez na adolescencia. Este fato deve-se à
intensificação das campanhas em relação ao uso de preservativo, disseminação de
informação quanto aos métodos anticoncepcionais e um maior acesso da população
aos serviços de saúde. Apesar deste decréscimo, a gravidez na adolescência continua
sendo um fator preocupante no caso de situação de risco. As consequências da
gravidez serão agravadas de acordo com a idade, paridade, aderência ao pré-natal,
ganho ponderal e fatores psicológicos, socioeconômicos e culturais da adolescente.
(BERALDO et al, 2015)

Dicas para o Atendimento de adolescentes grávidas

 Realizar o pré-natal de baixo risco (gestante com 16 anos ou mais), definindo


preferencialmente, um dia da semana para o atendimento de adolescentes;
 Assumir uma postura acolhedora e compreensiva frente a adolescente e sua família;
 Estimular a participação do pai da criança durante todo o pré-natal, desde consultas
até grupos, exames, etc.;
 Desenvolver grupos específicos para adolescentes grávidas e seus companheiros,
sempre que possível, dando ênfase a questões próprias desta faixa etária;
 Enfatizar a necessidade do cuidado com a saúde reprodutiva a fim de prevenir uma
segunda gravidez não desejada e DSTs/AIDS;
 No caso de teste de gravidez negativo, encaminhar para grupo de saúde reprodutiva;
 Não rotular os adolescentes como incapazes de cuidar de uma criança;
 Encaminhar os adolescentes para atividades culturais, esporte, lazer, etc;
 Orientar os familiares para uma postura menos recriminatória e punitiva;
 Orientar a necessidade do apoio familiar ao invés de assumir a função do adolescente
como pais;
 Ficar atento à expressão corporal que pode dizer muito sobre a adolescente.

5.5. DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS

Doenças sexualmente transmissíveis (DST’s) são prevalentes entre adolescentes e


aumentam o risco de infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). A
abordagem sindrômica das DSTs indicada pelo Ministério da Saúde (MS) para o
acompanhamento até a cura e a busca de contactantes, são as medidas mais
adequadas para o controle efetivo das DSTs na adolescência.(BERALDO et al, 2015)
As principais doenças genitais e uretrais são:

 Uretrites gonocócicas

 Uretrites não gonocócicas

Cervicites

Vulvovaginites

Vaginose bacteriana

 Candidíase vulvovaginal

Tricomoníase genital

 Doença inflamatória pélvica

Infecção por HPV

É durante a adolescência que se verifica ca maior incidência de DST: atinge 25% dos
jovens com menos de 25 anos; 65% dos casos de SIDA manifestam -se entre os 20 e
39 anos e refletem situações de aquisição de infecção por VIH durante a
adolescência(período assintomático da doença – 10/15 anos).

A assistência ao doente infectado deve ser imediata, em ambiente de privacidade,


sem pressas, evitando discriminações e/ou faltas de confidencialidade com o propósito
de identificar os portadores assintomáticos, interrompendo a cadeia de disseminação
da doença e as suas complicações. A consulta inclui diagnóstico, tratamento,
aconselhamento e estudo analítico. Na ausência de imunidade deve ser feita
vacinação para hepatites A e B e HPV. (RODRIGUES, 2010)

5.6. ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO PLANEJAMENTO DE GRUPOS


EDUCATIVOS AOS ADOLESCENTES

A inclusão do adolescente em ações de promoção à saúde tem sido um grande


desafio para o enfermeiro no seu dia a dia. O objetivo principal destes grupos deve
basear-se na participação, desenvolvimento de reflexão crítica e estímulo à
criatividade e iniciativa. Importância de trabalhar com grupos:

Os grupos mobilizam poderosas forças que têm influência decisiva nos indivíduos.

O uso correto das dinâmicas de grupo permite intensificar deliberadamente as


consequências desejáveis dos grupos.

 Os grupos possuem seu próprio ritmo e dinâmica.


 As dinâmicas empregadas nos grupos não são psicoterapia de grupo; o grupo se
autoanalisa e se auto- interpreta.

Os grupos educativos na Atenção Primária à Saúde desempenham um papel


fundamental levando ao conhecimento da população as informações referentes ao
processo saúde-doença. Essas são consideradas ferramentas que favorecem a
autonomia e proporcionam a valorização do sujeito e a troca de experiência. O
enfermeiro tem nas ações de educação em saúde o centro da sua prática profissional,
e vem se destacando na elaboração e execução desses grupos. Dessa forma, é
considerado o principal agente nas atividades grupais. (ROCHA, 2014)

CONSIDERAÇÃOES FINAIS

A metodologia utilizada neste trabalho foi a pesquisa bibliográfica, enriquecida com


artigos científicos e matérias de sites confiáveis. A partir dos pontos anteriormente
abordados é possível concluir que crianças e adolescentes tem direitos e prioridade
quando o assunto é saúde pública, direito efetivado pelo Sistema Único de Saúde, o
qual deve promover saúde, prevenção e atendimento humanizado, inclusive com a
criação de programas públicos voltados pra saúde da criança e do adolescente como
um espaço reservado para o atendimento dessa parcela população, enfatizando em
problemas típicos dessas fases do crescimento e desenvolvimento devido à seu
impacto e influência no indivíduo futuramente.

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