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Departamento de Enfermagem
QUESTÕES EM GRUPO
DOCENTE RESPONSÁVEl:
DANIELLA SOARES
DISCENTES:
BRASÍLIA
20 DE OUTUBRO DE 2020
1.Quais são os aspectos do ambiente físico destinado ao
Alojamento Conjunto que devem ser pensados a fim de acomodar a mãe
e o bebê?
III - para cada leito materno, deve ser disponibilizado um berço para o recém-nascido e
uma poltrona para acompanhante. O berço o recém-nascido deve ficar ao lado do leito
da mãe e deve ser respeitada a distância mínima de um metro entre leitos ocupados; e
Parágrafo único. Medidas que assegurem a privacidade da mulher devem ser adotadas,
assim como a observação do conforto luminoso para as puérperas os recém-nascidos e
acompanhantes, quando instalados em quartos ou enfermarias com mais de um leito.
Além das regulamentações previstas na portaria, sempre que possível, o serviço deve
buscar fornecer uma ambientação acolhedora e aconchegante, com paredes pintadas de
cores agradáveis, uma boa iluminação, detalhes que podem fazer a diferença.
O vínculo do ponto de vista afetivo da criança para com os pais seria inato,
mas dependente de um conjunto de sinais para que essa relação se construa e
desenvolva, como a existência de um convívio, contato e/ou apego. Essa relação
afetiva está fortemente vinculada a Teoria do apego, que segundo estudiosos como
M. Cortina & M. Marrone (2003 Apud Dalben, 2005) viria a ser uma teoria que
abarca as relações e interações sociais e psicológicas desse indivíduo. A teoria do
apego vem justamente favorecer a compreensão e extensão da relevância do afeto
dentro do ciclo do ser humano. Conexão essa que estará ligado às futuras
construções e relações que esse indivíduo irá ou não desenvolver dentro da sua
rede pessoal, favorecerá a predominância de alguns traços em sua personalidade e
mesmo como agirá em situações de estresse, pressão ou eventos inesperados.
Quanto maior essa proximidade entre criança e pais, essa relação afetiva
seria mais sólida, justamente pelo decorrer do desenvolvimento das capacidades
cognitivas e emocionais da criança ligada aos constantes cuidados, proximidade e
atenção dos seus cuidadores, segundo J. Bowlby (DALBEN, J et. al, 2005). Essas
deduções seriam facilmente vistas em prática ao se avaliar uma família onde essa
criança foi adotada ou mesmo é criada por outros membros da família que não
sejam seus genitores. Esse afeto pode ser construído de maneira sólida entre essa
criança e seu cuidador, independente do laço sanguíneo. Não significando que essa
criança não venha a ter traços e sinais na vida adulta, que correspondam a seu
abandono ou sofrimento na infância, mas que para além desses fatores, ela pode
construir relações sólidas com seus cuidadores (que se tornaram pais) muito além
do fator inato e genético.
Esse vínculo comportamental se mostra como uma dimensão que não pode
ser ignorada pelos profissionais da saúde, principalmente se tratando de um
momento gestacional, onde uma nova vida está sendo construída nessa família e
pode ser objeto dos traumas vividos pelos adultos ao seu redor. É essencial que o
pré-natal, momento em que se realiza o acompanhamento materno e se consegue
uma maior captação paterna, tenha ações, sejam nos momentos de consulta, rodas
ou reuniões, voltadas a esses genitores ou cuidadores.
Para auxílio do cuidado da mãe para com o bebê, deve-se educá-la quanto
aos cuidados com o recém-nascido e sobre o aleitamento materno.
Além disso, as mães também devem ser orientadas quanto a posição que a
criança deve dormir, a necessidade de interação com o bebê e também sobre o
acompanhamento da criança, com relação às consultas e demais exames a serem
realizados, tais como o teste do pezinho.
Para tanto, pode-se entender que o proposto pelo guia vai além de uma boa
relação futura com a mãe. A assistência de Enfermagem, ao se levar em conta o
reforço da interação mãe-bebê e sendo parte ativa para que a mãe entenda sua
importância, interfere no modo futuro na vida desta criança, sendo de extrema
importância, portanto, que a equipe adote, compartilhe e ponha em prática com essa
mãe, os pressupostos da Teoria do apego e de sua importância para o RN. Este
“apego” mãe-bebê, pode ser levado em conta não apenas no alojamento conjunto,
como também nos primeiros momentos após o parto, deixando que a mãe tenha o
seu momento com o RN, evitando exames clínicos que possam ser realizados em
outro momento, quando possível e que podem interferir neste primeiro contato tão
importante da mãe com seu RN.
Referências:
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações
Programáticas Estratégicas.Atenção à saúde do recém-nascido : guia para os profissionais
de saúde – Cuidados Gerais / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde,
Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – 2. ed. atual. – Brasília : Ministério da
Saúde, 2014.