Você está na página 1de 9

FACULDADE DO MARANHÃO – FACAM

GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

Alenice Rodrigues Pinheiro

Camile Sarges Nunes

Evellyn de Jesus Muniz Mendonça

João Marcos Santos Mafra

Josué de Jesus Ferreira

Maria Eduarda Brito Bezerra

Simone Pereira Paz

O PAPEL DA ENFERMAGEM DIANTE DE CASOS DE ADOLESCENTES


GRÁVIDAS E SEUS MAUS TRATOS

SÃO LUÍS
2023
Alenice Rodrigues Pinheiro

Camile Sarges Nunes

Evelyn de Jesus Muniz Mendonça

João Marcos Santos Mafra

Josué de Jesus Ferreira

Maria Eduarda Brito Bezerra

Simone Pereira Paz

O PAPEL DA ENFERMAGEM DIANTE DE CASOS DE ADOLESCENTES


GRÁVIDAS E SEUS MAUS TRATOS

Trabalho de pesquisa de curso para


obtenção de parte da nota do curso de
graduação em enfermagem
apresentado à Faculdade do
Maranhão – FACAM.

Orientador(a): Prof.ª. Maria do Socorro


Cruz

SÃO LUÍS

2023
1 TEMA

O papel da Enfermagem diante dos casos de adolescentes grávidas e seus


maus tratos

2 PROBLEMA

Diversas adolescentes quando entram na atenção primária, acabam sendo


desrespeitadas pelos profissionais, pelo fato de terem engravidado antes do tempo
julgado certo. O que acaba fazendo com que as mesmas sofram danos psicológicos
causados pelos maus tratos verbais a qual são expostas.

3 HIPÓTESES

I. O que leva a ocorrer tal acontecimento é o fato de alguns profissionais


não saberem separar totalmente o lado pessoal do profissional, sendo
que o seu lado pessoal é contra o ato de engravidar na adolescência.
II. Outro fator que interfere também na forma de tratar tais pacientes é a
condição financeira das mesmas, levando em consideração que não se
ouve relatos de maus tratos verbais contra adolescentes grávidas de
uma situação econômica mais elevada.

4 JUSTIFICATIVA

Apesar de termos vários artigos, manuais do Ministério da Saúde, pouco se


discute sobre como alcançar a gestante de forma a entender e reconhecer os erros
que a mesma possui e como faze-la reconhece-lo, ou como a própria equipe possa
reconhecer. A diversidade do perfil dessas usuárias é bastante abrangente. Ainda
observamos, na pratica a dificuldade de tais profissionais no cuidado a gestante. Por
isso questiona-se: Qual o papel da enfermagem e suas interversões para o
atendimento qualificado a gestante? Quais os desafios enfrentados pela mãe
adolescente e seu bebê?
5 OBJETIVOS GERAL E ESPECÍFICOS

5.1 Objetivo Geral

• Conscientizar os profissionais de como deve se portar

5.2 Objetivos Específicos

• Descrever os danos caudados por parte do comportamento dos profissionais


• Analisar o impacto desrespeitoso de adolescentes gravidas por profissionais da
saúde na atenção básica e seus efeitos psicológicos
• Identificar como a falta de respeito por parte dos profissionais da saúde afeta o
bem-estar psicológico tanto da mãe adolescente quanto do seu bebê

6 METODOLOGIA

A pesquisa a ser realizada neste trabalho pode ser classificada como revisão
bibliográfica do tipo descritiva, que segundo o autor Gil (2002, p.42) a pesquisa
descritiva corresponde à descrição de características de um determinado fenômeno
ou população. Esta opção se justifica porque o método escolhido permite descrever
com clareza a Atuação do enfermeiro na gravidez de adolescentes. Quanto à
metodologia o trabalho será realizado por meio de revisão bibliográfica que nos
dizeres de Gil (2002, p.44) tem como base os artigos científicos e livros, material já
elaborado.
7 Referencial teórico

7.1 Conceito de adolescência

Adolescência, segundo o dicionário Aurélio “é o período da vida humana que


começa com a puberdade e se caracteriza por mudanças corporais e psicológicas,
estendendo-se aproximadamente, dos 12 aos 20 anos” (AURÉLIO, 2001, p.18)

Adolescência é o período de transição entre a infância e a vida adulta, caracterizado


pelos impulsos do desenvolvimento físico, mental, emocional, sexual e social e pelos
esforços do indivíduo em alcançar os objetivos relacionados às expectativas culturais
da sociedade em que vive. A adolescência se inicia com as mudanças corporais da
puberdade e termina quando o indivíduo consolida seu crescimento e sua
personalidade, obtendo progressivamente sua independência econômica, além da
integração em seu grupo social.

A adolescência é uma etapa da vida compreendida entra a infância e a fase adulta,


marcada por um complexo processo de crescimento e desenvolvimento físico, moral
e psicológico (BRASIL, 2009).

7.2 Gravides na adolescência

Nas últimas décadas a gravidez na adolescência vem ocorrendo com


maior frequência, e tem sido considerado um assunto muito importante de saúde
pública. Esse período de adolescência idade compreendida segundo a
Organização Mundial da Saúde, entre 10 e 19 anos, é uma época de várias
descobertas. O pico nos níveis hormonais, por exemplo, pode levar ao início da
vida sexual, que pode acontecer de forma desprotegida. Dados de 2011 mostram
que o país teve 2.913.160 nascimentos, sendo 533.103 nascidos de meninas
com idade entre 15 e 19 anos e 27.785 nascidos de meninas de 10 e 14 anos.
Vale salientar ainda que cerca de 30% das meninas que engravidam na
adolescência acabam tendo outro filho no primeiro ano pós-parto.
Entretanto essa é uma fase de dubiedades, no momento o jovem pode se
torna mais sonhar ou independente e arrojado, passando então a querer
experimentar novas possibilidades e vivências .Ao mesmo tempo em que se ver
retraído , inseguro , podendo achar que não precisa de ninguém ,acha que é
capaz de tudo ,apesar de temer o mundo ,acredita que nada pode acontecer
.(FREITAS, 1990).

A gravidez na adolescência pode ter diversas causas. A maioria das


meninas relatam, inclusive, que a gravidez foi desejada. Entretanto,
independentemente das causas e desejos de cada adolescente, fato é que a
gravidez precoce é um problema de saúde pública, uma vez que causa riscos à
saúde da mãe do bebê e tem impacto socioeconômico, pois muitas das grávidas
abandonam os estudos e apresentam maior dificuldade para conseguir emprego.

Os fatores socioeconômicos impactados no problema da adolescência


grávida, que a ocasionam o abandono definitivo da escola em 90 % das vezes,
fará com que a mãe não esteja preparada para enfrentar e conquistar um lugar
adequado e bem remunerado no mundo adulto (MANDU ,2000).

Para GOMES, (2000) os conceitos em relação à saúde reprodutiva da


adolescente vêm mudando nos últimos 30 anos. Inicialmente, considerava-se
toda mulher grávida como sendo de "risco", em virtude da possibilidade de
ocorrer algum dano binômio mãe-filho. Além do elevado índice de
complicações como toxemia, é frequente a prematuridade ou o nascimento de
bebês de baixo peso em mães adolescentes. Ocorre até mesmo uma
competição feto-materno por nutrientes, já que ambos precisam de
substâncias especiais para o desenvolvimento.
7.3 Papel do enfermeiro frente à gravidez na adolescência

Segundo o conceito de Gurgel (2011), entende-se que o papel da enfermagem é agir


em nome da saúde e bem-estar, garantido seus direitos, quanto à acessibilidade aos
serviços de saúde.

Neste ponto, vale ressaltar as condições de Camelo (2021), que aborda que a
enfermagem desempenha um papel crucial no cuidado com à gravidez na
adolescência, fornecendo informações sobre a saúde sexual, planejamento familiar e
oferecendo suporte emocional às adolescentes grávidas.

Com base nos conceitos de Mendonça et al (200g), o profissional de enfermagem


tem papel significativo na saúde sexual e reprodutiva dos adolescentes, fazendo que
esses profissionais sejam preparados para assumir tal função.

De acordo com longo (2001), entende-se que a educação sexual deve estar sempre
presente no início da vida sexual um adolescente, sempre orientando suas práticas
contraceptivas antes mesmo da decisão de se engajarem na vida sexual, para que
façam de maneira adequada evitando uma gravidez indesejada.

7.4 Gravidez na adolescência enquanto um problema social

A gravidez na adolescência é um problema de saúde social, relacionada a fatores


como o início precoce das atividades sexuais e a negligência quanto a contracepção.

Segundo o Sistema Único de Saúde (SUS) por dia 1043 adolescência se tornam
mães no Brasil, e por horas são 44 bebês que nascem das mesmas.

Para evitar esses casos é preciso que os pais não tenham vergonha de falar sobre
esse assunto com suas filhas, que saibam explicar o certo e errado, para que mesmo
que as adolescentes engravidem

Consigam entender a real realidade. Sabemos que uma gravidez não planejada
pode causar danos pra sempre nessa mãe e nesse bebê, tem os riscos de infecção
sexualmente transmissíveis que também pode prejudicar a saudade desse bebê. E
necessário que a secretária de saúde faça campanhas de conscientização também.
A gravidez na adolescência deve ser discutida pelos proficiência de saúde, é
necessário que cada um se coloque no lugar dessa mãe e consiga entender tudo que
ela já está passando, para que com isso de total apoio e cumpra seu papel de
enfermeiro.

7.5 Quais os riscos biopsicossociais e fisiológico causados a mãe adolescente e seu


bebê

A gravidez na adolescência é um fenômeno complexo e desafiador que envolve riscos


biopsicossociais e fisiológicos significativos tanto para a mãe adolescente quanto
para o bebê.

• Complicações durante a Gravidez:

Quando não se planeja uma gravidez os jovens têm riscos à exposições como
infecções sexualmente transmissíveis, podem recorrer ao aborto, incluindo a pré-
eclâmpsia, anemia, hipertensão gestacional, diabetes gestacional e aumento de
mortalidade no parto e puerpério. O recém-nascidos corre o risco de nascer
prematuro, a sofrer acidentes na infância, baixo peso ao nascerem, internações e
risco de morte súbita nos primeiros seis meses de vida Santos et al. (2010). A maioria
dos jovens não tem condições financeiras e nem emocionais para assumir a
maternidade precoce.

• Mortalidade Materna:

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a mortalidade materna é


mais elevada entre as adolescentes, principalmente devido à falta de acesso a
cuidados pré-natais adequados e complicações durante o parto (OMS, 2020).

A gravidez na adolescência tornou - se nas últimas décadas uma questão de saúde


pública pelo grande aumento que vem ocorrendo ao redor do mundo, interligando a
vários fatores como: saúde, educação, social e econômica, tornando - se um
problema para a gestação precoce.
A gravidez geralmente ocorre de maneira indesejada e inesperada, levando a uma
repentina mudança de vida na área pessoal e social. Na sociedade contemporânea
está se tornando cada vez mais comum a iniciação precoce da atividade sexual o que
acaba trazendo consequências para os jovens envolvidos Oliveira et al. (2009).
Durante a gestação a adolescente corre o risco de abandonar o ambiente escolar e
após o parto pode encontrar dificuldades para entrar no mercado de trabalho.

A gravidez na adolescência é um fator de risco para o abandono escolar, limitando


as perspectivas de educação e emprego da mãe (Hofferth, Reid & Mott, 2001).2.
Riscos Psicológicos e Sociais para a Mãe Adolescente:

• Estresse e Isolamento Social:

Estudos destacam que mães adolescentes frequentemente experimentam níveis


elevados de estresse devido ao estigma social, isolamento e pressões familiares
(Pastel et al., 2019) 2.3. Estigma e Discriminação:

Pesquisas apontam que mães adolescentes enfrentam estigma e discriminação,


afetando negativamente sua saúde mental e autoestima (Meade et al., 2018). Até
mesmo na própria área da saúde pelos profissionais.

• Dificuldades Financeiras:

A falta de recursos financeiros é uma realidade comum entre as mães adolescentes,


o que pode prejudicar a qualidade de vida delas e de seus bebês (Hoffman et al.,
2018).

A gravidez na adolescência é uma situação de alto risco biopsicossocial e fisiológico.


A compreensão desses riscos é fundamental para o desenvolvimento de intervenções
eficazes visando à melhoria da saúde e do bem-estar tanto das mães adolescentes
quanto de seus bebês.

Você também pode gostar