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FACULDADE METROPOLITANA DE PARINTINS

BACHARELADO EM FISIOTERAPIA

GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA

PARINTINS- AM

2023
CAROLINE RAMOS DA SILVA
CAROLINE VIANA NEGREIRA
ENIO CUNHA
GABRIEL BARBOSA RIBEIRO CLER
GILSON JOSÉ DE SOUZA SILVA
RONISELE MENDONÇA
SAMILLY SOUZA ROCHA
MARCELA MAGALHÃES SIMAS
MARIA EDUARDA DE OLIVEIRA JACAUNA
SAMILY SIMAS
PAULO JUNIOR

Relatório de Extensão apresentado à faculdade


Metropolitana de Parintins- FAMETRO para
obtenção de nota final do curso de
Bacharelado em Fisioterapia.
Orientadora: Prof.ª Elaine Pires Soares
Professora: Arilda Soares da Silva

PARINTINS-AM

2023
Sumario

1. RESUMO........................................................................................................ 4
2. INTRODUÇÃO..................................................................................................5
3. METODOLOGIA...............................................................................................6
4. RESULTADOS..................................................................................................8
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................9
6. ANEXOS...........................................................................................................10
7. REFERÊNCIAS.................................................................................................11
1. RESUMO
Introdução: O presente relatório aborda o trabalho realizado durante as atividades de
extensão sobre a gravidez na adolescência. O projeto de extensão tinha como
objetivo principal fornecer informações de qualidade sobre gravidez não planejada e
como evitar tal situação. Metodologia: Para alcançar os objetivos propostos, foram
realizados workshops para adolescentes em UBS e organizações dos outros cursos
também incluindo enfermagem e psicologia. As atividades incluíram palestras que
visavam educar os adolescentes sobre sexualidade, contracepção, reprodução e
relacionamentos saudáveis. Além disso, foram criados panfletos informativos que
seriam distribuídos nos centros de saúde. Resultados: O projeto de extensão foi bem
recebido pelos adolescentes e pela comunidade em geral. As questões mais
frequentes foram sobre como evitar a gravidez não planejada e a prevenção de
DSTs. Os jovens expressaram mais interesse em palestras do que em outras
atividades. O feedback foi positivo, mostrando que o projeto de extensão foi efetivo
em aumentar a conscientização sobre gravidez na adolescência e os riscos
envolvidos.
Conclusão: Em conclusão, o projeto de extensão sobre gravidez na adolescência foi
muito bem-sucedido em aumentar a consciência da comunidade e dos adolescentes
sobre a importância do planejamento familiar. A conscientização dos jovens sobre
relacionamentos saudáveis e contracepção contribui para diminuir o número de
gravidezes na adolescência e aumentar a qualidade de vida das pessoas afetadas.

1. INTRODUÇÃO

A gravidez na adolescência é considerada a que ocorre entre os 10 e


20 anos, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Apontada como
uma gestação de alto risco decorrente das preocupações que traz à mãe e ao recém
nascido, a gravidez nesta faixa etária pode acarretar problemas sociais e biológicos.
O Brasil apresenta elevados índices de adolescentes grávidas. Porém, o Ministério
da Saúde indica que houve uma redução de 17% no número de mães entre 10 e 19
anos, no período de 2004 a 2015. A adolescência é um período da vida rico em
manifestações emocionais, caracterizadas por ambiguidade de papéis, mudança de
valores e dificuldades face à procura de independência pela vida. A gravidez na
adolescência é muitas vezes encarada de forma negativa do ponto de vista
emocional e financeiro das adolescentes e suas famílias, alterando drasticamente
suas rotinas. 7,3 milhões de adolescentes se tornam mães a cada ano ao redor do
mundo, das quais 2 milhões são menores de 15 anos, no ano de 2010 um relatório
divulgado por um órgão ligado à ONU indica que 12% das adolescentes entre 15 e
19 anos tinham pelo menos um filho, o Brasil tem 21 milhões de adolescentes com
idade entre 12 e 17 anos, sendo que cerca de 300 mil crianças nascem de mães
nessa faixa etária, em pesquisa realizada pela ONU, o Brasil tem 68,4 bebês
nascidos de mães adolescentes a cada mil meninas de 15 a 19 anos.

A gravidez na adolescência pode trazer consequências emocionais,


sociais e econômicas para a saúde da mãe e do filho. A maioria das adolescentes
que engravida abandona os estudos para cuidar do filho, o que aumenta os riscos
de desemprego e dependência econômica dos familiares. Esse fatores contribuem
para a perpetuação da pobreza, baixo nível de escolaridade, abuso e violência
familiar, tanto à mãe como à criança. Além disso, a ocorrência de mortes na infância
é alta em filhos nascidos de mães adolescentes. A situação socioeconômica, a falta
de apoio e de acompanhamento da gestação (pré-natal) contribuem para que as
adolescentes não recebam informações adequadas em relação à alimentação
materna apropriada, à importância da amamentação e sobre a vacinação da criança.
Também é grande o número de adolescentes que se submetem a abortos
inseguros, usando substâncias e remédios para abortar ou em clínicas clandestinas.
Isso tem grandes riscos para a saúde da adolescente e até mesmo risco de vida,
sendo uma das principais causas de morte materna. Essas ações acarretam
prejuízos às crianças, gerando um impacto na saúde pública, além da limitação no
desenvolvimento pessoal, social e profissional da gestante.

Há diversos fatores de natureza objetiva e subjetiva que levam à


gravidez no início da vida reprodutiva, tais como: Falta de conhecimento adequado
dos métodos contraceptivos e como usá-los, dificuldade de acesso a esses métodos
por parte do adolescente, dificuldade e vergonha das meninas em solicitar o uso do
preservativo pelo parceiro, ingenuidade e submissão, violência, abandono, desejo de
estabelecer uma relação estável com o parceiro, forte desejo pela maternidade, com
expectativa de mudança social e de obtenção de autonomia através da maternidade,
meninas com início da vida sexual cada vez mais precoce. O ambiente familiar
também tem relação direta com o início da atividade sexual. Experiências sexuais
precoces são observadas em adolescentes em famílias onde os irmãos mais velhos
já apresentam vida sexual ativa. É comum encontrar adolescentes grávidas cujas
mães também iniciaram a vida sexual precocemente ou engravidaram durante a sua
adolescência. Por outro lado, famílias onde existe o hábito da conversa e há
orientação sobre a vida sexual, a situação pode ser diferente e a sexualidade melhor
aproveitada pelos adolescentes no momento certo. A melhor forma de evitar a
gravidez na adolescência é se informar adequadamente e conhecer o próprio corpo
e do parceiro antes de começar a vida sexual. Meninos e meninas devem se
informar sobre os métodos anticoncepcionais. A camisinha é o mais comum, mais
barato e mais fácil de utilizar. Além da gravidez indesejada, ela também protege
contra as doenças sexualmente transmissíveis.

3 METODOLOGIA

Durante o projeto de prevenção da gravidez na adolescência, foram


desenvolvidas várias atividades para conscientizar as jovens sobre os riscos e
responsabilidades da maternidade precoce. A metodologia utilizada incluiu
atividades interativas, dinâmicas, apresentação de palestras com os alunos de
outros cursos da saúde.
Inicialmente, foi feita uma pesquisa para entender as causas e consequências da
gravidez na adolescência. A partir disso, foi elaborado um plano de ação com
diversas atividades que pudessem chamar a atenção das jovens e conscientizá-los
dos riscos. Foi feita uma abordagem aberta e amigável, onde foi dada a
oportunidade para que as jovens se expressassem e compartilhassem experiências.
Foram realizadas atividades de reflexão sobre a importância dos estudos, da
profissionalização, do planejamento familiar e do uso de métodos contraceptivos.
Houve um momento onde foram realizadas palestras que abordaram questões
relacionadas à saúde sexual e reprodutiva, bem como a importância da utilização de
métodos contraceptivos e as principais formas de prevenir as DSTs (doenças
sexualmente transmissíveis). Os resultados obtidos foram bastante significativos,
visto que muitos jovens conseguiram compreender a importância de se prevenir e
evitar a gravidez na adolescência. Além disso, muitos deles buscaram informações
mais detalhadas sobre métodos contraceptivos e planejamento familiar.
Entretanto, durante o projeto, foram encontradas algumas dificuldades, como a
resistência por parte de alguns jovens em participar das atividades, a falta de
engajamento de alguns pais e a falta de recursos financeiros para obter materiais
adicionais para as atividades. Mas essas dificuldades foram superadas com
perseverança e dedicação de toda a equipe envolvida no projeto.

P: Quais são as principais preocupações dos profissionais de saúde em relação às


gestantes adolescentes?

R: Nós sempre nos preocupamos com a saúde da mãe e do bebê. Para as


adolescentes, isso é ainda mais importante, porque seus corpos ainda estão em
desenvolvimento e podem ser mais suscetíveis a problemas de saúde durante a
gravidez. Outro grande desafio é a falta de informação sobre a gravidez, o parto e a
amamentação por parte das adolescentes. Geralmente, elas não têm experiência
anterior e precisam de muita orientação e educação sobre esses temas.

P: Como é realizado o atendimento às gestantes adolescentes em sua unidade de


saúde?

R: Realizamos consultas médicas e de enfermagem mensais, onde avaliamos o


estado de saúde da gestante e do feto. Também oferecemos apoio psicológico e
orientação nutricional, além de palestras educativas sobre parto e amamentação.
Além disso, fornecemos informações sobre serviços sociais e de apoio, como grupos
de apoio a mulheres grávidas e mães jovens.

P: Quais são os maiores desafios no atendimento a gestantes adolescentes?

R: Um dos maiores desafios é o acesso limitado aos serviços de saúde e a falta de


educação sobre saúde sexual e reprodutiva. Isso pode levar as adolescentes a não
procurarem atendimento médico até que tenham problemas de saúde graves. Outro
desafio é o preconceito e a discriminação enfrentados pelas adolescentes grávidas,
especialmente na escola ou na sociedade em geral.
P: Como os profissionais de saúde podem ajudar as gestantes adolescentes a
superar esses desafios?

R: Acredito que o papel dos profissionais de saúde é fornecer um ambiente seguro e


acolhedor, onde as adolescentes possam se sentir confortáveis para falar sobre
suas preocupações e receber o apoio de que precisam. É importante fornecer
informações claras e precisas sobre a saúde sexual e reprodutiva, além de fornecer
orientação sobre opções contraceptivas e como evitarem gestações indesejadas.
Também é importante trabalhar em colaboração com serviços sociais e de apoio,
para garantir que as adolescentes tenham acesso a todos os serviços necessários
para uma gravidez saudável e feliz.

QUESTIONÁRIOS DA ENTREVISTA

1- Profissão que você atua na Unidade Básica de Saúde?


2- Fale- me do que “sente” quando é procurada/ abordada por uma grávida
adolescente.
3- Em sua opnião quais os motivos que levaram a jovem a engravidar?
4- Como pensa as adolescentes encarando a gravidez nesta fase da vida como
uma situação problemática?
5- Que repercussões/ consequências trará para ela e família uma gravidez
nesta idade?
6- Fale- me da educação sexual promovida aos adolescentes e como pensa que
deveria ser abordada de uma forma genérica na sua instituição.
7- De que forma os profissionais de saúde poderão contribuir para prestar
melhores poderão contribuir para prestar melhores cuidados aos
adolescentes?
8- Como pensa que podemos planejar/ organizar o atendimentoas
adolescentes? O que pensa que falta na sua instituição e o que está melhor
organizado?
9- Da sua experiência profissional junto das grávidas adolescentes, quais os
cuidados de saúde prioritários?
10- Quantas grávidas adolescentes fazem acompanhamento Pré Natal na UBS?
3 RESULTADOS

O projeto "Gravidez na Adolescência" teve resultados positivos


significativos. Através da implementação de ações educativas, como palestras,, foi
possível conscientizar jovens , abrindo espaço para discussões e reflexões sobre a
importância da prevenção da gravidez precoce.

Entre os resultados alcançados, destacam-se a redução da taxa de


gravidez na adolescência em algumas regiões, a conscientização dos jovens sobre
os riscos e prejuízos para sua saúde, bem como a necessidade de planejar o futuro
antes de constituir uma família.

Além disso, os participantes do projeto relataram uma melhora na


autoestima, autoconfiança e no diálogo com familiares e amigos. Eles também
compreenderam melhor as mudanças físicas e emocionais pelas quais passam
durante a adolescência, além de terem adquirido informações sobre métodos
contraceptivos e a importância do uso de preservativos.

A equipe do projeto também observou uma melhoria na relação entre


pais e filhos, relatando que houve um aumento na comunicação entre eles, no
interesse de pais em acompanhar seus filhos em atividades educativas, e na
participação em eventos realizados nas escolas e comunidades.

Em vista desses resultados, o projeto "Gravidez na Adolescência"


mostrou-se eficaz na promoção da saúde sexual das jovens, no esclarecimento de
dúvidas, na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e gravidez precoce e
na promoção de uma vida mais saudável, responsável e planejada.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em conclusão, este projeto de extensão sobre gravidez na adolescência


abordou um tema muito importante e delicado na sociedade atual. Foi possível
perceber que a falta de informação e de acesso a métodos contraceptivos, aliada à
falta de diálogo entre pais e filhos, são algumas das principais causas desse
problema.

O trabalho realizado permitiu levar informações e conscientização aos


adolescentes, através de palestras e outras atividades educativas. Além disso, a
equipe envolvida no projeto buscou orientar as famílias e profissionais da área de
saúde, visando um atendimento mais respeitoso e eficiente.

Os resultados alcançados foram satisfatórios, tendo em vista a grande


participação dos adolescentes nas atividades propostas e o aumento do diálogo
sobre o tema na comunidade. Esperamos que esse projeto possa continuar sendo
realizado e ampliado, para que cada vez mais jovens possam ter acesso à
informação e aos meios necessários para evitar uma gravidez precoce e
indesejada.
5 ANEXOS
REFERÊNCIAS

https://www.todamateria.com.br/gravidez-na-adolescencia/

https://www.saude.go.gov.br/noticias/12407-hutrin-alerta-para-riscos-da-
gravidez-na-adolescencia

https://www.ipemed.com.br/blog/complicacoes-da-gravidez-na-adolescencia-e-
possiveis-desfechos?utm_source=google&

https://bvsms.saude.gov.br/01-a-08-02-semana-nacional-de-prevencao-da-
gravidez-na-adolescencia/

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