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PORTFOLIO 1

GRUPO 7
INTEGRANTES:
Vittoria Bethonico Foresti Roseo de Oliveira 55368
Giulia Lisboa Cardoso Soares 55341
Lavínia Melo de Lucena 55520
Vitória Diegues Brasil 55513
Maria Eduarda Conde 55569

BRASÍLIA, 4 DE OUTUBRO DE 2021


1. Descrição das principais atividades práticas do 1.º Bimestre escolhidas pelo
grupo para relatar
Diante do imprevisto em que a preceptora da UBS estava de atestado, nosso grupo
não pôde acompanhá-la durante as consultas. Dessa maneira, durante a aula prática na
própria instituição, foi apresentado ao grupo uma situação-problema onde o gerente da
UBS, Sr. Ulisses encontrou vários desafios como:
- Usuários com Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes de difícil controle e adesão
e também desmotivados
- Número crescente de adolescentes grávidas na comunidade, com dificuldades no
acesso a UBS
- Famílias muito carentes e de grande vulnerabilidade social
Dentre esses desafios, o grupo escolheu um deles e fizemos um teatro onde cada
uma representava um personagem a fim de propor mudanças. Simulamos uma reunião
para fazer um diagnóstico situacional e depois um planejamento das ações que serão feitas.
O desafio escolhido e levado a "reunião" foi acerca do número crescente de
adolescentes grávidas na comunidade, com dificuldades no acesso à UBS. Nessa reunião
participaram o gerente da UBS, a enfermeira, o técnico de enfermagem, a médica e uma
usuária da UBS . Ter vários participantes multidisciplinares nessas reuniões é de extrema
importância, uma vez que é necessário vários tipos de atendimento e olhares distintos para
o problema apresentado. Além disso, ter uma usuária da UBS é também de extrema
importância para que ela possa explicar o ponto de vista da comunidade, representando
todos os demais usuários.
Nessa reunião chegamos a conclusão que para tentar mudar o problema do
aumento de adolescentes grávidas, iríamos fazer uma palestra nas escolas públicas, uma
vez que essas adolescentes têm dificuldade em acessar a unidade de saúde, onde
enfermeiras iriam até elas para dar uma aula sobre educação sexual. Nessa palestra iria ser
abordado tanto a anatomia do sistema reprodutor feminino quanto masculino, métodos
contraceptivos e também a importância de ir à unidade de saúde para realizar consultas
anuais com a ginecologista. Foi definido que não só as meninas adolescentes a partir dos
13 anos iriam assistir a palestra, mas também os meninos, uma vez que ensinando a eles
também, a chance de solucionar o problema é maior. Essas palestras iriam ser
administradas em várias escolas pela cidade, obedecendo o cronograma de 2 palestras por
mês em cada escola.
Após a reunião, os participantes pareceram satisfeitos com o que foi decidido e
ansiosos para verem os resultados o mais rápido possível. Com esse plano de ação não só
o desafio da gravidez na adolescência iria ser melhorado mas também a ida a unidade de
saúde.
2. Fundamentação teórica dos temas escolhidos pelo grupo:
A gravidez na adolescência é considerada a que ocorre entre os 10 e 20 anos, de
acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Apontada como uma gestação de alto
risco porque pode trazer problemas tanto para a mãe, quanto para o recém nascido. Além
disso, a gravidez nesta faixa etária pode acarretar problemas sociais e biológicos.
Hoje em dia, o Brasil apresenta elevados índices de adolescentes grávidas. Porém,
felizmente, o Ministério da Saúde indica que houve uma redução de 17% no número de
mães entre 10 e 19 anos, no período de 2004 a 2015. A gravidez na adolescência é muitas
vezes encarada de forma negativa do ponto de vista emocional e financeiro das
adolescentes e suas famílias, alterando drasticamente suas rotinas. Diante dessa realidade,
a maioria das adolescentes que engravidam acabam abandonando os estudos para cuidar
do filho, o que aumenta os riscos de desemprego e dependência econômica dos familiares.
Esses fatores contribuem para a perpetuação da pobreza, baixo nível de escolaridade,
abuso e violência familiar, tanto para a mãe quanto para a criança.
Além disso, a ocorrência de mortes na infância é alta em filhos nascidos de mães
adolescentes. A situação socioeconômica, a falta de apoio e de acompanhamento da
gestação (pré-natal) contribuem para que as adolescentes não recebam informações
adequadas em relação à alimentação materna apropriada, à importância da amamentação
e sobre a vacinação da criança.
Diante dessa realidade, em 2019 foi criada uma lei ao Estatuto da Crianca e do
Adolescente que institui a Semana Nacional de Prevenção a Gravidez na Adolescência. De
acordo com a lei, na semana que incluir o dia 1º de fevereiro, o poder público, em conjunto
com organizações da sociedade civil, deverá desenvolver ações com o objetivo de
disseminar informações sobre medidas preventivas e educativas que contribuam para a
redução da incidência da gravidez na adolescência.
A gestação não planejada na adolescência pode resultar da falta de conhecimento
da adolescente sobre sua saúde, sobre as consequências na sua vida, bem como ao
acesso limitado aos métodos contraceptivos eficazes. Das gravidezes que ocorrem na
adolescência, 66% são não intencionais, o que significa que a cada 10 adolescentes que
engravidam, 7 referem ter sido “sem querer”.

No Brasil, um em cada sete bebês é filho de mãe adolescente. A cada hora nascem
48 bebês, filhos de mães adolescentes. A gravidez nesse grupo pode estar mais associada
a problemas de saúde, emocionais e sociais para as meninas, cuja maturidade para a
maternidade ainda não está formada, acarretando problemas psíquicos para toda a vida,
pois se encontra intimamente relacionada à violência sexual. Vivendo em um país de
extensão continental, as desigualdades sociais se acentuam em desfavor das mulheres e
meninas, que habitam em regiões de difícil acesso, onde a política pública não chega
deixando-as mais vulneráveis a todo tipo de iniquidade, inclusive violência sexual.

Entende-se portanto que, é de extrema necessidade que se tome providências


sociais e educacionais quanto a esse assunto, a fim de tentar diminuir esses índices, e as
consequências que a gravidez acarreta na vida da mulher ou menina.
3. Processo reflexivo sobre nossa prática:

A partir da aula prática sobre gravidez na adolescência, foi possível refletir sobre
essa realidade e buscar compreender mais sobre tal assunto. Dessa forma, fomos capazes
de propor soluções e maneiras de lidar com o problema em questão. Além disso,
conseguimos enxergar que as consequências de uma gestação na adolescência tendem a
ser negativas quando se observa a questão desde uma perspectiva estritamente biológica,
ou então tomando-se como parâmetro as expectativas sociais do que seria um
desenvolvimento típico na adolescência. Existem diversas evidências que mostram uma
série de riscos para a saúde relacionados com a gravidez na adolescência, tanto para a
mãe quanto para o bebê. Sabe-se que as demandas da gestação e da maternidade
implicam diversas transformações no modo de vida das adolescentes, o que acaba
limitando ou prejudicando o seu envolvimento em atividades importantes para o seu
desenvolvimento durante esse período da vida, como escola e lazer. Com isso, faz-se
necessário o trabalho de uma equipe multiprofissional, e medidas de prevenção de gravidez
indesejadas.
4. Referências Bibliográficas

Alves, C. A., & Brandão, E. R. (2009). Vulnerabilidade no uso de métodos contraceptivos


entre adolescentes e jovens: intersecção de políticas públicas e atenção à saúde. Ciência e
Saúde Coletiva, 14, 661-670.

GRAVIDEZ na Adolescência. [S. l.], 2020. Disponível em:


https://www.todamateria.com.br/gravidez-na-adolescencia/amp/. Acesso em: 4 out. 2021.

REFLEXÕES sobre a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência 2021.


[S. l.], 29 jan. 2021. Disponível em:
https://www.febrasgo.org.br/pt/noticias/item/1210-reflexoes-sobre-a-semana-nacional-de-pre
vencao-da-gravidez-na-adolescencia-2021. Acesso em: 4 out. 2021.

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