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CURSO SUPERIOR BACHARELADO EM ENFERMAGEM

ALUNOS (AS)

CÁSSIO CASTRO DE OLIVEIRA RA 2358394105


MARCELO RODRIGUES RA 2358435005
SANDRO ALVES RA 2358438805
VILDES GLEIMAR SOARES BARROS RA 2358439805

DESAFIO PROFISSIONAL – PTG

DISCIPLINAS NORTEADORAS:

 BIOÉTICA E LEGISLAÇÃO EM EMFERMAGEM

 ESTRATÉGIA DA SAÚDE DA FAMÍLIA

 ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER

 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE EMFERMAGEM

Bagé
2020
CURSO SUPERIOR BACHARELADO EM ENFERMAGEM
ALUNOS (AS)

CÁSSIO CASTRO DE OLIVEIRA RA 2358394105


MARCELO RODRIGUES RA 2358435005
SANDRO ALVES RA 2358439105
VILDES GLEIMAR SOARES BARROS RA 2358439805

DESAFIO PROFISSIONAL – PTG

DISCIPLINAS NORTEADORAS:

 BIOÉTICA E LEGISLAÇÃO EM EMFERMAGEM

 ESTRATÉGIA DA SAÚDE DA FAMÍLIA

 ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER

 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE EMFERMAGEM

TUTOR: Marilaine Barbosa

Bagé
2020
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 1

DESENVOLVIMENTO ........................................................................................... 2

GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA E AS INFECÇÕES SEXUALMENTE


TRANSMISSÍVEIS ................................................................................................. 2
ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER PERANTE SEU PRÉ-NATAL ..................... 4

EXAMES PRECONIZADOS NO PRIMEIRO TRIMESTRE DO PRÉ-NATAL...... 5

SÍFILIS INFLUÊNCIA PERANTE O ABORTO ..................................................... 8

POSTURA ÉTICA PERANTE PROCEDIMENTOS NA VIDA DO ENFERMEIRO


.............................................................................................................................. 10

SISTERATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM ............................. 11

CONCLUSÃO ....................................................................................................... 13
1

INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem o objetivo nortear os principais objetivos e


desafios encontrados em saúde pública em que aborta o papel importante
do enfermeiro (a) ao prestar cuidados em pré-natal e suas complicações no
decorrer da gestação no qual se encontra essa gestante inserida em uma
sociedade com baixo conhecimento de seus direitos e deves ao gerir uma
gestação. No campo da saúde pública pode-se observar a necessidade de
informações sobre a maternidade, um momento especial em que a mulher e
inserida em mudanças tanto físicas quanto emocionais. O profissional da
saúde devem sempre ter enfoque na prevenção de intercorrências clínico-
obstétrico e assistência emocional durante o período da gestação em
reuniões em conjunto com demais gestantes em consulta e
acompanhamento individual no qual e aborta todos os passos futuros do pré-
natal. O Pré-Natal quando realizado com qualidade e humanizado
desempenha importante papel na redução da mortalidade materna e infantil.
Informações sobre as diferentes vivências devem ser trocadas entre as
mulheres e os profissionais de saúde. Essa possibilidade de intercâmbio de
experiências e conhecimentos é considerada a melhor forma de promover a
compreensão do processo de gestação. Assim, cabe aos profissionais de
saúde promover ações de saúde de promoção prevenção durante a
assistência à mãe e à criança a fim de atender às necessidades da
população de gestantes.
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DESENVOLVIMENTO

GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA E AS INFECÇÕES SEXUALMENTE


TRANSMISSÍVEIS
Adolescência pode ter o significado de mudança constante tanto
em aspectos físico, emocionais e estruturais em âmbito social e comunitário,
no qual muitas bibliografias relatam e explicam o desenvolvimento na
adolescência. Sexualidade e Gestação esse campo vasto e de extrema
amplitude no qual podemos abordar inúmeras observações incluindo as IST
no convívio do mesmo. Fenômeno esse que culmina na sociedade, se
tornando um problema em que a saúde pública deve fazer a orientação e
acompanhamento adequado na sexualidade, assim abordando uma forma
educativa e prolongada de cuidados contínua. Adolescência é o momento
de transição entre a infância e a idade adulta que envolve grandes
mudanças físicas, cognitivas e psicossociais. O papel da saúde pública é
neste momento de mudança que se aborda o assunto na família brasileira,
não deixando se tornar um tabu, podendo com está educação contínua obter
a prevenção da gestação na adolescência e contrair as IST no qual se
podem abordar os métodos anticoncepcionais na educação continuada. O
Programa “Saúde do Adolescente” (PROSAD), estabelecido pela Portaria do
Ministério da Saúde, nº 980/GM em 1989, foi o primeiro programa concebido
para intervir na prevenção de agravos e promoção à saúde de adolescentes
com idade variando entre os 10 e 19 anos. Este programa promove a
construção de atividades associadas à promoção da saúde deste público e
de estudos temáticos, também revela preocupação na participação de ações
institucionais. Outra forma de cuidado ao adolescente é o Programa Saúde
na Escola (PSE), que é uma política concebida pelo Ministério da Saúde
(MS) em parceria com o Ministério da Educação (ME), que foi estabelecida
em 2007. No PSE busca-se promover ações em saúde que envolva os
profissionais da equipe que compõe a unidade básica de saúde em conjunto
com as equipes da educação de determinado local. A proposta do PSE é de
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que este se estenda aos alunos de todas as escolas públicas do país, sendo
elas estaduais e municipais. Para a escola é um espaço que permite e
estimula a construção do conhecimento, desta forma torna-se um ambiente
propício para se trabalhar com crianças e adolescentes. A prioridade do
profissional necessita compreender quais são os atravessamentos desta
fase da vida, assim ele pode planejar ações que possibilitem afetar de forma
eficiente o resultado almejado. É necessário o desenvolvimento de
habilidades a todo profissional que deseja atender os adolescentes parar
ações resolutivas com a abordagem aos métodos contraceptivos.

• Os métodos de barreira: o preservativo masculino e feminino são os


dois únicos métodos que oferecem dupla proteção, contra a gravidez,
infecções sexualmente transmissíveis e a AIDS. Precisam ser utilizados em
todas as relações sexuais, independentemente do uso de outro método
anticoncepcional.
• O dispositivo intrauterino (DIU): pode ser usado pelas adolescentes,
todavia nas mulheres que nunca tiveram filhos há um perigo maior de expelir
o DIU. Este não é indicado para as adolescentes que tem mais de um
parceiro sexual ou cujos parceiros têm outros parceiros/parceiras e não
usam camisinha em todas as relações sexuais, pois, este dispositivo não
protege de IST’s.

• Os métodos hormonais: as pílulas combinadas e a injeção mensal


podem ser usadas na adolescência, desde a primeira menstruação. Não
existem, restrições ao uso dos anticoncepcionais hormonais na
adolescência. Respeitando o direito de escolha livre e informada, as
adolescentes podem utilizar estes métodos desde a menarca, porém a
minipílula e a injeção trimestral não devem ser usadas antes dos 16 anos.
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ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER PERANTE SEU PRÉ-NATAL


O Ministério da Saúde cita os principais objetivos das consultas pré-
natais a preparação física e psíquica da mulher para a maternidade, a
disseminação de informações educativas sobre o parto e o cuidado da
criança, trazendo informações sobre os hábitos de vida e higiene, e ainda da
manutenção do estado nutricional adequado. Além disso, através das
consulta pré-natal pode-se obter a orientação sobre o uso de medicações
que possam afetar tanto o feto, como à mulher e a evolução do parto, e
também o tratamento de manifestações físicas peculiares da gravidez, como
as náuseas, os vômitos, as azias, as cãibras, as queixas respiratórias, de
dores urinárias, mamarias, lombares, dentre outras, uma assistência de pré-
natal com qualidade não precisa necessariamente de procedimentos
complexa e alta tecnológica, afinal uma das chaves da qualidade desta
assistência está, sobretudo em um relacionamento de confiança entre os
profissionais, a gestante e sua família. A Organização Mundo de Saúde
avalia que o enfermeiro é o profissional com maior efetividade nas ações
para alcance da maternidade segura, diminuindo assim a morbimortalidade e
dos custos da assistência á mulher em todo o ciclo gestacional bem como no
puerperal. Um fator importante para a qualidade da assistência ao pré-natal
é a capacitação precoce, até no máximo o 4° mês de gestação. O
diagnóstico de gravidez fundamenta-se tanto na anamnese e entrevista,
como no exame físico e nos testes laboratoriais. Após a confirmação da
gravidez em consulta médica ou de enfermeiro, dá-se início ao
acompanhamento da gestante, com seu cadastramento no Sistema de
Acompanhamento do Programa de Humanização no Pré-Natal e
Nascimento-SIS PRENATAL. Todas as condutas e diagnósticos de pré-natal
sempre devem ser anotados no prontuário, na ficha perionatal e no cartão da
gestante. Segundo o Ministério da Saúde, um bom pré-natal deve incluir o
mínimo de seis consultas, iniciando no primeiro trimestre, duas no segundo e
três no terceiro trimestre sejam de quatro semanas até a gestação completar
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36 semanas e, a partir deste período, que os intervalos sejam de 15 dias. O


Ministério da Saúde reforça que o principal objetivo da assistência ao pr é-
natal é acolher a mulher desde o início da gravidez. Nas consultas
subsequentes, a anamnese poderá ser mais sucinta, abordando
especificamente os aspectos do bem-estar materno fetal. Em todas as
consultas deverão ser ouvidas atentamente as dúvidas e ansiedades da
mulher, bem como as perguntas sobre alimentação, hábitos intestinais e
urinários, movimentação fetal e investigado a presença de corrimentos ou de
outras perdas vaginais. A partir da primeira consulta, o atendimento pré-natal
é intercalado com a enfermeira, garantindo-se que a gestante seja avaliada
pelo médico no início do terceiro trimestre, entre a vigésima e oitava
semana, e no termo, a partir da trigésima sétima semana de gestação. No
protocolo de atendimento á gestante está previsto que as c onsultas serão
realizadas tanto pelo médico como pela enfermeira, que trabalharão em
conjunto, potencializando suas ações.

EXAMES PRECONIZADOS NO PRIMEIRO TRIMESTRE DO PRÉ-NATAL

Mediante as inúmeras bibliografias em que relata os principais exames


físicos no primeiro trimestre gestacional devem ser feitos até a décima
terceira semana com o objetivo a saúde da mulher e desta forma verifica se
há riscos da mãe passar alguma doença para o bebê. Os presentes exames
ajudam a também a identificar malformação e verificar o risco de aborto
espontâneo. A recomendação do ginecologista é de suma importância, pois
assim é possível garantir que a gravidez ocorra como esperado e sejam
prevenidas as complicações. Os principais exames físicos no primeiro
trimestre:

 Pressão arterial: Deve ser realizado em todas as consultas do pré-natal


porque avalia o risco de eclampsia, que pode levar ao parto antecipado.
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 Altura uterina: Com a mulher deitada, o médico ou enfermeiro coloca uma


fita métrica na região abdominal, para avaliar o crescimento do bebê.

 Peso: Realizado em todas as consultas para avaliar o quanto a mulher


engorda durante a gravidez porque não é aconselhado engordar muito e, em
caso de grávidas obesas, o cuidado é maior.

 Ultrassom: O exame de ultrassom realizado no primeiro trimestre de


gravidez é o transvaginal, que é normalmente realizado entre a 8ª e a 10 ª
semana de gestação e serve para verificar que o bebê está mesmo no útero
e não nas trompas, verificar o tempo de gestação e calcular a data prevista
do parto.

O obstetra prescreve os seguintes exames de sangue na primeira


consulta do pré-natal.

 Hemograma completo: Serve para verificar se há alguma infecção ou


anemia.
 Tipo sanguíneo e fator Rh: Importante quando o fator Rh dos pais é
diferente, quando um é positivo e outro é negativo.

 VDRL: Serve para verificar se há sífilis, uma doença sexualmente


transmissível, que se não for devidamente tratada, pode levar a
malformação do bebê ou aborto espontâneo.
 HIV: Serve para identificar o vírus HIV que provoca a AIDS. Se a mãe for
devidamente tratada, as chances do bebê se contaminar são baixas.
 Hepatite B e C: Serve para diagnosticar as hepatites B e C. Se a mãe
receber o devido tratamento, evita que o bebê seja contaminado com estes
vírus.
 Tireoide: Serve para avaliar o funcionamento da tireoide, os níveis de TSH,
T3 e T4, pois o hipertireoidismo pode levar ao aborto espontâneo.

 Glicose: Serve para diagnosticar ou acompanhar o tratamento da diabetes


gestacional.
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 Toxoplasmose: Serve para verificar se a mãe já teve contato com o


protozoário Toxoplasma gondi, o qual pode causar malformação no bebê.
Caso não seja imune, ela deverá receber orientações para evitar a
contaminação.

 Rubéola: Serve para diagnosticar se a mãe possui rubéola, pois esta


doença pode provocar malformação nos olhos, coração ou cérebro do bebê
e também aumenta o risco de aborto espontâneo e de parto prematuro.

 Citomegalovírus ou CMV: Serve para diagnosticar a infecção pelo


citomegalovírus, que quando não é devidamente tratada pode causar
restrição de crescimento, microcefalia, icterícia ou surdez congênita no bebê.

Diante do resultado positivo para sífilis, o tratamento deve ser


realizado com a utilização de penicilina, já que não existe evidência de que
nenhuma outra droga consiga tratar adequadamente o feto intra-útero. O
tratamento deve ser realizado o mais precoce possível, já que, pelas altas
taxas de transmissão, se for realizado após a 14ª semana se considera
tratamento de feto potencialmente infectado intra-útero. As doses de
penicilina recomendadas são definidas a partir do diagnóstico de infecção
recente ou tardia. Nas situações de doença nas fases primária e secundária,
a dose recomendada de penicilina benzatina é de 2.400.000UI divididas em
duas injeções em cada um dos glúteos. A maioria das gestantes, entretanto,
se encontra assintomática e sem referir historia previa de tratamento ou
conhecimento da infecção. Nessa situação, o diagnóstico é de fase latente
indeterminada, devendo ser tratada com 7.200.000UI, divididas em três
aplicações semanais de 2.400.000UI. A eficácia da penicilina em prevenir ou
tratar a infecção fetal é bastante elevada, o parceiro sexual deverá ser
sempre convocado pelo serviço de saúde para orientação, avaliação clínica,
coleta de sorologia e tratamento. O diagnóstico de sífilis numa gestante
exige a adoção de programa de acompanhamento intensivo, com ênfase no
8

risco de reinfecção. Frente a esse ponto, recomenda-se a realização de


VDRL mensal após tratamento, devendo o uso de preservativo ser sempre
estimulado. A adequada assistência pré-natal deve incluir medidas de
prevenção ou tratamento para qualquer agravo que possa incorrer em
acometimento fetal. O tratamento de sífilis é uma das medidas que
seguramente irão impactar em redução de morbidade e mortalidade dessas
crianças.

SÍFILIS INFLUÊNCIA PERANTE O ABORTO

Existe uma manifestação defensora que o termo correto seria


“abortamento” que é a ação cujo resultado é o aborto. Do ponto de vista
médico, aborto é a interrupção da gravidez até 20ª ou 22ª semana, ou
quando o feto pese até 500 gramas ou, ainda, segundo alguns, quando o
feto mede até 16,5 cm. O aborto pode ser natural, acidental, criminoso, legal
ou permitido. O aborto natural não é crime e ocorre quando há uma
interrupção espontânea da gravidez. O acidental, também não é crime, e
pode ter por origem várias causas, como traumatismos, quedas dentre
outros. O aborto criminoso é aquele vedado pelo ordenamento jurídico. O
aborto legal ou permitido se subdivide em: a) terapêutico ou necessário:
utilizado para salvar a vida da gestante ou impedir riscos iminentes à sua
saúde em razão de gravidez anormal; b) eugenésico ou eugênico: é o feito
para interromper a gravidez em caso de vida extrauterina inviável. O aborto
miserável ou econômico social praticado por motivos de dificuldades
financeiras, prole numerosa. O aborto honoris causa é feito para
salvaguardar a honra no caso de uma gravidez adulterina ou outros motivos
morais. O Código Penal Brasileiro pune o aborto provocado na forma do
auto-aborto ou com consentimento da gestante em seu artigo 124; o aborto
praticado por terceiro sem o consentimento da gestante, no artigo 125; o
aborto praticado com o consentimento da gestante no artigo 126; sendo que
o artigo 127 descreve a forma qualificada do mencionado delito. No Brasil,
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admitem-se duas espécies de aborto legal: o terapêutico ou necessário e o


sentimental ou humanitário. Ressalte-se que não há condição imposta à
realização do aborto legal e, diante das dificuldades, as mulheres recorrem
ao aborto inseguro, fato que explica a alta mortalidade de mulheres em
decorrência de procedimentos mal feitos. Aborto seguro é o permitido pela
lei, realizado por equipe de saúde bem treinada e contando com o apoio de
políticas, regulamentações e uma infraestrutura apropriada dos sistemas de
saúde, incluindo equipamento e suprimentos, para que a mulher possa ter
um rápido acesso a esses serviços . Em meio a inúmeros casos de aborto
podemos consideras casos de sífilis na gestação, toda gestante com
evidência clínica de sífilis e/ou com sorologia não treponêmica reagente,
com qualquer titulagem, mesmo na ausência de resultado de teste
treponêmico, realizada no pré-natal ou no momento do parto ou curetagem.
A transmissão vertical quando a gestante, acometida por sífilis, deixa de ser
tratada ou é tratada inadequadamente e transmite a doença para o feto é o
segundo tipo de Sífilis mais detectado, sendo menos prevalente apenas para
a transmissão via contato sexual que é a principal via de transmissão. O
treponema tem a capacidade de atravessar a barreira placentária, infectando
o feto. Quando isso acontece, o bebê adquire a chamada sífilis congênita,
cuja incidência tem aumentado nos últimos anos, segundo o Ministério da
Saúde. A doença também pode levar ao abortamento e a óbito do recém-
nascido. Para um exemplo, na última década, no Brasil, o índice de
mortalidade infantil (em menores de um ano de idade) por sífilis congênita
passou de 2,2 a cada 100.000 nascidos vivos em 2004 para 5,5 em 2013.
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POSTURA ÉTICA PERANTE PROCEDIMENTOS NA VIDA DO


ENFERMEIRO

A enfermagem junto a sua equipe tem papel fundamental no trabalho


da Vigilância Epidemiológica, proporcionando através do seu conhecimento
e ações, a prevenção detecção e tratamento dos fatores da saúde individual
e coletiva e no controle das doenças ou agravos. Enfermagem é o
protagonista no planejamento, organização e a operacionalização dos
serviços de saúde. O diagnóstico precoce das infecções por HIV, Sífilis e
Hepatites Virais é fundamental para a redução da transmissão vertical. A
Assistência de Enfermagem precisa ser feita em torno da gestante e
parceiros com o desenvolvimento de atividades conduzidas pelo enfermeiro,
propiciando uma melhor qualidade, com acompanhamento da sífilis na
consulta Pré-Natal, ações associadas à educação em saúde, monitorando
de casos da enfermidade, fazendo sempre a notificação para um tratamento
necessário dos parceiros sexuais, orientando na realização de exames
sorológicos para propiciar possibilidades de cura. Ética uma questão que
acompanha há muito tempo os profissionais da enfermagem, há muito
tempo as doenças sexualmente transmissíveis que no momento atual se
descrevem como infecções sexualmente transmissíveis, causa grande
impacto mundial como doenças vergonhosas e condenáveis, ocasionam
grande receios em alguns profissionais da saúde. A ética reconhece o valor
da vida e de todos os seres vivos e encara os humanos como um dos fios
que formam a grande teia da vida. A atitude ética do profissional para com o
paciente está presente cada vez que ele reconhece seus clientes como
pessoas iguais a ele, que precisam ser ouvidas e compreendidas para que
exista a interação e por conseguinte, o cuidado efetivo. O profissional que
está cuidando do outro, independente da raça, religião, condições
econômicas e estilos de vida deve respeitar a pessoa na sua integridade,
com sua história e desta forma o profissional assume uma atitude de
respeito.
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SISTERATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

Sistematização da Assistência de Enfermagem no Pré-Natal é a


Organização da Assistência de Enfermagem que será oferecida a gestante
de baixo risco, durante o período de eu pré-natal, bem como as consultas de
enfermagem, as reuniões do grupo de gestantes, as ações educativas, os
exames laboratoriais, assim como quaisquer informações que a gestante
queira ou deva saber a respeito de sua saúde e de seu filho. A resolução
COFEN 272/2002 considera que a Sistematização da Assistência de
Enfermagem - SAE, sendo atividade privativa do (a) Enfermeiro (a), utiliza
como método de trabalho científico para a identificação das situações de
saúde/doença, subsidiando ações da assistência de enfermagem que
possam contribuir para a promoção de atividades específicas para cada
gestante. A SAE é composta por cinco etapas: entrevista ou histórico de
enfermagem, exames físico, diagnóstico de enfermagem, prescrição de
enfermagem e evolução de enfermagem. O Diagnóstico de Gravidez, no
tocante a SAE é o primeiro passo para iniciar o acompanhamento. Essa por
sua vez se faz baseado no exame físico e nos testes laboratoriais. Sendo
assim, após a confirmação da gravidez faz-se necessário proceder então
com a primeira consulta dessa gestante, preferencialmente obedecendo as
seguintes recomendações do Ministério da Saúde:
I. Entrevista ou Histórico de Enfermagem: observar o cartão da gestante,
identificação, dados socioeconômicos, grau de instrução,
profissão/ocupação, estado civil/união, número e idade de dependentes
(avaliar sobrecarga de trabalho doméstico), renda familiar, pessoas da
família com renda, condições de moradia (tipo, nº cômodos), condições de
saneamento (água, esgoto, coleta de lixo), distância da residência até a
unidade de saúde, antecedentes familiares, sexualidade, antecedentes
obstétricos. Gestação atual.
II. Exame físico: geral, específico (gineco-obstétrico).
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III. Exames complementares: solicitação de todos os exames de rotina já


citados anteriormente, outros exames podem ser acrescidos a esta rotina
mínima em algumas situações especiais o protoparasitológico: solicitado na
primeira consulta, sobretudo para mulheres de baixa renda, colpocitologia
oncótica (papanicolau) se a mulher não a tiver realizado nos últimos três
anos, ou se houver indicações, bacterioscopia da secreção vaginal, em torno
da 30ª semana de gestação, particularmente nas mulheres com
antecedentes de prematuridades, sorologia para rubéola, urucultura para
diagnóstico de bacteriúria assintomática, ultra-songrafia obstétrica.

IV. Condutas: Cálculo da IG (idade gestacional) e DPP (data provável do


parto), avaliação nutricional, fornecimento de informações necessárias e
respostas às indagações da mulher e família, orientações sobre sinais de
risco e assistência em cada caso. A assistência pré-natal contínua é
importante para um resultado bem-sucedido. Dessa forma as consultas
subsequentes, deve-se fazer a revisão ficha pré-natal, o exame de
anamnese atual sucinta e a verificação do calendário de vacinação.

Desde o primeiro momento, em que se estabelece a suspeita da


gravidez o profissional enfermeiro (a) necessita de uma abordagem clínica
onde serão levadas em consideração as queixas desta gestante, sendo
estas possíveis: dor lombar, leucorréia, náuseas, vômitos e tonturas, pirose,
sialorréia, fraquezas e desmaios, dor abdominal, cólicas, flatulência e
obstipação intestinal, hemorroidas, mastalgia, cefaleia, faringite, polaciúria,
varizes, câimbras, cloasma gravídico. Essas manifestações são
caracterizadas como alterações fisiológicas durante toda gestação. Assim,
com o levantamento destes dados, ocorre a colaborar com a assistência do
(a) enfermeiro (a) ao dar resolutividade aos problemas enfrentados pela
gestante.
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CONCLUSÃO

Levando-se em conta o que foi observado na pesquisa realizada pode


afirmar, que o papel do enfermeiro (a) perante o pré-natal é de extrema
importância não só para o bem estar da mesma, porém para o bem estar da
sociedade no qual a gestante esta inserida, no acompanhamento contínuo
ao pré-natal o profissional de enfermagem irá levantar inúmeras forma de
conquistar essa comunidade no atendimento e prevenção. Abordagem na
Sistematização da Assistência de Enfermagem – SAE vai além de seguir
passos e até mesmo roteiro, contudo se aborda inúmeros casos a serem
encontrado como as ISTs, gestação na adolescência, aborto não planejados
e até mesmo os abortos clandestinos, o enfermeiro (a) que se depara com
estes desafios no seu cotidiano deve ir além do papel profissional buscando
o seu melhor e trabalhando a ética em enfermagem em resultados que
estabeleçam a equidade nesta sociedade que muitas das vezes não
conhece seus direito e o dever do estado com os mesmo. A importância do
enfermeiro é de muito galardão e deve ser valorizado pela sociedade como
capaz de realizar o pré-natal de forma segura, acolhedora e eficaz. Mas, é
evidente que a dificuldade encontrada dificulta e muito no atendimento eficaz
e direto na assistência de qualidade.
14

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDRADE, R.FV, et al. Conhecimento dos enfermeiros


acerca do manejo da gestante com exame de VDRL Reagente.
DST – Jornal Brasileiro de Doenças Sexualmente Transmissíveis, v.23,
n.4, p.188- 193, 2011

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portadores de doenças sexualmente transmissíveis: experiências
de homens em uma unidade de saúde de Fortaleza, Ceará. Cadernos
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ARAÚJO, S.M., et al.. A importância do pré-natal e a


assistência de enfermagem. Veredas Favip, Revista Eletrônica de
Ciências, v.3, n. 2, jul \ dez. 2010.

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Auxiliares e Técnicos de Enfermagem e controle de infecção


hospitalar em centro cirúrgico: mitos e verdades. Revista de Escola de
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15

SEPÚLVEDA, MAC. Breve histórico dos programas nacionais


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http://www.hospvirt.org.br/enfermagem/port/cmpinas.htm.

Barros SM (org). Enfermagem no ciclo gravídico-puerperal.


São Paulo: MANOLE Ltda; 2006.

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