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planejamento familiar

O planejamento familiar consiste em um conjunto de ações criadas com o intuito de orientar mulheres e
homens quanto a métodos contraceptivos, prevenção de gravidez não desejada e direito de escolha de
ter filhos ou não. Para casais que desejam ser pais, o planejamento familiar orienta sobre a importância
da organização antes da chegada dos filhos.

O apoio do serviço de saúde e o acompanhamento da equipe médica são peças fundamentais para o
planejamento familiar, pois promovem o acesso à informação sobre os métodos mais eficazes e seguros
de acordo com o histórico do paciente.

Além de contribuir por meio da orientação para que o casal tenha sua vivência da sexualidade com
segurança e saúde, o foco de entender o que é planejamento familiar é também sinônimo de bem-estar
físico e mental de mulheres e homens.

Qual o objetivo do planejamento familiar

Se você se pergunta qual o objetivo do planejamento familiar, saiba que, em termos práticos, é garantir
a mulheres e homens ações de assistência a contracepção, concepção, pré-natal, parto, puerpério e
saúde do recém-nascido, controle de doenças sexualmente transmissíveis e de câncer – cérvico-uterino,
de mama, de próstata e de pênis.

Importância do planejamento familiar

A importância do planejamento familiar vai além da orientação: ele é fundamental para que,
individualmente ou como casal, as pessoas tenham acesso às melhores opções para que seus planos se
realizem da forma como desejam.

Ao se organizar e planejar o futuro, toda a família sai ganhando, já que a pessoa ou o casal poderá
aproveitar cada etapa da vida com qualidade e saúde, além de contar com muito mais segurança em
caso de imprevistos, seja financeiro, seja de saúde.

O planejamento familiar eficiente engloba não somente aspectos relacionados à gravidez e a métodos
contraceptivos, como também a aspectos financeiros, que vão auxiliar na organização de despesas para
a chegada do bebê (caso seja essa a vontade) e na previsão de gastos para imprevistos, por exemplo.

Converse com o seu parceiro

O primeiro passo para definir o planejamento familiar é o diálogo. Durante a conversa, é importante
identificar os pontos em comum do casal para que se decida se é de interesse de ambos ter filhos,
quando pretendem e se estão preparados para ser pais, além de definir o uso – ou não – de métodos
contraceptivos.
O planejamento familiar passa pela definição dos objetivos e desejos do casal e de cada um,
individualmente. Por isso, a sinceridade também é peça fundamental. Apenas depois da conversa é
iniciada a busca pelas ações de saúde do planejamento familiar.

Procure uma equipe de saúde de confiança

Depois da conversa com o parceiro ou parceira, para executar o planejamento familiar é necessário
buscar suporte médico de confiança. É com a equipe médica que você vai transformar os resultados do
diálogo em ações práticas.

A equipe médica mostrará todas as informações sobre as opções desejadas, bem como indicará à
mulher e ao homem os tratamentos possíveis e necessários para atingir os objetivos definidos durante a
primeira conversa sobre planejamento familiar. Para cada cenário, alguns aspectos devem ser
considerados:

Em caso de definição por métodos contraceptivos, o profissional de saúde vai orientar aquele que trará
menores impactos à saúde da mulher e do homem, considerando alergias e efeitos colaterais.

Se o objetivo é a gravidez, é recomendado que a mulher faça exames e verifique se há algum problema
que impeça ou cause riscos para a gestação. Por meio do planejamento familiar, é possível tratá-lo.

Para aqueles que desejam procedimentos de esterilização, é preciso verificar se existe indicação para
isso. O atendimento deve ser completo para esclarecer os riscos e efeitos colaterais da cirurgia.

Conheça o seu corpo

Conhecer o próprio corpo também é uma forma de cuidar da saúde. Desde observar, explorar o seu
corpo, até fazer consultas e exames de rotina, tudo faz parte do planejamento familiar. Afinal, ao
identificar situações que requerem atenção no seu organismo, você atua de forma preventiva e evita
imprevistos.

Autoexame da mama, mamografia, controle da menstruação e seus sintomas são algumas das medidas
preventivas que a mulher pode tomar para cuidar do seu próprio corpo.

Cuide da saúde sexual e reprodutiva

Para executar o planejamento familiar, é necessário cuidar da saúde sexual e reprodutiva, que gera não
apenas bem-estar físico, mas também emocional, mental e social.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a saúde sexual como um dos pilares da qualidade de vida
e destaca algumas dicas essenciais no dia a dia para contribuir com a melhoria da vida sexual. Se
exercitar, cuidar do sono e fazer acompanhamento médico são algumas delas.
Para as mulheres, o cuidado deve ser ainda maior. O sistema reprodutor não é apenas responsável pela
gestação, mas está diretamente associado aos processos hormonais do organismo. Qualquer desgaste
ou desequilíbrio impacta a saúde física e psicológica da mulher.

Com os homens, o cuidado também não pode deixar de acontecer. O conjunto de órgãos reprodutores
devem ser acompanhados regularmente.

A proteção durante relações sexuais é fundamental, não apenas como método contraceptivo, mas
também, para reduzir os risos de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).

Faça acompanhamento do pré-natal, parto e pós-parto

Mulheres que desejam ser mães precisam iniciar o acompanhamento muito antes da gravidez, e isso faz
parte do planejamento familiar. O envolvimento do futuro pai nesse processo – gravidez, parto, pós-
parto e acompanhamento da criança – também é essencial e faz parte da regulação da fecundidade,
prevista por lei.

Durante a gestação, diversas mudanças hormonais acontecem no corpo da mulher e na vida do casal;
por isso, é necessária a adaptação para receber o novo membro da família. Entre as medidas de saúde
definidas para garantir a saúde da mãe e da criança, o pré-natal é a mais importante delas e deve
acontecer desde o resultado positivo dos exames.

Dentro do planejamento familiar, as consultas e visitas programadas da mulher e sua família ao médico
são essenciais. Durante esse momento, toda a família será preparada para o nascimento e para os
cuidados com o recém-nascido. Uma boa assistência na hora do parto também é importante, pois
garante uma chegada saudável para o bebê e para a mãe.

O puerpério, ou seja, os primeiros três meses após o parto, é o momento no qual o corpo da mulher se
adapta às mudanças pós-parto. Também é um período delicado e de alterações psicológicas; por isso,
requer apoio da família, além de acompanhamento médico constante da mulher.

Nas primeiras semanas após o parto, mãe e bebê devem fazer uma consulta com o objetivo de avaliar a
saúde de ambos, a amamentação, a cicatrização pós-parto, a vacinação do bebê e o teste do pezinho.
Nessa consulta, deve ser discutido se a mulher deseja ou não uma nova gravidez e quais os métodos
contraceptivos recomendados para cada cenário.

Vantagens do planeamento familiar

Segundo o Programa Nacional de Saúde Reprodutiva (2008), existem várias vantagens do Planeamento
Familiar, entre as quais destacam-se:

 Evitar uma gravidez indesejada;


 Promover a vivência da sexualidade de forma saudável e segura;
 Regular a fecundidade segundo o desejo do casal;
 Preparar para a maternidade e a paternidade responsáveis;
 Reduzir a mortalidade e a morbilidade materna, perinatal e infantil;
 Reduzir a incidência das ITS e as suas consequências;
 Melhorar a saúde e o bem-estar dos indivíduos e da família.
 A mulher tem a vantagem de ter mais tempo para descansar, de recuperar energia após o parto,
também pode ter mais tempo de cuidar de si, das crianças e de toda família. O bebé pode
receber leite do peito por mais tempo e também receber mais carinho dos pais. Quanto ao
casal, eles podem organizar melhor a sua família e assegurar-lhe melhores condições
económicas e de saúde.

Para os adolescentes, o planeamento familiar evita o aparecimento de uma gravidez precoce ou


indesejada que terminam em complicações como:

 Complicações para a saúde da rapariga;


 Complicações para a saúde do bebé como por exemplo o nascimento com baixo peso;
 Consequências negativas para a vida do rapaz ou rapariga como por exemplo: deixar de estudar,
não ter condições financeiras e psicológicas para sustentar uma família, conflitos nas famílias,
entre outros aspectos.
 Para Langer (2002), nesta faixa etária as consequências da gravidez podem ser mais difíceis que
em outros momentos da vida porque atacam as questões biológicas, psicológicas e sociais.
 As adolescentes correm o maior risco de ganhar pouco peso durante a gravidez, sofrer
hipertensão induzida pela gravidez, anemia, infecção de transmissão sexual e desproporção
cefalopélvica;
 As adolescentes correm maior risco de sofrer a violência e abuso sexual;
 Os filhos de mães com menos de 15 anos correm duas vezes maior risco de ter um abaixo peso
ao nascer e três vezes maior de morrer nos primeiros 28 dias de vida, que os filhos de mães de
maior de idade;
 A incidência de morte súbita é maior entre os filhos de adolescente e mais adiante estes filhos
também sofrem com maior frequência enfermidades e acidentes;
 Os filhos de mães adolescentes correm maior risco de morrer durante seus primeiros cincos
anos de vida.
 Importância da participação do homem no planeamento familiar
 Ter uma família e uma relação feliz é um desejo de ambos os parceiros. O planeamento familiar
contribui para uma vida feliz e saudável e por isso não é só um assunto de mulheres é um
assunto do casal. Existe hoje métodos de PF direccionados aos homens, e se os mesmos
aderissem poderiam ajudar bastante o corpo da mulher a descansar do uso dos métodos do PF.

Planejamento familiar e métodos contraceptivos:

Os métodos contraceptivos têm papel fundamental no planejamento familiar, pois ajudam a prevenir a
gravidez não desejada e contribuir para a vivência sexual do casal com segurança e saúde. No caso de
procedimentos reversíveis, eles podem ser pausados quando é do desejo do casal ter filhos.

Antes de escolher qualquer método, é recomendada uma consulta com a equipe médica responsável
pelo planejamento familiar.
Métodos hormonais: trata-se de pílulas, implantes, adesivos ou injetáveis anticoncepcionais. Tais
métodos têm como base a introdução de hormônios que impedem a gravidez. O que varia entre um e
outro é a frequência de utilização para eficácia do método.

Métodos mecânicos: o Dispositivo Intrauterino (DIU) e o Endoceptivo Hormonal (DIU com hormônio
tipo progesterona) são os métodos mecânicos. Ambos criam um “ambiente hostil” no colo uterino,
impedindo que os espermatozoides cheguem às trompas.

Métodos de barreira: a camisinha masculina é o método de barreira mais popular e tem grande eficácia
não só para a prevenção da gravidez, mas também para a de Doenças Sexualmente Transmissíveis
(DSTs) e de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). Existe também o diafragma e a camisinha
feminina, que também têm o intuito de criar uma barreira e que devem ser introduzidas antes do início
da relação sexual.

Métodos cirúrgicos: trata-se de métodos irreversíveis, que podem ser realizados em mulheres e
homens. A laqueadura tubária consiste no fechamento das trompas, que impede o encontro do
espermatozoide com o óvulo. Já a vasectomia é um corte no canal de passagem dos espermatozoides
sem que seja afetada a ejaculação.

Métodos comportamentais: o coito interrompido e a tabelinha são os métodos de contracepção


naturais. O primeiro consiste na interrupção do ato sexual antes da ejaculação; o segundo, no
acompanhamento do ciclo menstrual (quando regular) e no cálculo do dia provável da ovulação, a fim
de evitar relações nesse período.

Pílulas só de progestogeno.

Pílulas Só de Progestógeno
São pílulas que contêm doses muito baixas de um progestógeno semelhante ao hormônio natural progesterona,
existente no corpo da mulher.
Não contêm estrógeno e, por isso, podem ser usadas durante toda a amamentação e por mulheres que não utilizam
métodos com estrógeno.
As pílulas só de progestógeno (PSPs) também são conhecidas como “minipílulas”e anticoncepcionais orais só de
progestógeno.
 Seu funcionamento básico ocorre pelo:
– Espessamento do muco cervical (fator que bloqueia o esperma que busca um óvulo)
– Interrupção do ciclo menstrual, impedindo inclusive a liberação de óvulos pelos ovários (ovulação)
Anticoncepcionais de Emergência
São pílulas que contêm somente progestógeno ou progestógeno e estrógeno juntos—hormônios semelhantes aos
hormônios naturais progesterona e estrógeno existentes no corpo de uma mulher.
As pílulas anticoncepcionais de emergência (PAEs) são às vezes chamadas depílulas “do dia seguinte” ou
contraceptivos pós-coito.
Funcionam basicamente impedindo ou retardando a liberação de óvulos do ovário (ovulação). Não têm efeito caso a
mulher já esteja grávida.

Pílula do dia seguinte.

Injetáveis Só de Progestógeno
Os anticoncepcionais injetáveis de “acetato de medroxiprogesterona de depósito” (AMPD) e “enantato de
noretisterona” (NET-EN) contêm, cada um, um progestógeno similar ao hormônio natural progesterona existente no
corpo da mulher. (Ao contrário, os injetáveis mensais contêm tanto estrógeno quanto progestógeno.Ver Injetáveis
Mensais.
Não contêm estrógeno e, por isso, podem ser usados durante toda a amamentação e por mulheres que não podem
utilizar métodos com estrógeno.
AMPD, o mais amplamente empregado injetável só de progestógeno, também é conhecido como “a injeção”, Depo,
Depo-Provera, Megestron e Petogen.
NET-EN também é conhecido como enantato de noretindrona, Noristerat e Syngestal.
É aplicada por meio de injeção no músculo (injeção intramuscular). O hormônio é então liberado lentamente na
corrente sangüínea. Uma fórmula diferente de AMPD pode ser aplicada sob a pele (injeção subcutânea).Ver Nova
Fórmula do AMPD.
 Funciona basicamente impedindo a liberação de óvulos pelos ovários (ovulação).
Injetáveis Mensais
Os injetáveis mensais contêm 2 hormônios—um progestógeno e um estrógeno semelhantes aos hormônios naturais
progesterona e estrógeno existentes no corpo de uma mulher. (Os anticoncepcionais orais combinados também
contêm estes 2 tipos de hormônios.) Também são chamados de anticoncepcionais injetáveis mensais, AICs, “a injeção”.
As informações contidas neste capítulo se aplicam ao acetato de medroxiprogesterona (AMP)/cipionato de estradiol e
ao enantato de noretisterona (NET-EN)/valerato de estradiol. As informações também são aplicáveis a fórmulas mais
antigas, as quais não tem sido bem avaliadas.
O AMP/cipionato de estradiol é comercializado sob os nomes de Ciclofem, Ciclofemina, Cyclofem, Cyclo-Provera,
Feminena, Lunella, Lunelle, Novafem e outros. O NET-EN/valerato de estradiol é comercializado sob o nome de
Mesigyna e Norigynon.
 Funcionam basicamente por impedirem a liberação de óvulos pelos ovários (ovulação).
Proteção contra doenças sexualmente transmissíveis: nenhuma

Adesivo Combinado
Um pequeno e fino quadrado de plástico flexível que é usado em contato com o corpo.
Libera continuamente 2 hormônios um progestógeno e um estrógeno, semelhantes aos hormônios naturais
progesterona e estrógeno existentes no corpo da mulher diretamente através da pele para a corrente sangüínea.
Usa-se um novo adesivo a cada semana, durante 3 semanas, e a seguir não se usa nenhum adesivo na quarta
semana. Ao longo desta quarta semana, a mulher ficará menstruada.
Também chamado de Ortho Evra e Evra.
 Funciona basicamente impedindo a liberação de óvulos pelos ovários (ovulação).
Proteção contra doenças sexualmente transmissíveis: nenhuma
Anel Vaginal Combinado
 Um anel flexível que é inserido na vagina.
Libera continuamente 2 hormônios um progestógeno e um estrógeno, semelhantes aos hormônios naturais
progesterona e estrógeno existentes no corpo da mulher—de dentro do anel. Os hormônios são absorvidos através
da parede da vagina indo diretamente para a corrente sangüínea.
O anel é mantido no lugar por 3 semanas, depois é retirado durante a quarta semana. Na quarta semana, a mulher
habitualmente ficará menstruada.
Também chamado de NuvaRing.
 Funciona basicamente impedindo a liberação de óvulos pelos ovários (ovulação).
Proteção contra doenças sexualmente transmissíveis: nenhuma

Anel vaginal combinado.

Implantes
 Pequenas cápsulas ou hastes plásticas, cada uma do tamanho aproximado de um palito de fósforo, que liberam
um progestógeno semelhante ao hormônio natural progesterona existente no corpo da mulher. Um profissional
devidamente treinado para este fim realiza um pequeno procedimento cirúrgico para inserir os implantes sob a pele
no lado de dentro do antebraço da mulher.
Não contêm estrógeno e, por isso, podem ser utilizados durante toda a amamentação e por mulheres que não
podem utilizar métodos com estrógeno.
Há muitos tipos de implantes:
 − Jadelle: 2 hastes, eficaz por 5 anos
 − Implanon: 1 haste, eficaz por 3 anos (há estudos em andamento para verificar-se dura 4 anos)
 − Norplant: 6 cápsulas, com indicação de 5 anos de uso (estudos de grande porte constataram que têm
eficácia durante 7 anos)
 − Sinoplant: 2 hastes, eficaz por 5 anos
Funciona basicamente por meio de:
 – Espessamento do muco cervical (produzindo um bloqueio que impede o esperma de chegar até um óvulo)
 – Interrupção do ciclo menstrual, o que também impede a liberação de óvulos pelos ovários (ovulação)
Proteçã o contra doenças sexualmente transmissíveis (DSTs): nenhuma
Dispositivo Intrauterino
 O dispositivo intrauterino (DIU) com cobre é uma pequena estrutura de plástico flexível com a forma da letra T
com um fio de cobre na haste vertical do T e tubinhos de cobre em cada braço horizontal. Um profissional de saúde
especificamente treinado para tal insere o DIU no útero da mulher através de sua vagina e cérvix.
Quase todos os tipos de DIU possuem um ou dois fios amarrados aos mesmos. Os fios ficam pendurados pelo cérvix
até a vagina.
 Funciona basicamente provocando uma alteração química que danifica o esperma e o óvulo antes que eles se
encontrem.

Proteção contra doenças sexualmente transmissíveis (DSTs): nenhuma

Vasectomia

É a contracepção permanente para homens que não queiram mais ter fi lhos. Através de uma punctura
ou pequena incisão no escroto, o profi ssional localiza cada um dos 2 tubos por onde o esperma é
transportado até o pênis (vaso deferente) e corta e bloqueia o mesmo, cortando e amarrando-o de
modo a fecha-lo ou aplicando calor ou eletricidade (cautério).
Também conhecida por esterilização masculina e contracepção cirúrgica masculina. Funciona por meio
do fechamento de cada vaso deferente, fazendo com que o sêmen não contenha espermatozóides. O
sêmen é ejaculado, mas não pode provocar uma gravidez.
Coito interrompido: Interrupção da cópula. tem um risco maior de gravidez porque a ejaculação pode
iniciar antes do pénis ser retirado do orifício vaginal.
Aleitamento: Também conhecido por amamentação. Esse método precisa ser exclusivo, isto é, a mãe
deve somente alimentar o bebé com o leite do peito, pelo menos 8 vezes ao dia ou sempre que o bebe
quiser.
Uso do calendário: precisa de um registo confiável. É muito arriscado para mulheres com ciclo
menstrual irregular.
Método de temperatura basal: Determina os dias férteis da mulher para poder abster-se das relações
sexuais desprotegidas. Esse método depende do ciclo da mulher e tem um risco maior de engravidar.
A Laqueação
É um método de PF, que consiste numa pequena operação, para amarrar as trompas, a fim de evitar a
gravidez. Por ser permanente, a mulher fica com a certeza de que nunca mais vai engravidar. É um
método benéfico para quem tiver tido muitos partos. A laqueação em nada afecta a saúde da mulher.
Pode ser feita, logo após o parto. Atenção: A laqueação é um método permanente, e só deve ser usado,
depois de haver um consenso do casal/parceiro.
A Vasectomia
É um método de PF, que consiste numa pequena operação realizada no homem, para evitar que ele
venha a engravidar a sua parceira. A operação é muito simples e é feita pelos profissionais de saúde,
com uma anestesia local. Este método não afecta a potência do homem. Atenção: É um método de PF
definitivo, porque, mesmo que tenha relações sexuais, o homem que fez esta operação, já não vai
engravidar nenhuma mulher.
Uma palavra do Magistério da Igreja sobre o planeamento familiar
Avaliação moral dos métodos de planeamento familiar De acordo com o ensinamento da Igreja, o
exercício da paternidade/maternidade responsável não se compagina com a mentalidade anticonceptiva
que se funda ultimamente no egoísmo e no hedonismo. Mas também não se compagina com uma
concepção reducionista do matrimónio, de matriz procriativista, pois o amor conjugal, ligado
intimamente à procriação, não se limita a ela.
Os métodos de planeamento familiar devem ser analisados tendo em conta três parâmetros
fundamentais:
• Eficácia: se os métodos atingem com boa qualidade a sua finalidade;
• Inocuidade: se os métodos não prejudicam a saúde ou o corpo de quem os usa;
• Aceitabilidade: se os métodos são aceitáveis quer a nível psicológico, social, cultural, etc.
Aplicando os diversos métodos anticonceptivos a estes parâmetros, constata-se que nenhum deles os
realiza simultânea e plenamente. Os métodos de ritmo (métodos naturais) têm o inconveniente de baixa
eficácia de evitar a gravidez e de certa dificuldade de utilização, porque dependem duma boa
compreensão e da colaboração do casal. Têm, contudo, a grande vantagem de prevenir o amor conjugal
contra o “império do sexo” e ajudar a integrar a sexualidade na vivência complexiva do casal. Os
métodos hormonais (pílulas, implante, DIU) têm elevado índice de eficácia, mas não são sempre inócuos
e podem ter alguns efeitos colaterais. Os métodos mecânicos (diafragma, preservativo, etc.) apresentam
um alto índice de inocuidade e de eficácia, mas, em muitos casos, carecem de aceitabilidade por parte
de quem os usa ou/e do parceiro sexual. O coito interrompido apresenta um elevado índice de falhas.
Os espermicidas, para além da sua baixa eficácia, implicam realizar a relação dentro de certo tempo
após terem sido colocados. Do que acabamos de referir emerge uma conclusão clara: não se pode
absolutizar nenhum método.
A Igreja não aceita nenhum método, artificial ou natural, que tenha como objectivo livremente desejado
evitar a fecundação: “É, ainda, de excluir toda a acção que, ou em previsão do ato conjugal, ou durante
a sua realização, ou também durante o desenvolvimento das suas consequências naturais, se proponha,
como fim ou como meio, tornar impossível a procriação” (Humanae Vitae, 14). “A Igreja aceita,
exclusivamente, os métodos naturais que tenham como fim desejado “espaçar” os nascimentos por
uma razão justa, em vista de uma paternidade responsável, e não “evitar a fecundação”, como se o filho
fosse um mal indesejado: “Se, portanto, existem motivos sérios para distanciar os nascimentos, que
derivem ou das condições físicas ou psicológicas dos cônjuges, ou de circunstâncias exteriores, a Igreja
ensina que então é lícito ter em conta os ritmos naturais imanentes às funções geradoras, para usar do
matrimónio só nos períodos infecundos e, deste modo, regular a natalidade, sem ofender os princípios
morais que acabamos de recordar” (Humanae Vitae, 16).
Conclusão

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