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PROPÓSITO
Conhecer o grupo materno-infantil, entender a importância da nutrição no grupo
materno-
infantil de forma a ressaltar ações de promoção da saúde da gestante e da
criança, além de
apresentar os programas nacionais de saúde visando à compreensão do
panorama atual da
saúde materno-infantil e identificar as principais carências
nutricionais neste grupo.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
MÓDULO 3
INTRODUÇÃO
Neste tema, vamos conhecer o grupo materno-infantil, que engloba desde a gravidez até o
final
da segunda infância aos doze anos. A gestação é um período crítico durante o qual
a nutrição
materna é fator essencial na determinação da saúde da mãe e do bebê. Desse
modo, a
orientação desde o período da gestação quanto à adoção de uma alimentação
adequada e
saudável, que supra suas necessidades nutricionais, e a orientação
nutricional da criança, a fim
de garantir um crescimento e desenvolvimento adequados,
são
de suma importância neste
grupo.
Vamos elucidar sobre a importância das pesquisas científicas e programas de apoio à saúde
da gestante e da criança, trazendo o panorama da saúde materno-infantil no Brasil e no
mundo
e apresentar a Política Nacional de Saúde Integral à Saúde da criança (PNAISC).
Por fim, identificaremos as principais deficiências nutricionais ao qual este grupo está
vulnerável e conheceremos as ações dos programas nacionais de combate a estas carências.
MÓDULO 1
Fonte:Shutterstock
Nas consultas de pré-natal, a gestante é acompanhada pelo
obstetra e encaminhada para
realização de exames, vacinas e ecografias. São
recomendadas no mínimo 6 consultas de pré-
natal durante toda a gravidez e o
ideal é que as consultas do pré-natal iniciem no primeiro
trimestre de gestação,
isto é, até a décima terceira semana.
Fonte:Shutterstock
Fonte:Shutterstock
Atualmente, 55% dos partos realizados no Brasil são cesarianas, sendo que grande parte é
feita de forma eletiva e sem fatores que justifiquem a cirurgia. Dados do sistema de
informações sobre nascidos vivos (SINASC) apontam que 40% dos nascimentos de 2016
realizados na rede pública de saúde foram cesarianas, já na rede particular esse índice
chega
a 84%.
Fonte: Shutterstock.
Fonte: Shutterstock.
Conforme o Blog da Saúde - Ministério da Saúde (2015), o período após o
parto, chamado de
puerpério, é o momento em que ocorrem intensas modificações físicas e psicológicas nas
mulheres em um curto espaço de tempo. Juntas, essas características contribuem para
aumentar a insegurança da mãe em relação aos cuidados necessários para garantir a saúde
do seu bebê e dela própria nesta fase inicial da maternidade. É importante o acolhimento
da
mulher após o parto pelos profissionais de saúde e pela família.
SAIBA MAIS
O útero voltará ao tamanho normal. Por isso é comum ter cólicas, que, às
vezes, aumentam
durante a amamentação. Por mais ou menos um mês, pode
acontecer uma secreção que sai
pela vagina, que no início é como um
sangramento e depois vai diminuindo e clareando
gradativamente.
CONSULTA PÓS-PARTO
A mãe e o bebê devem retornar à consulta de revisão na primeira semana após
o parto na
Unidade de Saúde. O atendimento nesse período é importante para:
Existem muitos métodos de evitar filhos, sendo alguns mais indicados durante o período de
amamentação. É direito das mulheres e dos homens conhecerem todos os métodos e suas
indicações para uma escolha mais apropriada. Por isso, se possível, as consultas devem
ser
acompanhadas pelo companheiro para que juntos com o profissional de saúde, possam
escolher o método mais adequado nessa fase.
Fonte: Shutterstock.
Ainda, a nutriz deve ser orientada quanto aos benefícios da ingestão hídrica adequada e
sobre
a prática de hábitos alimentares saudáveis, que contribuem para a produção de
leite materno,
perda de peso materna no pós parto e para o ganho de peso e
desenvolvimento adequado do
bebê.
O cuidado com a saúde do recém-nascido (RN) tem importância fundamental para a redução
da
mortalidade infantil, assim como para a promoção da qualidade de vida e a diminuição das
desigualdades em saúde. Dentre os cuidados com o RN, destaca-se:
Fonte: Shutterstock.
LACTENTES: CRIANÇAS AMAMENTADAS ATÉ 1
ANO 11 MESES E 29 DIAS
Fonte: Shutterstock.
Fonte: Shutterstock.
Fonte: Shutterstock.
Figura
1:
Marcos do desenvolvimento infantil.
PRIMEIRA INFÂNCIA
Fonte: Shutterstock.
FASE PRÉ-ESCOLAR
A fase pré-escolar, entre dois e sete anos incompletos,
caracteriza-se pela
estabilização do
crescimento estatural e do ganho de peso. Assim, nessa
etapa do desenvolvimento infantil, a
ingestão energética é menor quando
comparada ao período de zero a dois anos e com a fase
escolar. Nesta fase, a
criança desenvolve ainda mais a capacidade de selecionar os alimentos
a
partir de sabores, cores, experiências sensoriais e texturas, sendo que
essas escolhas
influenciarão o padrão alimentar futuro.
Fonte: Shutterstock.
Figura 2: A influência do padrão alimentar familiar na formação dos hábitos da criança.
Fonte: Shutterstock.
Fonte: Shutterstock.
Período desde a concepção até o final do segundo ano de vida, sendo considerado uma
“janela de oportunidade” para melhorar a saúde dos indivíduos, bem como para reduzir a
desnutrição e promover uma boa nutrição e crescimento saudável, além de reduzir o risco
de doenças crônicas na vida adulta.
Fonte: Shutterstock.
Figura 3: Primeiros mil dias de vida.
O conceito dos “primeiros mil dias de vida” tem sido adotado por agências e organizações
internacionais não governamentais e tem sido usado como referência por pesquisadores da
área de saúde e mencionado em diversos artigos científicos.
Observou-se que tanto uma alimentação adequada quanto uma estimulação precoce nos
primeiros anos de vida têm um papel crítico no processo de formação e desenvolvimento do
cérebro, contribuindo de forma decisiva para o desenvolvimento integral da criança
(CUNHA;
LEITE; ALMEIDA, 2015).
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Vários fatores interferem na ingestão dietética neste ciclo da vida, tais como:
PREFERÊNCIAS E AVERSÕES
ASPECTOS CULTURAIS
IMAGEM CORPORAL
CONDIÇÕES
FINANCEIRAS
INFLUÊNCIA DA MÍDIA
E DE AMIGOS
TABAGISMO
ETILISMO
USO DE DROGAS
A NUTRIÇÃO ADEQUADA NA GESTAÇÃO, ASSIM
COMO O
ALEITAMENTO MATERNO E A INTRODUÇÃO
ALIMENTAR ADEQUADA SÃO TRÊS PILARES
IMPORTANTES PARA
GARANTIR NÃO APENAS A
FORMAÇÃO DE HÁBITOS SAUDÁVEIS, MAS TAMBÉM
A PROMOÇÃO DO
CRESCIMENTO E
DESENVOLVIMENTO SAUDÁVEL E REDUÇÃO DA
MORBIMORTALIDADE NA INFÂNCIA E NA
VIDA
ADULTA.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) Crianças menores de cinco anos independem dos seus pais para o consumo dos alimentos,
apesar de o ambiente familiar exercer influência nas escolhas alimentares.
A) É o período que engloba desde a concepção até o final do primeiro ano de vida.
GABARITO
Durante os primeiros anos de vida, são formados os hábitos alimentares que serão
perpetuados ao longo da vida. Neste contexto, a família exerce papel fundamental nas
escolhas alimentares, podendo contribuir para escolhas saudáveis ou não. O conjunto de
valores, crenças, hábitos alimentares e tabus fazem parte deste contexto familiar e exercem
influência significativa no processo de formação dos hábitos alimentares das crianças.
Os primeiros mil dias de vida, que compreende desde a concepção até o final do segundo ano
de vida, são considerados “janela de oportunidades” para melhorar a saúde dos indivíduos até
a vida adulta. Desta forma, tanto a alimentação como a estimulação precoce auxiliam no
crescimento e desenvolvimento saudável, minimizando o risco de carências nutricionais e
doenças crônicas não transmissíveis.
MÓDULO 2
O Relatório dos ODM da ONU para 2015 revela que os 15 anos de esforços para alcançar os
oito objetivos estabelecidos na Declaração do Milênio realizada em 2000 foram
bem-sucedidos.
Os dados apresentados no relatório mostram que as intervenções
específicas, as estratégias
realizadas, a aplicação de recursos adequados e a vontade
política, até mesmo nos países
mais pobres, fizeram progressos.
Fonte: Shutterstock.
Fonte: Shutterstock.
MORTALIDADE NEONATAL
É definida pela morte de bebês até o 27º dia de vida.
MORTALIDADE INFANTIL
São considerados os óbitos de menores de 1 ano.
MORTALIDADE NA INFÂNCIA
Refere-se aos óbitos em menores de 5 anos de idade.
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
PREMATURIDADE
ANOMALIAS CONGÊNITAS
ASFIXIA
TRAUMA NO NASCIMENTO
INFECÇÕES NEONATAIS
Fonte: Shutterstock.
Fonte: Shutterstock.
SAIBA MAIS
O fortalecimento da rede de atenção perinatal, com a
continuidade do cuidado integral desde o
pré-natal da gestante à assistência
neonatal, é uma estratégia que vem sendo
progressivamente reorganizada no país,
mas que ainda precisa ser melhorada, sobretudo a
ampliação da cobertura destes
programas de saúde e o número de leitos de enfermaria e CTI
em hospitais
especializados em atendimento da gestante e do bebê.
DECLARAÇÃO DE ALMA-ATA
Desde essas iniciativas, a saúde da criança vem apresentando melhora significativa nas
taxas
de mortalidade infantil (Menores de 1 ano) e de mortalidade na infância (Menores de 5
anos) , tendo
com isso cumprido o
Objetivo de
Desenvolvimento do Milênio (ODM) número
quatro para o ano de 2015. Também foi
observado melhor controle da morbimortalidade por
doenças imunopreveníveis e diarreia,
além da diminuição dos índices de desnutrição e melhora
crescente nos indicadores de
aleitamento materno.
Por outro lado, o Brasil vem enfrentando novos desafios, tais como a identificação de
novos
agentes infecciosos e o ressurgimento de
doenças que até então estavam consideradas
sob controle.
AGENTES INFECCIOSOS
RESSURGIMENTO DE DOENÇAS
Sarampo, poliomielite, difteria e rubéola
Em 1992, o Ministério da Saúde e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF)
criaram a Iniciativa
do Hospital Amigo da Criança (IHAC) , na qual instituições de saúde
públicas e
privadas que cumprem os Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno, o
Cuidado
Amigo da Mulher e uma série de outros requisitos que buscam a adequada atenção à
saúde
da criança e da mulher são certificados e recebem uma placa que é fixada na entrada da
maternidade.
Fonte: Bvsms
Figura 6:
Selo
do Hospital Amigo da Criança
Segundo o Ministério da Saúde, bebês que nascem em Hospital Amigo da Criança têm menos
chance de sofrer intervenções desnecessárias logo após o parto, como aspiração das vias
aéreas, uso de oxigênio inalatório e uso de incubadora. O contato pele a pele com a mãe
logo
após o nascimento, a amamentação na primeira hora de vida, ainda na sala de parto,
e o
alojamento conjunto também ocorre com mais frequência em Hospitais Amigos da Criança
do
que em maternidades que não têm o título.
Em 2011, foi criada a Rede de Atenção à Saúde da Mulher e da Criança, denominada de Rede
Cegonha (Portaria n.º 1.459, de 24 de junho de 2011), com o objetivo de assegurar às
mulheres o direito ao planejamento reprodutivo e à atenção humanizada à gravidez, ao
parto e
puerpério e às crianças o direito ao nascimento seguro, ao crescimento e ao
desenvolvimento
saudáveis.
MULHERES
O direito ao planejamento reprodutivo, à atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao
puerpério.
CRIANÇAS
O direito ao nascimento seguro, crescimento e desenvolvimento saudáveis.
1
Novo modelo de atenção ao parto, nascimento e à saúde da criança.
2
Rede de atenção que garanta acesso, acolhimento e resolutividade.
3
Redução da mortalidade materna e neonatal.
SAIBA MAIS
Apesar dos avanços nos indicadores de saúde infantil e dos investimentos nas políticas
públicas voltadas à saúde da criança, com a implementação dos programas de saúde já
mencionados (Programa de Saúde da Família, Rede Cegonha, iniciativa Hospital Amigo da
Criança), o Ministério da Saúde observou a necessidade de ampliar o enfrentamento das
iniquidades relacionadas às condições de saúde e universalizar todos os avanços
para
grupos de maior vulnerabilidade, tais como: as crianças indígenas,
quilombolas,
ribeirinhas,
com deficiências e as com doenças raras, além de garantir não só a
sobrevivência, mas
também o desenvolvimento integral de todas as crianças, condição
essencial para o exercício
da cidadania e a garantia do desenvolvimento nacional, bem
como para o cumprimento dos
compromissos do País diante das metas dos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável 2015-
2030 (ODS) (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS, 2015).
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À
SAÚDE DA CRIANÇA
Fonte: Shutterstock.
Os sete eixos estratégicos que compõem a PNAISC têm a finalidade de orientar os gestores
e
a equipe de profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) sobre as ações e serviços
para a
saúde da gestante e da criança, visando à efetivação de medidas que permitam a
integralidade
da atenção, o pleno desenvolvimento da criança e a redução de
vulnerabilidades e riscos.
EIXO ESTRATÉGICO I
EIXO ESTRATÉGICO II
PROMOÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO
CRESCIMENTO E DO
DESENVOLVIMENTO INTEGRAL
O terceiro eixo estratégico da PNAISC consiste na vigilância e no estímulo do
pleno
crescimento e desenvolvimento da criança pela Atenção Básica de Saúde,
em especial, do
“Desenvolvimento na Primeira Infância (DPI)”, de acordo com
as orientações da Caderneta de
Saúde da Criança, incluindo ações para o
fortalecimento de vínculos familiares.
EIXO ESTRATÉGICO IV
EIXO ESTRATÉGICO V
EIXO ESTRATÉGICO VI
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. A REDE CEGONHA É UMA ESTRATÉGIA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE,
OPERACIONALIZADA PELO SUS, ONDE MULHERES, RECÉM-NASCIDOS
E CRIANÇAS TÊM DIREITO A:
GABARITO
A Rede Cegonha é uma estratégia de apoio à saúde da mulher e da criança com o objetivo de
melhorar a assistência à gestante, ao parto e ao nascimento visando à melhora no acolhimento
e à redução das taxas de mortalidade materna e infantil.
MÓDULO 3
Fonte: Shutterstock.
Fonte: Shutterstock.
Fonte: Shutterstock.
HIPOVITAMINOSE A
Fonte: Shutterstock.
SAIBA MAIS
Fonte: Eyerounds
Figura
8: Xeroftalmia
O diagnóstico da deficiência de vitamina A (Retinol sérico) não se deve restringir apenas aos
sinais de
xeroftalmia, entretanto, sempre que possível, devem ser reforçados por evidências de
níveis sanguíneos inadequados de vitamina A. Para o diagnóstico da hipovitaminose A,
utiliza-
se o ponto de corte de ≤ 0.70 µmol/L para o retinol sérico.
SAIBA MAIS
1
Promoção do aleitamento materno exclusivo até o 6º mês e complementar até 2 anos de
idade
ou mais com a introdução dos alimentos complementares em tempo oportuno e de
qualidade.
2
Promoção da alimentação adequada e saudável, assegurando informações para incentivar
o
consumo de alimentos fontes em vitamina A pela população.
3
Suplementação profilática periódica e regular das crianças de 6 a 59 meses de idade,
com
megadoses de vitamina A.
4
Suplementação profilática com megadoses de vitamina A para mulheres no pós-parto
imediato
(puérpera), antes da alta hospitalar.
PARA PUÉRPERAS
1 megadose de vitamina A na concentração de 200.000 UI, no pós-parto imediato, ainda
na
maternidade, antes da alta hospitalar
A anemia é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como: "um estado
em que a
concentração de hemoglobina do sangue é anormalmente baixa em consequência da carência
de um ou mais nutrientes essenciais, qualquer que seja a origem dessa carência". Já a
anemia
por deficiência de ferro resulta de longo período de balanço negativo entre a
quantidade de
ferro biologicamente disponível e a necessidade orgânica desse
oligoelemento (OMS, 1975).
Fonte: Shutterstock.
SAIBA MAIS
Fonte: Shutterstock.
No Brasil, ainda não há dados consistentes que permitam estimar com precisão
a
prevalência
de anemia na gestação em âmbito nacional. No entanto, as gestantes
apresentam alto risco de
desenvolvimento da anemia devido à elevada necessidade de
ferro, principalmente, a partir do
segundo trimestre de gestação, determinada pela
rápida expansão do volume sanguíneo, que
não é acompanhada pela produção de hemácias,
além da recomendação de ingestão diária
mais elevada, difícil de ser suprida apenas pela
dieta (MAGALHÃES et al., 2018).
Fonte:Shutterstock
1º ESTÁGIO
Ocorre depleção nos depósitos de ferro, o que pode ser medido pela diminuição
da ferritina
sérica, normalmente, para valores inferiores a 12 µg/L.
Entretanto, a concentração plasmática
do ferro, a saturação da transferrina
e a concentração da hemoglobina permanecem normais.
2º ESTÁGIO
Ocorre mudanças bioquímicas como reflexo da falta de ferro para a produção
normal da
hemoglobina e outros componentes essenciais, além da diminuição
nos níveis de saturação da
transferrina. O ferro sérico se encontra reduzido
e a capacidade total de ligação da transferrina
aumentada.
3º ESTÁGIO
É a anemia por deficiência de ferro propriamente dita, quando a produção da
hemoglobina
diminui o suficiente para levar a redução da sua concentração
abaixo dos valores normais,
caracteriza-se por ser anemia hipocrômica e
microcítica. Outro indicador que pode ser
usado
para diagnóstico nesta fase
é o volume corpuscular, que se encontra reduzido.
Fonte: Shutterstock.
Figura
9: Ilustração das hemácias na anemia ferropriva.
Mulheres adultas 12
Mulheres grávidas 11
Atenção! Para
visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Atenção! Para
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CRIANÇAS DE 6 A 18 MESES
3 a 6 mg/kg/dia de ferro elementar, sem ultrapassar 60 mg/dia.
2002
Ainda, como estratégia para prevenção e tratamento da anemia, o
Brasil adotou fortificação
universal das farinhas de trigo e milho com ferro e
ácido fólico. Em 2002, foi aprovada a
fortificação das farinhas de trigo e milho
com ferro e ácido fólico, por meio da RDC nº 344, de
13/12/2002 da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
2013
O estabelecimento da suplementação profilática na gestação e nos
primeiros dois anos de vida
e a fortificação das farinhas de trigo e de milho
fazem parte do Programa Nacional de
Suplementação de Ferro desenvolvido pelo
Ministério da Saúde em 2013 (BRASIL, 2013).
2017
Em 2017, os requisitos para o enriquecimento de farinhas de
trigo e milho foram atualizados
pela Resolução RDC nº150 de 2017. Pelas novas
regras, os fabricantes estão obrigados a
enriquecer as farinhas de trigo e de
milho com 4 a 9 mg de ferro para cada 100g de produto.
Além disso, também foram
alteradas as listas de compostos de ferro. Agora, são permitidos
apenas o
sulfato ferroso, o fumarato ferroso e suas formas encapsulada. Esses sais de
ferro
são rapidamente absorvidos e eficazes em corrigir a hemoglobina e os
estoques de ferro, além
de apresentarem baixo custo (SBP, 2018).
GOIABA
CAJU
MANGA
MORANGO
Também é recomendado evitar o consumo de alimentos fontes de cálcio (leites e derivados)
no
almoço e no jantar. A vitamina C facilita a absorção do ferro não-heme, ao passo que
o cálcio
compete pelo mesmo sítio de absorção.
DISTÚRBIOS POR DEFICIÊNCIA DE IODO (DDI)
Os distúrbios por deficiência de iodo (DDI) são responsáveis pela redução do crescimento
e do
desenvolvimento infantil, trazendo sérias consequências, como:
BAIXA ESTATURA
APATIA
CRETINISMO
Fonte: Wikipedia.
Fonte: Wikipedia.
Figura 10: Indivíduos com cretinismo.
BÓCIO
O bócio endêmico é a carência de iodo na dieta de populações que residem em regiões onde
o
solo é pobre em iodo ou em regiões distantes do mar. A iodação do sal tem sido a
intervenção
mais importante para o controle do bócio endêmico, do retardo mental
evitável e de outros
distúrbios decorrentes da deficiência de iodo.
Fonte: Shutterstock.
Figura
11: Bócio endêmico.
SAIBA MAIS
Fonte: Shutterstock.
• Atualização dos parâmetros legais dos teores de iodo do sal destinado ao consumo
humano.
DEFICIÊNCIA DE ZINCO
Fonte: Shutterstock
MARISCOS
OSTRAS
CARNES VERMELHAS
FÍGADO
MIÚDOS
OVOS E LEITE
SAIBA MAIS
Apesar de o zinco estar abundantemente difundido nos
alimentos, alguns fatores interferem na
sua biodisponibilidade, dentre os quais:
uma dieta rica em alimentos integrais e fitatos, a
suplementação elevada de
ferro (30 mg/dia), tabagismo, abuso do álcool e o stress causado
por infecção ou
trauma podem diminuir a concentração plasmática materna de zinco, reduzindo
sua
disponibilidade para o feto. Gestantes nessas condições devem receber uma
suplementação de 25 mg/dia de zinco, a fim de minimizar o risco de complicações
associadas
à sua deficiência como a mortalidade neonatal por doenças infecciosas
(SILVA et al., 2007).
DEFICIÊNCIA DE FOLATO
O ácido fólico é uma vitamina hidrossolúvel do complexo B, também conhecida como B9. Ela
desempenha algumas funções no organismo, como a síntese e reparação do DNA, divisão e
crescimento celular, síntese proteica e formação das hemácias. O aporte de folato antes
da
concepção e nas primeiras semanas de gestação constitui-se de grande importância para
garantir um suprimento adequado para o feto, visto que a baixa reserva orgânica materna
pode
acarretar danos no crescimento intrauterino e fechamento do tubo neural (RAUBER;
BERNARDI; VITOLLO, 2011).
Fonte: Shutterstock.
SAIBA MAIS
Fonte: Shutterstock.
Figura 12:
Ilustração dos eritrócitos e neutrófilos na anemia megaloblástica.
Fonte: Shutterstock.
Fonte: Shutterstock.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
NUTRIENTE:
I. VITAMINA A
II. FERRO
III. IODO
IV. ZINCO
DOENÇA CARENCIAL:
( ) CRETINISMO
( ) CEGUEIRA NOTURNA
( ) ANEMIA
A) I, II, III e IV
B) II, I, IV e III
C) III, II, I e IV
D) III, I, II e IV
A) Apenas a I
B) I e III
C) I, II e III
D) Apenas a III
GABARITO
Nutriente:
I. Vitamina A
II. Ferro
III. Iodo
IV. Zinco
Doença carencial:
( ) Cretinismo
( ) Cegueira noturna
( ) Anemia
II. Tratamento para deficiência de iodo: é tratado com a administração por via oral de
formas sintéticas dos hormônios T3 e T4 (levotiroxina). Visto que os danos cerebrais e
ósseos causados pela deficiência são reversíveis.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste capítulo, definimos como é composto o grupo materno-infantil e conhecemos as suas
principais características. Como vimos, os primeiros mil dias de vidas são considerados
“janela
de oportunidades” para intervenções de nutrição e saúde, a fim de garantir
crescimento e
desenvolvimento saudáveis, além de prevenir carências nutricionais e
doenças crônicas não
transmissíveis na infância e na vida adulta.
REFERÊNCIAS
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Ministério da Saúde. Resolução da -
RDC
Nº 23, de 24 de abril de 2013: dispõe sobre o teor de iodo no sal destinado ao
consumo humano e dá outras providências. Brasília: Ministério da Saúde,
2013.
COSTA, Ana Maria. Desenvolvimento e Implementação do PAISM no Brasil. In: GIFFIN, K.;
COSTA, S. H. (Org.). Questões da saúde reprodutiva. Rio de Janeiro:
Fiocruz, 1999. p. 319-
335.
CUNHA, A. J. L. A.; LEITE, A. J. M.; ALMEIDA, I.S. The pediatrician’s role in the
first
thousand days of the child: the pursuit of healthy nutrition and
development. Jornal de
Pediatria: Rio de Janeiro, 2015: S44-S51.
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Ministério da Saúde
aborda:
CONTEUDISTA
Raquel Bernardo Nana de Castro
CURRÍCULO LATTES