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Importância aleitamento de materno exclusivo

A amamentação exclusiva até os seis meses traz muitos benefícios para o bebé e a mãe. A principal delas é
a protecção contra infecções gastrointestinais. O início precoce do aleitamento materno, dentro de 1 hora após o
nascimento, protege o recém-nascido de adquirir infecções e reduz a mortalidade neonatal. Para a mãe, a
amamentação materna exclusiva contribui para a volta mais rápida da forma física, diminuindo sangramento,
retorno mais rápido do útero para o tamanho normal, diminui chances de anemia devido ao sangramento pós-
parto (OLIVEIRA, 2011).

O aleitamento materno é a mais sábia relação natural de vínculo, afeto, proteção e nutrição para a criança e
constitui a mais sensível, econômica e eficaz intervenção para redução da mortalidade infantil¹. O aleitamento
materno é uma prática fundamental para a promoção de saúde das crianças, pois fornece do ponto de vista
nutricional o que há de melhor em nutrientes nos aspectos quantitativos e qualitativos. O leite materno é o
alimento ideal para o bebê recém-nascido e é recomendado como o único alimento nos seis primeiros meses
de vida, com introdução de alimentos complementares e continuação da amamentação a partir de então e até os
dois anos de idade ou mais. Para a sobrevivência do bebê é importantíssimo que o leite materno não seja
substituído, pois atende todas as necessidades nutricionais, imunológicas e psicológicas³. A duração da
amamentação na espécie humana idealmente deve ser de no mínimo 2 anos, idade em que costuma ocorrer o
desmame naturalmente. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde recomendam
aleitamento materno exclusivo por seis meses e complementado até os dois anos ou mais.

Importância

Amamentar é muito mais do que nutrir a criança¹. Entre os benefícios da amamentação para a mãe é
frequentemente citada a aceleração da perda de peso ganho na gravidez, a involução uterina pós-parto, a proteção
contra anemia decorrente da pausa da menstruação mais prolongada, e menor incidência de câncer de mama e
ovário. O aleitamento também traz bônus para a família: é uma opção econômica e prática³. Para o bebê e a
criança, os argumentos em favor do aleitamento materno são:  

 Prevenção de mortes infantis; 


 Prevenção de diarreia; 
 Prevenção de infecção respiratória; 
 Diminui o risco de alergias; 
 Diminui o risco de hipertensão, colesterol alto e diabetes; 
 Reduz a chance de obesidade;
 Melhor nutrição;
 Melhor desenvolvimento da cavidade bucal.
Tipos de aleitamento

É muito importante conhecer e utilizar as definições de aleitamento materno adotadas pela Organização Mundial
da Saúde (OMS) e reconhecidas no mundo inteiro. Assim, o aleitamento materno costuma ser classificado em:  

Aleitamento materno exclusivo - quando a criança recebe somente leite materno, direto da mama ou ordenhado,
ou leite humano de outra fonte, sem outros líquidos ou sólidos, com exceção de gotas ou xaropes contendo
vitaminas, sais de reidratação oral, suplementos minerais ou medicamentos;  

Aleitamento materno predominante - quando a criança recebe, além do leite materno, água ou bebidas à base
de água (água adocicada, chás, infusões), sucos de frutas e fluidos rituais; 

Aleitamento materno – quando a criança recebe leite materno (direto da mama Aleitamento materno ou
ordenhado), independentemente de receber ou não outros alimentos; 

Aleitamento materno complementado – quando a criança recebe, além do leite materno, qualquer alimento
sólido ou semissólido com a finalidade de complementá-lo, e não de substituí-lo. Nessa categoria a criança pode
receber, além do leite materno, outro tipo de leite, mas este não é considerado alimento complementar;

Aleitamento materno misto ou parcial - quando a criança recebe leite materno e outros tipos de leite. 

Consulta pré-natal

O pré-natal deve começar assim que a mulher descobre que está grávida. a partir desse momento, o Ministério da
Saúde recomenda que sejam realizadas no mínimo seis consultas (uma no primeiro trimestre da gravidez, duas no
segundo e três no terceiro), Sendo ideal é que a primeira consulta aconteça no primeiro trimestre e que, até a 34ª
semana, sejam realizadas consultas mensais. Entre a 34ª e 38ª semanas, o indicado seria uma consulta a cada duas
semanas e, a partir da 38ª semana, consultas toda semana até o parto, que geralmente acontece na 40ª semana,
mas pode durar até 42 semanas.

O atendimento proporcionado nessas consultas deve ser registrado e monitorado no Cartão da Gestante, pelos
profissionais envolvidos, utilizado nas unidades básicas de Saúde do País e também pelos profissionais que a
atenderão no parto. Por meio desse monitoramento, é possível fazer o acompanhamento, o diagnóstico e o
tratamento de doenças pré-existentes ou das que podem surgir durante a gravidez. Durante o pré-natal, a gestante
deve receber informações sobre seus direitos, hábitos saudáveis de vida (alimentação, exercícios etc.),
medicamentos que precisa tomar e os que deve evitar e as mudanças que ocorrem durante a gravidez, como a
maior incidência de sono e alterações no ritmo intestinal. Também tem de receber informações sobre sinais de
risco em cada etapa da gravidez, como lidar com dificuldades de humor, temores em relação à sua saúde e a
saúde do bebê, enjoos, inchaço, manchas na pele, sinais de parto etc.

As consultas

O pré-natal segue um protocolo para o monitoramento da saúde da gestante e do feto. Inclui anamnese, exame
físico e análise de exames laboratoriais e de imagem. No entanto, é muito importante que as gestantes aproveitem
o momento da consulta para colocar suas dúvidas, preocupações, experiências a fim de ampliar o diálogo com os
profissionais de saúde.

Exames Laboratoriais

Os exames de rotina para triagem de situações clínicas de maior risco no pré-natal é solicitado no acolhimento da
mulher no serviço de saúde, imediatamente após o diagnóstico de gravidez. Alguns exames solicitados deverão
ser repetidos no inicio do 3º trimestre da gestação.

Exames complementar de rotina são:

 Hemograma completo – repetir entre 28-30 semanas.

 Grupo sanguíneo e fator Rh.

 Sorologia para sífilis (VDRL); repetir entre 28-30 semanas.

 Glicemia em jejum – repetir entre 28-30 semanas; em gestantes sem fator de risco para diabetes ese o
resultado da primeira glicemia for menor que 85 mg/dL.

 Teste Oral de Tolerância à Glicose (TOTG – 75g, 2h) – para os casos triados com fator de risco para
diabetes gestacional presente e/ou com glicemia de jejum inicial maior ou igual a 85mg/dL.

 Exame sumário de urina (Tipo I).

 Urocultura com antibiograma para o diagnóstico de bacteriúria assintomática – repetir entre 28-30
semanas.

 Sorologia anti-HIV – repetir entre 28-30 semanas.

 Sorologia para toxoplasmose, IgG e IgM – repetir trimestralmente se for IgG não reagente.
 Sorologia para hepatite B (HBSAg).

 Protoparasitológico de fezes.

 Colpocitologia oncótica.

Bacterioscopia da secreção vaginal – avaliação de perfil bacteriológico do conteúdo vaginal por critério de
Nugent, indicada para pacientes com antecedente de prematuridade, possibilitando a detecção e o tratamento
precoce da vaginose bacteriana, idealmente antes da 20ª semana. Cultura específica do estreptococo do grupo B,
coleta anovaginal entre 35-37 semanas.

Ultrassonografia obstétrica – Caso a gestante inicie o pré-natal precocemente o primeiro ultrassom pode ser
realizado entre 10º à 13º semana e deve se repetir entre 20º á 24º semanas.

Vantagens do pré-natal

A assistência do pré-natal bem estruturada pode promover a redução dos partos prematuros e de cesárias
desnecessárias, de crianças com baixo peso ao nascer, de complicações de hipertensão arterial na gestação, bem
como da transmissão vertical de patologias como o HIV, sífilis e as hepatites.

No entanto, para que essa assistência seja efetiva, é importante que abarque os seguintes aspectos:
Captação precoce – quanto antes a gravidez for diagnosticada e a gestante receber os cuidados da equipe
perinatal, mais precocemente poderão ser detectados problemas passíveis de controle ou de cura.

Frequência e periodicidade adequadas – é preciso garantir que a gestante receba o atendimento necessário em
seis consultas, no mínimo, durante a gravidez.

Extensão de cobertura – é fundamental que a assistência atinja 100% das gestantes de uma cidade, de um estado
e de todo o País. No entanto, dados oficiais do Ministério da Saúde do Brasil, de 2011, indicam que 4,6% de
mulheres grávidas estavam sem assistência de pré-natal.

Qualidade – de nada adianta captar precocemente e oferecer o número adequado de consultas se não houver uma
prática que garanta tecnologias atuais, apropriadas e precisas que causem impacto positivo da saúde perinatal,
fortalecendo a integralidade.

Qualidade do atendimento pré-natal

Para que haja, de fato, um atendimento que promova qualidade de vida à gestante, ao bebê e à família, algumas
iniciativas são essenciais. A primeira está relacionada ao formato do atendimento que, para se prestar aos
objetivos reais do pré-natal, precisa ser multiprofissional. Isso significa contar com a ação de médicos obstetras e
ginecologistas, médicos de família, enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem, psicólogos, assistentes
sociais, nutricionistas, educadores físicos e fisioterapeutas.

Importância do pré-natal
A realização do pré-natal representa papel fundamental na prevenção e/ou detecção precoce de patologias tanto
maternas como fetais, permitindo um desenvolvimento saudável do bebê e reduzindo os riscos da gestante.
Informações sobre as diferentes vivências devem ser trocadas entre as mulheres e os profissionais de saúde. Essa
possibilidade de intercâmbio de experiências e conhecimentos é considerada a melhor forma de promover a
compreensão do processo de gestação.
Deverão ser fornecidos pelo serviço de saúde:

 – o cartão da gestante com a identificação preenchida e orientação sobre o mesmo;


 – o calendário de vacinas e suas orientações;
 – a solicitação de exames de rotina;
 – as orientações sobre a sua participação nas atividades educativas – reuniões em grupo e visitas
domiciliares;
– o agendamento de consulta médica para pesquisa de fatores de risco.

Vantagens do pré-natal:

 – permite identificar doenças que já estavam presentes no organismo, porém, evoluindo de forma
silenciosa, como a hipertensão arterial, diabetes, doenças do coração, anemias, sífilis, etc. Seu diagnóstico
permite medidas de tratamento que evitam maior prejuízo à mulher, não só durante a gestação, mas por
toda sua vida;
 – detecta problemas fetais, como más formações. Algumas delas, em fases iniciais, permitem o tratamento
intraútero que proporciona ao recém-nascido uma vida normal;
 – avalia aspectos relativos à placenta, possibilitando tratamento adequado. Sua localização inadequada
pode provocar graves hemorragias com sérios riscos maternos;
 – identifica precocemente a pré-eclâmpsia, que se caracteriza por elevação da pressão arterial,
comprometimento da função renal e cerebral, ocasionando convulsões e coma.

Principais objetivos:

 – preparar a mulher para a maternidade, trazendo informações educativas sobre o parto e o cuidado da
criança (puericultura);
 – fornecer orientações essenciais sobre hábitos de vida e higiene pré-natal;
 – orientar sobre a manutenção do estado nutricional apropriado;
 – orientar sobre o uso de medicações que possam afetar o feto ou o parto ou medidas que possam
prejudicar o feto;
 – tratar das manifestações físicas próprias da gravidez;
 – tratar de doenças existentes, que de alguma forma interfiram no bom andamento da gravidez;
 – fazer prevenção, diagnóstico precoce e tratamento de doenças próprias da gestação ou que sejam
intercorrências previsíveis dela;
 – orientar psicologicamente a gestante para o enfrentamento da maternidade;
 – nas consultas médicas, o profissional deverá orientar a paciente com relação à dieta, higiene, sono,
hábito intestinal, exercícios, vestuário, recreação, sexualidade, hábitos de fumo, álcool, drogas e outras
eventuais orientações que se façam necessárias.
 A assistência ao pré-natal é o primeiro passo para parto e nascimento humanizados e pressupõe a relação
de respeito que os profissionais de saúde estabelecem com as mulheres durante o processo de parturição e,
compreende:
 – parto como um processo natural e fisiológico que, normalmente, quando bem conduzido, não precisa de
condutas intervencionistas;
 – respeito aos sentimentos, emoções, necessidades e valores culturais;
 – disposição dos profissionais para ajudar a mulher a diminuir a ansiedade e a insegurança, assimcomo o
medo do parto, da solidão, da dor, do ambiente hospitalar, de o bebê nascer com problemas e outros
temores;
 – promoção e manutenção do bem-estar físico e emocional ao longo do processo da gestação, parto e
nascimento;
 – informação e orientação permanente à parturiente sobre a evolução do trabalho de parto, reconhecendo
o papel principal da mulher nesse processo, até mesmo aceitando a sua recusa a condutas que lhe causem
constrangimento ou dor;
 – espaço e apoio para a presença de um(a) acompanhante que a parturiente deseje;
 – direito da mulher na escolha do local de nascimento e coresponsabilidade dos profissionais para garantir
o acesso e a qualidade dos cuidados de saúde

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