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INSTITUTO MÉDIO POLITÉCNICO DE MOÇAMBIQUE

NÍVEL: CV3

MÓDULO: EFECTUAR ANÁLISE DE MATERIAIS GRANULADOS

RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA NO LABORATÓRIO DA ANE

Chimoio

JULHO DE 2023

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INSTITUTO MÉDIO POLITÉCNICO DE MOÇAMBIQUE

RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA NO LABORATÓRIO DA ANE

Azael Sancara

Eliana Alves Nalelo

Filipe Venancio

Manuel Zaroi

Trabalho submetido para a satisfação parcial dos requisitos do grau de

TÉCNICOS EM ENGENHARIA CIVIL – ESPECIALIZAÇÃO EM CONSTRUÇÕES

Orientador: Engenheiro Virgílio Marizane

Chimoio

JULHO DE 2023

2
Resumo

Este relatório referente a aula prática laboratorial tem como objectivo apresentar as
actividades desenvolvidas na empresa da ANE no âmbito das actividades de Construção Civil. A
realização deste obedeceu a prática realizada e a pequenas pesquisas bibliográficas, que consistiu
na consulta de livros referente as técnicas laboratoriais como suporte teórico do relatório. Destas
actividades, ao longo do período de prática os formandos perceberam que cada departamento de
uma empresa é diferente, embora seguindo um objectivo comum, e que para conseguir
desenvolver as competências profissionais é necessário planificar actividades de acordo com as
características de cada departamento e natureza da empresa.

Palavras-chaves: Construção, ANE.

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Dedicamos este relatório, às duas pessoas mais importantes das nossas vidas, nossos Pais
encarregados, que são o nosso espelho e maior orgulho e ao formador Virgílio Marizane, por
tudo.

4
Agradecimentos

Em primeiro lugar agradecer a Deus, pois esteve ao nosso lado em todos os momentos.

Agradecemos aos engenheiros, pela confiança em colaborarem e permitirem que este


trabalho fosse concretizado.

Agradecemos imensamente ao formador Eng. Virgílio Marizane, pela paciência,


compreensão, orientação, pelas críticas e sugestões construtivas na realização deste trabalho.

Enfim, agradecemos a todos que de alguma forma participam de maneira directa ou


indirecta na nossa formação.

A todos o nosso muito obrigado!

5
“A FORMAÇÃO É COMO OS SERES HUMANOS:

NASCEM, CRESCEM, SE DESENVOLVEM,

E… “NÃO QUEREM MORRER”

6
LISTA DE SÍMBOLOS E ABREVIAÇÕES

DAP- Director Adjunto Pedagógico.

I.M.P.M- Instituto Médio Politécnico de Moçambique.

ANE – Administração Nacional de Estradas

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Índice de figuras

Figura 1. Ensaios de solos .......................................................................................................................... 15


Figura 2. Ensaio de compactação ............................................................................................................... 16
Figura 3. Ensaio de compressão simples .................................................................................................... 17
Figura 4. Ensaio de Compressão Diametral ............................................................................................... 18
Figura 5. Ensaio de Compressão Triaxial................................................................................................... 18
Figura 6, Controle de Compactação - Método HILF ................................................................................. 19
Figura 7. Análise Granulométrica do Solo ................................................................................................. 19
Figura 8. Determinação da Massa Específica com Emprego de Cilindro de Cravação ............................. 21
Figura 9. Abertura de Poço e Trincheira de Inspeção em Solo com Retirada de Amostras Deformadas e
Indeformadas .............................................................................................................................................. 22
Figura 10. Teor de Argila ........................................................................................................................... 24
Figura 11. Índice de Forma do Agregado Graúdo ...................................................................................... 25
Figura 12. Massa Unitária e Volume de Vazios ......................................................................................... 29
Figura 13. Chumbadores ............................................................................................................................ 32
Figura 14. Tirantes ..................................................................................................................................... 33
Figura 15. Drenos ....................................................................................................................................... 35
Figura 16. Instrumentação em Barragens: Piezômetro e Nível d'água ....................................................... 36
Figura 17. Processo de esquartelamento do solo ........................................................................................ 39
Figura 18. Ensaio da balança ...................................................................................................................... 40
Figura 19. Lavagem do solo ....................................................................................................................... 40
Figura 20. Peneiramento............................................................................................................................. 41
Figura 21. Estufa ....................................................................................................................................... 41
Figura 22. Granulometria pós estufa .......................................................................................................... 42

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Sumário
CAPÍTULO 1: INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 12
1.0 Contextualização .................................................................................................................................. 12
1.1 Objectivos............................................................................................................................................. 13
1.1.1 Objectivo geral .................................................................................................................................. 13
1.2 Objectivos específicos .......................................................................................................................... 13
1.3. MOTIVAÇÃO .................................................................................................................................... 13
1.4. ESPECTATIVAS ................................................................................................................................ 13
CAPÍTULO 2: CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL DE PRÁTICAS ....................................................... 14
2.0 Apresentação do Historial da Empresa................................................................................................. 14
2.1 Área de actuação e actividades ............................................................................................................. 14
2.2 Missão, visão e valores ......................................................................................................................... 14
CAPÍTULO 3: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................................... 15
3.0 Revisão bibliográfica ............................................................................................................................ 15
3.1.1 Ensaios de solos................................................................................................................................. 15
3.1.2 Limite de liquidez.............................................................................................................................. 15
3.1.3 Limite de plasticidade ....................................................................................................................... 15
3.1.4 Granulometria.................................................................................................................................... 16
3.1.5 Compactação ..................................................................................................................................... 16
3.1.6 Permeabilidade .................................................................................................................................. 16
3.2.0 Ensaio de Compressão Simples ......................................................................................................... 17
3.3.0 Ensaio de Compressão Diametral...................................................................................................... 18
3.4.0 Ensaio de Compressão Triaxial ......................................................................................................... 18
3.4.1 Controle de Compactação - Método HILF ........................................................................................ 19
3.4.2 Análise Granulométrica do Solo ....................................................................................................... 19
3.5.0 Determinação da Massa Específica com Emprego de Cilindro de Cravação .................................... 21
3.6.0 Abertura de Poço e Trincheira de Inspeção em Solo com Retirada de Amostras Deformadas e
Indeformadas .............................................................................................................................................. 22
3.6.1 Abertura de poço ............................................................................................................................... 22
3.6.2 Escavação da trincheira ..................................................................................................................... 22
3.6.3 Retirada de Amostra deformada ........................................................................................................ 22
3.6.4 Retirada de Amostra Indeformada..................................................................................................... 23
3.7.0 Ensaio dos agregados ........................................................................................................................ 24

9
3.7.1 Teor de Argila ................................................................................................................................... 24
3.7.2 Índice de Forma do Agregado Graúdo .............................................................................................. 25
3.7.4 Resistência ao Esmagamento de Agregados Graúdos ....................................................................... 27
3.7.1.1. Massa Unitária e Volume de Vazios ............................................................................................. 29
3.7.1.2. Impurezas Orgânicas ..................................................................................................................... 31
3.7.1.3 Massa Específica e Massa Específica Aparente em Agregado Miúdo ........................................... 32
3.8.0 Serviços Geotécnicos ........................................................................................................................ 32
3.8.1.1 Chumbadores .................................................................................................................................. 32
3.8.1.2 Tirantes ........................................................................................................................................... 33
3.8.1.3 Drenos ............................................................................................................................................ 35
3.8.1.4 Instrumentação em Barragens: Piezômetro e Nível d'água ............................................................ 36
CAPÍTULO 4: RESULTADOS DOS ENSAIOS ...................................................................................... 36
4.0 Procedimentos Laboratoriais para os Ensaios de solos ........................................................................ 36
4.1.1 Ensaios realizados ............................................................................................................................. 37
4.1.2 Análise visual de solos ...................................................................................................................... 39
4.1.3 Esquartelador do solo ........................................................................................................................ 39
4.1.4 Processo Granulométrico .................................................................................................................. 39
4.1.5 Processo de Lavagem do solo ........................................................................................................... 40
4.1.6 Peneiramento ..................................................................................................................................... 40
4.2.0 Estufa ................................................................................................................................................. 41
4.2.1 Processo de compactação .................................................................................................................. 41
4.2.2 Granulometria pós estufa................................................................................................................... 42
4.3.0 Limite de Retracção, Limite de Plasticidade, e Limite de Liquidez. ................................................. 42
4.3.1 Limite de liquidez.............................................................................................................................. 42
4.3.2 Limite de Plasticidade ....................................................................................................................... 43
4.3.3 Limite de Retracção........................................................................................................................... 43
4.3.4 Prensa de CBR................................................................................................................................... 43
4.3.5 Ensaio de Agregados ......................................................................................................................... 43
4.3.6 Ensaio de absorção ............................................................................................................................ 43
4.3.7 Piquinómico ...................................................................................................................................... 44
CAPITULO 5: REFLEXÕES CRÍTICAS (IMPLICAÇÕES PEDAGÓGICAS E AUTO FORMATIVAS)
.................................................................................................................................................................... 44
5.1. Ligações aprendidas ligado a área académica ..................................................................................... 44

10
5.2. Novidade ............................................................................................................................................. 44
5.3. Dificuldade .......................................................................................................................................... 44
CAPÍTULO 6: CONCLUSÃO ................................................................................................................... 45
6.0 Referências bibliográficas .................................................................................................................... 46
6.1 Apêndice............................................................................................................................................... 47

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CAPÍTULO 1: INTRODUÇÃO

1.0 Contextualização

O relatório da aula prática é um trabalho académico no qual os estudantes relatam a


experiencia dentro do local em que o ensaio foi feito. A prática serve para aproximar os
formandos da rotina profissional, foi por este motivo central que os formandos optaram pela
realização da aula laboratorial, com vista a conciliar o conhecimento teórico com o prático, tendo
como expectativas ganhar mais habilidades, na área da sua formação.

O presente relatório da aula prática descreve o conjunto de actividades levadas a cabo no


âmbito de uma experiencia de trabalho, com o propósito único de aproximar os formandos a
rotina profissional de competências técnicas e sociais, que façam do mesmo, um técnico
competente na sua área de formação. Para o cumprimento deste requisito, os formandos levaram
a cabo uma experiencia de trabalho na empresa da ANE, num período de 1 dia, tendo culminado
com a compilação do presente relatório de ensaios laboratoriais.

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1.1 Objectivos

1.1.1 Objectivo geral

 Apresentar as actividades desenvolvidas no período de aula prática na empresa da ANE.

1.2 Objectivos específicos

 Definir os conceitos relacionados com a prática e aplicar os conhecimentos adquiridos


durante os ensaios.
 Descrever as actividades realizadas no laboratório da ANE.

1.3. MOTIVAÇÃO

Os formandos optaram pela realização da aula prática não só pela necessidade de poder
entrar num laboratório mais, também pretendiam eles contactar-se com a realidade diária da
profissão construtiva e com as tarefas que estão inerentes a profissão. A colocação em prática de
tudo o que absorveu ao longo do módulo, bem como a confrontação com novos problemas e
desafios associados à construção foram outros factores motivacionais para eles.

1.4. ESPECTATIVAS

Antes de iniciar com a aula prática, os formandos realizaram uma reflexão, onde questionaram
“Que técnica laboratorial pretendiam encontrar?”, “Que dificuldades iriam ocorrer nos ensaios?”,
“Se Conseguiriam superar todas as dificuldades?”. Após esta reflexão, pensaram que a resposta
fosse simples. Perante as dificuldades, elevavam o seu ego e que seriam capazes de superá-las,
por mais difíceis ou por mais prolongadas que fossem.

Quando finalizaram os ensaios, reflectiram novamente e agora afirmam que este é o modelo de
ensaio pelo qual almejavam ter, mas não é tão simples como pensavam. Para se ser um excelente
profissional, é necessário três experiências, vontade de aprender, capacidade de reflexão e
empenho total. Foi graças a essa vontade e esse empenho que eles foram capazes de superar
todas as adversidades e todos os problemas.

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CAPÍTULO 2: CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL DE PRÁTICAS

2.0 Apresentação do Historial da Empresa

A ANE é uma empresa em nome individual vocacionada na apresentação de serviços de


construção, auditoria e fiscalidade.

2.1 Área de actuação e actividades

A empresa da ANE tem como actividade principal, a prestação de serviços de consultoria


na área de construção, auditoria e fiscalidade.

2.2 Missão, visão e valores

Missão
 A ANE tem a missão de prestar serviços com qualidade e precisão, criando soluções
inovadoras para a total satisfação dos seus clientes e parceiros.
Visão
 Ser a preferência no mercado e merecer a preferência natural dos clientes.

Valores
 Compromisso com os clientes;
 Respeito pelo mercado;
 Espírito de equipa;
 Rigor;
 Integridade;
 Transparência e lealdade.

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CAPÍTULO 3: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.0 Revisão bibliográfica

3.1.1 Ensaios de solos

Figura 1. Ensaios de solos

A norma utilizada inicialmente nesses ensaios, para o preparo do solo é a NBR 6457 –
ABNT – “Amostras de Solo – Preparação para Ensaios de Compactação e Ensaios de
Caracterização”.

3.1.2 Limite de liquidez

O ensaio é determinado pela NBR 6459 – ABNT – “Solo – Determinação do Limite de


Liquidez”. O limite de Liquidez é o teor de umidade do solo com que se unem, em um
centímetro de comprimento, as bordas inferiores de uma canelura feita em uma massa de solo
colocada na concha de um aparelho normalizado (Aparelho de Casagrande), sob a ação de 25
golpes da concha sobre a base desse aparelho. O Limite de liquidez marca a transição do estado
plástico ao estado líquido.

3.1.3 Limite de plasticidade

O ensaio é determinado pela ABNT NBR 7180-84 – “Solo – Determinação do Limite de


Plasticidade – Método de ensaio” e pela ME 082/94 (DNER/DNIT). Esse ensaio regulamenta o
cálculo do teor de umidade para o qual o solo começa a se fraturar quando se tenta moldá-lo na
forma de uma amostra cilíndrica de 3 mm de diâmetro.

15
3.1.4 Granulometria

O ensaio é determinado pela ABNT NBR 7181/2016 – “Solo – Análise Granulométrica“.


A granulometria é o processo utilizado para a determinação da percentagem em peso que cada
faixa especificada de tamanho de partículas representa na massa total ensaiada. Através dos
resultados obtidos desse ensaio é possível a construção da curva de distribuição granulométrica,
tão importante para a classificação dos solos bem como a estimativa de parâmetros para filtros,
bases estabilizadas, permeabilidade, capilaridade etc. A determinação da granulometria de um
solo pode ser feita apenas por peneiramento ou por peneiramento e sedimentação, com ou sem
defloculante, se necessário.

3.1.5 Compactação

Figura 2. Ensaio de compactação

O ensaio de compactação de solos é determinado pela norma ABNT NBR 7182:2016 –


Solo – Ensaio de compactação.

Compactação do solo é o processo manual ou mecânico que visa reduzir o volume de


vazios do solo, melhorando as suas características de resistência, deformabilidade e
permeabilidade. Pode ser feito tanto em laboratório como no campo.

3.1.6 Permeabilidade

O ensaio de permeabilidade de solos é determinado pela norma ABNT NBR 14545: 2021
– Solo – Determinação do coeficiente de permeabilidade de solos argilosos a carga variável ou
pela ABNT NBR 13292:2021 – Solo – Determinação do coeficiente de permeabilidade de solos
granulares à carga constante.

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O coeficiente de permeabilidade é uma constante de proporcionalidade relacionada com a
facilidade pela qual o fluxo passa através de um meio poroso. O ensaio de carga constante é
aplicado a solos granulares ou solos com alta permeabilidade. O ensaio é feito pela percolação de
água através do solo em regime de escoamento laminar. Na aplicação destes métodos podem ser
utilizados corpos de prova talhados ou moldados, obtidos a partir de amostras indeformadas ou
da compactação de amostras deformadas.

3.2.0 Ensaio de Compressão Simples

Figura 3. Ensaio de compressão simples

O ensaio é determinado pela norma a DNER – IE 04-71 ou a ABNT NBR 12770:2022 –


Solo Coesivo – “Determinação da Resistência à Compressão Não Confinada”.

O ensaio de compressão simples fornece o valor da coesão (resistência não drenada) de


campo do solo, para isso deve ser feito com amostra indeformada e conservando sua umidade
natural.

17
3.3.0 Ensaio de Compressão Diametral

Figura 4. Ensaio de Compressão Diametral

O ensaio é determinado pela norma ABNT NBR 8890:2020.

Este ensaio tem o objetivo na determinação de valores de coesão total para amostras com
valores de umidade variando da condição saturada à seca. Ou seja, para avaliar a coesão total
com a variação de sucção matricial.

3.4.0 Ensaio de Compressão Triaxial

Figura 5. Ensaio de Compressão Triaxial

O ensaio de compressão triaxial é feito moldando-se um corpo de prova cilíndrico, a


partir de uma amostra de solo, o qual é colocado dentro de uma câmara de ensaio envolto por
uma membrana de borracha. A câmara é cheia de água, à qual se aplica uma pressão, que é
chamada pressão confinante ou pressão de confinamento do ensaio.

No ensaio com carga controlada é aplicada uma carga constante no pistão que penetra na câmara,
e no ensaio de deformação controlada o pistão é deslocado para baixo com velocidade constante.

18
3.4.1 Controle de Compactação - Método HILF

Figura 6, Controle de Compactação - Método HILF

Esse ensaio é determinado pela ABNT NBR 12102: 2020 – “Solo – Controle de
compactação pelo método de Hilf”.

O método permite determinar o grau de compactação, no ponto de controle e o valor do


desvio de umidade, sem necessidade do conhecimento prévio do teor de umidade do solo
compactado naquele ponto.

3.4.2 Análise Granulométrica do Solo

Figura 7. Análise Granulométrica do Solo

Essa análise é determinada pela NBR7181/2016 – ABNT – “Solo – Análise


granulométrica”.

A amostra é tomada de acordo com a ABNT NBR 6457. Essa norma estabelece o método
para análise granulométrica de solos, realizada por peneiramento ou por uma combinação de
sedimentação e peneiramento. O material é passado na peneira de 2,0 mm, desmanchando os

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torrões previamente existentes; Lava-se a parte retida nesta peneira e secar em estufa até
constância de massa.

Para a determinação da distribuição granulométrica:

a) pegar cerca de 120g do material, pesá-lo. E ainda fazer o ensaio de umidade


higroscópica segundo NBR 6457;

b) lavar na peneira de 0,075, com água potável, seguindo com um peneiramento fino.

Para o processo de sedimentação:

a) pegar cerca de 120 g do material, pesá-lo. E ainda fazer o ensaio de umidade


higroscópica segundo NBR 6457;

b) o material é transferido para um béquer e misturado com uma solução de


hexametafosfato de sódio, ficando em repouso por 12 h;

c) Retirar a mistura e adicionar água destilada, sob ação do aparelho dispersor durante 15
min;

d) Transferir para a proveta. Adiciona-se água até chegar a 1000 cm³. Agitar
frequentemente com uma bagueta e assim que atingir a temperatura de equilíbrio, tampa-se a
boca e faz-se movimentos de rotação durante 1 min;

e) Imediatamente após, a proveta é colocada a sobre uma mesa, anotada a hora do início
da sedimentação e mergulhado o densímetro dentro da dispersão. As leituras são efetuadas em
0,5, 1 e 2 min. A seguir, leituras de 4, 8, 15 e 30 min e 1, 2, 4, 8 e 24 h;

f) Ao realizar a última leitura, o material é vertido na peneira de 0,075 mm, procedendo à


remoção de todo o material no recipiente; g) Esse procedimento é seguido de um peneiramento
fino e um peneiramento grosso. Por fim, calcula-se a granulometria desse solo.

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3.5.0 Determinação da Massa Específica com Emprego de Cilindro de Cravação

Figura 8. Determinação da Massa Específica com Emprego de Cilindro de Cravação

Esse ensaio é determinado pela ABNT NBR 9813: 2016 – “Solo – Determinação da
massa específica aparente in situ com emprego de cilindro de cravação”.

Ensaio:

a) O cilindro é assentado, levemente lubrificado;

b) O restante do equipamento é montado, e a cravação é iniciada por intermédio da queda


livre do soquete de cravação, sendo contínua até que o cilindro fique com sua borda superior 1
cm abaixo da superfície do terreno;

c) Escava-se o terreno circunvizinho ao cilindro, cortando o solo por baixo do mesmo;

d) a massa é determinada imediatamente, evitando perda de umidade.

21
3.6.0 Abertura de Poço e Trincheira de Inspeção em Solo com Retirada de Amostras
Deformadas e Indeformadas

Figura 9. Abertura de Poço e Trincheira de Inspeção em Solo com Retirada de Amostras


Deformadas e Indeformadas

A norma utilizada nesse ensaio ABNT NBR 9604/2016 – Abertura de poço e trincheira
de inspeção em solo, com retirada de amostras deformadas e indeformadas.

3.6.1 Abertura de poço

A escavação é iniciada após a limpeza superficial do terreno em área delimitada por um


quadrado de 4,0 m de lado e da construção de uma cerca no perímetro da área limpa, constituída
de quatro fios de arame farpado fixados a mourões.

3.6.2 Escavação da trincheira

A escavação da trincheira é feita após a limpeza superficial do terreno correspondente a


área do trecho inicial da trincheira prevista e área lateral de 1 m de largura medida a partir das
bordas da trincheira.

3.6.3 Retirada de Amostra deformada

As amostras deformadas são coletadas a cada metro escavado, quando em material


homogêneo e em quantidade variável em função da necessidade e acondicionadas em sacos de
lona ou plástico resistente.

A identificação dessas amostras deve ser feita por duas etiquetas, sendo uma externa e
outra interna ao recipiente, esta ultima protegida por um saco ou envelope plástico, onde
constam:

22
a) nome da obra;

b) nome do local;

c) número do poço ou trincheira;

d) intervalo de profundidade;

e) data da coleta;

f) nome do responsável pela coleta.

3.6.4 Retirada de Amostra Indeformada

Os blocos de amostra indeformada a tem um formato cúbico, com 0,15 m de aresta, no


mínimo e 0,40 m de aresta, no máximo. Com a cota de topo do bloco atingida é iniciada a
talhagem lateral do mesmo, nas dimensões previstas, até 0,10 m abaixo de sua base, sem
seccioná-lo.

As faces expostas são envolvidas com talagarça ou similar e utilizando-se de um pincel,


aplica-se uma camada de parafina líquida (processo repetido por 2 vezes, no mínimo). O bloco é
seccionado cuidadosamente na base, tambado sobre um colchão fofo de solo e feita a
regularização da face, cobrindo-a com talagarça ou similar e parafina líquida.

Antes da aplicação da ultima camada de parafina, é necessário que seja colocada uma
etiqueta de identificação com os seguintes dados:

a) obra;

b) local;
c) identificação do poço ou trincheira;

d) número da amostra;

e) orientação em relação a uma direção;

23
f) profundidade do topo e da base em relação ao nível de referência na superfície do
terreno;

g) data da amostragem;

h) nome do responsável pela coleta.

3.7.0 Ensaio dos agregados

3.7.1 Teor de Argila

Figura 10. Teor de Argila

Esse ensaio é determinado pela NBR 7218/2010 – ABNT – “Agregados – Determinação


do teor de argila em torrões e materiais friáveis”.

A amostra do agregado é colectada de acordo com a ABNT NM 26 e reduzida para a


realização dos ensaios de acordo com a ABNT NBR NM 27.

A amostra é manuseada de forma a não triturar os torrões de argila eventualmente


presentes e seca em estufa à temperatura de (105 +/-5) °C até massa constante. Para a execução
do ensaio, é determinada a composição granulométrica conforme a ABNT NBR NM 248.

O teor de argila em torrões e materiais friáveis da amostra é determinado considerando os


intervalos granulométricas e a massa mínima de amostra apresentados na Tabela 1 dessa norma.
Os intervalos granulométricos que representarem menos de 5% da amostra total não precisam ser
ensaiados. Na sequência, a massa de amostra de cada intervalo granulométrico é espalhada em
bandejas apropriadas de maneira a formar uma camada delgada.

A amostra é coberta com água destilada de ionizada ou da rede de abastecimento e


deixada em repouso durante (24 +/-1) h. Após esse período, identifica-se as partículas com

24
aparência de torrões de argila ou materiais friáveis e se pressiona entre os dedos, desfazendo-as.
Em seguida, a massa de amostra é transferida para as peneiras. É procedida para o peneiramento
por via única para a remoção das partículas de argila e materiais friáveis. A amostra é removida
cuidadosamente das peneiras correspondentes, seca em estufa à temperatura de (105 +/-5) °C até
massa constante e, após o resfriamento, é determinada a massa do material retido.

3.7.2 Índice de Forma do Agregado Graúdo

Figura 11. Índice de Forma do Agregado Graúdo

Esse ensaio é determinado pela NBR 7809/2006 – ABNT – “Agregado graúdo –


Determinação do índice de forma pelo método do paquímetro – Método de ensaio”.

Índice de forma do agregado: Média da relação entre o comprimento e a espessura dos


grãos do agregado, ponderada pela quantidade de grãos de cada fracção granulométrica que o
compõe.

Método de ensaio:

a) A amostra é seca em estufa mantida a (105±5) °C até massa constante;

b) É realizada a análise granulométrica da amostra, de forma a dividi-la em fracções,


utilizando as séries normais e intermediária;

c) As fracções passantes na peneira com abertura de malha 9,5 mm e aquelas cujas


percentagens retidas individuais, em massa, sejam iguais ou menores que 5%, são desprezadas;

d) Cada fracção obtida de acordo com os itens acima deve ser quarteada até obtenção do
número de grãos obtidos na equação fornecida pela norma;

25
e) Efectua-se, com auxílio de paquímetro, a medida do comprimento e da espessura de
cada um dos grãos obtidos.

3.7.3 Massa Específica, Massa Específica Aparente e Absorção em Agregado Graúdo

Esse ensaio é determinado pela NBR NM 53 – ABNT – “Agregado graúdo –


Determinação de massa específica, massa específica aparente e absorção de água”.

A amostra é colectada seguindo o procedimento estabelecido na NM 26 e reduzida de


acordo com a NM 27.

Procedimento de ensaio:

a) A amostra é pesada conforme tabela 1. A seguir, submerge-se o agregado em água à


temperatura ambiente por um período de (24 ± 4) h;

b) Quando os valores de massa específica forem utilizados como base para a dosagem de
concreto, com agregados usados normalmente húmidos, o requisito de secagem até massa
constante pode ser eliminado;

c) A amostra é retirada da água e envolta em um pano absorvente até que toda a água
visível seja eliminada, ainda que a superfície das partículas se apresente húmida. Os fragmentos
grandes são limpos individualmente. É necessário evitar a evaporação da água dos poros do
agregado durante a operação de enxugamento da amostra;

d) Imediatamente após ser enxugada, a amostra é pesada com precisão de 1 g (ms,


agregado saturado com superfície seca).

e) A amostra é colocada no recipiente, submergi-la em água mantida a (23 ± 2) °C e


pesada em água com precisão de 1 g (ma, massa em água);

f) A amostra é seca a (105 ± 5) °C até massa constante, esfriando até a temperatura


ambiente durante 1 h a 3 h ou até que o agregado esteja a uma temperatura que permita sua
manipulação (aproximadamente 50°C) e pesar com precisão de 1 g (m, agregado seco).

26
3.7.4 Resistência ao Esmagamento de Agregados Graúdos

Esse ensaio é determinado pela NBR 9938 – ABNT – “Agregados – Determinação da


resistência ao esmagamento de agregados graúdos – Método de Ensaio”.

A amostra é colectada de acordo com a ABNT NBR NM 26 e reduzida para ensaio de


acordo com a ABNT NBR NM 27.

Execução do ensaio:

a) É tomada uma quantidade de amostra após a passagem da mesma pela peneira com
abertura de malha de 12,5 mm que contenha cerca de 10 kg retirados na peneira de malha de 9,5
mm. A amostra é seca em estufa a (105 +/-5) °C por 24 h, sendo necessário o seu resfriamento;

b) O recipiente cilíndrico é preenchido em três camadas sucessivas, aplicando-se com a


haste, 25 golpes em cada camada distribuídos por toda a superfície;

c) A massa inicial do agregado preparado é determinada como aproximação de 1 g. O


cilindro de ensaio é preenchido com esse material, em três camadas sucessivas de mesma
espessura, aplicando-se 25 golpes com a haste a cada uma delas;

d) O êmbolo é inserido no cilindro de ensaio e nivelado com seu auxílio a superfície do


agregado;

e) O conjunto é colocado no prato inferior da máquina de ensaio, centralizando-o


cuidadosamente;

f) Uma carga de 400 kN é aplicada uniformemente à razão de (40 +/-5) kN/min;

g) Após aplicar-se a carga total, o conjunto é retirado da máquina e todo o material


contido no cilindro de ensaio é removido para uma bandeja limpa. Se houver partículas aderidas,
utilizar um martelo, aplicando leves pancadas laterais para sua remoção;

h) O material removido é passado na peneira de malha de 2,4 mm e determinada a massa


do material retido; e faz-se uma segunda determinação, com os mesmos procedimentos descritos
acima.

27
3.7.1.0 Composição Granulométrica de Agregados

Esse ensaio é determinado pela NBR NM 248/2003 – ABNT – “Agregados –


Determinação da composição granulométrica”.

A amostra de agregado é colectada conforme NM 26.

Método de ensaio:

a) As amostras de ensaio são secas em estuga e esfriadas à temperatura ambiente para


determinação de suas massas (m1 e m2). Reserva-se a m2;

b) As peneiras são encaixadas em um único conjunto, com abertura de malha em ordem


crescente da base para o topo, utilizando de um fundo de peneiras;

c) A amostra é colocada sobre a peneira superior, e, caso o material apresentar quantidade


significativa de materiais pulverulentos, é feito um ensaio prévio de acordo com a NM 46;

d) O acúmulo de material sobre uma peneira pode provocar problemas no ensaio. Para
evitar esses problemas, é determinada a quantidade mínima de 7 kg/m³ em peneiras menores de
4,75 mm e em aberturas maiores, a quantidade é calculada por uma expressão contida nessa
norma;

e) Promove-se a agitação mecânica do conjunto, por um tempo razoável para permitir a


separação e classificação prévia dos diferentes tamanhos de grão da amostra.

f) A peneira superior do conjunto é destacada e agitada manualmente (com tampa e fundo


falso encaixados) até que, após um minuto de agitação contínuo, a massa de material passante
pela peneira seja inferior a 1% da massa do material retido;

g) O material retido na peneira é removido para uma bandeja identificada. A tela é


escovada em ambos os lados para limpar a peneira. O material removido pelo lado interno é
considerado como retido (juntar na bandeja) e o desprendido na parte inferior como passante;

28
h) Proceder à verificação da próxima peneira, como descrito no item f, depois de
acrescentar o material passante na peneira superior, até que todas as peneiras do conjunto tenham
sido verificadas. Caso a amostra tenha sido dividida, tomar nova porção e proceder, como
descrito a partir da letra c;

i) A massa total de material retido é determinada em cada uma das peneiras e no fundo do
conjunto. O somatório de todas as massas não deve diferir mais de 0,3% de m1;

j) Se não for possível a agitação mecânica do conjunto, é classificado manualmente toda a


amostra em uma peneira para depois passar à seguinte. Cada peneira é agitada, com a amostra ou
porção desta, por tempo não inferior a 2 min, procedendo à verificação do peneiramento
conforme item f. Seguir de acordo com os itens de “g” a “i”;

k) Procede-se ao peneiramento da segunda amostra, de massa m2, conforme descrito nos


processos acima.

3.7.1.1. Massa Unitária e Volume de Vazios

Figura 12. Massa Unitária e Volume de Vazios

Esse ensaio é determinado pela NBR NM 45 – ABNT – “Agregados – Determinação da


massa unitária e do volume de vazios”.

Selecção do procedimento a empregar:


 O “método A” deve ser empregado para determinar a massa unitária de material
compactado, quando os agregados têm dimensão máxima característica de 37,5 mm ou
menor;

29
 O “método B” deve ser empregado para determinar a massa unitária de material
compactado, quando os agregados têm dimensão máxima característica superior a 37,5
mm e inferior a 75 mm;
 O “método C” deve ser empregado para determinar a massa unitária de material no
estado solto.

Método A:

a) A massa do recipiente vazio é determinado e registrada. A seguir, o recipiente é


preenchido com o material até um terço de sua capacidade e nivelada a superfície com os
dedos;
b) É efectuado o adensamento da camada de agregado mediante 25 golpes da haste de
adensamento, distribuídos uniformemente em toda a superfície do material;
c) Continuar o enchimento do recipiente até completar dois terços de sua capacidade e
proceder como indicado em “a” e “b”, completando o mesmo como descrito acima;
d) Ao compactar a primeira camada do agregado, a haste de adensamento não deve tocar o
fundo do recipiente. Ao compactar as segundas e terceira camadas, evitar que a haste
penetre na camada anterior;
e) A camada superficial do agregado é nivelada com as mãos ou utilizando uma espátula, de
forma a rasá-la com a borda superior do recipiente;
f) Amassa do recipiente mais seu conteúdo é determinada e registrada.

Método B:

a) A massa do recipiente vazio é determinado e registrada. A seguir, o recipiente é


preenchido com o material até um terço de sua capacidade e nivelada a superfície com os
dedos;
b) É efectuado o adensamento de cada camada colocando o recipiente sobre uma base firme,
como um piso de concreto, elevando alternadamente os lados opostos cerca de 50 mm e
deixando-os cair, de forma que o adensamento se produza pela acção dos golpes secos;
c) Cada uma das três camadas é adensada golpeando o recipiente 50 vezes da forma descrita
no item anterior, sendo 25 vezes de cada lado;
d) A camada superficial do agregado é nivelada conforme indicado no método A, no item
“e”; e) Amassa do recipiente mais seu conteúdo é determinada e registrada.

30
Método C:

a) A massa do recipiente vazio é determinado e registrada. A seguir, o recipiente é


preenchido até que o mesmo transborde, utilizando uma pá ou uma concha, despejando o
agregado de uma altura que não supere 50 mm acima da borda superior do recipiente.
Evitar ao máximo a segregação dos agregados que compõem a amostra;
b) A camada superficial do agregado é nivelada conforme indicado no método A, no item
“e”;
c) c). A massa do recipiente mais seu conteúdo é determinado e registrada.

3.7.1.2. Impurezas Orgânicas

Esse ensaio é determinado pela NBR NM 49/2001 – ABNT – “Agregado miúdo –


Determinação de impurezas orgânicas”.

A amostra de campo é colectada de acordo com a NM 26 e reduzida para ensaio


conforme NM 27.

Procedimento de ensaio:

 Num frasco erlenmeyer, é adicionado (200 ± 5) g de agregado miúdo seco ao ar e 100


cm³ da solução de hidróxido de sódio, agitando vigorosamente e deixado em repouso
durante (24 ± 2) h em ambiente escuro;
 Findo o período de repouso, a solução que esteve em contacto com o agregado miúdo é
filtrada, recolhendo-a em tubo Nessler, ou em um tubo de ensaio, empregando papel de
filtro;
 Simultaneamente ao procedimento descrito no item “a” é preparada uma solução padrão,
adicionando a 97 cm³ da solução de hidróxido de sódio, 3 cm³ da solução de ácido tânico
a 2%; agitando e deixando em repouso durante (24 ± 2) h em ambiente escuro. Após esse
período, a solução é transferida para outro tubo Nessler ou tubo de ensaio. A quantidade
de matéria orgânica é avaliada comparando a cor da solução obtida segundo item “b”
com a da solução padrão obtida em item “c”; anotando se a cor é mais escura, mais clara
ou igual à da solução padrão.

31
3.7.1.3 Massa Específica e Massa Específica Aparente em Agregado Miúdo

Esse ensaio é determinado pela NBR NM 52 – ABNT – “Agregado miúdo –


Determinação da massa específica e massa específica aparente”.

Massa específica: É a relação entre a massa do agregado seco e seu volume, excluindo os
poros permeáveis.

Massa específica aparente: É a relação entre a massa do agregado seco e seu volume,
incluindo os poros permeáveis. A amostra é colectada seguindo o procedimento estabelecido na
NM 26 e reduzida de acordo com a NM 27.

Procedimento de ensaio:

 É pesado (500,0 ± 0,1) g de amostra (ms), colocar no frasco e registrada a massa do


conjunto (m1). Enche-se o frasco com água até próxima da marca de 500 ml, Movendo
de forma a eliminar as bolhas de ar e depois colocá-lo em um banho mantido a
temperatura constante de (21 ± 2) °C;
 Após 1 h, aproximadamente, completa-se com água até a marca de 500 cm³ e a massa
total é determinada com precisão de 0,1 g (m2);
 O agregado miúdo é retirado do frasco e seco a (105 ± 5) °C até massa constante (± 0,1
g), esfriando à temperatura ambiente em dessecador e pesado com precisão de 0,1 g (m).

3.8.0 Serviços Geotécnicos

3.8.1.1 Chumbadores

Figura 13. Chumbadores

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Os ensaios para chumbadores são determinados pela NBR14827/2002 – ABNT
“Chumbadores instalados em elementos de concreto ou alvenaria – Determinação de resistência
à tração e ao cisalhamento”

O ensaio de arrancamento consiste basicamente na aplicação de força de tração à


extremidade livre de vergalhões ancorados e a medição dos deslocamentos produzidos pela
força, os apoios do sistema atendam aos requisitos de espaçamentos mínimos entre
chumbadores, apoios ou bordas.

Após os vergalhões de ancoragem serem fixadas no concreto aguarda-se o período de


cura onde, de acordo com o manual do adesivo epóxi HILTI HIT-RE 100, tem um tempo
mínimo conforme temperatura do material base. Por conseguinte, inicia-se o ensaio.
Determinação da resistência de aderência à tração de parabolt instalados em elementos de
concreto: O ensaio de arrancamento consiste basicamente na aplicação de força de tração à
extremidade livre de parabolt ancorados até a carga última solicitada pela NR 18.

3.8.1.2 Tirantes

Figura 14. Tirantes

A execução e os ensaios de tirantes são determinados pela NBR 5629/2006 – ABNT –


“Execução de tirantes ancorados no terreno”.

Sequência executiva:

 Perfuração: é aceitável o uso de qualquer sistema de perfuração desde que se garanta a


estabilidade da escavação, até que ocorra a injecção. É permitido o uso de revestimento
metálico provisório ou de fluido estabilizante;

33
 Especificação para ancoragem: o comprimento da ancoragem, bem como os volumes e
pressões finais utilizados para abertura e injecção nas válvulas são aqueles fornecidos
pelo projectista;
 Injecção – Bainha: feita de forma ascendente, com factor água/cimento = 0,5 (em peso)
até que a calda extravase pela boca do furo. Caso haja perda substancial de calda, pode
ser injectado solo-cimento, de forma a promover o preenchimento da parte anelar do
furo/tirante. Pode-se optar pelo preenchimento do furo com calda de cimento e a
posterior introdução da parte metálica. – Fases de injecção: injecção de calda de cimento
com factor água/cimento igual a 0,5 (em peso), com expectativa de valores de pressão de
abertura variável de até 5MPa e de injecção de até 2 MPa;
 Ensaios: passados sete dias da última fase de injecção, de acordo com a NBR 5629, ou a
critério da consultoria;
 Cabeça de ancoragem: depois de concluída a protensão, são instalados dois tubos para
injecção na cabeça do tirante. Após a concertarem da cabeça do tirante, é feita a injecção
da calda de cimento por um dos tubos, o outro tubo serve como respiro. Ensaios de
tirante: Procedimentos executivos para a verificação do desempenho de um tirante.

São classificados em ensaios de qualificação, de recebimento e de fluência:


 Ensaio de qualificação: verifica, em um dado terreno, o desempenho de um tipo de tirante
depois da injecção;
 Ensaio de recebimento: controla capacidade de carga e comportamento de todos os
tirantes de uma obra;
 Ensaio de fluência: avalia a estabilização do tirante sob a acção de cargas de longa
duração.

34
3.8.1.3 Drenos

Figura 15. Drenos

O método executivo é determinado pelo DNIT 015/2006 – ES – “Drenagem – Drenos


subterrâneos – Especificação de serviço”.

Execução dos drenos: As etapas a serem seguidas na execução de drenos longitudinais


profundos, para subleito em solo ou rocha são:

 Abertura das valas, no sentido de jusante para montante, atendendo às dimensões


estabelecidas em projecto. A declividade longitudinal mínima do fundo das valas deverá
ser de 0,5%. Será utilizado processo de escavação compatível com a dificuldade
extractiva do material;
 Disposição do material escavado, em local próximo aos pontos de passagem, de forma a
não prejudicar a configuração do terreno nem dificultar o escoamento das águas
superficiais;
 Preenchimento das valas no sentido de montante para jusante, com os materiais
especificados no projecto, devendo atender as particularidades de drenos descritas em
norma.

35
3.8.1.4 Instrumentação em Barragens: Piezômetro e Nível d'água

Figura 16. Instrumentação em Barragens: Piezômetro e Nível d'água

Esses serviços são determinados pela norma NBR15495 que está dividida em duas partes.
A NBR15495-1/2007 – ABNT – “Poços de monitoramento de águas subterrâneas em aquíferos
granulados – Projecto e construção” e a NBR15495-2/2008 – ABNT – “Poços de monitoramento
de águas subterrâneas em aquíferos granulares – Desenvolvimento”.

A primeira parte da norma fixa os requisitos exigível para a execução de projecto e


construção de poços de monitoramento de águas subterrâneas em meios granulares,
objectivando:

 A obtenção de amostras representativas da qualidade da água subterrânea;


 A construção durável e confiável dos poços de monitoramento;
 A caracterização hidrogeológica adequada da área, de acordo com as necessidades de
cada projecto. A segunda parte da norma apresenta métodos e procedimentos aplicáveis
no desenvolvimento de poços de monitoramento instalados em aquíferos granulares,
construídos e instalados de acordo com as condições definidas na primeira parte da
norma. A premissa da norma é de que os poços de monitoramento, onde aplicados, tem
por objectivo principal obter amostras representativas de água subterrânea e informações
hidrogeológicas dos aquíferos monitorados.

CAPÍTULO 4: RESULTADOS DOS ENSAIOS

4.0 Procedimentos Laboratoriais para os Ensaios de solos

Primordialmente, a nossa aula prática no laboratório de Administração Nacional de


Estradas, teve o seu início pelas 8 horas, onde foi orientado pelo Engo Pedro. Ele é quem teve a

36
ousadia de nos facultar os seus conhecimentos técnicos laboratoriais onde nos foi facultado os
primórdios instrumentos pelo qual nós como formandos do nível 04 em Construção Civil
poderíamos usar nos nossos estudos laboratoriais. E, por sua vez o Engo. Responsável por nos
facultar os seus conhecimentos técnicos laboratoriais, privilegiadamente definiu o Laboratório
como sendo o local onde se faculta os conhecimentos e a sabedoria, não só, também o
laboratório dá a conhecer as características mecânicas do solo. Por outra, a ANE está empenhada
no estudo de materiais granulométricos para estradas, pontes, e em suma, ensaios para quaisquer
edificações de modo a garantir boas edificações.

4.1.1 Ensaios realizados

No departamento em que foi efectuado o ensaio laboratorial, especificamente no


laboratório da ANE, fazem-se os seguintes ensaios:

Para os agregados (britas e areia):

 Massa volúmica;
 Baridade;
 Granulometria, para saber o comportamento do solo;
 Absorção de água e humidade;
 Alongamento;
 Índice de plasticidade, que serve para descobrir a quantidade de argila;
 Esmagamento.

Por sua vez os ensaios dos agregados servem para descobrir os módulos de finura.

Para os betões:
 Estudo de composição do betão;

 Ensaio de abaixamento de cone de Abrams que serve para controlar a quantidade de


água, segundo o Sr. Castelo (supervisor da ANE);

 Resistência a compressão de provetes cúbicos ou cilíndricos.

Para os blocos de betão simples:

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 Resistência a compressão uniaxial;

 Absorção de água;

 Determinação da baridade.

Conforme instruídos pelo supervisor Castelo, para o ensaio laboratorial, focou-se apenas nos
seguintes ensaios:

 Massa volúmica;

 Baridade;

 Granulometria;

 Absorção de água e humidade;

 Alongamento;

 Índice de lamelação;

 Esmagamento.

No entanto, durante o ensaio laboratorial foi possível acompanhar algumas actividades e


ensaios que decorriam em simultâneo. Desses foi possível observar os seguintes:

 Análise visual de solos;

 Esquartelador do solo;

 Processo Granulométrico;

 Processo de Lavagem do solo;

 Peneiramento;

 Estufa;

 Processo de compactação;

 Granulometria pós estufa;

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 Limite de Retracção;

 Limite de Plasticidade;

 Limite de Liquidez;

 Prensa de CBR;

 Ensaio de Agregados;

 Ensaio de absorção;

 Piquinómico.

4.1.2 Análise visual de solos

Neste processo de análise visual de solos os formandos tiveram o proveito técnico


laboratorial onde puderam ter o privilégio de observar que o solo era arenoso e composto por
cascalhos.

4.1.3 Esquartelador do solo

É o processo pelo qual ajuda a separar as partículas do solo, utilizando por sua vez o
equipamento apropriado para a execução do mesmo, denominado Esquartelador. E a imagem
abaixo ilustra os formandos a executarem o processo de esquartelamento dos solos.

Figura 17. Processo de esquartelamento do solo

4.1.4 Processo Granulométrico

Após o término do esquartejamento do solo, passou-se por uma outra fase onde retirou-se
uma amostra do solo para a realização do ensaio laboratorial. A posterior foi-se a uma balança

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onde o valor obtido na mesma foi de 1.5kg referenciado a amostra. Depois disso retirou-se mais
outras amostras de 6kg para 5bacias, sendo o seu total 30kg. Como mostra a imagem a baixo.

Figura 18. Ensaio da balança

4.1.5 Processo de Lavagem do solo

Este processo foi feito numa bandeja com água potável, e foi um processo que levou
10min. Após este processo levou-se a amostra limpa para a estufa á 105-110 graus por 24horas.

Figura 19. Lavagem do solo

4.1.6 Peneiramento

No processo de peneiramento utilizou-se o peneiro de nr. 200 Sendo o mais fino. Como a
teoria afirma, quanto maior o numero de peneiro, menor é a sua abertura.

Sabe-se que, é de carácter obrigatório o uso das normas no processo de peneiramento, de


modo que haja equilíbrio na divulgação das características do solo, sendo elas as normas
Portuguesas ou Sul-africanas.

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Figura 20. Peneiramento

4.2.0 Estufa

Após o processo de peneiramento levou-se a amostra de solo para uma determinada


estufa de 105 á 110 graus e que levou 24 horas para o processo de estufa estar pronto. E a
imagem abaixo mostra o solo no seu estado de prontidão.

Figura 21. Estufa

4.2.1 Processo de compactação

Primeiramente deve se ter em consideração a densidade de material. Neste processo foram


utilizados os seguintes equipamentos:

 Cilindro com 150 milímetros com diâmetro de 150 o maior e 110 milímetros com
diâmetro de 100. E se a quantidade de água ser maior, mais difícil será a compactação do
solo;
 Compactador.

41
4.2.2 Granulometria pós estufa

Depois do processo de estufa passou-se a amostra nos peneiros, que já estavam


organizados de acordo com as suas especificações, do maior ao menor peneiro. Por sua vez o
processo de peneiramento é feito em movimento circular onde agita-se os peneiros do posterior
para a frontal, e da lateral esquerdo para a direito e assim sucessivamente. Depois do processo de
agitação, esperou-se um tempo de 2 minutos e depois de concluído o tempo esperado começou-
se a retirada dos peneiros de acordo com o seu peso. Após a retirada de amostra de cada peneiro
repetir-se-á o processo de peneiro para os peneiros subsequentes.

Figura 22. Granulometria pós estufa

4.3.0 Limite de Retracção, Limite de Plasticidade, e Limite de Liquidez.

4.3.1 Limite de liquidez

Neste processo de limite de liquidez, os formandos por sua vez passaram a amostra para
este ensaio de liquidez usando o peneiro 425, antes disso, a amostra é peneirada e pesada. Para
este processo usa-se a cápsula, o vidro, o cinzeiro, a espátula, e a casa grande. Para o processo de
adição de água na amostra não deve se colocar até o material ganhar muita liquidez.

E com o auxílio da espátula é misturada a amostra com água, e, essa mistura deve ser
uma mistura contínua e deve estra num intervalo de 5 á 10 minutos até atingir a sua consistência.
A posterior retira-se a amostra para a casa grande, para que seja calibrada antes do ensaio,
colocar-se-á em meia-lua e dá-se 11 pancadas, depois coloca-se a amostra na cápsula que passa

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pela balança vazia e após a colocação a amostra volta a balança, e em seguida devolve-se a
amostra que sobrou na casa grande e volta-se a misturar por 10 á 15 minutos.

4.3.2 Limite de Plasticidade

O ensaio de limite de plasticidade é feito no mínimo 3 vezes para cada ensaio, por sua
vez o solo em ensaio deve ter um comprimento de 10 cm e um diâmetro de 3 mm. Quando o
ensaio começa a apresentar quebra significa que é o seu limite máximo.

4.3.3 Limite de Retracção

Este foi um dos ensaios pelo qual encheu-se o molde com a amostra por um período de
24 horas. E este processo serve para determinar a retracção do solo. E passando esta fase de
retracção levou-se a amostra para a estufa.

4.3.4 Prensa de CBR

Este é o processo pelo qual testa-se a capacidade do solo. O corpo de prova para o ensaio
de CBR varia de acordo com o cilindro, e serve para avaliar a resistência do solo pós
compactação, e pós índice de Califórnia.

4.3.5 Ensaio de Agregados

Este ensaio é de extrema importância, pois é através dele que sabe-se a resistência de
cada rocha antes de levado ao terreno. E para este ensaio usar-se-á o peneiro 19 que é o
primórdio e de extremo fundamentalismo para este ensaio dos agregados (britas e areia).

4.3.6 Ensaio de absorção

Este também é um dos ensaios com fundamentos onde os agregados são submersos por
um período de 24 horas, a posterior volta-se no seu processo de secagem e depois é levada para o
peso. É feito este procedimento de modo a descobrir até que ponto resiste a absorção de água nos
solos. O agregado poroso absorve mais água, e a sua capacidade de menor absorção pela brita é
mais indicada, e é possível fazer a análise táctil para descobrir a porosidade da brita.

43
4.3.7 Piquinómico

O ensaio de piquinómico é feito utilizando um recipiente de vidro e um pedaço de vidro


que serve como tampa. E o peso da água no recipiente dá-nos o volume exacto da brita e o seu
processo é muito rápido e seguro.

CAPITULO 5: REFLEXÕES CRÍTICAS (IMPLICAÇÕES PEDAGÓGICAS E AUTO


FORMATIVAS)

5.1. Ligações aprendidas ligado a área académica

No laboratório foi possível aprender muitas lições, ligadas a área laboratorial.

5.2. Novidade

 Como novidade, os formandos tiveram e muitas, pelo simples facto de relacionar a teoria
e a prática, mas também muito fácil de implementar a teoria e transpassá-la na prática.

5.3. Dificuldade

As dificuldades enfrentadas durante os ensaios foram:

 Meio de transporte para o local de estágio implicou no atraso e na hora de chegada.


 Conciliação da teoria assimilada durante as aulas e a prática.

44
CAPÍTULO 6: CONCLUSÃO

A aula prática laboratorial decorreu em período de um dia. Onde as experiencias vividas


durante os ensaios permitiram que os formandos tenham contacto com diferentes práticas
laboratoriais da construção civil e articulação da teoria e prática, facilitando um melhor
conhecimento da realidade construtiva.

A prática é fundamental na profissão de qualquer técnica. É no terreno que um qualquer


profissional pode seleccionar as suas estratégias e adequa-las a um ambiente e comportamento
relativo ao espaço onde se encontra, pois cada empresa é singular e cada uma obriga a uma
adaptação constante da técnica ao público-alvo.

Machado e Formosinho (2010, p. 21), salientam que “o conhecimento profissional,


prático é uma janela para melhor compreensão e apropriação da prática profissional. Desta
forma, ao longo do período de prática os formandos perceberam que cada departamento de uma
empresa é diferente, embora seguindo um objectivo comum, e que para conseguir desenvolver as
competências profissionais é necessário planificar actividades de acordo com as características
de cada departamento e natureza da empresa.

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6.0 Referências bibliográficas

LNEC (1966), Especificação E196. “Análise granulométrica”. Laboratório Nacional de


Engenharia Civil, Lisboa.

LNEC (1968b), Especificação E219. “Prospecção Geotécnica de Terrenos – Vocabulário”.


Laboratório Nacional de Engenharia Civil, Lisboa.

LNEC (1969), Norma Portuguesa Definitiva NP-143. “Determinação dos Limites de


Consistência”.Laboratório Nacional de Engenharia Civil, Lisboa.

LNEC (1970), Especificação E239. “Análise granulométrica por peneiração


húmida”.nLaboratório Nacional de Engenharia Civil, Lisboa. LNEC (1970), Especificação E240.
“Solos: Classificação para fins Rodoviários”. Laboratório Nacional de Engenharia Civil, Lisboa.

FOLQUE, J. (1991). “Um esboço da história da Mecânica dos Solos”. Revista da Sociedade
Portuguesa de Geotecnia, Nº 63, pp. 1-9.

GOMES CORREIA, A. (1986). “Revisão da classificação de solos para propósitos de


engenharia.” Revista da Sociedade Portuguesa de Geotecnia (SPG), No. 52, pp. 75-90.

GOMES, C. S. F. (1986). “Argilas, o que são e para que servem”. Fundação Calouste
Gulbenkian, Lisboa.

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6.1 Apêndices

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Você também pode gostar