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ARQ/CTC/UFSC
Disciplina ARQ 5641 : Experimentação I
Aula 6
Coeficientes de segurança
nas estruturas de edifícios
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Para cada material e para cada tipo de esforço, Quando vamos projetar uma peça estrutural, não
tração, compressão ou cisalhamento, existe uma podemos escolher as dimensões da mesma em
tensão limite que a peça estrutural não resiste e que ela venha a trabalhar muito próxima da sua
pode entrar em colapso, é a chamada tensão de ruptura, mas também não devemos exagerar no
ruptura, ou tensão de ruína ou tensão última. tamanho, pois assim a peça ficará antieconômica.
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Relativo às cargas
Relativo ao Material
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(Cargas)
Cargas permanentes
Cargas acidentais
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Tensão última do concreto fck = 300 kgf/cm 2 Tensão última do concreto fck = 300 kgf/cm 2
F - representa a carga
F F 100.000kgf
u fck
aplicada numa determinada
peça estrutural
A – é a área da seção
A A
A transversal desta peça fck 300kgf / cm 2
Na realidade, quando queremos dimensionar uma
peça estrutural, o que queremos saber são as suas A = 333,33 cm 2
dimensões e, especialmente, sua área resistente.
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Resumindo
Para que tenhamos segurança em uma Próxima aula:
construção, sempre:
Consideramos que o material é um pouco
menos resistente do que realmente ele é.
E
Vínculos estruturais
Consideramos que a carga a ser aplicada
será um pouco maior do que aquela que
está prevista nos cálculos.
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FATOR DE SEGURANÇA NO PROJETO DE ESTRUTURAS DE EDIFÍCIOS.
Os fatores de segurança são usados para obter uma reserva de segurança, uma margem
entre as condições reais e aquelas que levariam à falha.
Hoje, no caso de ocorrência de ruína da obra, além das penas legais, o profissional de
engenharia civil responsável pela obra se sujeita muitas vezes à execração pública em geral e, em
particular, dentro da própria classe. Na engenharia moderna, os fatores de segurança são usados
para compensar cinco tipos de falha:
Os dois primeiros deles podem, em geral, ser classificados como variabilidades, enquanto
os três últimos pertencem à categoria de incerteza (genuína).
De modo geral, o comportamento de uma estrutura sob ação das cargas funcionais e
ambientais é considerado satisfatório, quando:
a) no estado limite último ou de ruína, o sistema oferece uma segurança satisfatória contra a
ruptura;
Apesar de o senso comum acreditar que os fatores de segurança servem para garantir
possíveis erros de cálculo em um projeto, esta afirmação não é verdadeira principalmente
porque os coeficientes de segurança não têm a amplitude necessária para garantir a
segurança da estrutura caso o engenheiro responsável cometa um erro ou deixe de
dimensionar de forma adequada algum elemento construtivo.
Mas afinal de contas, quem determina qual o valor adotar? Através de uma série de
ensaios envolvendo diferentes materiais a comunidade brasileira (através da ABNT)
normatizou, para uma grande quantidade de materiais, os valores para coeficientes de
seguranças que devem ser aplicados. Utilizando os resultados destes ensaios foi possível
avaliar a dispersão dos resultados e utilizando, modelos estatísticos, definir os fatores de
segurança a serem utilizados.
6. Quanto mais informações a respeito dos materiais, menor poderá ser o coeficiente
de segurança;
O concreto, por ser um material fabricado com matéria prima muito heterogênea, recebe
um coeficiente de segurança de 1,4, enquanto que o aço, por ser um material mais
homogêneo e ter grande controle de qualidade em seu processo produtivo, necessita de
um coeficiente de segurança igual a apenas 1,15. A NBR 6122/2010 define que estacas
sem prova de carga devem ser dimensionadas com um fator de segurança global igual a
2,0, enquanto que, uma vez que o ensaio seja executado o fator a ser utilizado pode ser
igual a 1,6. Dessa forma diminuem-se os custos com execução de fundações em
aproximadamente 20%.
7. Os coeficientes de segurança, se muito altos, podem prejudicar a estrutura;
É verdade dizer quando um projetista decide aplicar um fator de segurança muito alto
apenas para garantir que não vai romper, a estrutura pode ser danificada. Um exemplo
disso está nas estruturas em alvenaria estrutural, quando se dimensionam as vigas de
suporte das paredes de forma muito robusta, as mesmas tendem a sofrer deformações
muito pequenas, impossibilitando o efeito arco de ocorrer e aumentando o efeito do
momento fletor no meio da seção.
Para concluir vale a pena imaginar o cálculo estrutural como um procedimento dinâmico,
pois quando existe alguma alteração (prevista ou não) na estrutura, há uma redistribuição de
esforços e as tensões presentes nos elementos da construção mudam. O coeficiente de segurança
é adotado para englobar fatores externos que possam ocorrer na estrutura e que não foram
preditos no dimensionamento estrutural.
Com todas essas variáveis que podem influenciar no mau desempenho de uma estrutura e
podendo até causar o seu colapso, foi introduzido o chamado “coeficiente de segurança”. Esse
fator de segurança, de grande importância para a preservação e garantia da edificação, é, muitas
vezes, difícil de ser exatamente determinado, mas é absolutamente necessário.
Esses coeficientes adotados dizem respeito à majoração das cargas (ou solicitações) e à
minoração da resistência do aço e do concreto e estão embutidos no cálculo estrutural A NBR
6118/82 indica ainda, que as estruturas devem ser projetadas levando-se em consideração, não só
o aspecto da segurança, mas também o da sua durabilidade.
Ações e segurança das estruturas
Primeira Parte
Quando uma estrutura torna-se imprópria para seu uso normal por
deixar de cumprir suas funções ou não mais satisfaz as condições para
as quais ela foi concebida, dizemos que foi atingido um estado limite.
Métodos de cálculo:
Outras definições:
Podem ser:
𝑓𝑘,𝑖𝑛𝑓 = 𝑓𝑚 − 1.645𝜎𝑓
𝐹𝑑 = 𝛾𝑓 ∙ 𝐹𝑘
𝛾𝑓 = 𝛾𝑓1 𝛾𝑓2 𝛾𝑓3
ᵞg Ações permanentes
ᵞq Ações variáveis
ᵞp Ações vinculadas a protensão
ᵞε Ações indiretas
𝑓𝑘,𝑖𝑛𝑓
𝑓𝑑 =
𝛾𝑚
Combinações de ações:
Critérios de combinação:
Coeficientes e fatores:
Normais 𝑚 𝑛
Combinações de serviço
𝑚 𝑛
Quase
permanentes 𝐹𝑑,𝑢𝑡𝑖 = 𝐹𝑘,𝑔𝑖 + 𝜓2𝑗 𝐹𝑘,𝑞𝑗
𝑖=1 𝑗 =1
Neste caso, não há coeficiente majorante para as ações
permanentes e todas as ações variáveis recebem um
coeficiente ψ2.
𝑚 𝑛
Freqüentes
𝐹𝑑 = 𝐹𝑘,𝑔𝑖 + 𝜓1 𝐹𝑘,𝑞1 + 𝜓2𝑗 𝐹𝑘,𝑞𝑗
𝑖=1 𝑗 =2
Neste caso, a ação variável principal é tomada com seu
valor freqüente 𝜓1 𝐹𝑘,𝑞1 e as demais são tomadas com seus
valores quase permanentes 𝜓2𝑗 𝐹𝑘,𝑞𝑗 .
𝑚 𝑛
Raras
𝐹𝑑 = 𝐹𝑘,𝑔𝑖 + 𝐹𝑘,𝑞1 + 𝜓1𝑗 𝐹𝑘,𝑞𝑗
𝑖=1 𝑗 =2
A variável principal é tomada com seu valor característico
e as demais, com seus valores freqüentes 𝜓1𝑗 𝐹𝑘,𝑞𝑗 .