Você está na página 1de 43

Concreto Protendido

Pré-Tração, Pré-Moldados

1ª. Parte: Teoria

UEL – Depto de Estruturas – Concreto Protendido, Prof. Roberto Buchaim, Junho 10 Pág. 1
Concreto Protendido. Pré-Tração. Pré-moldados

1. Introdução

As presentes notas tratam da análise e dimensionamento de elementos pré-


moldados e protendidos em pré-tração. A pré-tração caracteriza-se pelo fato do
estiramento da armadura se dar antes da concretagem da peça e pela
aderência direta entre a armadura e o concreto circundante. A protensão é
transmitida à peça exclusivamente por aderência entre os dois materiais no
chamado comprimento de transferência, ao longo do qual são mobilizadas
tensões tangenciais de aderência nas superfícies laterais das barras, de modo
que a força de protensão no interior da peça cresce de zero a seu valor
máximo nesse comprimento.

A pré-tração com aderência direta é obtida em pistas de protensão na


fabricação de peças pré-moldadas. Estas pistas têm comprimento
aproximadamente entre 100  200 , possibilitando a concretagem de várias
peças iguais de uma só vez. Ver a Figura 1.

contraforte peça concretada εc = 0 ε pi = σ pi E p

σ pi

ancoragem ativa L = 100 m a 200 m ancoragem passiva

Figura 1: Protensão em pistas (pré-tração)

A Figura 2 mostra várias formas de seção de peças protendidas usadas em


estruturas pré-moldadas.

UEL – Depto de Estruturas – Concreto Protendido, Prof. Roberto Buchaim, Junho 10 Pág. 2
Vigas de cobertura (telhas)

Vigas de apoio de cobertura


ou de piso, ou baldrame

Vigas ou lajes de piso

Painéis de vedação

Estacas

Figura 2: Exemplos de peças pré-fabricadas e protendidas em pré-tração (Manual Técnico


de Pré-fabricados de Concreto da ABCI, 1986).

A protensão introduz na peça um estado de tensões favorável de modo a


compensar a baixa resistência à tração do concreto, comprimindo previamente
as regiões que serão tracionadas pelas cargas. Nessas regiões, podem resultar
da ação combinada da protensão, das cargas e deformações impostas,
conforme o caso: (1) compressão, ou (2) tração limitada à resistência à tração
do concreto, ou (3) aberturas de fissuras controladas. Conforme se vê na
Figura 1, a peça nasce com diferença de deformação entre o aço e o concreto
circundante. Esta é a característica principal do concreto protendido, e marca a
diferença para o concreto armado. Neste, ambos os materiais partem, por
hipótese, com tensão nula ao serem solicitados pela carga.

De modo geral, as vantagens da protensão decorrem precisamente do estado


prévio de tensões introduzido na peça, em que o aço está tracionado e o
concreto circundante comprimido. Podem-se mencionar as seguintes
vantagens:

(1) Maior esbeltez  =   çã entre ≅ 20  40.



ã

(2) Impedimento ou limitação da fissuração. Maior estanqueidade nos


reservatórios protendidos.

UEL – Depto de Estruturas – Concreto Protendido, Prof. Roberto Buchaim, Junho 10 Pág. 3
(3) Impedimento da corrosão da armadura, maior resistência à fadiga do
aço advinda da pequena oscilação de tensão originada pela carga
variável (pontes, vigas de ponte rolante, lajes de garagens, etc.)
(4) Melhor disposição da armadura na seção transversal, pois o consumo
de armadura longitudinal é cerca de 70% menor do que a mesma peça
em concreto armado. Menor consumo de estribos, por causa da
compressão axial do concreto.
(5) Possibilidade de eliminação ou diminuição de (1) flechas imediatas
causadas pelas cargas e (2) variação de flechas ao longo do tempo
originada pela fluência do concreto.
(6) Estruturas mais leves, menores cargas nos pilares e nas fundações,
desforma mais rápida.

Estes itens estão todos relacionados com o estado prévio de tensões


introduzido na peça, evitando perda de rigidez com a ausência de fissuração.
Como desvantagem menciona-se o risco de vibração nas peças mais esbeltas.
Além disso, exige-se mão-de-obra (pelo menos mais) especializada (do que no
CA) e o domínio de técnicas de protensão. E, ainda, é preciso ter compreensão
clara da ação da protensão sobre as peças e a estrutura, especialmente nos
estados limites de serviço.

2. Estados limites de serviço e último

A Figura 3 mostra quatro etapas, descritas a seguir, de uma peça pré-moldada


e protendida em pré-tração, com a finalidade de destacar os cuidados que o
projetista deve levar em consideração para garantir a segurança e o
desempenho.

(1) Figura 3(a): Etapa da protensão em que são medidos o alongamento ∆


e a pressão manométrica da armadura (indiretamente, a força de
protensão), para duplo controle da operação de protensão. Já aqui tem-
se a possibilidade de estados limites últimos pela ruptura da armadura e
rompimento da respectiva ancoragem.
(2) Figura 3(b): Transferência da protensão à peça por aderência nas
extremidades. A protensão em si é um verdadeiro teste de carga da
peça, e há nesta etapa os seguintes riscos, todos eles nas
extremidades: (a) fendilhamento longitudinal do concreto (zonas D); (b)
esmagamento do concreto nas fibras inferiores; (c) fissuração na borda
superior.
(3) Figura 3(c): Em serviço, com as cargas previstas e as perdas
progressivas (i.e., ao longo do tempo) de protensão, podem ocorrer no
centro do vão: (a) fissuração excessiva, se a protensão for inadequada;
(b) fadiga do aço para peças com carga móvel (p.ex., viga de ponte

UEL – Depto de Estruturas – Concreto Protendido, Prof. Roberto Buchaim, Junho 10 Pág. 4
rolante); (c) flecha e variação de flecha excessiva; (d) vibração
excessiva.

Figura 3: Considerações de projeto para viga protendida e bi-apoiada (cf. Collins e Mitchell,
Prestressed Concrete Basics, CPCA, 1989).

UEL – Depto de Estruturas – Concreto Protendido, Prof. Roberto Buchaim, Junho 10 Pág. 5
Figura 4(d): Na ruptura, com cargas bem maiores que as previstas em serviço,
podem ocorrer várias situações limites, a saber:

(a) no centro do vão, emagamento do concreto no banzo comprimido, se a


armadura for muito grande (peça frágil, ruptura brusca);

(b) ainda no centro do vão, resistência e/ou àrea insuficiente da armadura do


banzo tracionado;

(c) próximo aos apoios, esmagamento do concreto da alma por força cortante,
se a área da alma e/ou a resistência do concreto forem muito baixas;

(d) ruptura da armadura transversal, se os estribos forem insuficientes, ou


rutpura do banzo comprimido se o espaçamento dos estribos for muito grande,
de modo a não impedir o prosseguimento da fissura diagonal até esse banzo.

Do ponto de vista de projeto a NBR 6118:2004 destaca, no item 13.4.2 e na


Tabela 13.3, reproduzida abaixo, as seguintes modalidades de protensão: nível
1 (protensão parcial), nível 2 (protensão limitada) e nível 3 (protensão
completa).

Conforme se vê nesta tabela, a escolha do nível de protensão (parcial, limitada


ou completa) está condicionada à classe de agressividade ambiental e à
proteção da armadura contra corrosão. Para os diversos níveis de protensão

UEL – Depto de Estruturas – Concreto Protendido, Prof. Roberto Buchaim, Junho 10 Pág. 6
há três estados limites a verificar, cada qual para uma dada combinação do
carregamento:

(a) Estado Limite de Descompressão (ELS-D), em que a borda, p.ex. inferior de


uma peça bi-apoiada, tem tensão nula, ou em um tirante a seção toda tem
seção nula (i.e., em ambos os casos a seção começa a descomprimir com o
aumento do carregamento);

(b) Estado Limite de Formação de Fissura (ELS-F), em que a tensão normal,


em vigas e lajes, nessa mesma borda atinge a resistência à tração do concreto
na flexão, e, em tirantes, a resistência à tração direta;

(c) Estado Limite de Abertura de Fissura (ELS-W), em que a peça tem


segmentos no Estádio II, há fissura cuja abertura deve ser limitada em  =
0,2 na seção mais solicitada.

Os fatores  , para a combinação freqüente, e ! , para a combinação quase-


permanente, a serem utilizados nas diferentes combinações de carregamentos
estão dados na Tabela 11.2 da NBR 6118, no item 11.7.1, e está reproduzida a
seguir. Na combinação rara, o fator da carga variável é "#! 1, ou seja, toma-
se seu valor estabelecido em normas.

Para exemplificar estes estados limites de serviço e as combinações do


carregamento, considere-se a viga $ da Figura 4 e o seu carregamento dado
na Tabela 1. A viga é pré-moldada e protendida em pré-tração, forma uma laje
de piso com elevada concentração de pessoas ou com predominância de
pesos de equipamentos fixos por longo período de tempo. Neste caso, têm-se
as seguintes combinações dos carregamentos:

UEL – Depto de Estruturas – Concreto Protendido, Prof. Roberto Buchaim, Junho 10 Pág. 7
600  1200  600  @)KH 1

ℎ# = 100  @A,B /2 = 150  ℎ = /25 = 600mm

@)KH 2

@A,CD# /2 = 100  )GH 100 × 100 , GIJH 50 H @)KH H 9ç

Fã)  = 12

Figura 4: Viga $ para piso com carga variável de 500


&# +,
()* 5 ).
'( 2

Tabela 1: Cargas características atuantes na laje de piso.


Carga
+, ./ = 9,12 +,/
./ = 0,365! × 25
1. Peso próprio
3
+, . = 3,6 +,/
. = 2,4 × 61,5 ! 7
2. Revestimento + piso +

+,
tubulações + forro
8 = 12,0 +,/
8 = 2,4 × 65 ! 7
3. Carga variável
(Sobrecarga útil) 

Combinação freqüente:

9,:;< = =./ + . ) +  8 = 12,72 + 0,6 × 12 = 19,92 +,/

Combinação quase-permanente:

9,:;< = =./ + . ) + ! 8 = 12,72 + 0,4 × 12 = 17,52 +,/

Combinação rara:

9,:;< = =./ + . ) + "#! 8 = 12,72 + 1 × 12 = 24,72 +,/

Assim, para classe I de agressividade do ambiente (CAA I), cf. a Tabela 13.3,
pode-se adotar protensão parcial, em que é permitida fissuração da peça para
a combinação freqüente das cargas. Neste caso, deve-se usar 9,:;< =
19,92 +,/ e limitar, no Estádio II, a abertura característica (máxima) da
fissura a  ≤ 0,2 .

Para a classe II (CAA II) já não é permitida a fissuração na combinação


freqüente, devendo-se verificar dois estados limites:

UEL – Depto de Estruturas – Concreto Protendido, Prof. Roberto Buchaim, Junho 10 Pág. 8
(1) o de formação de fissuras (ELS-F), em que na borda mais tracionada é
atingida, no Estádio I, a resistência à tração do concreto para a combinação
freqüente do carregamento. Neste caso, também se usa a carga 9,:;< =
19,92 +,/, e limita-se a tensão de tração a LM! = GM,# ;

(2) o de descompressão (ELS-D), em que é nula a tensão na borda mais


tracionada pelas cargas, na combinação quase-permanente das cargas
(9,:;< = 17,52 +,/ e LM! = 0). Note-se que na combinação rara das cargas
pode haver fissuração. No ELS essa combinação é usada, então, apenas para
saber se a peça terá ou não fissuras em alguma data de sua vida útil, mas não
para limitar a abertura da fissura. Se a peça fissurar para essa combinação, e
se, p.ex., na combinação freqüente houver tensões de tração na seção
calculadas no Estádio I, a seção poderá estar na realidade no Estádio II. Para
que a seção esteja de fato no Estádio I, tendo já sofrido fissuração, a força de
protensão atuante no concreto deverá se posicionar dentro do núcleo central
de inércia (NCI). Ver adiante.

Para as classes III e IV (CAA III e IV) é obrigatório o uso de protensão


completa, com exigência maior ainda do que nos casos anteriores. Deve-se
verificar o ELS-F para a combinação rara das cargas (9,:;< = 24,72  LM! =
N
'
GM,# no Estádio I). Deve-se ainda verificar o ELS-D para a combinação
freqüente das cargas (9,:;< = 19,92 e LM! = 0), ou seja, a seção deve estar
N
'
inteiramente comprimida.

Os demais estados limites de serviço, especialmente o de deslocamento


(flechas e variação de flechas, encurtamento axial, rotações de apoio, idem),
assim como o de vibração excessiva, estão descritos na NBR 6118, com as
devidas restrições de projeto. P.ex., os limites para deslocamentos estão
estabelecidos no item 13.3 e na Tabela 13.2, dada a seguir.

Quanto aos Estados Limites Últimos (ELUs), especificamente para as peças


protendidas são importantes os seguintes:

(1) ELU-Flexão: em que se garante a segurança da peça estrutural


confirmando a resistência dos banzos comprimido e tracionado, em toda
extensão da peça.
(2) ELU-Força Cortante: em que se garante a segurança da peça estrutural
confirmando a resistência do concreto da alma e dos flanges contra
esmagamento, e se dimensionam os estribos com área e espaçamentos
adequados, para interligar entre si os banzos, bem como os flanges e a
alma.
(3) ELU contra perda de equilíbrio por tombamento (p.ex., na montagem
das peças) e deslizamento (p.ex., em sapatas de fundação, sob ação de
forças horizontais grandes).

UEL – Depto de Estruturas – Concreto Protendido, Prof. Roberto Buchaim, Junho 10 Pág. 9
UEL – Depto de Estruturas – Concreto Protendido, Prof. Roberto Buchaim, Junho 10 Pág. 10
3. Estádios I, II e III. Leis tensão-deformação dos materiais

Grande parte do cálculo em serviço das peças protendidas é feito no Estádio I,


i.e., sem fissuração e sem plastificação dos materiais. No Estádio II há
fissuração, mas não há plastificação dos materiais. No Estádio III, nas vigas e
nas lajes, e também nos tirantes há plastificação pelo menos de um material (o
aço).

Como se viu antes, a protensão parcial em pré-tração, modalidade em que há


fissuração, só é permitida para Classe de Agressividade Ambiental I. Para a
CAA II, a fissuração pode ocorrer na combinação rara das cargas, mas a peça
deve permanecer no Estádio I na combinação freqüente das cargas. Na
protensão completa, não há fissuração em serviço.

As leis tensão deformação a usar no projeto estão mostradas na Figura 5, para


os Estados Limites de Serviço e Último (Flexão). Convenciona-se no ELS a
tensão de tração e os alongamentos como positivos, Figura 5(a).

LM
−GM
0,85GM
GM
SM = OM SM
OM
1
SM
GM SM,C' = −3,5‰ SM,C' = 3,5‰

OM = OM = 0,85 × 5600UGM ,


LM =@)VW LM =SM ) 9K OV\ − ][ã)
em MPa

=)VW LM =SM ) 9K OVX  YIW)I =Ká9WH)I) H G[ã)

σp
Diagrama característico ELS

f pyk

f pyd = f pyk / γ s E p ,s − h
1
Diagrama de cálculo simplificado , ELU

Ep OB 200  210 PQ

ε puk εp
1 ε pyd

=^)VW LB _SB ` 9K ç)I H 9K)JYIã), OVX  OV\


− ][ã)
Figura 5: Leis tensão-deformação para os materiais a usar no projeto e em ensaios.

UEL – Depto de Estruturas – Concreto Protendido, Prof. Roberto Buchaim, Junho 10 Pág. 11
Nos ELU-Flexão trabalha-se com os valores absolutos da tensão e do
encurtamento para o concreto, Figura 5(b). Para o aço de protensão, sempre
tracionado, estas grandezas são consideradas positivas, Figura 5(c).

A Figura 6 mostra uma peça sob ação de flexão composta normal, em que o
par (,, a) é originado pelas cargas e ainda a ação da força de protensão Q
com excentricidade . A força normal de tração é positiva, e o momento fletor é
positivo se tracionar a borda inferior.

SM 1
1
K ,−Q
OW[): Içã) WH )* H ^)Y^KJ)

ℎ HB  d+
a − Q
SM!
2 SBD ∆SB
bB

SB = SBD + ∆SB

Figura 6: Deformações na seção transversal. Esforços solicitantes, inclusive protensão.


Convenção de sinais.

Como se vê, as deformações têm distribuição linear na seção transversal, em


qualquer um dos três Estádios. Como há aderência na pré-tração antes mesmo
da atuação da carga, a força de protensão e os esforços da carga atuam na
seção ideal. Somente no cálculo das perdas progressivas, as seções de
concreto e da armadura são separadas, e o eixo de referência passa a ser o da
seção de concreto sem armaduras.

No Estádio I, a tensão normal em uma fibra qualquer da seção (ideal, ver


adiante) resulta da conhecida equação da resistência dos materiais (Lei de
Hooke válida para ambos os materiais):
, − Q a − Q
L = OM S = + d
bC cC
(1)

Para as bordas da seção, definem-se os módulos de resistência elásticos,


dados por: eC = hg < 0 e eC! = hg > 0, donde as tensões nas fibras extremas:
f f
i (

, − Q a − Q
LM = +
bC eC
(2)

, − Q a − Q
LM! = +
bC eC!
(3)

UEL – Depto de Estruturas – Concreto Protendido, Prof. Roberto Buchaim, Junho 10 Pág. 12
No concreto ao nível da armadura, distante  dCB do eixo, resulta:

, − Q a − Q
LMB + 
(4)
bC cC

Na flexão simples (grande maioria dos casos em pré-moldados), a força normal


das cargas é nula (, 0) ou pequena.

O valor da força Q, na data inicial, é a própria força na pista, QC , também


chamada de força de neutralização, QD , em correspondência ao estado nulo de
tensão no concreto antes da introdução da protensão na seção. Após as
perdas progressivas, causadas pelos fenômenos lentos, a saber, retração e
fluência do concreto, e relaxação do aço, esta força é indicada por Qm = QC +
∆QnMn , sendo ∆QnMn < 0, pois representa a perda de protensão. Esta
parcela é aplicada na seção de concreto com sinal oposto (é uma tração, ou
seja, é uma perda de compressão), com as características geométricas bM , cM ,
tendo como eixo de referência o da seção de concreto (sem armaduras).

É interessante notar, para efeito de cálculo de flechas e rotações, a definição


de curvatura, mostrada na Figura 6:

1 SM! − SM SM! − ∆SB


= =
K ℎ HB
(5)

Nesta expressão, HB é a altura útil da seção (ou distância do CG da armadura


protendida à borda comprimida) e ∆SB é o acréscimo de deformação da
armadura protendida, medido a partir do estado nulo de deformação na seção
de concreto (como no concreto armado). Este estado nulo é o que existe na
seção de concreto na pista, imediatamente antes da introdução da protensão
na peça. Notar que a deformação total na armadura protendida é SB = SBD +
∆SB , ou seja, é a soma da deformação na pista imediatamente antes da
introdução da protensão na peça, com o acréscimo de deformação da seção de
concreto ao nível da armadura, após a introdução dos esforços vindos da carga
e da protensão excêntrica. Na Equação (5), a primeira igualdade da curvatura
é, com mais propriedade, usada no Estádio I, a segunda nos Estádios II e III,
pois nestes há fissuração na seção.

4. Características geométricas

Um dos pontos iniciais do cálculo em concreto protendido (CP) é a definição da


seção transversal a ser usada. A escolha da seção é parte do projeto
estrutural, e, uma vez escolhida a sua forma, define-se a sua altura fixando-se

UEL – Depto de Estruturas – Concreto Protendido, Prof. Roberto Buchaim, Junho 10 Pág. 13

ã
a esbeltez conforme seja o valor da carga variável atuante.
   çã
Ver a Tabela 2, dos autores Collins e Mitchell, 1989, em que se estabelece
para cada tipo de elemento estrutural a esbeltez respectiva, conforme sejam as
condições do carregamento indicadas.

Tabela 2: Esbeltez típica de peças de concreto protendido (cf. Collins e Mitchell, Prestressed
Concrete Basics, CPCA, 1989)

UEL – Depto de Estruturas – Concreto Protendido, Prof. Roberto Buchaim, Junho 10 Pág. 14
Esta esbeltez deve ser vista como uma estimativa, um ponto de partida dos
cálculos, e será aceita se atender as diferentes condições de projeto. Notar que
a máxima esbeltez é igual a 40 para lajes, i.e., a altura da laje é igual a 2,5% do
vão, o que é cerca da metade da altura se a laje fosse em CA. Para vigas pré-
moldadas de pontes rodoviárias, tem-se a menor esbeltez, igual a 18, também
aproximadamente o dobro da esbeltez (ou a metade da altura) da peça em CA.

Assim, com os dados da seção transversal, calculam-se as suas características


geométricas, indicadas pelo subscrito ), ou seja, b/ , c , e ! , J^. Conhecidas as
armaduras protendida e passiva (CA-50), as características geométricas da
seção ideal (ou homogênea) decorrem das seguintes expressões, para uma
seção com Y camadas de armadura protendida e  camadas de armadura
passiva (ver a Figura 7):

Àrea ideal:
D '

bC = b/ + =p − 1)=q bB + q br )


(6a)
s rs

Distância entre os CGs da seções da peça e ideal:


D '

d C = =p − 1)=q bB d/B + q br d/r )/bC


(6b)
s rs

Momento de inércia ideal:


D '

cC = c/ + =p − 1)=q bB d B _d B − d C ` + q br d/r =d/r − d C )


(6c)
s rs

d C
)−)
W−W d + 9K @W[)
d r

d rt d C d B d Bt d C
br
bB

Figura 7: Dados da seção ideal com Y camadas de armadura protendida e  camadas de


armadura passiva.

UEL – Depto de Estruturas – Concreto Protendido, Prof. Roberto Buchaim, Junho 10 Pág. 15
:u :w
Nestas equações p é o coeficiente de equivalência, tomado igual
:vu :vu
para armaduras ativas e passivas. Para a seção de concreto, descontadas as
armaduras (e eventuais furos de bainhas, p.ex.), basta usar estas mesmas
expressões, pondo p 0.

Com estas grandezas pode-se calcular as distâncias superior e inferior do


núcleo central de inércia (NCI). Como se sabe da resistência dos materiais,
dada uma força normal (no caso, de compressão), o NCI é a região ao longo
de cuja altura a força dada pode se deslocar sem que haja mudança de sinal
nas correspondentes tensões normais. Dito de outro modo, a força, sendo de
compressão, causará apenas tensões de compressão e nenhuma tração em
toda seção transversal. As distâncias nucleares superior + e inferior +! ,
grandezas evidentemente positivas pois são distâncias e não ordenadas,
resultam das seguintes expressões:
cC eC!
+ = = >0
bC dC! bC (7)

cC eC
+! = − =− >0
bC dC bC (8)

Nos cálculos mais expeditos, pode-se usar as características da seção da


peça, i.e., sem considerar as armaduras (aliás, ainda desconhecidas no pré-
dimensionamento). Na Tabela 3, do livro Prestressed Concrete Basics, Collins
e Mitchell, CPCA, 1989, têm-se os dados de excentricidade da força de
protensão, atuante no concreto com sinal negativo, somada com a distância
superior do NCI,  + + , assim como a altura total do NCI, + + +! . Estes dados
são úteis para obter a força de protensão que atenda critérios de projeto, a
serem vistos no item 6. A soma  + + é o máximo braço do binário das forças
Q (no aço) e – Q (no concreto), que equilibram o momento atuante a, advindo
das cargas, com o que não há tensões de tração na seção. A força – Q situa-se,
então, no ponto superior do NCI.

UEL – Depto de Estruturas – Concreto Protendido, Prof. Roberto Buchaim, Junho 10 Pág. 16
Tabela 3: Dados geométricos iniciais para a escolha da força de protensão (cf. Collins e
Mitchell, Prestressed Concrete Basics, CPCA, 1989)

UEL – Depto de Estruturas – Concreto Protendido, Prof. Roberto Buchaim, Junho 10 Pág. 17
5. Características dos aços de protensão. Limitação das tensões

Apresenta-se, no que segue, as características principais dos aços de


protensão, conforme as exigências das normas brasileiras 7482 e 7483.

Note-se na Tabela 3 que o diâmetro dos fios é indicado por números inteiros,
de 4 a 8 mm , ao passo que o das cordoalhas de sete fios é indicado por
números fracionários, exceção feita à cordoalha de diâmetro φ = 11 mm .

Tabela 3 - Características geométricas e mecânicas dos fios e cordoalhas de sete fios.


Diâmetro Área f ptk ε 10 ou
2 f pyk f ptk f pyk f ptk
(mm ) ε puk
( KN mm 2 )
φ (mm) (%)
RN RB

1,6 0,85 0,90 ε 10 = 5%


4 12,6
1,7 0,88 0,93 (*)
Fios
5 19,6 ε 10 = 6%
1,5
(cf. NBR 6 28,3 (*)
7482) ou 0,85 0,90
7 38,5 ε 10 = 5%
1,6
8 50,3 (*)

6,4 24,5

Cordoalhas 7,9 37,4


de 7 fios
9,5 52,3
CP-175 ε puk = 3,5%
1,75 0,85 0,90
11 71,0
(cf. NBR
7483) 12,7 94,2

15,2 138,7

Cordoalhas 9,5 54,8

de 7 fios 11 74,2 ε puk = 3,5%


1,90 0,85 0,90
12,7 98,7
CP-190
(cf. NBR 15,2 140,0
7483)

(*) A NBR 7482 exige, ainda, um alongamento residual mínimo igual a 2% fora da zona de
estricção.

UEL – Depto de Estruturas – Concreto Protendido, Prof. Roberto Buchaim, Junho 10 Pág. 18
A designação dos aços de protensão é a seguinte, como exemplo:

CP-150 RN 8: Fio para concreto protendido (CP), categoria 150 (resistência


característica à ruptura f ptk = 150 KN cm 2 ), relaxação normal (RN) e diâmetro
nominal de 8 mm .

CP-190 RB 12,7: Cordoalha de 7 fios para concreto protendido (CP), categoria


190 (resistência característica à ruptura f ptk = 190 KN cm 2 ), relaxação baixa
(RB) e diâmetro nominal 12,7 mm .

A força de protensão deve ser estabelecida tendo em vista duas condições de


sentidos opostos. De um lado, deve-se escolhê-la com o máximo valor
permitido, porque, uma vez terminada a operação de protensão, a
correspondente força sofrerá queda ao longo da vida útil da peça, cerca de
10%  20%, além da perda imediata por encurtamento axial causado pela
protensão. De outro lado, deve-se reduzir essa força para atender condições
de segurança contra o escoamento da armadura no ato mesmo da protensão.
Assim, a NBR 6118, item 9.6.1.2, limita as tensões no aço (fios e cordoalhas
apenas, as barras não são consideradas aqui), independentemente do tipo de
relaxação, aos valores da Tabela 5.

Tabela 4 - Limitação das tensões no aço de protensão.


Durante a operação da protensão Após o término da protensão

Armadura pré- Armadura pós-


tracionada tracionada Armadura pré e pós-
tracionada
RN e RB RN e RB

σ pi ≤ 0,77 f ptk σ pi ≤ 0,74 f ptk σ p 0 ( x) ≤ 0,74 f ptk

Nesta tabela,

σ pi é a tensão na armadura de protensão na saída do aparelho de tração


(macaco), e

σ p 0 ( x ) é o máximo valor da tensão na armadura de protensão, após o término


da protensão. Este valor, na pré-tração, localiza-se no fim do comprimento de
transferência, ao longo do qual a força de protensão aumenta de zero ao seu
valor máximo.

UEL – Depto de Estruturas – Concreto Protendido, Prof. Roberto Buchaim, Junho 10 Pág. 19
Note-se que a segurança da armadura é imposta com um coeficiente γ s = 1,15 ,
aplicado à resistência ao escoamento, f pyk = 0,85 f ptk , donde 0,85 1,15 = 0,74 . Na
pré-tração, por causa do maior controle da operação de protensão, o
coeficiente 0,77 corresponde a um coeficiente de segurança menor, γ s = 1,10 ,
tomando-se novamente como base o aço de relaxação normal.

Uma limitação fácil de memorizar, que cobre qualquer caso, é 0,7 f ptk .

6. O dimensionamento à flexão no Estádio I

Uma vez escolhida a seção transversal da peça, pode-se calcular suas


características geométricas e o respectivo peso próprio. No processo de
dimensionamento da força de protensão em peças pré-moldadas e protendidas
em pré-tração, tendo em vista que a armadura é reta e paralela ao eixo da
peça, deve-se distinguir duas fases.

(a) Fase em vazio: em que atuam a protensão com valor máximo, sem as
perdas progressivas, e apenas o peso próprio da peça. Nesta fase, a
resistência do concreto ainda não atingiu o valor previsto aos 28 dias,
GM . A resistência no ato da transferência da protensão à peça é indicada
por GM,r , sendo y a idade (ou melhor, a maturidade) do concreto na data
da protensão, e deve fazer parte dos desenhos executivos. Em resumo,
nesta fase atuam a força inicial de protensão, Q/ , e o momento mínimo
das cargas, a'CD . Além disso, o concreto tem resistência GM,r < GM . Há
riscos de compressão excessiva na borda inferior e tração excessiva na
borda superior, geralmente no fim do comprimento de transferência,
onde o momento é pequeno. Ver a Figura 3(b).
(b) Fase final: em que atuam a protensão com as perdas progressivas e
todas as cargas previstas no projeto. Ou seja, atuam a força final de
protensão, Qm , o menor valor da força de protensão, e o momento
máximo das cargas, a' z . Além disso, o concreto tem resistência GM .
Há riscos de compressão excessiva na borda superior e tração
excessiva na borda inferior, geralmente no centro do vão, onde o
momento fletor das cargas é máximo. Ver a Figura 3(c).

Usualmente (mas não sempre), nestas duas fases é mais crítica a verificação
dos limites de tensão de tração. A Figura 8 mostra as duas fases em que se
admitem tensões de tração iguais à resistência à tração do concreto na flexão,
GM,#,r (relacionada com GM,r ) na fase inicial, e GM,# na fase final (relacionada
com GM ). Note-se que as forças de compressão no concreto de ambas as fases
estão fora do NCI.

UEL – Depto de Estruturas – Concreto Protendido, Prof. Roberto Buchaim, Junho 10 Pág. 20
1 GM,#,r −Qm
+
|P a'CD
a' z
 +!
,|c −Q

bB
Q Qm
2 GM,#
(a) seção transversal (b) fase inicial (c) fase final

Figura 8: Condições de projeto para o Estado Limite de Formação de Fissuras (ELS-F)

Considerando as características geométricas da seção da peça (sem


armaduras), usando as Equações (2) e (3), com , 0, obtém-se para as duas
fases:
−Q/ a'CD − Q/ 
LM = + ≤ GM,#,r
b/ e/
(9)

−Qm a' z − Qm 
LM! = + ≤ GM,#
b/ e/!
(10)

De (9), notando que e/ < 0, resulta o “teto” da força de protensão, ou da


excentricidade:
a'CD − e/ GM,#,r
Q/ ≤
 − +!
(11)

a'CD − e/ GM,#,r
 ≤ ' z = +! +
Q/
(12)

De (10) resulta o “piso” da força de protensão, ou da excentricidade:


a' z − e/! GM,#
Qm ≥
++
(13)

a' z − e/! GM,#


 ≥ 'CD = −+ +
Qm
(14)

As expressões (11) a (14) são muito úteis para estabelecer a força de


protensão, dada sua excentricidade, e vice-versa.

descompressão (ELS-D), bastando nelas substituir as resistências GM,#,r e GM,#


Estas mesmas equações podem ser usadas no estado limite de

UEL – Depto de Estruturas – Concreto Protendido, Prof. Roberto Buchaim, Junho 10 Pág. 21
}~
por zero. Neste caso, se a Equação (11) for multiplicada por − e, em
}
seguida, somada com a (13), resulta em:
Qm
Qm (+ + +! - ≥ a' z − a
Q/ 'CD
(15)

O termo (+ + +! -, igual à altura do NCI, é a distância que a força de


compressão −Qm atuante no concreto pode mover-se à medida que o momento
fletor aumenta de a'CD a a' z , sem que haja tração na seção transversal.
Logo, “este termo é uma medida da variação do momento que pode ser
tolerada pela seção transversal”, (cf. Collins e Mitchell, 1989). Ver a Tabela 3.

Considerando as excentricidades máxima e mínima, dadas pelas Equações


(12) e (14), pode-se obter ao longo do vão da peça, fazendo variar os
momentos fletores, e mantendo as demais grandezas constantes, uma zona
onde deve situar-se a força de protensão resultante das várias camadas de
armadura ativa, para que sejam atendidas simultaneamente as fases inicial e
final. Ver a Figura 9.

|P
'CD
' z

Figura 9: Faixa da excentricidade da força de protensão para atender o Estado Limite de


Formação de Fissuras (ELS-F) nas fases inicial e final

Para efeito de pré-dimensionamento é preciso estimar as perdas progressivas.


Estas variam usualmente entre 10%  20% da força inicial Q/ , ou seja, Q∞ =
=0,8  0,9) × Q/ .

7. Arranjo das armaduras protendidas na seção transversal.


Ancoragem das armaduras em pré-tração. Comprimento de
transferência da força de protensão.

7.1 Introdução:

O arranjo das armaduras protendidas na seção transversal é tratado no item


18.6.2 da NBR 6118: 2004, para os casos de pré-tração e pós-tração, com e
sem aderência posterior. No item 9.4.5 dessa mesma norma, estão definidos

UEL – Depto de Estruturas – Concreto Protendido, Prof. Roberto Buchaim, Junho 10 Pág. 22
os comprimentos de ancoragem básico, o comprimento de transferência e o
comprimento de ancoragem necessários, para a pré-tração.

7.1 Espaçamentos mínimos na pré-tração e disposição dos fios e cordoalhas

Reproduzem-se na Figura 10 seguinte os dados fornecidos pela norma


brasileira.

2∅

≥ € 20  ‚
1,2H' z

∅ = HWãJK) H) GW) )* H ^)KH)ℎ


2∅
 ≥ € 20  ‚ H' z = HWâJK) ^K^JKíIJW^) á[W)
1,2H' z
H) .K.H) .KúH)

3∅

≥ € 20  ‚
1,2H' z

3∅
 ≥ € 25  ‚
1,2H' z

Prever espaço para vibrador de agulha (NBR 6118:2004, item 18.6.2.2)

3∅

≥ € 30  ‚
1,2H' z

3∅
 ≥ € 30  ‚
1,2H' z

Figura 10: Pré-tração, disposição dos fios e cordoalhas na seção transversal.

UEL – Depto de Estruturas – Concreto Protendido, Prof. Roberto Buchaim, Junho 10 Pág. 23
7.2 Ancoragem de armaduras ativas (fios e cordoalhas) na pré-tração

Há dois comprimentos a considerar no caso de aderência direta:

(a) o comprimento de ancoragem (necessário para transferir a força máxima


na armadura ao concreto circundante, quer dizer atuam na armadura
protendida a própria protensão e as cargas) e
(b) o comprimento de transferência (comprimento necessário para mobilizar
a aderência ao concreto circundante de modo a conseguir-se a
transmissão da totalidade da força de protensão do fio ou cordoalha à
peça).

Em ambos os casos, as tensões de aderência manifestam-se no mesmo


sentido, uma vez que as barras estão sempre tracionadas. Uma exceção em
que os sentidos de ambos os casos são opostos ocorre se a armadura
protendida situar-se no banzo comprimido.

7.3 Comprimento de ancoragem básico †B

Este comprimento, como nas barras de CA, refere-se à barra de CP sem


protensão, e é dado como segue.
∅ #wˆ‰
Fios: †B ‡ #
Šw‰

‹∅ #wˆ‰
Cordoalhas de 3 ou 7 fios: †B 3Œ
#Šw‰

∅ é o diâmetro do fio ou o diâmetro nominal da cordoalha. Note-se na primeira


∅(
∅ 
Ž
expressão que o fator ‡ é igual à área do fio dividida pelo seu perímetro, .
∅

‹∅ ∅
O fator 3Œ
, análogo à parcela ‡
para fios, é igual à área da cordoalha dividida
pelo perímetro nominal respectivo, como se mostra a seguir para a cordoalha
∅(g
de 7 fios. A área desta cordoalha é bB 7 ‡
, onde ∅C é o diâmetro do fio que
a compõe. Considerando o semi-perímetro exposto ao concreto dos 6 fios
∅g
externos, tem-se o 9KíJK) J)J 6 !
. Dividindo a área bB por este
perímetro, e considerando que o diâmetro nominal da cordoalha é o triplo do
∅(g
‹ ‹
diâmetro de um fio que a compõe, resulta 7 Ž
∅ ∅C 3Œ ∅.
Πg !
(

, " 1,15
#wˆ‘
GB
’u

G†B resistência de aderência (valor de cálculo). Este valor refere-se à idade do


concreto na data da aplicação da protensão para o cálculo do comprimento de
transferência (i.e., usar GM,r ), e aos 28 dias para o cálculo do comprimento de

UEL – Depto de Estruturas – Concreto Protendido, Prof. Roberto Buchaim, Junho 10 Pág. 24
ancoragem (i.e., usar GM,!“ ≡ GM ). Conforme o item 9.3.2.2 da NBR 6118:
2004, tem-se:

G†B = •B •B! GM , com

1,0 GW)I WI)I


1,0 d)YI H @) HKêY^W
•B = –1,2 ^)KH)ℎI H 3  7 GW)I— e •B! = ˜ š
0,7 d)YI H á HKêY^W
1,4 GW)I HYJH)I

GM,r !/3
#v›‘,gœ
GM = , com "M = 1,4 e GM,CD# = 0,2 € )* ‚ em aQ
’v
GM

As zonas de boa e de má aderência estão definidas no item 9.3.1 da NBR


6118.

7.4 Comprimento de transferência †B

Este comprimento depende da forma de liberação da força de protensão do


dispositivo de tração, gradual ou brusca.

(a) Liberação gradual


LBC 0,7 GW)I WI)I )* HYJH)I
†B = †B ט š
GB 0,5 ^)KH)ℎI H 3  7 GW)I

(b) Liberação brusca: majorar estes comprimentos em 25%.

7.4 Comprimento de ancoragem necessário

Esta ancoragem refere-se ao Estado Limite Último, cf. a expressão:


#wˆ‰ tžw~
†B = †B + †B
#wˆ‰

LBm é a tensão na armadura após todas as perdas (imediatas e progressivas).

7.5 Comprimento de regularização das tensões para os casos de pré-tração

O comprimento de regularização define a distância da borda da peça à seção


onde as tensões podem ser consideradas com distribuição linear ao longo da
sua altura ℎ. Em outras palavras, este comprimento delimita a passagem das
zonas D e B, junto à extremidade da peça ou a partir do ponto onde se inicia a
transferência da força de protensão. Seu valor está dado no item 9.6.2.3 da
NBR 6118 (e também no MC-90, item 6.9.11.6):

UEL – Depto de Estruturas – Concreto Protendido, Prof. Roberto Buchaim, Junho 10 Pág. 25
B Uℎ! + (0,6†B )!

7.6 Exemplo para cordoalha

Dados: GM = 40 aQ, GM = 0,2 × 40!/3 = 2,34 aQ,

GM,‹ = 30 aQ, GM,‹ = 0,2 × 30!/3 = 1,93 aQ,

Aço CP 190 RB, GB = = 1487 aQ,


/,Ÿ× Ÿ//
,  

Aderência: •B = 1,2 ^)KH)ℎI H 7 GW)I, •B! = 1,0 d)Y H @) HKêY^W

2,34
¢ ¡
1,93
G†B = •B •B! GM = 1,2 × 1 ×
1,4
2,01 aQ 9/ ) ^)9KWYJ) H Y^)K.
=˜ š
1,66 aQ 9/ ) ^)9KWYJ) H JKYIGKêY^W

Comprimento de ancoragem básico:

†B = 3Œ #wˆ‰ = 3Œ
‹∅ # ‹∅ ‡“‹
!,3‡
= 124∅ , para o cálculo do comprimento de ancoragem
Šw‰

(ELUs).
‹∅ # ‹∅ ‡“‹
†B = 3Œ #wˆ‰ = 3Œ = 150∅, para o cálculo do comprimento de transferência
Šw‰ ,Ÿ3
(separação das zonas D e B).

Comprimento de transferência (admite-se liberação gradual e LBC = 0,74GB ):

LBC 124 0,74 × 1900 58,6


†B = 0,5†B = 0,5 ¡ ¢∅ =˜ š∅
GB 150 1487 70,9

Comprimento de ancoragem necessário para os ELUs, admitindo-se LBm =


0,56GB = 1064 aQ:
#wˆ‰ tžw~ ‡“‹t /Œ‡
†B = †B + †B = 58,6∅ + 124∅ = (58,6 + 35,3)∅ = 94∅
#wˆ‰ ‡“‹

Notar que a parcela 35,3∅ é praticamente a mesma de CA.

Comprimento de regularização, para uma peça com altura ℎ = 600  e


cordoalha CP 190 15,2, com †B = 70,9∅ = 1078 :

B = Uℎ! + (0,6†B )! = U600! + (0,6 × 1078)! = 882 

UEL – Depto de Estruturas – Concreto Protendido, Prof. Roberto Buchaim, Junho 10 Pág. 26
7.7 Exemplo para fio

Dados: GM = 30 aQ, GM = 0,2 × 30!/3 = 1,93 aQ

GM,‹ = 20 aQ, GM,‹ = 0,2 × 20!/3 = 1,47 aQ


/,Ÿ× Œ//
Aço CP 160 RB, GB = = 1252 aQ
,  

Aderência: •B = 1,0 GW), •B! = 1,0 d)Y H @) HKêY^W

1,93
¡ ¢
1,47
G†B = •B •B! GM = 1,0 × 1,0 ×
1,4
1,38 aQ 9/ ) ^)9KWYJ) H Y^)K.
=˜ š
1,05 aQ 9/ ) ^)9KWYJ) H JKYIGKêY^W

Comprimento de ancoragem básico:


∅# ∅ ! !
†B = ‡ #wˆ‰ ‡ ,3“
= 226,8∅ , para o cálculo do comprimento de ancoragem
Šw‰

(ELUs).

= 298∅, para o cálculo do comprimento de transferência


∅ #wˆ‰ ∅ ! !
†B
‡ #Šw‰ ‡ ,/ 
(separação das zonas D e B).

Comprimento de transferência (admite-se liberação gradual e LBC = 0,74GB ):

LBC 226,8 0,74 × 1600 107,2


†B = 0,5†B = 0,5 ¡ ¢∅ =¡ ¢∅
GB 298,0 1252 140,9

Comprimento de ancoragem necessário para os ELUs, admitindo-se LBm =


0,56GB = 896 aQ:

= =107,2 + 64,5)∅ =
#wˆ‰ tžw~
†B = †B + †B = 107,2∅ + 226,8∅
! !t“ŸŒ
#wˆ‰ ! !

171,7∅

Comprimento de regularização, para uma peça com altura ℎ = 500  e fio de


diâmetro 5 , †B = 140,9∅ = 705 :

B = Uℎ! + =0,6†B )! = U500! + =0,6 × 705)! = 655 

UEL – Depto de Estruturas – Concreto Protendido, Prof. Roberto Buchaim, Junho 10 Pág. 27
8. Estado Limite de Formação de Fissuras (ELS-F) e Estado Limite de Abertura
de Fissuras (ELS-W)

8.1 Para saber se haverá fissuração na combinação rara das ações deve-se
comparar o momento de fissuração aM com o máximo momento fletor vindo
das cargas, a<,:;< . Se ocorrer

a<,:;< ≤ aM

diz-se que não há formação de fissuras na combinação rara das ações. Do


contrário, a seção entra no Estádio II, com aberturas de fissuras (e oscilação de
tensão na armadura, para cargas móveis, em caso de fadiga) que têm de ser
controladas na combinação freqüente das ações. Entretanto, pode ser que, na
combinação freqüente das ações, a seção permaneça no Estádio I, se a força
de protensão atuante no concreto situar-se no NCI.

Em serviço, deve-se considerar a combinação das ações originadas pela carga


permanente e protensão, e pela carga variável. Desta última interessam seus
valores quase-permanente (para perda de protensão por fluência e por
relaxação do aço, mas somente se for mais desfavorável), freqüente (para
flecha imediata, abertura de fissura e fadiga) e raro (para determinar se há
fissuração). Como se mostrou antes, a NBR 6118 define no item 11.7.1 e na
Tabela 11.2, os fatores  (valor freqüente da carga variável), e ! (valor
quase-permanente da carga variável). O valor raro (i.e., característico) da carga
variável é o fixado em norma.

A resistência do concreto na flexão, para o quantil de 5%, é dada por:

£ ,¤
n , ( ) !/3
GM,# = GM,CD# i
£ ,¤ , ℎ   com GM,CD# = 0,20GM ,  aQ.
, ( )
i

O momento de fissuração resulta da seguinte expressão, usando as


características geométricas da seção ideal:

aM = Qm _+ + dCB ` + GM,# eC!

onde Qm é a força de protensão após todas as perdas, (+ + dCB ) é a distância


entre a força no concreto posicionada no ponto superior do NCI e o CG da
armadura tracionada, eC! é o módulo de resistência elástico referente à fibra
#v›,¥ ¦g(
inferior. Note-se nesta expressão que é a distância que a força Qm pode
}~
sair do NCI para que se tenha a tensão LC! = GM,# na borda inferior.

UEL – Depto de Estruturas – Concreto Protendido, Prof. Roberto Buchaim, Junho 10 Pág. 28
8.2 Tensões no Estádio II na flexão simples

No que segue determinam-se para uma seção T as tensões no Estádio II no


concreto e na armadura passiva, assim como o acréscimo de tensão na
armadura ativa, a partir do estado de neutralização. Ver a Figura 11, onde as
solicitações estão separadas em duas fases. Na fase I, só a armadura
protendida está solicitada pela força de neutralização QD , como um tirante. Na
fase II, retira-se a força de neutralização, introduzida artificialmente na seção
para anular as tensões devidas exclusivamente à protensão (mesmo com as
perdas progressivas). Simultaneamente, introduz-se o momento fletor
solicitante. Nesta fase II, examinada no Estádio II a seguir, a seção está em
flexo-compressão. Superpondo ambas as fases, a seção está solicitada em
flexão simples. As seguintes hipóteses são usadas no cálculo:

(a) alturas úteis iguais para ambas as armaduras, i.e., H = HB = H .


(b) iguais módulos de elasticidade para ambas as armaduras, i.e., pB =
:u
p = . Usualmente, adota-se OB = O = 200PQ, e OM = 0,85 × 5,6 ×
:vu
UGM ,  aQ.
(c) os materiais seguem a lei de Hooke.
(d) o concreto à tração é desprezado.
(e) as tensões de compressão e os encurtamentos são negativos.

@#

@ /2 @ /2 SM = S = 0 SM

ℎ# [
a,:;<
H LN
a,:;<
bB + b
QD −QD
@A SBD S = ∆SB

]I c: JWKYJ, ]I cc: Içã)


Xçã)  G[ã) IW9I IJH) H Y*JKWdçã)  G[) − ^)9KIIã)

Figura 11: Separação da flexão simples em duas fases. Superposição do estado de


neutralização (fase I) com a flexão composta normal (fase II).

A rigidez secante à flexão de seções T protendidas no Estádio II (puro, cf.


hipótese (d)) é dada pela seguinte expressão:
OM !
(Oc)ff,M = OM cff = [3@ ℎ# _2H − ℎ# `_[ − ℎ# ` + @ ℎ# _3H − ℎ# ` + @A [ ! (3H − [)]
6

Onde, cf. a Figura 11:

@ = @# − @A é a largura da mesa colaborante fora da alma da seção T;

UEL – Depto de Estruturas – Concreto Protendido, Prof. Roberto Buchaim, Junho 10 Pág. 29
ℎ# é a espessura da laje (ou altura do flange);

[ é a profundidade da linha neutra situada no intervalo 0 ≤ [ ≤ H, e dada pela


seguinte equação cúbica:

/ [ 3 +  [ ! +! [ + 3 = 0

Onde:

/ = ©@A ,  = @A (1 − 3©H), ! = @ ℎ# ª2 − 3©_2H − ℎ# `« + 2p (b + bB ),


!
3 = −@ ℎ# ª1 − ©_3H − 2ℎ# `« − 2p _b + bB `H
}
© = 3¬ œ
‰,­®¯

QD é a força de neutralização (como se disse, é força de tração artificialmente


aplicada no CG da armadura ativa para anular as deformações da seção de
concreto e armadura passiva, considerada apenas a protensão, mesmo com as
perdas progressivas, ver a Figura 11, fase I). Esta força é um pouco maior que
a força de protensão, cerca de 5%  10%. Para as perdas em pré-tração esta
força pode ser estimada (com 5% de perdas por encurtamento elástico e 15%
de perdas progressivas) em:

QD ≅ bB _0,74GB × 0,95 × 0,85 × 1,05` = 0,63bB GB

A deformação de neutralização correspondente é:

QD 0,63GB
SBD = ≅
OB bB OB

Valores mais precisos desta força e deformação decorrem do cálculo das


perdas imediatas e progressivas.

A solução da equação cúbica pressupõe que a LN atinja a alma da seção, i.e.,


[ > ℎ# . Se esta condição não ocorrer, refaz-se o cálculo pondo @A = @# .

A curvatura da seção é igual a:


¬ /²  ¬
= (:f)‰,­®¯ e adimensionalmente = 103 H (:f)‰,­®¯
 °°,u±v  °°,u±v

A tensão no concreto na borda comprimida é igual a:

1 a,:;<
LM = OM SM = −OM [ = −OM [
K (Oc)ff,M

A tensão na armadura passiva e o acréscimo de tensão na armadura ativa são:

H−[
L = ∆LB = −p LM
[

UEL – Depto de Estruturas – Concreto Protendido, Prof. Roberto Buchaim, Junho 10 Pág. 30
A tensão total na armadura ativa é, cf. a Figura 11, a soma da existente no
estado de neutralização (fase I) com o acréscimo obtido pela expressão
anterior (fase II), donde:

QD
LB = LBD + ∆LB + OB ∆SB
bB

Uma vez calculadas a tensão na armadura passiva e o acréscimo de tensão na


armadura ativa, pode-se controlar a fissuração da seção. Como ambas as
armaduras são aderentes, ambas devem ser incluídas nas verificações da
abertura de fissura (ELS-W). No item 17.3.3 da NBR 6118: 2004, estas
verificações são feitas através de dois caminhos. No primeiro, dado no item
17.3.3.2, controla-se a abertura da fissura na seção mais solicitada através de
expressões que dão o valor máximo dessa abertura, a ser limitada em

 ? 0,2

para o concreto protendido. No segundo, dado no item 17.3.3.3, o controle é


feito indiretamente através da tensão na armadura passiva e o acréscimo de
tensão na armadura ativa, limitando-se tanto o espaçamento transversal entre
as barras da armadura longitudinal, quanto as respectivas bitolas. Ver a Tabela
17.2 da NBR 6118, reproduzida a seguir. Nela estão consideradas para as
armaduras ativas e passivas apenas as barras de alta aderência, o que exclui
os fios lisos.

=∆LB

Na Parte II: Exemplos, aplicam-se os conceitos dados em exemplos de pré-


dimensionamento e de dimensionamento, com o que a teoria ficará mais clara.
Além disso, nos exemplos inserem-se eventuais complementos da teoria, não
considerados antes.
UEL – Depto de Estruturas – Concreto Protendido, Prof. Roberto Buchaim, Junho 10 Pág. 31
9. Referências bibliográficas

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA CONSTRUÇÃO INDUSTRIALIZADA - ABCI.


Manual técnico de pré-fabricados de concreto. Projeto. São Paulo:
Associação Brasileira de Cimento Portland- APCP, 1986.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. Projeto de


estruturas de concreto: procedimento: NBR 6118: 2003. Rio de Janeiro,
2003.

BUCHAIM, R. Concreto Protendido: Tração Axial, Flexão Simples e Força


Cortante. EDUEL, 2007. Londrina, Pr.

COLLINS, M. P.; MITCHELL, D. Prestressed concrete basics. Ottawa:


Canadian Prestressed Concrete Institute, 1987.

COMITE EURO-INTERNATIONAL DU BETON. CEB-FIP Model Code 1990.


London: Thomas Telford, 1993.

EUROPEAN STANDARD. Eurocode 2: design of concrete structures – part 1-


1: general rules and rules for buildings. EN 1992 1-1. Brussels: European
Committee for Standardization, 2004.

FÉDÉRATION INTERNATIONALE DE LA PRECONTRAINTE. Practical


design of structural concrete: FIP recommendations. London: SETO, 1999.

KUPFER, H. Bemessung von Spannbetonbauteilen – einchliesslich


teilweiser Vorspannung. Beton-Kalender 1986, Teil I, Ernst & Sohn, Berlin.

MANUAL MUNTE de Projetos em Pré-fabricados de Concreto. Co-autor:


Eng. Carlos E. Emrich Melo. Pini, 2a. Edição, 2007.

RAMIREZ, JULIO A. Strut-Tie Design of Pretensioned Concrete Members.


ACI Structural Journal. September-October, 1994.

ROGOWSKY, D., M., MARTI, P. Detailing for Post-tensioning. VSL Report


Series, Bern, Switzerland, 1991.

SCHLAICH, J., SCHÄFER, K. Konstruiren im Stahlbetonbau. Beton-Kalender


1989, Teil II, Ernst & Sohn, Berlin.

UEL – Depto de Estruturas – Concreto Protendido, Prof. Roberto Buchaim, Junho 10 Pág. 32
ANEXO 1

PROGRAMA EM QBASIC: VIGAS $ PROTENDIDAS EM PRÉ-TRAÇÃO, COM UMA OU DUAS


CAMADAS DE ARMADURA ATIVA.

UEL – Depto de Estruturas – Concreto Protendido, Prof. Roberto Buchaim, Junho 10 Pág. 33
'VIGA PI PRE-MOLDADA E PROTENDIDA PRE-TRACAO COM 1 ou 2 CAMADAS DE ARM.
PROT:VIGAPI.BAS
‘10 JUNHO 2010

'IMPORTANTE
'O PROGRAMA CONSIDERA APENAS AS SECOES GERADAS A PARTIR DO DUPLO T
'COM 1 EIXO DE SIMETRIA, O VERTICAL
'E POSSIVEL INCLUIR 2 TRIANGULOS, UM SUPERIOR OUTRO INFERIOR
'O SUPERIOR COM VERTICE VOLTADO PARA BAIXO
'O INFERIOR COM VERTICE VOLTAD0 PARA CIMA
'SE HOUVER SO 1 TRIANGULO ANULAR AS DIMENSOES DO OUTRO
'O MESMO DEVE SER FEITO PARA 0S FLANGES

CLS
DEFDBL A-Z
DEFINT J
OPTION BASE 1
DIM MG(20), MQ(20)
DIM SCPG1(20), SCPG2(20), SCPGP1(20), SCPGP2(20)
DIM SPGP1(20), SPGP2(20)
DIM FP1(20), FP2(20)
DIM A11(20), A12(20), A21(20), A22(20), D1(20), D2(20)
DIM DP1(20), DP2(20), DSC1(20), DSC2(20), DSCGC(20)
DIM DKR(20), DEPSC00(20)
DIM SCTOT1(20), SCTOT2(20)
DIM SCTOTF1(20), SCTOTF2(20)
DIM MI(50)

PRINT
'DADOS DA VIGA ISOSTATICA (BI-APOIADA) COM CARGA UNIFORME
'VAO em mm
L = 12 * 1000
' CARGA PERM ADICIONAL (kN/m)

' INPUT "CARGA PERMANENTE ADICIONAL (kN/m)"; G1


G1 = 3.6
' CARGA VARIAVEL (kN/m)
' INPUT "CARGA VARIAVEL (kN/m)"; Q
Q = 12
' INPUT VALOR FREQUENTE DA CARGA VARIAVEL
Q1 = .6 * Q
PRINT "VIGA PI bfl=2.4 m bwtot=2x(0,10 a 0,15) m h=0.60 m"
PRINT USING "VAO L(m)=##.###"; L / 1000
'INPUT "COEFICIENTE DE FLUENCIA DO CONCRETO fi-c"; FIC
'INPUT "DEFORMAۂO DE RETRAۂO Ecsh<0"; ECSH
FIC = 2.5: ECSH = -.00025
'ARMADURAS PROTENDIDAS
'INPUT "RB (=1) OU RN(=2)"; JP
JP = 1
IF JP = 1 THEN JP1 = 90 ELSE JP1 = 85
'INPUT "CORDOALHAS (=1) OU FIOS(=2)"; JP2
JP2 = 1
IF JP2 = 1 AND JP = 1 THEN 30
IF JP2 = 1 AND JP = 2 THEN 35
IF JP2 = 2 AND JP = 2 THEN 40
IF JP2 = 2 AND JP = 1 THEN 45
30 ' CORDOALHAS RELAXACAO BAIXA
FP6 = 3.3: FP7 = 6.5
FP8 = 9.2
GOTO 50

UEL – Depto de Estruturas – Concreto Protendido, Prof. Roberto Buchaim, Junho 10 Pág. 34
35 ' CORDOALHAS RELAXACAO NORMAL
FP6 = 9.2: FP7 = 19.2
FP8 = 35.7
GOTO 50
40 ' FIOS RELAXACAO NORMAL
FP6 = 6.5: FP7 = 13.4
FP8 = 23.9
GOTO 50
45 ' FIOS RELAXACAO BAIXA
FP6 = 2.5: FP7 = 5.1
FP8 = 7.8

50 'MATERIAIS
' INPUT "fck,7 e fck,28 (MPa)"; FCK7, FCK28
FCK7 = 30: FCK28 = 40
EC7 = .85 * 5600 * SQR(FCK7)
EC28 = .85 * 5600 * SQR(FCK28)
EP = 200000
ALFA7 = EP / EC7
ALFA28 = EP / EC28
'ARMADURA PROTENDIDA, 2 CAMADAS
'INPUT "fptk (MPa)="; FPTK
FPTK = 1900
SPN = .74 * FPTK
FPYK = JP1 * FPTK / 100
PRINT USING "ACO fptk (MPa)=####.# fpyk (MPa)=####.#"; FPTK; FPYK
PRINT USING "TENSAO NA ARMADURA PROTENDIDA NA PISTA (MPa)=####.#"; SPN
'INPUT "Ap1 (mm2) e d1'(mm)"; AP1, DL1
AP1 = 0: DL1 = 0
'INPUT "Ap2 (mm2) e d2'(mm)"; AP2, DL2
AP2 = 840: DL2 = 140
' ARMADURA PASSIVA CA-50 SO NO BANZO TRACIONADO (INF)
' INPUT ARMADURA PASSIVA "As2 (mm2) e d2' (mm)"; AS2, DLS2
AS2 = 200
DLS2 = 48
FYK = 500

PRINT USING "fck7=##.# (MPa) fck28=##.# (MPa) "; FCK7; FCK28


PRINT "Ep (MPa)="; EP
PRINT USING "ALFA7 =##.### ALFA28 =##.###"; ALFA7; ALFA28
PRINT USING "Ap1(mm2)=#####.## Ap2(mm2)=#####.##"; AP1; AP2
PRINT USING "d1' (mm)=####.## d2' (mm)=####.##"; DL1; DL2
PRINT USING "As2(mm2)=#####.## ds2'(mm)=####.##"; AS2; DLS2
PRINT
PRINT "APERTE QQ TECLA"
RB$ = INPUT$(1)

'GEOMETRIA DA SECAO
'INPUT "ALTURA DA SECAO h(mm)"; H
H = 600
'INPUT "LARG E ALT DA FLANGE SUP: b1(mm) e h1(mm)"; B1, H1
B1 = 2400: H1 = 100
'INPUT "LARG E ALT DA FLANGE INF: b2(mm) e h2(mm)"; B2, H2
B2 = 200: H2 = 0
HW = H - H1 - H2
' INPUT "LARG DA ALMA SEM A MISULA bw(mm)"; BW
BW = 200
'INPUT "EXISTE(M) TRIANGULO(S) ? SIM=1, NAO=0"; J
J=1
IF J = 0 THEN 100

UEL – Depto de Estruturas – Concreto Protendido, Prof. Roberto Buchaim, Junho 10 Pág. 35
'INPUT "TRIANGULO SUPERIOR: b3=base (mm),h3=altura (mm)"; B3, H3
B3 = 100: H3 = 500
'INPUT "TRIANGULO INFERIOR: b4=base (mm),h4=altura (mm)"; B4, H4
B4 = 0: H4 = 0
GOTO 150

100 B3 = 0 AND B4 = 0
H3 = 0 AND H4 = 0

150 A0 = H1 * B1 + HW * BW + H2 * B2 + (H3 * B3 + H4 * B4) / 2

Y0RET = .5 * B2 * H2 ^ 2 + BW * HW * (H2 + HW / 2) + B1 * H1 * (H - H1 / 2)
Y0TRI = B3 * H3 * (H - H1 - H3 / 3) / 2 + B4 * H4 * (H2 + H4 / 3) / 2
' Y0 = DIST DO CG DA SECAO DA PECA A BASE
Y0 = (Y0RET + Y0TRI) / A0
BN1 = (B1 - BW) * H1 * (H - Y0 - H1 / 2) ^ 2 + BW * H * (Y0 - H / 2) ^ 2
BN2 = (B2 - BW) * H2 * (Y0 - H2 / 2) ^ 2
BN3 = B3 * H3 * (H - Y0 - H1 - H3 / 3) ^ 2 / 2 + B4 * H4 * (Y0 - H2 - H4 / 3) ^ 2 / 2
BN4 = ((B1 - BW) * H1 ^ 3 + BW * H ^ 3 + (B2 - BW) * H2 ^ 3 + (B3 * H3 ^ 3) / 3 + (B4 * H4 ^ 3) /
3) / 12
BN0 = BN1 + BN2 + BN3 + BN4
W0SUP = BN0 / (-(H - Y0))
W0INF = BN0 / Y0

PRINT "CARACTERISTICAS GEOMETRICAS DA SECAO TRANSVERSAL"


PRINT "ALTURA DA SECAO h(mm)="; H
PRINT USING "FLANGE SUP LARG b1(mm)=####.## ALT h1(mm)=####.##"; B1; H1
PRINT USING "FLANGE INF LARG b2(mm)=####.## ALT h2(mm)=####.##"; B2; H2
PRINT USING "TRIANG SUP LARG b3(mm)=####.## ALT h3(mm)=####.##"; B3; H3
PRINT USING "TRIANG INF LARG b4(mm)=####.## ALT h4(mm)=####.##"; B4; H4
PRINT USING "LARG INF TOTAL DA ALMA bwtot(mm)=####.##"; BW
PRINT
PRINT USING "AREA DA SECAO A0(mm^2)=########.##"; A0
REM PRINT USING "MOMENTO ESTATICO S0/10^3 (mm^3)=######.###"; (Y0RET + Y0TRI) /
10 ^ 3
PRINT USING "DIST DO CG A BORDA INF DA SECAO y0(mm)=######.##"; Y0
PRINT USING "MOM INERCIA Io(mm^4)/10^6=##########.###"; BN0 / 10 ^ 6
PRINT USING "MOD RESIST Woinf(mm^3)/10^3=########.###"; W0INF / 10 ^ 3
PRINT USING "MOD RESIST Wosup(mm^3)/10^3=########.###"; W0SUP / 10 ^ 3
PRINT USING "RAIO DE GIRACAO r0(mm)=#####.##"; SQR(BN0 / A0)
K1 = BN0 / A0 / Y0
K2 = BN0 / A0 / (H - Y0)
PRINT USING "DIST NUCLEAR SUP k1(mm)=#####.##"; K1
PRINT USING "DIST NUCLEAR INF k2(mm)=#####.##"; K2
PRINT
PRINT "APERTE QQ TECLA"
RB$ = INPUT$(1)

160 ' CALCULO DAS CARACTERISTICAS GEOMETRICAS DA SECAO DE CONCRETO

Y0P1 = -(H - Y0 - DL1)


Y0P2 = Y0 - DL2
Y0S2 = Y0 - DLS2
PRINT USING "dl1 =######.## dl2 =######.## dls2=######.##"; DL1; DL2; DLS2
PRINT USING "y0p1=######.## y0p2=######.## y0s2=######.##"; Y0P1; Y0P2; Y0S2
ALFAC = 0
AC = A0 + (ALFAC - 1) * (AP1 + AP2 + AS2)
Y0C = (ALFAC - 1) * (AP1 * Y0P1 + AP2 * Y0P2 + AS2 * Y0S2) / AC
YCP1 = Y0P1 - Y0C: YCP2 = Y0P2 - Y0C

UEL – Depto de Estruturas – Concreto Protendido, Prof. Roberto Buchaim, Junho 10 Pág. 36
YCS2 = Y0S2 - Y0C
BNC = BN0 + (ALFAC - 1) * (AP1 * Y0P1 * YCP1 + AP2 * Y0P2 * YCP2 + AS2 * Y0S2 * YCS2)
RC = SQR(BNC / AC)
WCINF = BNC / (Y0 - Y0C)
WCSUP = BNC / (-(H - Y0) - Y0C)
PRINT USING "SECAO DE CONCRETO Ac(mm2)=########.##"; AC
PRINT USING "ycp1(mm)=######.## ycp2(mm)=######.##"; YCP1; YCP2
PRINT USING "ycs2(mm)=######.##"; YCS2
PRINT USING "MOM INERCIA Ic(mm^4)/10^6=##########.###"; BNC / 10 ^ 6
PRINT USING "MOD RESIST Wcinf(mm^3)/10^3=########.###"; WCINF / 10 ^ 3
PRINT USING "MOD RESIST Wcsup(mm^3)/10^3=########.###"; WCSUP / 10 ^ 3
PRINT USING "RAIO DE GIRACAO rc(mm)=#####.##"; RC
PRINT
PRINT "APERTE QQ TECLA"
RB$ = INPUT$(1)

170 ' CALCULO DAS CARACT GEOM DAS SECOES IDEAIS


PRINT
' t0=7 dias
AI7 = A0 + (ALFA7 - 1) * (AP1 + AP2 + AS2)
Y0I7 = (ALFA7 - 1) * (AP1 * Y0P1 + AP2 * Y0P2 + AS2 * Y0S2) / AI7
YIP17 = Y0P1 - Y0I7
YIP27 = Y0P2 - Y0I7
YIS27 = Y0S2 - Y0I7
BNI7 = BN0 + (ALFA7 - 1) * (AP1 * Y0P1 * YIP17 + AP2 * Y0P2 * YIP27 + AS2 * Y0S2 * YIS27)
RI7 = SQR(BNI7 / AI7)
WISUP7 = BNI7 / (-(H - Y0) - Y0I7)
WIINF7 = BNI7 / (Y0 - Y0I7)

' t=28 dias


AI28 = A0 + (ALFA28 - 1) * (AP1 + AP2 + AS2)
Y0I28 = (ALFA28 - 1) * (AP1 * Y0P1 + AP2 * Y0P2 + AS2 * Y0S2) / AI28
YIP128 = Y0P1 - Y0I28
YIP228 = Y0P2 - Y0I28
YIS228 = Y0S2 - Y0I28
BNI28 = BN0 + (ALFA28 - 1) * (AP1 * Y0P1 * YIP128 + AP2 * Y0P2 * YIP228 + AS2 * Y0S2 *
YIS228)
RI28 = SQR(BNI28 / AI28)
WISUP28 = BNI28 / (-(H - Y0) - Y0I28)
WIINF28 = BNI28 / (Y0 - Y0I28)

PRINT USING "AREA IDEAL Ai7 (mm2)=##########.##"; AI7


PRINT USING "YIP1,7 (mm)=#####.## YIP2,7 (mm)=#####.##"; YIP17; YIP27
PRINT USING "YIS2,7 (mm)=#####.##"; YIS27
PRINT USING "MOM INERCIA Ii7(mm^4)/10^6=##########.###"; BNI7 / 10 ^ 6
PRINT USING "MOD RESIST Wiinf7(mm^3)/10^3=########.###"; WIINF7 / 10 ^ 3
PRINT USING "MOD RESIST Wisup7(mm^3)/10^3=########.###"; WISUP7 / 10 ^ 3
PRINT USING "RAIO DE GIRACAO ri7(mm)=#####.##"; RI7
PRINT
PRINT "APERTE QQ TECLA"
RB$ = INPUT$(1)

PRINT USING "AREA IDEAL Ai28 (mm2)=##########.##"; AI28


PRINT USING "YIP1,28 (mm)=#####.## YIP2,28 (mm)=#####.##"; YIP128; YIP228
PRINT USING "YIS2,28 (mm)=#####.##"; YIS228
PRINT USING "MOM INERCIA Ii28(mm^4)/10^6=##########.###"; BNI28 / 10 ^ 6
PRINT USING "MOD RESIST Wiinf28(mm^3)/10^3=########.###"; WIINF28 / 10 ^ 3
PRINT USING "MOD RESIST Wisup28(mm^3)/10^3=########.###"; WISUP28 / 10 ^ 3
PRINT USING "RAIO DE GIRACAO ri28(mm)=#####.##"; RI28
PRINT

UEL – Depto de Estruturas – Concreto Protendido, Prof. Roberto Buchaim, Junho 10 Pág. 37
PRINT "APERTE QQ TECLA"
RB$ = INPUT$(1)

200 G0 = 25 * A0 / 10 ^ 6: 'EM kN/m=N/mm


PRINT USING "PESO PROPRIO g0 (kN/m)=###.##"; G0
PRINT USING "CARGA PERMANENTE ADICIONAL g1 (kN/m)=###.##"; G1
PRINT USING "CARGA VARIAVEL q (kN/m)=###.##"; Q
PRINT USING "COMB FREQUENTE g0+g1+q1 (kN/m)=###.##"; G0 + G1 + Q1
PRINT USING "CARGA TOTAL g0+g1+q (kN/m)=###.##"; G0 + G1 + Q
PRINT
PRINT "APERTE QQ TECLA"
RB$ = INPUT$(1)

' CALCULO DAS TENSOES NORMAIS t0=7dias SOMENTE DA PROTENSAO


' FORCAS DE PROTENSAO
PN1 = AP1 * SPN
PN2 = AP2 * SPN
' TENSOES DA PROTENSAO NAS BORDAS
SCP1 = -(PN1 + PN2) / AI7 + (-PN1 * YIP17 - PN2 * YIP27) / WISUP7
SCP2 = -(PN1 + PN2) / AI7 + (-PN1 * YIP17 - PN2 * YIP27) / WIINF7
' TENSOES DA PROTENSAO NO CONCRETO AO NIVEL DAS ARMADURAS 1 E 2
SCPP1 = -(PN1 + PN2) / AI7 + (-PN1 * YIP17 - PN2 * YIP27) * YIP17 / BNI7
SCPP2 = -(PN1 + PN2) / AI7 + (-PN1 * YIP17 - PN2 * YIP27) * YIP27 / BNI7
' TENSOES DA PROTENSAO NAS ARMADURAS LOGO APOS O ENCURTAMENTO ELAST.
INICIAL
SP1 = SPN + ALFA7 * SCPP1
IF AP1 = 0 THEN SP1 = 0
SP2 = SPN + ALFA7 * SCPP2

PRINT USING "TENSOES DA PROT NAS BORDAS Scp1(Mpa)=####.## Scp2(MPa)=####.##";


SCP1; SCP2
PRINT USING "TENSOES ARM. APOS ENC EL Sp1(Mpa) =####.## Sp2(MPa) =####.##"; SP1;
SP2
PRINT USING "PERDAS POR ENC ELAST Sp1/Spn = ###.## Sp2/Spn = ###.##"; SP1 / SPN;
SP2 / SPN
PRINT
PRINT "APERTE QQ TECLA"
RB$ = INPUT$(1)

' TENSOES DAS CARGAS g0+g1 E q EM 7 SECOES DO APOIO AO CENTRO DO VAO


FOR J = 1 TO 7
MG(J) = (G0 + G1) * L ^ 2 * (J - 1) * (13 - J) / 288
MQ(J) = Q * L ^ 2 * (J - 1) * (13 - J) / 288

' TENSOES DA PROTENSAO + CARGA g0+g1 NAS BORDAS


SCPG1(J) = SCP1 + MG(J) / WISUP7
SCPG2(J) = SCP2 + MG(J) / WIINF7

' TENSOES prot+g0+g1 NO CONCRETO AO NIVEL DAS ARMADURAS 1 E 2


SCPGP1(J) = SCPP1 + MG(J) * YIP17 / BNI7
SCPGP2(J) = SCPP2 + MG(J) * YIP27 / BNI7

' TENSOES NAS ARMADURAS DEVIDAS A prot + g0+g1 LOGO APOS O ENCURTAMENTO
ELAST. INICIAL
SPGP1(J) = SP1 + ALFA7 * MG(J) * YIP17 / BNI7
IF AP1 = 0 THEN SPGP1(J) = 0
SPGP2(J) = SP2 + ALFA7 * MG(J) * YIP27 / BNI7
PRINT
PRINT USING "SECAO J=##"; J

UEL – Depto de Estruturas – Concreto Protendido, Prof. Roberto Buchaim, Junho 10 Pág. 38
PRINT USING "TENSOES BORDAS prot+g0+g1 Scpg1(Mpa) =###.## Scpg2(MPa)
=###.##"; SCPG1(J); SCPG2(J)
PRINT USING "TENSOES CONCR NIVEL ARMAD prot+g0+g1 Scpgp1(Mpa)=###.##
Scpgp2(MPa)=###.##"; SCPGP1(J); SCPGP2(J)
PRINT USING "TENSOES ARM.pr+g0+g1 APOS ENC EL Spgp1(Mpa)=#####.#
Spgp2(MPa)=#####.##"; SPGP1(J) * AP1 / (AP1 + 10 ^ -10); SPGP2(J)
PRINT USING "TENS BORD ANTES PERD PROGR pr+g0+g1+q1(C FREQ) Sc1(Mpa)=###.##
Sc2(MPa)=###.##"; SCPG1(J) + (MQ(J) / WISUP28) * Q1 / Q; SCPG2(J) + (MQ(J) / WIINF28) * Q1 /
Q
PRINT USING "TENS BORD ANTES PERD PROGR pr+g0+g1+q (C RARA) Sc1(Mpa)=###.##
Sc2(MPa)=###.##"; SCPG1(J) + MQ(J) / WISUP28; SCPG2(J) + MQ(J) / WIINF28

PRINT
PRINT "APERTE QQ TECLA"
RB$ = INPUT$(1)

' PERDAS PROGRESSIVAS E VARIAۂO DE CURVATURA


' ATUAM prot+g0+g1
' CALCULO DO COEFICIENTE DE FLUENCIA DO A€O
IF SPGP1(J) / FPTK <= .5 THEN FP1(J) = 0

IF SPGP1(J) / FPTK < .6 AND SPGP1(J) / FPTK > .5 THEN FP1(J) = (SPGP1(J) / FPTK - .5) * FP6 /
.1

IF SPGP1(J) / FPTK < .7 AND SPGP1(J) / FPTK > .6 THEN FP1(J) = FP6 + (SPGP1(J) / FPTK - .6) *
(FP7 - FP6) / .1

IF SPGP1(J) / FPTK < .8 AND SPGP1(J) / FPTK > .7 THEN FP1(J) = FP7 + (SPGP1(J) / FPTK - .7) *
(FP8 - FP7) / .1

IF SPGP1(J) / FPTK >= .8 THEN 350

IF SPGP2(J) / FPTK <= .5 THEN FP2(J) = 0

IF SPGP2(J) / FPTK < .6 AND SPGP2(J) / FPTK > .5 THEN FP2(J) = (SPGP2(J) / FPTK - .5) * FP6 /
.1

IF SPGP2(J) / FPTK < .7 AND SPGP2(J) / FPTK > .6 THEN FP2(J) = FP6 + (SPGP2(J) / FPTK - .6) *
(FP7 - FP6) / .1

IF SPGP2(J) / FPTK < .8 AND SPGP2(J) / FPTK > .7 THEN FP2(J) = FP7 + (SPGP2(J) / FPTK - .7) *
(FP8 - FP7) / .1

IF SPGP2(J) / FPTK >= .8 THEN 350

300 ' CALCULO DAS PERDAS PROGRESSIVAS


GOTO 400

350 PRINT "TENSAO NO ACO EXCESSIVA! >0.8fptk"


STOP

400 ROP1 = AP1 / AC: ROP2 = AP2 / AC


FPP1(J) = FP1(J) / 100: FPP2(J) = FP2(J) / 100

A11(J) = 1 + FPP1(J) + ALFA28 * ROP1 * (1 + (YCP1 / RC) ^ 2) * (EC28 / EC7 + .8 * FIC)


A12(J) = ALFA28 * ROP1 * (1 + YCP1 * YCP2 / RC ^ 2) * (EC28 / EC7 + .8 * FIC)
A21(J) = ALFA28 * ROP2 * (1 + YCP1 * YCP2 / RC ^ 2) * (EC28 / EC7 + .8 * FIC)
A22(J) = 1 + FPP2(J) + ALFA28 * ROP2 * (1 + (YCP2 / RC) ^ 2) * (EC28 / EC7 + .8 * FIC)

D1(J) = AP1 * (EP * ECSH + ALFA28 * SCPGP1(J) * FIC - SPGP1(J) * FPP1(J))

UEL – Depto de Estruturas – Concreto Protendido, Prof. Roberto Buchaim, Junho 10 Pág. 39
D2(J) = AP2 * (EP * ECSH + ALFA28 * SCPGP2(J) * FIC - SPGP2(J) * FPP2(J))

DP1(J) = (A22(J) * D1(J) - A12(J) * D2(J)) / (A11(J) * A22(J) - A21(J) * A12(J))


DP2(J) = (-A21(J) * D1(J) + A11(J) * D2(J)) / (A11(J) * A22(J) - A21(J) * A12(J))

PRINT USING "fi-p1=#.#### fi-p2=#.####"; FPP1(J); FPP2(J)


IF J = 7 THEN PRINT USING "A11=##.#### A12=##.#### A21=##.#### A22=##.####"; A11(7);
A12(7); A21(7); A22(7)
IF J = 7 THEN PRINT USING "D1=######.## D2=########.## DP1=########.##
DP2=########.##"; D1(7); D2(7); DP1(7); DP2(7)
PRINT USING "ARM INF 2 QUEDA DE FORCA PROT=#####.## (kN) E QUEDA DE
TENSAO=#####.## (MPa)"; DP2(J) / 1000; DP2(J) / AP2
PRINT USING "ARM SUP 1 QUEDA DE FORCA PROT=#####.## (kN)"; DP1(J) / 1000
PRINT USING "ARM SUP 1 QUEDA DE TENSAO =#####.## (MPa)"; DP1(J) / (AP1 + 10 ^ (-10))
PRINT "APERTE QQ TECLA"
RB$ = INPUT$(1)

' VARIACAO DE TENSAO NAS BORDAS DA SECAO


DSC1(J) = -(DP1(J) + DP2(J)) / AC - (DP1(J) * YCP1 + DP2(J) * YCP2) / WCSUP
DSC2(J) = -(DP1(J) + DP2(J)) / AC - (DP1(J) * YCP1 + DP2(J) * YCP2) / WCINF

' VARIACAO DE CURVATURA E VARIACAO DE DEFORMACAO NO CG-00


DKR(J) = ((SCPG2(J) - SCPG1(J)) * FIC + (DSC2(J) - DSC1(J)) * (EC28 / EC7 + .8 * FIC)) / H / EC28
DEPSC00(J) = SCPG2(J) * FIC / EC28 + DSC2(J) * (1 / EC7 + .8 * FIC / EC28) + ECSH - DKR(J) *
Y0

PRINT USING "VARIACAO TENSAO BORDAS SUP=###.##(MPa) INF=###.##(MPa)"; DSC1(J);


DSC2(J)
PRINT USING "VARIAۂO DA CURV delta-kr (mm-1)*10^9=#########.##"; DKR(J) * 10 ^ 9
PRINT USING "VARIACAO DEFORM NO cg-00*10^3 =#########.##"; DEPSC00(J) * 10 ^ 3
PRINT "APERTE QQ TECLA"
RB$ = INPUT$(1)

' TENSOES NAS BORDAS prot+g0+g1+q+(sh+c+r)


SCTOT1(J) = SCPG1(J) + MQ(J) / WISUP28 + DSC1(J)
SCTOT2(J) = SCPG2(J) + MQ(J) / WIINF28 + DSC2(J)
SCTOTF1(J) = SCPG1(J) + (MQ(J) / WISUP28) * Q1 / Q + DSC1(J)
SCTOTF2(J) = SCPG2(J) + (MQ(J) / WIINF28) * Q1 / Q + DSC2(J)

PRINT USING "TENS BORD pr+g0+g1+q1+sh+c+r(COMB FREQ) Sctot1(Mpa)=###.##


Sctot2(MPa)=###.##"; SCTOTF1(J); SCTOTF2(J)
PRINT USING "TENS BORD pr+g0+g1+q+sh+c+r (COMB RARA) Sctot1(Mpa)=###.##
Sctot2(MPa)=###.##"; SCTOT1(J); SCTOT2(J)
PRINT "APERTE QQ TECLA"
RB$ = INPUT$(1)

NEXT J

' CALCULO DE FLECHAS E DE VARIACAO DE FLECHAS NO CENTRO DO VAO


APR = -(PN2 * YIP27) * L ^ 2 / (8 * EC7 * BNI7)
AG0 = 5 * G0 * L ^ 4 / (384 * EC7 * BNI7)
AG1 = 5 * G1 * L ^ 4 / (384 * EC28 * BNI28)
AQ1 = 5 * Q1 * L ^ 4 / (384 * EC28 * BNI28)
AQ = 5 * Q * L ^ 4 / (384 * EC28 * BNI28)
DA = DKR(1) * L ^ 2 / 8 + 5 * (DKR(7) - DKR(1)) * L ^ 2 / 48
PRINT
PRINT "FLECHA IMEDIATA E VARIACAO DE FLECHA NO CENTRO DO VAO"
PRINT USING "FLECHAS IMEDIATAS apr(mm)=###.## ag0(mm)=###.## ag1(mm)=###.##"; APR;
AG0; AG1

UEL – Depto de Estruturas – Concreto Protendido, Prof. Roberto Buchaim, Junho 10 Pág. 40
PRINT USING "FLECHAS IMEDIATAS aq1(mm)=###.## aq (mm)=###.##"; AQ1; AQ
PRINT USING "VARIACAO FLECHA sh+c+r delta-a (mm) =####.##"; DA
PRINT USING "CONTRA-FLECHA INICIAL apr+ag0 (mm) =####.##"; APR + AG0
PRINT USING "FLECHA IMEDIATA TOTAL COMB FREQ apr+ag0+ag1+aq1 (mm)
=####.##"; APR + AG0 + AG1 + AQ1
PRINT USING "FLECHA TOTAL COM sh+c+r COMB FREQ apr+ag0+ag1+delta-a+aq1
(mm)=####.##"; APR + AG0 + AG1 + DA + AQ1
PRINT USING "VARIACAO MAX DA FLECHA COMB RARA delta-a+aq (mm) =####.##";
DA + AQ
PRINT
' CALCULO DA ROTACAO E VARIACAO DE ROTACAO DE APOIO E
TETAPR = -(PN2 * YIP27) * L / (2 * EC7 * BNI7)
TETAG0 = G0 * L ^ 3 / (24 * EC7 * BNI7)
TETAG1 = G1 * L ^ 3 / (24 * EC28 * BNI28)
TETAQ1 = Q1 * L ^ 3 / (24 * EC28 * BNI28)
TETAQ = Q * L ^ 3 / (24 * EC28 * BNI28)
DTETA = DKR(1) * L / 2 + (DKR(7) - DKR(1)) * L / 3
PRINT
PRINT "ROTACAO IMEDIATA E VARIACAO DE ROTACAO NO APOIO EM milidradianos"
PRINT USING "ROT IMEDIATA teta-pr(mrad)=###.## teta-g0(mrad)=###.## teta-g1(mrad)=###.##";
TETAPR * 1000; TETAG0 * 1000; TETAG1 * 1000
PRINT USING "ROT IMEDIATA teta-q1(mrad)=###.## teta-q (mrad)=###.##"; TETAQ1 * 1000;
TETAQ * 1000
PRINT USING "VARIACAO ROT sh+c+r delta-teta (mrad) =####.##"; DTETA * 1000

PRINT USING "ROT IMEDIATA TOTAL COMB FREQ pr+g0+g1+q1 (mrad) =####.##";
(TETAPR + TETAG0 + TETAG1 + TETAQ1) * 1000
PRINT USING "ROT TOTAL COM sh+c+r COMB FREQ pr+g0+g1+delta-teta+q1 (mrad)=####.##";
(TETAPR + TETAG0 + TETAG1 + DTETA + TETAQ1) * 1000
PRINT

' CALCULO DA VARIACAO DO ALONG DE NEUTRALIZACAO SECAO CENTRAL


PRINT
ROP128 = AP1 / AI28: ROP228 = AP2 / AI28
L11 = 1 - ALFA28 * ROP128 * (1 + (YIP128 / RI28) ^ 2)
L12 = -ALFA28 * ROP128 * (1 + YIP128 * YIP228 / RI28 ^ 2)
L21 = -ALFA28 * ROP228 * (1 + YIP128 * YIP228 / RI28 ^ 2)
L22 = 1 - ALFA28 * ROP228 * (1 + (YIP228 / RI28) ^ 2)
L0 = L11 * L22 - L12 * L21
DPN1 = (DP1(7) * L22 - DP2(7) * L12) / L0
DPN2 = (-DP1(7) * L21 + DP2(7) * L11) / L0

PRINT "ALONGAMENTOS DE NEUTRALIZ APOS PERDAS PROGRESSIVAS"


PRINT USING "alfa-11=#####.##### alfa-12=#####.#####"; L11; L12
PRINT USING "alfa-21=#####.##### alfa-22=#####.#####"; L21; L22
PRINT USING "DPn1 (kN) =######.## DPn2 (kN) =######.##"; DPN1 / 1000; DPN2 / 1000
PRINT USING "DEpn1*1000=######.## DEpn2*1000=######.##"; 1000 * DPN1 / ((AP1 + 10 ^ (-
10)) * EP); 1000 * DPN2 / (AP2 * EP)
PRINT USING "Epn1*1000 =######.## Epn2*1000 =######.##"; 1000 * (SPN * AP1 / EP / (AP1 +
10 ^ -10) + DPN1 / ((AP1 + 10 ^ (-10)) * EP)); 1000 * (SPN / EP + DPN2 / (AP2 * EP))
PRINT
PRINT "APERTE QQ TECLA"
RB$ = INPUT$(1)

PRINT "ESTADO LIMITE ULTIMO-FLEXAO, CALCULO DA ARMADURA AP2 CONHECIDA


AP1"
600 GAMAF = 1.4: GAMAS = 1.15
GAMAC = 1.4
GAMAP1 = .9: GAMAP2 = .9
D = H - DL2

UEL – Depto de Estruturas – Concreto Protendido, Prof. Roberto Buchaim, Junho 10 Pág. 41
PRINT USING "GAMAF=#.## GAMAS=#.## GAMAC=#.## GAMAP1=#.## GAMAP2=#.##
d(mm)=#####.##"; GAMAF; GAMAS; GAMAC; GAMAP1; GAMAP2; D
' MOMENTO EM Nmm
PRINT USING "g0 (kN/m)=##.## g1 (kN/m)=##.## q (kN/m)=##.## L(mm)=######.##"; G0; G1; Q;
L
MDMAX = GAMAF * (G0 + G1 + Q) * L ^ 2 / 8
FD = .85 * FCK28 / GAMAC
FPYD = FPYK / GAMAS
' A€O CA-50 ARMAD PASSIVA
FYD = FYK / GAMAS

EPN1D = GAMAP1 * (SPN / EP + DPN1 / ((AP1 + 10 ^ -10) * EP))


EPN2D = GAMAP2 * (SPN / EP + DPN2 / (AP2 * EP))
PRINT USING "fd=0.85fck/gama-c=###.##(MPa) fpyd=#####.##(Mpa) fyd=#####.##"; FD; FPYD;
FYD
PRINT USING "Mdmax (KNm)=#####.## Epn1d*1000=###.### Epn2d*1000=###.###"; MDMAX
/ 10 ^ 6; EPN1D * 1000; EPN2D * 1000
PRINT "APERTE QQ TECLA"
RB$ = INPUT$(1)

'ITERACAO EM Y

Y = H1

700 Y6 = Y + .01 * D
FOR J5 = 1 TO 3
IF J5 = 1 THEN 1000
IF J5 = 2 THEN 800
IF J5 = 3 THEN 900
800 Y = Y6
GOTO 1000
900 Y7 = Y6 + .01 * D * (MDMAX - MI(J5 - 1)) / (MI(J5 - 1) - MI(J5 - 2))
Y = Y7

1000 ' CALCULO DO MOMENTO INTERNO


X = 1.25 * Y
IF X > 3.5 * D / 13.5 THEN DE1 = .0035 * (X - DL1) / X
IF X <= 3.5 * D / 13.5 THEN DE1 = .01 * (X - DL1) / (D - X)
IF X > 3.5 * D / 13.5 THEN DE2 = .035 * (D - X) / X
IF X <= 3.5 * D / 13.5 THEN DE2 = .01

RP1 = AP1 * EP * (EPN1D - DE1): ZP1 = D - DL1


MP1 = -RP1 * ZP1

RS2 = AS2 * FYD


MS2 = RS2 * (DL2 - DLS2)

IF Y > H1 THEN 1100


RC1 = FD * B1 * Y
ZC1 = D - Y / 2

MI(J5) = RC1 * ZC1 + MS2 - RP1 * ZP1


RP2 = RC1 - RS2 - RP1
GOTO 1150

1100 RC1 = FD * B1 * H1
ZC1 = D - H1 / 2

' RC2 CONSIDERADO ABAIXO DO FLANGE

UEL – Depto de Estruturas – Concreto Protendido, Prof. Roberto Buchaim, Junho 10 Pág. 42
RC2 = FD * BW * (Y - H1)
ZC2 = D - .5 * (H1 + Y)

MI(J5) = RC1 * ZC1 + RC2 * ZC2 + MS2 - RP1 * ZP1

1150 NEXT J5

1200 IF ABS(MDMAX - MI(3)) < .0001 * MDMAX THEN 1300


GOTO 700

1300 PRINT USING "Mint (kNm)=######.## Mdmax=######.## Mint/Mdmax=##.#####"; MI(3) /


10 ^ 6; MDMAX / 10 ^ 6; MI(3) / MDMAX
PRINT USING "x/d=###.#### y/d=###.#### y/h1=###.##"; X / D; Y / D; Y / H1
AP2ELU = (RC1 + RC2 + RC3 - RP1) / FPYD
EP2TOT = (DE1 * (D - X) / (X - DL1) + EPN2D) * 1000
PRINT USING "Deformacao total na armad 1 Ep1,tot*1000=####.###"; (EPN1D - DE1) * 1000
PRINT USING "Ap1 (mm2)=######.##"; AP1

PRINT USING "Deformacao total na armad 2 Ep2,tot*1000=####.###"; EP2TOT


PRINT USING "Ap2,elu (mm2)=######.##"; AP2ELU
PRINT "APERTE QQ TECLA"
RB$ = INPUT$(1)

STOP
END

UEL – Depto de Estruturas – Concreto Protendido, Prof. Roberto Buchaim, Junho 10 Pág. 43

Você também pode gostar