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ESTADOS LIMITES

1. PROJETO ESTRUTURAL
Os objetivos de um projeto estrutural são:

 Garantia de segurança estrutural evitando-se o colapso da estrutura;


 Garantia de bom desempenho da estrutura evitando-se a ocorrência de
grandes deslocamentos, vibrações, danos locais.

1.1. ESTADOS LIMITES - NBR 8800:2008

2. ESTADOS LIMITES

2.1. ESTADO LIMITE ÚLTIMO - ELU


 Perda de equilíbrio como corpo rígido;
 Plastificação total de um elemento estrutural ou de
uma seção;
 Ruptura de uma ligação ou seção;
 Flambagem em regime elástico ou não;
 Ruptura por fadiga.
2.2. . ESTADO LIMITE DE UTILIZAÇÃO - ELS

Os estados limites de utilização


(associados a cargas em serviço)
incluem:

 Vibrações excessivas;
 Deformações excessivas;
 Fissurações exageradas;
 Recalques excessivos.

2.3. MÉTODO

A garantia de segurança no método dos estados limites é traduzida pela equação de


conformidade, para cada seção da estrutura:
Trata-se de um método que considera as incertezas de forma mais racional do que o
método das tensões admissíveis, além de considerar as reservas de resistência após o
início da plastificação.

2.3.1. TEORIA PLÁSTICA DE DIMENSIONAMENTO DAS SEÇÕES

O conceito básico está ilustrado na Figura, onde se vê uma seção de uma peça
submetida à flexão. As Figs. (c) a (g) representam os diagramas de tensões normais na
seção para o momento fletor crescente. O momento 𝑴𝒚, é o momento correspondente
ao início de plastificação e 𝑴𝒑, é o momento de plastificação total da seção.

Como 𝑴𝒑 > 𝑴𝒚 , o saldo (𝑴𝒑 - 𝑴𝒚) constitui uma reserva de resistência em relação ao
início de plastificação. Esse saldo é considerado na teoria plástica de dimensionamento.
O cálculo da carga que produz a condição limite de resistência (colapso) baseada na
plastificação total das seções é feito com a análise estrutural em regime plástico.

2.4. AÇÕES

As ações a serem consideradas no projeto das estruturas são as cargas que nelas
atuam ou deformações impostas (por variação de temperatura, recalques etc.).

As normas brasileiras que se ocupam das cargas sobre as estruturas são:

 NBR 6120 - Cargas para o cálculo de estruturas de edificações;


 NBR 6123 - Forças devidas ao vento em edificações;
 NBR 7188 - Carga móvel em ponte rodoviária e passarela de pedestres.
Definem-se os seguintes tipos de combinações de ações para verificações nos
estados limites últimos:

 Combinação normal:

Combinação que inclui todas as ações decorrentes do uso previsto da estrutura.

 Combinação de construção:

Combinação que considera ações que podem promover algum estado limite último
na fase de construção da estrutura.

 Combinação especial:

Combinação que inclui ações variáveis especiais, cujos efeitos têm magnitude maior
que os efeitos das ações de uma combinação normal.

 Combinação excepcional:

Combinação que inclui ações excepcionais, as quais podem produzir efeitos


catastróficos, tais como explosões, choques de veículos, incêndios e sismos.

2.4.1. AÇÕES – CLASSIFICAÇÃO


 Ações permanentes (g):

São as que ocorrem com valores praticamente constantes durante toda a vida útil da
construção. Também são consideradas as ações que crescem no tempo tendendo a um
valor limite constante.

Ações permanentes diretas:

Peso próprio da estrutura e dos elementos construtivos fixos e das instalações


permanentes. Empuxos permanentes de solo.

Ações permanentes indiretas:

Deformações impostas pela retração e fluência do concreto, deslocamentos de apoio e


imperfeições geométricas.
 Ações variáveis (q):

São as que ocorrem com variações


significativas durante a vida útil da
construção. Causadas pelo uso e
ocupação da edificação como as
provenientes de: sobrecargas em
pisos e coberturas, de equipamentos
e de divisórias móveis, de pressões
hidrostáticas e hidrodinâmicas,
pela ação do vento e pela variação
de temperatura da estrutura.

 Ações excepcionais:

Duração extremamente curta e probabilidade muito baixa


de ocorrência, mas que devem ser consideradas no projeto
de determinadas estruturas como explosões, choques de
veículos, incêndios, enchentes e sismos excepcionais.
2.5. COMBINAÇÕES DE AÇÕES – ELU
2.6. RESISTÊNCIA – ELU

A resistência de projeto 𝑹𝒅 é igual à resistência última dividida pelo coeficiente parcial


de segurança 𝛾m.

2.7. ESTADOS LIMITES DE SERVIÇO - ELS

No dimensionamento dos estados limites é necessário verificar o comportamento da


estrutura sob ação das cargas em serviço, o que se faz com os estados limites de
utilização, que correspondem à capacidade da estrutura de desempenhar
satisfatoriamente as funções a que destina.

Deseja-se evitar, por exemplo, a sensação de insegurança dos usuários de uma obra
na presença de deslocamentos ou vibrações excessivas; ou ainda prejuízos a
componentes não-estruturais, como alvenarias e esquadrias.

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