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MÓDULO 2
SEGURANÇA E DESEMPENHO ESTRUTURAL
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foi cuidadosamente adaptada à realidade brasileira. Os critérios de segurança
adotados nesta Norma baseiam-se na ABNT NBR 8681: ações e seguranças nas
estruturas – Procedimento.
2.2 Estados-Limites
De acordo com a norma NBR 8681, entende-se por Estado-Limite o estado (ou estágio
ou situação extrema) a partir do qual a estrutura apresenta desempenho inadequado
às finalidades da construção. Esses Estados se atingidos, podem determinar a
paralisação, no todo ou em parte, do uso da construção, no caso dos Estados-Limites
Últimos (ELU) ou comprometer a durabilidade da estrutura, no caso dos Estados-
Limites de Serviço (ELS). Cabe ao responsável habilitado em desenvolver o projeto
identificar e quantificar as ações (cargas) que atuam na estrutura e possíveis Estados-
Limites que podem atingir, para as condições mais severas.
A ABNT NBR 8800 exige que nenhum estado-limite aplicável seja excedido quando a
estrutura for submetida a todas as combinações apropriadas de ações. Caso um ou
mais estados-limites forem excedidos, a estrutura não atende mais aos objetivos para
os quais foi projetada.
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R d S d
(1)
2.3 Ações
A ação pode ser entendida como toda influência (causa) ou conjunto de influências
que provocam esforços ou deformações nas estruturas. De acordo com a NBR 8681,
do ponto de vista prático as forças são consideradas como se fossem as próprias
ações. Na imagem a seguir (Figura 1) podemos visualizar o corte da seção transversal
de um edifício em aço e algumas das ações que podem ocorrer nesta e em outras
estruturas. As cargas entram nas edificações pela cobertura, pelos elementos
estruturais (vigas, pilares e lajes) ou pela vedação (paredes). Na imagem pode ser
visualizado ações devidas: ao vento (positivo ou negativo), a cargas de cobertura
(telhas etc), ao peso próprio da estrutura, ao uso e ocupação da estrutura, tais como
cargas de pessoas e mobiliário etc.
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Cargas da cobertura
Vento de sobrepressão
Vento de sucção
Vento
Cargas de pessoas
Cargas de pessoas
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Deslocamento de apoio;
Imperfeições geométricas.
De forma simplificada, retração significa diminuição de volume do concreto, que pode
gerar fissuras nas edificações. Por outro lado, fluência é uma deformação sob
carregamento constante e de longa duração.
b) Ações variáveis
São as que ocorrem com valores que apresentam variações significativas durante a
vida útil da construção, tais como:
ações decorrentes de sobrecargas em pisos e coberturas, referentes a
pessoas, móveis, utensílios e veículos;
equipamentos e de divisórias móveis;
pressões hidrostáticas e hidrodinâmicas;
ação do vento;
variação da temperatura da estrutura.
c) Ações excepcionais
As ações variáveis também variam no tempo, porém têm duração extremamente curta
e probabilidade muito baixa de ocorrência durante a vida da construção, tais como:
Explosões;
choques de veículos;
incêndios;
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enchentes;
sismos excepcionais;
Há vários valores ditos representativos, Fr, descritos nas normas ABNT NBR 8800 e
ABNT NBR 8681. A seguir segue a descrição apenas dos característicos e dos
reduzidos de combinação:
a) Valores característicos
Os valores de ações (cargas) definidos nas Normas Brasileiras, tais como ABNT NBR
6120 e ABNT NBR 6123, são os chamados valores característicos, Fk.
De acordo com o método dos Estados Limites, as ações que atuam numa estrutura
devem ser majoradas (aumentadas) pelos coeficientes de ponderação, f, obtendo-se
assim os valores de cálculo, F d. Este índice ‘d’ refere-se ao termo design, que
traduzido para o português pode significar projeto/cálculo. Esses coeficientes de
majoração levam em conta as incertezas que envolvem os valores característicos das
ações, mantendo-se assim os níveis de segurança do método.
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dados na seção 4 da ABNT NBR 8800. Em função do tipo de ação o índice do
coeficiente f pode ser alterado para identificar a ação considerada, resultando por
exemplo, no símbolo g, para ações permanentes e q, para ações variáveis. Os
valores dos coeficientes correspondentes as ações permanentes, g, e ações
variáveis, q são dados pelo produto de f1 e f3, conforme Equação 3 e Tabela 2 a
seguir. Por outro lado o coeficiente f2 é igual ao fator de redução, 0 e é dado pela
Tabela 3 a seguir.
g ou q f1 f3
(3)
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Tabela 3 – Valores dos fatores de combinação 0 e de redução 1 e 2
a) Em cada combinação, deve-se definir qual será a ação variável principal. As demais
ações variáveis que provocam efeitos desfavoráveis na estrutura, entram como ações
secundárias.
b) As ações variáveis secundárias que atuam em sentido contrário à ação variável
principal não são consideradas na combinação. O motivo é que elas provocam uma
redução na solicitação da ação principal. E o objetivo das combinações é encontrar
os maiores valores “positivos” e os menores valores “negativos”, que são os mais
desfavoráveis para a estrutura.
c) as ações dos ventos (quando há mais de uma) aparecem apenas uma vez na
combinação, seja como ação variável principal ou secundária.
d) as ações permanentes são consideradas em todas as combinações.
e) caso as ações permanentes atuem em sentido contrário à ação variável principal,
elas são incluídas nas combinações com seu valor nominal (sem multiplicar pelos
coeficientes de ponderação).
As regras para os demais tipos de combinação podem ser encontradas nas normas
ABNT NBR 8800 e ABNT NBR 8681.
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excessiva, empoçamento em coberturas, aberturas de fissuras entre outros. Já as
combinações raras atuam por um período curto na vida da estrutura e estão
relacionadas com danos permanentes, tais como formação de fissuras. As expressões
das combinações podem ser encontradas na seção 4 da norma ABNT NBR 8800.
Valores dos deslocamentos permitidos
De forma geral, para que não ocorram os estados limites de serviço, certos
deslocamentos da estrutura devem respeitar os valores máximos () dados no Anexo
C da ABNT NBR 8800. Para vigas de cobertura e vigas de piso, os deslocamentos
máximos permitidos são iguais a L/250 e L/350, respectivamente, conforme Figura 2.
Viga de cobertura
≤ L/250
Viga de piso
≤ L/350
L
= H/400
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2.4 Resistências
Onde:
fk é a resistência característica ou nominal e m é o coeficiente de ponderação da
resistência, dado pela Tabela 4 a seguir. Estes valores variam conforme o tipo de
material e tipo de combinação.
i 1 j 2
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M d Fd 1,25 10 1,50 50 1,4 20 1,5 0,7 30
M d Fd 147,0kNm
O valore de utilizado para esta combinação foi grifado na tabela a seguir. Foi
utilizado a opção “local com elevadas concentrações de pessoas”.
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2ª combinação: supondo ocupação como variável principal
M d Fd 149,3kNm
Assim o momento fletor solicitante que deve ser considerado para fins de projeto,
supondo apenas combinações últimas NORMAIS é igual a:
M d Fd 149,3kNm
Exemplo 2) Uma diagonal de treliça de telhado está sujeita aos esforços normais a
seguir. Calcular o esforço normal solicitante de projeto para combinação última
normal.
Ações permanentes:
Peso próprio da treliça e cobertura metálica: Ng = 1,0kN
Ações variáveis:
Vento (sobrepressão): Nq1 = 1,5kN
Vento (sucção): Nq2 = -3,0kN
Carga variável de uso e ocupação (local em que não há predominância de
equipamentos): Nq3 = 0,5kN
Solução:
1ª combinação: supondo vento de sobrepressão como variável principal
i 1 j 2
N d Fd 3,73kN
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Observações: de acordo com as “regras” vistas anteriormente, a carga de vento entra
apenas uma vez na combinação. Assim, se a carga de sobrepressão entrou na
combinação como variável principal, a carga de vento de sucção não entra nessa
combinação.
i 1 j 2
N d Fd 3,20kN
Observações:
i 1 j 2
N d Fd 3,26kN
N d Fd 3,73kN (tração)
N d Fd 3,20kN (compressão)
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