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ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO I FCT UNL

BETÃO ARMADO I – MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL

Válter J. G. Lúcio

2 – BASES DE PROJETO E AÇÕES

1
BETÃO ARMADO I – MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL FCT UNL

PROGRAMA
1. Introdução ao betão armado
2. Bases de Projeto e Ações
1. Tempo de vida útil de projeto
2. Princípios para o dimensionamento aos estados limites
3. Classificação das ações
4. Valores característicos das ações
5. Outros valores representativos das ações
6. Valores característicos das propriedades dos materiais
7. Valores de cálculo
8. Estados limites últimos
9. Estados limites últimos - combinações de ações
10.Estados limites últimos – coef. parciais das ações e dos materiais
11.Estados limites de utilização
12.Estados limites de utilização - combinações de ações
13.Estados limites de utilização - coeficientes parciais dos materiais
14.Ações em edifícios
3. Propriedades dos materiais: betão e aço
4. Durabilidade
………………………..
VLúcio Set19 2
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As estruturas devem ser projetadas para terem adequada:
• resistência estrutural
• utilização
• durabilidade.
2.1. TEMPO DE VIDA ÚTIL DE PROJETO
• período durante o qual se prevê que uma estrutura, ou parte da mesma,
poderá ser utilizada, para os efeitos a que se destina, com a manutenção
prevista mas sem necessidade de grandes reparações.
Categoria do Valor indicativo do
tempo de vida tempo de vida útil Exemplos
útil de projeto de projeto (anos)
1 10 Estruturas provisórias (1)
2 10 a 25 Componentes estruturais substituíveis, por exemplo,
vigas-carril, apoios
3 15 a 30 Estruturas agrícolas e semelhantes
4 50 Estruturas de edifícios e outras estruturas correntes
5 100 Estruturas de edifícios monumentais, pontes e outras
estruturas de engenharia civil
(1) As estruturas ou componentes estruturais que podem ser desmontados, tendo em vista uma sua
reutilização, não devem ser considerados como provisórios.
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2.2. PRINCÍPIOS PARA O DIMENSIONAMENTO AOS ESTADOS LIMITES

ESTADOS LIMITES ÚLTIMOS os que se referem à segurança das pessoas


e/ou à segurança da estrutura.

Devem ser verificados os seguintes Estados Limites Últimos, quando


forem relevantes:
• perda de equilíbrio (EQU) do conjunto ou de parte da estrutura,
considerados como corpo rígido;
• ruína por deformação excessiva (STR) , transformação do conjunto ou
de parte da estrutura num mecanismo, rotura, perda de estabilidade da
estrutura ou dos seus elementos, incluindo apoios e fundações;
• rotura por fadiga (FAT) ou por outros efeitos dependentes do tempo.
PERDA DE EQUILÍBRIO RUÍNA POR DEFORMAÇÃO EXCESSIVA ROTURA POR FADIGA
de um muro de suporte de uma viga

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ESTADO LIMITE ÚLTIMO POR PERDA DE EQUILÍBRIO

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ESTADO LIMITE ÚLTIMO COM RUÍNA POR DEFORMAÇÃO EXCESSIVA

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ESTADOS LIMITES DE UTILIZAÇÃO os que se referem:
• ao funcionamento da estrutura ou dos seus elementos estruturais
em condições normais de utilização;
• ao conforto das pessoas;
• ao aspeto da construção.
Os Estados Limites de Utilização devem-se basear
na verificação dos seguintes aspetos:
a. deformações que afetem
• o aspeto
• o conforto dos utentes,
• o funcionamento da estrutura (incluindo o
funcionamento de máquinas ou de outras instalações), ou que causem
danos em revestimentos ou em elementos não estruturais;
b. vibrações
• que sejam desconfortáveis para as pessoas,
• que limitem a eficiência funcional da estrutura;
c. danos que possam afetar negativamente
• o aspeto,
• a durabilidade,
• o funcionamento da estrutura.
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2.3 – CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES
Quanto à variação no espaço:
• ações fixas – pesos próprio das estruturas e
de outros elementos e equipamentos fixos
• ações móveis – tráfego rodoviário e ferroviário
Quanto à sua natureza:
• ações estáticas – peso das estruturas e de outros
elementos, e ações cuja variação no tempo não interfere
com o comportamento da estrutura.
• ações dinâmicas – sismos, vento, vibrações induzidas por
máquinas…
Quanto à sua origem:
• ações diretas – forças (cargas) aplicadas à
estrutura.
• ações indiretas – deformações ou acelerações
impostas, provocadas, por exemplo, por variações
de temperatura ou de humidade, retração do
betão, assentamentos diferenciais ou sismos.
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AÇÕES INDIRETAS:
• As deformações impostas sem restrição à livre deformação não introduzem
esforços nas estruturas.
• As deformações impostas com restrição à livre deformação introduzem esforços
nas estruturas.
TIPO DE ASSENTAMENTO VARIAÇÃO DE
ESTRUTURA DE APOIO TEMPERATURA

A AÇÃO NÃO
Da DT DL CAUSA
ISOSTÁTICA
ESFORÇOS

A AÇÃO
Da DT
HIPERSTÁTICA CAUSA
ESFORÇOS

Em estruturas isostáticas as deformações impostas correspondem a


deformações livres, não causando forças na estrutura, quer internas (esforços)
quer externas (reações nos apoios).
Pelo contrário, nas estruturas hiperstáticas essas mesmas deformações
impostas, devido ao impedimento à sua livre deformação, provocam forças na
estrutura
VLúcio Set19 (esforços e reações nos apoios) 9
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Quanto à permanência:
ações permanentes – G ou g
• peso próprio da estrutura,
• peso dos elementos não estruturais fixos e dos equipamentos fixos,
• ações indiretas causadas por retração ou assentamentos
diferenciais dos apoios,
• impulsos das terras, nível freático,
• …...
ações variáveis – Q ou q
• sobrecargas em pavimentos e coberturas,
• ação do vento e da neve,
• ações indiretas causadas por variações de temperatura,
• ação dos sismos AE,
• …..
ações acidentais – A
• impacto de veículos,
• explosões,
• …..
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2.4 – VALORES CARACTERÍSTICOS DAS AÇÕES
PROBABILIDADE DE
Valor característico é o valor OCORRÊNCIA DE UM
representativo principal da ação. DETERMINADO VALOR
DA AÇÃO

AÇÕES PERMANENTES: Gk  Gnominal


AÇÕES VARIÁVEIS: Qk
x%

2.5 – OUTROS VALORES


REPRESENTATIVOS DAS AÇÕES

• valor de combinação y0 Qk Qm = 1.2kN/m2 Qk = 2.0kN/m2


VALOR DA AÇÃO
• valor frequente y1 Qk
• valor quase permanente y2 Qk
O valor frequente (y1 Qk ) corresponde a uma probabilidade de só ser
excedido em 1% do tempo de vida útil da estrutura.
O valor quase permanente (y2 Qk) corresponde a uma probabilidade de
só ser excedido em 50% do tempo de vida útil da estrutura.
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2.6 –VALORES CARACTERÍSTICOS DAS PROPRIEDADES DOS MATERIAIS
PROBABILIDADE DE
Quando um valor baixo de uma OCORRÊNCIA DE UM
DETERMINADO VALOR
propriedade de um material ou de um DA PROPRIEDADE
produto for desfavorável, o valor
característico deve corresponder ao
quantilho de 5%, isto é, a probabilidade
de ocorrer um valor menor que o
5%
característico é de 5%.
PROBABILIDADE DE
OCORRÊNCIA DE UM
DETERMINADO VALOR fk = 500MPa fm = 510MPa
DA PROPRIEDADE VALOR DA
PROPRIEDADE

Quando um valor elevado de uma


95%
propriedade de um material ou de um
produto for desfavorável, o valor
característico deve corresponder ao
quantilho de 95%, isto é, a probabilidade
fm = 530MPa fk = 560MPa de ocorrer um valor maior que o
VALOR DA característico é de 5%.
VLúcio Set19 PROPRIEDADE 12
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2.7 – VALORES DE CÁLCULO
Valor de cálculo da ação Fd = gf Frep
Frep = y Fk – valor representativo da ação, com y = 1.0, y0, y1 ou y2.
gf - coeficiente parcial das ações que tem em conta a possibilidade de desvios
desfavoráveis no valor da ação em relação ao seu valor representativo.

Valor de cálculo dos efeitos da ação Ed = gSd E( gf Frep; ad)


gSd - coeficiente parcial que tem em conta as incertezas na modelação dos
efeitos das ações (cálculo dos esforços, das deformações ou da abertura de
fendas) e na modelação da própria ação (modelar a sobrecarga numa
habitação como uma carga uniformemente distribuída pode não ser a forma
mais correta para modelar).

ad – valor de cálculo das grandezas geométricas (dimensão do vão, por


exemplo).
ou Ed = E( gF Frep; ad) com gF = gSd x gf
gF - coeficiente parcial que tem em conta as incertezas de gf e gSd.
VLúcio Set19 13
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2.7 – VALORES DE CÁLCULO (cont.)
Valor de cálculo das propriedades dos materiais
Xd = Xk / gm
gm - coeficiente parcial relativo à propriedade do material que tem em conta a
possibilidade de desvios desfavoráveis no valor da propriedade do material
ação em relação ao seu valor característico.
Xk – valor de característico da propriedade do material (tensão resistente, por
exemplo).
Valor de cálculo da resistência
Rd = R ( Xd ; ad) / gRd
gRd - coeficiente parcial que considera as incertezas do modelo de
determinação da resistência e os desvios geométricos (dimensões da secção,
por exemplo).
ou Rd = R( Xk / gM; ad) com gM = gRd x gm
gM - coeficiente parcial que tem em conta as incertezas de gm e gRd.

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2.8 – ESTADOS LIMITES ÚLTIMOS
Verificação da resistência – estado limite de rotura ou de deformação
excessiva (STR)
Ed ≤ Rd
0.12
1.2
AÇÃO - Sobrecarga 0.10
MATERIAL - BETÃO
1.0
em edifícios de Resistência à
0.8
habitação 0.08
compressão em
0.6 0.06
provetes cilíndricos
0.4 0.04

0.2
0.02
fc f[MPa]
c [MPa]
0.0 F [kN/m
[kN/m²]
2]

0.0 0.5 1.0 FFm


m 1.5 2.0 2.5 3.0 0.00
15 20 25 30 f cm
fcm 35 40 45 50
A probabilidade de FF k ffck
k
Ed≤ Rd ck
Fk ser excedido é EFEITO DA AÇÃO A probabilidade de
de 5% fck não ser excedido
é de 5%
RESISTÊNCIA

Zona de
segurança

VLúcio Set19 Em Ek Rk Rm 15
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2.9 – ESTADOS LIMITES ÚLTIMOS - COMBINAÇÕES DE AÇÕES
Combinações de ações para situações de projeto persistentes ou
transitórias - Combinação Fundamental
Ed = E { ∑ gG,j Gk,j + gQ,1 Qk,1 + ∑ gQ,i y0,iQk,i }
valor de cálculo do
efeito da combinação
de ações valor de cálculo da valor de cálculo dos valores
valor de cálculo ação variável base de combinação das ações
das ações da combinação variáveis acompanhantes
permanentes

Combinações de ações para situações de projeto sísmicas


Ed = E { ∑ Gk,j + AEd + ∑ y2,iQk,i }

valor de cálculo da
ação sísmica valor quase permanente
das ações variáveis
valor característico das
ações permanentes

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2.9 – ESTADOS LIMITES ÚLTIMOS - COMBINAÇÕES DE AÇÕES
Combinações de ações para situações de projeto acidentais
Ed = E { ∑ Gk,j + Ad + ∑ y2,iQk,i }

valor característico das valor de cálculo da valor quase permanente


ações permanentes ação de acidente das ações variáveis

VLúcio Set19 17
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2.10 – ESTADOS LIMITES ÚLTIMOS
COEFICIENTES PARCIAIS DAS AÇÕES E DOS MATERIAIS
Ed = E( gF Fk; ad)
gF
Efeito ações perman. gG ações variáveis gQ
favorável gG,inf = 1.0 gQ,inf = 0
desfavorável gG,sup = 1.35 gQ,sup = 1.5

Rd = R( Xk / gM; ad)

gM
Combinação BETÃO gC AÇO gS
Persistentes ou 1.5 1.15
transitórias + sismos
acidental 1.2 1.0

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2.11 – ESTADOS LIMITES DE UTILIZAÇÃO
Ed ≤ Cd
Cd – valor de cálculo do limite do critério de utilização (abertura de uma fenda de
0.3mm, deformação de uma viga de ℓ/250, por exemplo).

2.12 – ESTADOS LIMITES DE UTILIZAÇÃO - COMBINAÇÕES DE AÇÕES


Combinação característica de ações
Ed = E { ∑ Gk,j + Qk,1 + ∑ y0,iQk,i }
valor característico das
ações permanentes
valor característico da valor de combinação das
ação variável base da ações variáveis
combinação acompanhantes

VLúcio Set19 19
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2.12 – ESTADOS LIMITES DE UTILIZAÇÃO - COMBINAÇÕES DE AÇÕES
Combinação frequente de ações
Ed = E { ∑ Gk,j + y1,1 Qk,1 + ∑ y2,iQk,i }

valor característico das


ações permanentes
valor quase permanente
valor frequente da ação das ações variáveis
variável base da acompanhantes
combinação

Combinação quase permanente de ações


Ed = E { ∑ Gk,j + ∑ y2,jQk,j }

valor característico das valor quase permanente


ações permanentes das ações variáveis

2.13 – ESTADOS LIMITES DE UTILIZAÇÃO - COEFICIENTES PARCIAIS


DOS MATERIAIS gM = 1.0
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2.14 – AÇÕES EM EDIFÍCIOS EC1 - Anexo A
(informativo)
Quadros dos valores nominais dos pesos volúmicos dos materiais de construção e dos valores
nominais dos pesos volúmicos e dos ângulos de talude natural de materiais armazenados
Quadro A.1 – Materiais de construção - Betão e argamassa
Materiais Peso volúmico g [kN/m3]
betão (ver EN 206)
leve
classe de massa volúmica LC 1,0 9,0 a 10,0 1)2)
classe de massa volúmica LC 1,2 10,0 a 12,0 1)2)
classe de massa volúmica LC 1,4 12,0 a 14,0 1)2)
classe de massa volúmica LC 1,6 14,0 a 16,0 1)2)
classe de massa volúmica LC 1,8 16,0 a 18,0 1)2)
classe de massa volúmica LC 2,0 18,0 a 20,0 1)2)
normal 24,01)2)
pesado >1)2)
argamassa
de cimento 19,0 a 23,0
de gesso 12,0 a 18,0
bastarda 18,0 a 20,0
de cal 12,0 a 18,0
1) Aumentar de 1kN/m3 para percentagem normal de aço em betão
armado e pré-esforçado Betão Armado – 25 kN/m3
2) Aumentar de 1kN/m3 para betão fresco

NOTA Ver Secção 4


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2.14 – AÇÕES EM EDIFÍCIOS
Categorias de utilização
CATEGORIA UTILIZAÇÃO EXEMPLO
ESPECÍFICA

A Actividades Salas em edifícios de habitação; quartos e enfermarias de hospitais;


domésticas e quartos de hotéis, cozinhas e lavabos.
residenciais
B Escritórios
C Locais onde as C1: Zonas com mesas, etc.
pessoas se por exemplo, em escolas, cafés, restaurantes, salões de jantar, salas
possam reunir de leitura, receções.
(com exceção das C2: Zonas com assentos fixos,
utilizações por exemplo, em igrejas, teatros ou cinemas, salas de conferências,
correspondentes salas de aulas, salas de reunião, salas de espera.
às categorias A, B C3: Zonas sem obstáculos para a movimentação de pessoas, por
e D) exemplo, em museus, salas de exposição, etc. e em acessos de
edifícios públicos e administrativos, hotéis, hospitais, e em recintos
de entrada de estações de comboio.
C4: Zonas em que são possíveis atividades físicas, por exemplo,
salões de dança, ginásios, palcos.
C5: Zonas de possível acumulação de multidões, por exemplo,
edifícios para eventos públicos, tais como salas de concertos, salas
para atividades desportivas incluindo bancadas, terraços e zonas de
acesso; plataformas ferroviárias.
D Actividades D1: Zonas de lojas em geral
VLúcio Set19 comerciais D2: Zonas de grandes armazéns 22
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2.14 – AÇÕES EM EDIFÍCIOS
Quadro NA-6.2 – Sobrecargas em pavimentos, varandas e escadas de edifícios
Categorias de zonas carregadas qk Qk
[kN/m²] [kN]
Categoria A - Atividades domésticas e residenciais
- Pavimentos 2.0 2.0
- Escadas 3.0 2.0
- Varandas 2.0 a 5.0 (ver Nota) 2.0
Categoria B - Escritórios 3.0 4.0
Categoria C - Locais onde as pessoas se possam reunir
- C1 3.0 4.0
- C2 4.0 4.0
- C3 5.0 4.0
- C4 5.0 7.0
- C5 6.0 4.5
Categoria D - Atividades comerciais
- D1 4.0 4.0
- D2 5.0 6.0
NOTA: 5.0 kN/m² numa faixa de 1 m de largura adjacente ao parapeito e 2.0 kN/m² na restante superfície.
VLúcio Set19 23
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2.14 – AÇÕES EM EDIFÍCIOS
Valores recomendados dos coeficientes y para edifícios
ação y0 y1 y2
Sobrecargas em edifícios (ver EN 1991-1-1)
Categoria A: zonas de habitação 0,7 0,5 0,3
Categoria B: zonas de escritórios 0,7 0,5 0,3
Categoria C: zonas de reunião de pessoas 0,7 0,7 0,6
Categoria D: zonas comerciais 0,7 0,7 0,6
Categoria E: zonas de armazenamento 1,0 0,9 0,8
Categoria F: zonas de tráfego, 0,7 0,7 0,6
peso dos veículos  30kN
Categoria G: zonas de tráfego, 0,7 0,5 0,3
30kN < peso dos veículos  160kN
Categoria H: coberturas 0 0 0
ação da neve em edifícios (ver EN 1991-1-3)
–Finlândia, Islândia, Noruega, Suécia 0,70 0,50 0,20
–Restantes Estados-Membros do CEN, para obras
localizadas à altitude H > 1000 m acima do nível do mar 0,70 0,50 0,20
–Restantes Estados-Membros do CEN, para obras
localizadas à altitude H  1000 m acima do nível do mar 0,50 0,20 0
ação do vento em edifícios (ver EN 1991-1-4) 0,6 0,2 0
Temperatura (excepto incêndio) em edifícios
VLúcio Set19 (ver EN 1991-1-5) 0,6 0,5 0 24
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PROGRAMA
1.Introdução ao betão armado
2.Bases de Projeto e ações
3.Propriedades dos materiais: betão e aço
4.Durabilidade
5.Estados limite últimos de resistência à tração e à compressão
6.Estado limite último de resistência à flexão simples
7.Estado limite último de resistência ao esforço transverso
8.Disposições construtivas relativas a vigas
9.Estados limite de fendilhação
10.Estados limite de deformação
11.Estados limite últimos de resistência à flexão composta com esforço
normal e à flexão desviada
12.Estados limite últimos devido a deformação estrutural
13.Disposições construtivas relativas a pilares e paredes
14.Estado limite último de resistência à torção

VLúcio Set19 25

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