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Faculdade de engenharias,

Arquitectura e Planeamento Físico

ESTRUTURAS
METÁLICAS E DE
MADEIRA
Eng.°Msc.: Valdemar Fulano
Sistemas estruturais
 Os principais elementos estruturais metálicos são:

a) Elementos lineares alongados, denominados hastes ou barras.

b) Elementos bidimensionais, geralmente denominados elementos planos.


c) Elementos espaciais
 elementos lineares:

formam elementos alongados cujas dimensões transversais são inferiores em relação ao


comprimento.
Dependendo da solicitação predominante, as hastes podem ser classificadas em:

- tirantes (fios, cabos);


-colunas ou Pilares
- vigas;
 Quando os elementos lineares são submetidas a solicitações, os esforços
predominantes são momentos flectores, tensões normais de flexão e tensões
de cisalhamento.
Sistemas Planos de Elementos Lineares
(Bidimensionais )
 Os sistemas de elementos lineares são formados pela combinação dos
principais elementos lineares (tirantes, colunas, vigas), constituindo as
estruturas portantes das construções civis.

 i) Treliças
 Ii) Grelhas Plana:
 Iii) porticos;
A grelha plana: é formada por vigas, ortogonais ou oblíquas, suportando conjuntamente
cargas atuando na direção perpendicular ao plano da grelha. As grelhas são usadas em pisos
de edifícios e superestruturas de pontes.

Porticos : também denominados quadros, são sistemas formados por associação de hastes
retilíneas ou curvilíneas com ligações rígidas entre si.
Sistemas Espaciais
Comportamento das Ligações
 O funcionamento das estruturas compostas por peças pré-fabricadas conectadas, como
é o caso de estruturas de aço, depende essencialmente do comportamento das ligações.

 as ligações entre vigas e pilares determinam o esquema estrutural representativo do


pórtico
Estruturas Aporticadas para Edificações
 O esquema estrutural das edificações Metálicasé caracterizada pela associaçõe de
pórticos, que depende do tipo de detalhe selecionado para as ligações dos elementos.
 Podemos identificar dois tipos básicos de esquemas estruturais:

a)com ligações rígidas;

b) Com ligações semi-rígidas;

c) Ligações flexíveis.
Ligações rígidas?
Ligaçoes rígidas:

 Ao se aplicar o momento fletor, uma ligação rígida não permite rotação, ou seja, o ângulo
de rotação entre as partes conectadas é zero.
 O ângulo entre os elementos estruturais que se interceptam permanece essencialmente o
mesmo após o carregamento da estrutura.
 Transmissão integral de momento fletor, força de cisalhamento e força normal.
Ligações Flexíveis:
 A restrição à rotação relativa entre os elementos estruturais deve ser tão pequena quanto se consiga obter na
prática.
 O momento fletor transmitido é muito pequeno, na prática considera-se nulo. Há transmissão integral de
força de cisalhamento e pode haver transmissão de força normal.
Ligação semi-rígida:
 Apresenta um comportamento intermediário entre a ligação rígida e a flexível.

 O momento transmitido através da conexão não é nem zero (ou próximo de zero) como no caso das ligações
flexíveis e nem o momento máximo (ou próximo dele) como no caso das ligações rígidas.
 Nas ligações rígidas é comum a colocação de enrijecedores na alma do pilar, em
continuidade às mesas da viga.

 Esse procedimento tem objetivo de impedir a ocorrência de estados-limites últimos


relacionados às forças localizadas de compressão e tração na mesa do pilar e também
prevenir deformações da mesa e da alma do pilar.
Conexão Dos elementos
O projeto de conexão envolve produzir uma junta /união que seja
segura, económica de materiais e capaz de ser construída.
 Conectores

 Soldura
 conectores (Rebites, Parafusos): são colocados em furos que atravessam as
peças a ligar;

 Ligação por solda: consiste em fundir partes em contacto de modo a dar a


coalescência das mesmas;
Rebites
 o rebite encolhe diminuindo de diâmetro e apertando o elo de ligação. Estas compressão
permite absorver os esforços transmitidos pela ligação através de atrito entre as ligações.
 os rebites são fabricados em duas categorias:

 A) rebites comuns (fy= 20 kgf/mm2)


 B) rebites de alta resistencia (fy=25 kgf/mm2)

 Os rebites mais utilizados em estruturas sao de ø3mm ou ø4 mm em edificios


e ø7mm ou ø8 mm em pontes.
Parafusos
 Em geral, os parafusos são subdivididos em três categorias:

 a) parafusos comuns: são forjados a partir de barras laminadas, redondas, de aço de baixo
carbono.
 Contendo geralmente cabeças e porcas quadradas ou sextavadas. Nas Ligações com
parafusos comuns é usual fazer furos com um diâmetro aproximado a 1,6 mm. Fy= 38
kgf/mm2
 b) Parafusos desejados: são tornados nas dimensões desejadas. Ømin=0,5mm

 c) Parafusos de alta resistência: Estes parafusos são feitos com dois tipos de material:
i) Aço medio carbono (fy=55 kgf/mm2 e fu= 75kgf/mm2)
ii) Aço de baixa Liga (fy=85 kgf/mm2 e fu=105 kgf/mm2)
. Tipos de ligações mais usuais

 Ligações viga com viga;


 Ligações viga com pilar;
 Emendas;
 Ligação pilar com fundação;
Bases de calculo
Projecto estrutural e Normas
Objectivos do projecto estrutural
 Garantir a segurança estrutural evitando-se o colapso da estrutura;
 Garantiro bom desempenho da estrutura evitando-se a ocorrência de grandes
deslocamentos, vibrações, danos locais;
 garantir a resistencia a eventualidades proporcionadas pelas diferentes acçoes;
 garantir que os diferentes elementos possam resistir as diversas solicitaçoes;
 para satisfazer a essas diferentes condições, a concepção, o dimensionamento, a
fabricação e a realização devem ser feitas dentro das regras;
 As etapas de um projeto estrutural podem ser reunidas em três fases:

 a) Anteprojeto ou projeto básico;


 b) Dimensionamento ou cálculo estrutural;
 c) Detalhamento.
 Nas fases de dimensionamento e detalhamento, utiliza-se, além dos conhecimentos de análise
estrutural e resistência dos materiais, grande número de regras e recomendações referentes a:
- critérios de garantia de segurança;
- padrões de testes para caracterização dos materiais e limites dos valores de características
mecânicas;
- definição de níveis de carga que representem a situação mais desfavorável;
- limites de tolerâncias para imperfeições na execução;
- regras construtivas etc.

Os conjuntos de regras e especificações, para cada tipo de estrutura, são reunidos em documentos
oficiais, denominados normas, que estabelecem bases comuns, utilizadas por todos os
engenheiros na elaboração dos projetos.
Estados Limites
 Um estado limite ocorre sempre que a estrutura deixa de satisfazer um de
seus objetivos e não satisfaz mais as exigências de performance para as
quais foi concebida.
 Os estados limites podem ser subdivididos em:
 Estados limites últimos
 Estados limites de utilização.
Estados Limites Ultimos
 Os estados limites últimos estão associados à ocorrência de cargas excessivas e
consequente colapso da estrutura devido, por exemplo, a
 perda de equilíbrio como corpo rígido;
 plastificação total de um elemento estrutural ou de uma seção;
 ruptura de uma ligação ou seção;
 flambagem em regime elástico ou não;
 ruptura por fadiga;
 Ou outras formas de ruina que possam colocar em risco a segurança das pessoas.
Estados Limites de utilizaçao
 Os estados limites de utilização (associados a cargas em serviço) incluem :
- deformações excessivas;
- vibrações excessivas.
- a estética da estruturas (fissurações) e
- o conforto dos ocupantes;
Ações
 As ações a serem consideradas no projeto das estruturas são as cargas que nelas atuam ou
deformações impostas (por variação de temperatura, recalques, etc.).
 Os valores das ações a serem utilizados no cálculo podem ser obtidos por dois processos:
a) Critério estatístico, adotando-se valores característicos Fk, isto é, valores de ações que
correspondam a uma certa probabilidade de serem excedidos.
b) Critério determinístico, ou fixação arbitrária dos valores de cálculo, Em geral, escolhem-se
valores cujas solicitações representam uma estimativa (geralmente baseada na experiencia) das
solicitações produzidas pelas cargas atuantes.
Três tipos de ações são a considerar:
1) Ações permanentes (G);
2) ações variáveis (Q) ;
3) ações acidentais (Qi).
ACOES

ACOES PERMANENTES ACOES VARIAVEIS

 Peso próprio de estruturas metálicas;  Ação do vento;

 Peso próprio de estruturas moldadas no local e de elementos  Efeito de temperatura;


construtivos industrializados;
 Peso próprio de elementos construtivos industrializados com  Demais ações variáveis, incluindo as decorrentes de uso e
adições in loco ocupação.

 Peso próprio de elementos construtivos em geral e


equipamentos.
Combinações de ações

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