[1]
ESCOPO:
[3]
Vantagens e Desvantagens do uso do Aço
As estruturas em aço, assim como outras formas construtivas, apresentam pontos negativos e positivos, como os
listados a seguir:
Vantagens:
• Redução das solicitações na fundação;
• Aumento da área útil;
• Redução do tempo de montagem;
• Flexibilidade e agilidade.
Desvantagens:
• Dependendo do planejamento da obra, pode custar mais caro que uma obra de concreto equivalente;
• Exige mão de obra altamente especializada;
• Difícil acesso a determinados aços e perfis em certas regiões do país;
• Necessita de mercado de componentes desenvolvido (fachada pré-moldada, dry-wall, etc.);
• Viabiliza somente elementos lineares, para lajes necessita da associação com o concreto.
[4]
Produtos Siderúrgicos Estruturais
• Produtos Laminados
Os produtos laminados, em geral, se classificam
em barras, chapas e perfis.
Perfis Laminados
Os laminadores produzem perfis de grande
eficiência estrutural, em forma de W, I, C, L, os
quais são denominados correntemente perfis
laminados.
[5]
Perfis Formados a Frio
As chapas metálicas de aços dúcteis podem ser dobradas a frio, transformando-se em perfis de chapas
dobradas.
Normas de projeto específicas para esse tipo de perfil metálico foram desenvolvidas, como a do
American Iron and Steel Institute (AISI), cuja edição mais recente é de 2004, e a norma brasileira NBR
1 4762 (2010), Dimensionamento de Estruturas de Aço Constituídas de Perfis Formados a Frio.
[6]
Para melhor se compreender o comportamento das estruturas de aço, se faz
necessário conhecer, de forma satisfatória, as principais propriedades dos aços
estruturais.
As primeiras propriedades mecânicas que devem ser salientadas são:
[9]
[10]
[11]
Métodos de Cálculo
Os objetivos de um projeto estrutural são:
•Garantia de segurança estrutural evitando-se o colapso da estrutura.
•Garantia de bom desempenho da estrutura evitando-se a ocorrência de grandes
deslocamentos, vibrações, danos locais.
No que diz respeito aos critérios para garantia de segurança da estrutura, as normas para
projeto de estruturas metálicas utilizavam, até meados da década de 1980, o Método das
Tensões Admissíveis, quando passaram gradativamente a adotar o Método dos
Coeficientes Parciais, denominado no Brasil de Método dos Estados Limites. Na
literatura norte-americana este método é conhecido pela sigla LRFD - Load and
Resistance Factor Design, que significa projeto com fatores aplicados às cargas e às
resistências.
[13]
No caso de elemento estrutural submetido à flexão simples sem flambagem lateral, a
tensão resistente é tomada, neste método, igual à tensão de escoamento , o que
corresponde ao início de plastificação da seção, e a equação de conformidade da
estrutura é expressa por:
Tensão admissível
[14]
[15]
O Método das Tensões Admissíveis possui as seguintes limitações:
b) Em sua origem o método previa a análise estrutural em regime elástico com o limite de
resistência associado ao início de plastificação da seção mais solicitada. Não se
consideravam reservas de resistência existentes após o início da plastificação, nem a
redistribuição de momentos fletores causada pela plastificação de uma ou mais seções de
estrutura hiperestática. [16]
Método dos Estados Limites
Um estado limite ocorre sempre que a estrutura deixa de satisfazer um de seus objetivos
Eles podem ser divididos em:
• Estados limites últimos
• Estados limites de utilização
[18]
Ações. As ações a serem consideradas no projeto das estruturas são as cargas que nelas
atuam ou deformações impostas (por variação de temperatura, recalques, etc).
[19]
As solicitações de projeto podem ser representadas como combinações de solicitações S
devidas às ações pela expressão:
[20]
Definem-se os seguintes tipos de combinações de ações para verificações nos estados
limites últimos:
[22]
As ações excepcionais (E), tais como explosões, choques de veículos, efeitos sísmicos,
etc são combinadas com outras ações de acordo com a equação:
[23]
Esforços Resistentes. Denominam-se esforços resistentes, em uma dada seção de
estrutura, as resultantes das tensões internas, na seção considerada.
[24]
[25]
[26]
[27]
[28]
[29]
Características dos Galpões em Pórticos com Perfis Estruturais Laminados
[30]
[31]
[32]
TABELAS DE PRÉ-DIMENSIONAMENTO (MÉTODO I)
A seguir encontram-se as Tabelas e os Ábacos de Estágios de Cargas, que devem ser consultados para o pré-
dimensionamento dos diferentes tipos de galpão usados neste manual como referência. As tabelas permitem tanto o
cálculo de galpões com medidas-padrão como de medida intermediária, cujo pré-dimensionamento obtém-se por
interpolação.
No cálculo das estruturas de um galpão, as cargas devidas ao vento são definidas a partir da velocidade básica do vento,
obtidas nas isopletas do território brasileiro contidas na NBR 6123. Foram denominados de "estágios de ação" os
diferentes níveis de cargas nos pórticos para velocidades de vento de 30 a 45 m/s associadas às distâncias padrão entre
pórticos de 6, 9 e 12 m.
O quadro abaixo estabelece quais são esses estágios, que serão usados como dados de entrada nas tabelas e ábacos de
pré-dimensionamento.
[33]
Dimensões Padrão
[34]
[35]
[36]
Premissas de Cálculo
Sistema Estrutural:
• Transversal - pórticos rígidos com Perfis Gerdau Açominas e bases engastadas
• Longitudinal - pórticos contraventados verticalmente com bases rotuladas.
• Inclinação da cobertura de 10%
Tipo de Aço:
Todos os cálculos demonstrados neste manual consideram o uso de Perfis Gerdau Açominas em
aço ASTM A 572 Grau 50, com F > 345 Mpa.
[37]
Contenção Lateral dos elementos do Pórtico:
• Vigas:
As abas comprimidas da viga do pórtico devem estar contidas no máximo a cada 2,5 m (L0), que é o espaçamento máximo,
para efetivo travamento destes elementos, e b garantia de sua estabilidade. É usual utilizar-se os elementos secundários da
cobertura (terças) para essa finalidade, mas, nesse caso, eles deverão ser calculados e avaliados para que proporcionem a
efetiva contenção do pórtico.
• Colunas:
O comprimento efetivo de flambagem, foi definido de modo que o índice de esbeltez seja menor ou igual a 150. Para que isso
ocorra o comprimento destravado máximo, h , deve atender a tabela abaixo
Para que uma contenção possa ser considerada efetiva, fazendo com que o comprimento de flambagem do elemento que
está sendo travado seja igual à distância entre os pontos nos quais essas contenções estejam presentes, deve ser avaliada a
resistência e a rigidez dos elementos de contenção, considerando-se suas dimensões e propriedades geométricas.
[38]
MÁXIMO DE 2,5 METROS
[39]
Deformações:
[40]
Ações e Carregamentos:
As ações adotadas nos cálculos dos galpões e seus componentes referem-se a galpões sem ponte rolante.
Nos casos de aplicações específicas da edificação, que exijam carregamentos especiais, deverão ser feitas as verificações
pertinentes das estruturas
Ações Permanentes:
Peso próprio das Estruturas
[41]
Ações Variáveis:
• Sobrecarga na Cobertura:
0,25 KN/m2 (25 kg/m2) - Segundo NBR 8800/86
Deve ser observado, no caso de construção totalmente aberta, se a relação entre a altura e ovvão coloca a edificação na
condição de cobertura isolada, como estabelece o item 8.2 da Norma. Neste caso, deverão ser feitas verificações
necessárias, pois não está previsto neste estudo. Fatores considerados:
Para determinação das reações nas bases e deformações usam-se as combinações (cargas de serviço):
Os gráficos a seguir estabelecem uma linha média para os pesos estimados das estruturas em kg/m2, considerando os
seguintes elementos:
• Peso dos pórticos;
• Peso das placas de base e das chapas de ligação;
• Travamentos necessários para a estabilização dos pórticos (verticais e horizontais).
O peso total obtido não inclui o peso dos elementos de fechamento lateral, usualmente estimado entre 6,00 e 12,00 kg/m2
dependendo das particularidades de cada projeto. Os gráficos foram montados tomando-se as medidas padrão de altura (H
= 6, 9 e 12 m), espaçamento entre os pórticos (B = 6, 9 e 12 m) e vãos (15 m < L < 45 m) combinados entre si.
Para qualquer valor dentro das faixas citadas acima pode-se fazer uma interpolação linear com boa precisão.
[54]
[55]
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[63]
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[1]
TABELAS DE PRÉ-DIMENSIONAMENTO (MÉTODO II)
As tabelas são também aplicáveis às vigas contidas lateralmente e sujeitas à cargas concentradas. O método
para determinar a capacidade da viga para várias condições de carregamento está indicado na tabela 1.
Supõe-se em todos os casos que as cargas são aplicadas verticalmente, normais ao eixo x-x indicado nas
tabelas de Perfis Estruturais Gerdau, e que a viga se deforma verticalmente no plano da flexão. Se as
condições de carregamento incluírem forças aplicadas fora desse plano, as tabelas não são aplicáveis.
[67]
[68]
[1]
VIGAS SIMPLES CONTIDAS LATERALMENTE
Este trabalho foi elaborado conforme os requisitos da norma brasileira ABNT NBR 8800:2008, baseado no método dos
Estados Limites, para o dimensionamento de vigas uniformemente carregadas contidas lateralmente.
Na determinação das cargas de serviço constantes nas tabelas, utilizou-se o método dos estados limites últimos para
Perfis tipo I laminados, ou seja, FLT considerando C = 1,0, FLM e FLA.
Os parâmetros referentes ao momento fletor resistente, nos estados limites aplicáveis FLT, FLM e FLA, podem ser
encontrados na Tabela G.1 (Parâmetros Referentes ao Momento Fletor Resistente) da ABNT NBR 8800:2008 (pág. 134).
[70]
Comprimento Não Contraventado (Flambagem Lateral com Torção)
Elementos fletidos em torno do seu eixo de maior resistência são classificados de acordo com o comprimento Lb entre
pontos contraventados. Esses são pontos de suporte lateral que impedem a torção da seção, em nossas tabelas de cargas
estaremos utilizando a seguinte expressão da Tabela G.1 da ABNT NBR 8800:2008:
A flambagem lateral é a tendência da mesa comprimida da viga de flambar por flexo-torção, isto é, o perfil gira
deslocando a mesa comprimida lateralmente.
[71]
Cargas Admissíveis em Vigas:
As tabelas anexas preparadas para os Perfis Estruturais Gerdau devem ser usadas para vigas simplesmente apoiadas
contidas lateralmente (l<l) e lista os valores do carregamento total P admissível na viga, dado em toneladas.
As tabelas são também aplicáveis às vigas contidas lateralmente e sujeitas à cargas concentradas. O método para
determinar a capacidade da viga para várias condições de carregamento está indicado na tabela 1.
Supõe-se em todos os casos que as cargas são aplicadas verticalmente, normais ao eixo x-x indicado nas tabelas de Perfis
Estruturais Gerdau, e que a viga se deforma verticalmente no plano da flexão. Se as condições de carregamento incluírem
forças aplicadas fora desse plano, as tabelas não são aplicáveis.
[72]
Dimensionamento Estrutural à Momento Fletor:
A tensão admissível de flexão e a carga admissível de uma viga dependem da contenção lateral da mesa comprimida e
das propriedades de sua seção. Na tabelas, o símbolo Lb denota o comprimento máximo não contraventado da mesa
comprimida, em centímetros, para a qual a teremos que satisfazer a seguinte expressão:
[73]
Força Cortante:
A força cortante correspondente à plastificação da alma por cisalhamento é dada por:
[74]
Deslocamentos (Flechas):
Onde:
= flecha, cm
e = coeficiente conforme Tabela 1
P = carga conforme Tabela 1
L = vão da viga teórico entre apoios ou o dobro do comprimento teórico em balanço, cm
[75]
COLUNAS AXIALMENTE COMPRIMIDAS DE AÇO
Trabalho elaborado conforme os requisitos da norma ABNT NBR 8800:2008 (pág. 43), Método dos Estados Limites e
outras considerações para o dimensionamento de elementos comprimidos. As tabelas anexas foram preparadas
especialmente para os Perfis I e H laminados, duplamente simétricos, ou seja , Perfis Estruturais Gerdau.
[76]
[77]
Valores de Força Axial de Flambagem Elástica:
Pela ABNT NBR 8800:2008 (Anexo E – pág. 121), a força axial de flambagem elástica, N de uma e barra com seção
transversal duplamente simétrica é dada por:
[78]
c) Flambagem por flexo-torção em relação ao eixo longitudinal z:
Onde:
kx .Lx = comprimento de flambagem por flexão em relação ao eixo x (o coeficiente de flambagem K é dado em ABNT
NBR 8800:2008 - E.2.1 – pág. 124) x
ky.Ly = comprimento de flambagem por flexão em relação ao eixo y (o coeficiente de flambagem K é dado em ABNT NBR
8800:2008 - E.2.1 – pág. 124) Y
kz .Lz = comprimento de flambagem por torção (o coeficiente de flambagem Kz é dado em ABNT NBR 8800:2008 - E.2.2
– pág. 125)
ro = raio de giração polar da seção bruta em relação ao centro de cisalhamento, dado por:
[79]
Onde:
rx e ry são os raios de giração em relação aos eixos centrais x e y, respectivamente, e xo e yo são as coordenadas do
centro de cisalhamento na direção dos eixos centrais x e y, respectivamente, em relação ao centro geométrico da seção.
[80]
Comprimento Efetivo de Flambagem e Índice de Esbeltez:
A determinação do comprimento efetivo de flambagem do elemento comprimido através do fator K deve ser feita de
acordo com a seção E2 do anexo E da ABNT NBR 8800:2008 (pág. 121). Na determinação do índice de esbeltez de um
elemento comprimido carregado axialmente deve ser levado em conta o comprimento efetivo KL e o correspondente raio
de giração r da seção.
Para elementos cujo dimensionamento é baseado na força de compressão, o índice de esbeltez KL/r não deve ultrapassar
200.
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