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Escola SENAI “Manuel Garcia Filho”

SETOR DE ENSAIOS ELÉTRICOS – INDÚSTRIA DE ENERGIA,


DEPARTAMENTO DE QUALIDADE

Curso Técnico em Eletromecânica

Disciplina: Planejamento de Controle e Manutenção (PCM)

Prof. Me. Luiz Eduardo

Turma N3ELM

Alunos:

Alan de Aguiar (22295934)


Gabriel José Silva (22296597)
Henrique Reis de Abreu (22295762)
Leonardo Ciossani dos Santos (22295767)

Diadema, São Paulo

Agosto/2023
SUMÁRIO

1. QUAIS EQUIPAMENTOS ESTÃO ENVOLVIDOS NO PROCESSO?....... 3

1.1. Fontes de energia ................................................................................................. 3

1.2. Instrumentos de medição .................................................................................... 3

1.2.1. Multímetro ............................................................................................................. 4

1.2.2. Câmera Termográfica ............................................................................................ 4

1.2.3. Megômetro ............................................................................................................ 5

1.2.4. Ponte de Kelvin ..................................................................................................... 6

1.3. Painel de distribuição .......................................................................................... 7

1.4. Ferramentas para mecânica ............................................................................... 8

2. GRAU DE CRITICIDADE DA LINHA?........................................................ 10

3. IMPACTO DESSE SETOR PARA PESSOAS E MEIO AMBIENTE? ...... 11

3.1. Impacto no meio ambiente (óleo) ....................................................................... 11

3.2. Impacto em pessoas ............................................................................................. 11

3.3. Impacto no meio ambiente (instalações elétricas) ............................................ 12

3.4. Impacto em pessoas ............................................................................................. 12

4. QUAL A AÇÃO DE MANUTENÇÃO MAIS ADEQUADA? ...................... 13

4.1. Manutenção preventiva....................................................................................... 13

4.2. Manutenção preditiva ......................................................................................... 13


1. QUAIS EQUIPAMENTOS ESTÃO ENVOLVIDOS NO PROCESSO?

1.1. Fontes de energia

Por meio de dois laboratórios, utilizamos fontes de energia responsáveis por


alimentar e incitar as máquinas eletromecânicas para realizações dos ensaios elétricos e
mecânicos. Respectivamente, nomeou-se os laboratórios de acordo com a potência de
cada uma das fontes, uma de 20MVA e outra de 13MVA, sendo as duas alimentadas
direto pela rede (ENEL).

Todo este processo de conversão de energia é realizado por meio de um motor


CC (corrente contínua), acoplado a um gerador CA (corrente alternada). A rede de
distribuição alimenta a armadura do motor e por meio de inversores de frequência
controlando o campo de excitação, podemos ter o controle da energia distribuída pelo
gerador.

A distribuição das máquinas que serão ensaiadas é distribuída de acordo com a


potência e disponibilidade dos laboratórios. Sendo finalizado a preparação mecânica e
ligação dos cabos vindos do cubículo de distribuição, a máquina começa a ser incitada e
o processo de ensaios para verificação da qualidade e confiabilidade da máquina é
realizado (todo processo é realizado em cima de normas estruturadas).

1.2. Instrumentos de medição

Para que seja confirmado uma falha potencial, é necessário a realização de


ensaios elétricos, independente dos diferentes tipos de máquinas (baixa, média e
alta tensão). O diagnóstico é gerado através de um conjunto de diferentes testes
realizados por instrumentos de medição, responsáveis por apontar o tipo de
problema e o grau de confiabilidade para energização, ou não, do mesmo. Sendo
assim, a periodicidade da manutenção preventiva deve ocorrer de acordo com os
resultados obtidos, pois esses diagnósticos oferecem informações úteis que
agilizam o processo para uma manutenção corretiva programada antes que
ocorram os possíveis defeitos dos equipamentos sob ensaios. Os instrumentos
utilizados são:
1.2.1. Multímetro

O multímetro é uma ferramenta que mede várias características elétricas, como


tensão, corrente e resistência. Ele pode ser analógico ou digital, sendo o digital o mais
comum atualmente devido à sua precisão e facilidade de leitura.

 Onde funciona:

O multímetro é utilizado em uma variedade de aplicações, desde a solução de


problemas em circuitos eletrônicos domésticos até aplicações industriais e de pesquisa.

 Exemplo:

O equipamento é utilizado para visualização da informação de resistência e


tensão, para os ensaios de “tensão e isolamento do eixo”. Também é utilizado para
utilização da resistência dos sensores de temperatura (PT100) e monitorar temperatura
de partes da máquina.

Imagem 1: Google Imagens, 2020.

1.2.2. Câmera Termográfica

Uma câmera termográfica é um dispositivo que traduz a radiação infravermelha


(calor) de objetos em uma imagem visível. Esta imagem representa a distribuição de
temperatura de uma superfície. Quanto mais quente o objeto, mais radiação
infravermelha ele emite, e a câmera o representa com cores diferentes para diferentes
temperaturas.
 Onde funciona:

Essas câmeras são utilizadas em uma variedade de campos, incluindo inspeções


de construção (para encontrar perdas de calor ou pontes térmicas), diagnóstico médico,
manutenção elétrica (para encontrar conexões quentes ou falhas em equipamentos),
entre outros.

 Exemplo:

Identificação de ponto com temperatura elevada acima da especificada em


projeto, por exemplo temperatura do mancal.

Imagem 2: Google Imagens, 2019.

1.2.3. Megômetro

O megômetro, também conhecido como megger, é um instrumento de


medição do fluxo de corrente elétrica. De forma simples, ele basicamente gera e aplica
uma tensão que varia entre 500 e 15000V em um equipamento, para realizar a leitura
precisa da corrente elétrica capaz de passar por ele.

 Onde funciona:

A partir da geração e aplicação de tensão elétrica, a principal função desse


instrumento é medir valores elevados de resistência (a resistência é a oposição de um
corpo à corrente elétrica que passa por ele) de motores, transformadores e outros.
O instrumento é utilizado nos testes de isolação, que servem para identificar a
integridade dos enrolamentos ou cabos em motores e de mecanismos de distribuição e
instalações elétricas. O aparelho é capaz de indicar possíveis pontos de fuga de corrente
elétrica. Essa prática que o megômetro “protagoniza” é de grande importância para
a segurança pública e pessoal de quem trabalha na área. Averiguando a integridade dos
itens, evita curto-circuito, incêndios e outros acidentes. Além disso, permite
acompanhar o nível de deterioração (natural) dos materiais.

 Exemplo:

Verificação da integridade e isolação dos enrolamentos e cabo dos motores e


geradores que passaram por rebobinamento.

Imagem 3: Google Imagens, 2012.

1.2.4. Ponte de Kelvin

Medir as resistências elétricas é algo que garante a funcionalidade de


equipamentos elétricos e, para isso, é importante que se tenha uma ponte kelvin,
também conhecida por ponte dupla de Kelvin ou ponte de Thomson.

A ponte kelvin é um instrumento de medida projetado para determinar as


resistências elétricas muito reduzidas, normalmente as que são abaixo de 1 ohm.
A ponte Kelvin é especificamente produzida para medir os baixos valores de
resistências, que são fabricadas como quatro resistências terminais.
 Onde funciona:

A ponte Kelvin é um instrumento de leitura direta de baixas resistências com


alcance entre 10 micro-ohms e 200 ohms. O equipamento é adequado para se fazer
medições precisas de disjuntores, resistências de bobinado de transformadores, motores,
entre outros. Além disso, a ponte Kelvin pode medir resistência de barramentos, de
conexões de solda, resistência de fusíveis, de contato de chaves, de conectores, de
condutores elétricos, de carcaças, e muitos outros. As medidas são realizadas em
conformidade com as normas sobre testes de condutância exigidos para o setor.

 Exemplo:

Utilizado para medir resistência entre fases e dos enrolamentos (bobinas) dos
motores ou geradores elétricos. Os ensaios em que se aplica esse instrumento se
chamam “resistência à frio” e “resistência à quente.

Imagem 4: Google Imagens, 2014.

1.3. Painel de distribuição

Conforme dito anteriormente, os testes das máquinas eletromecânicas são


incitados utilizando as fontes de energia encontradas nos laboratórios. Por questão de
segurança e organização no momento de distribuir energia, utiliza-se quadros elétricos
(ou conhecidos como painéis de distribuição) como intermédio entre a fonte e a
máquina a ser ensaiada.
Os painéis são compostos por disjuntores de grande porte, barramentos e os
cabos com grandes diâmetros para suportar a corrente que será percorrida até a
máquina. Para atua-los é necessário apenas apertar um botão e o comando fará o resto
do trabalho, garantindo segurança para os funcionários.

Imagem 5: Google Imagens, 2006.

1.4. Ferramentas para mecânica

Ao receber uma nova máquina para ser ensaiada, não é possível iniciar as
operações sem antes entender e prepara-la de acordo com suas necessidades. Por
exemplo, um mancal de óleo forçado, é obrigatório a preparação de flanges para ligação
das mangueiras e circulação do óleo durantes a operação da máquina. Para isso, utiliza-
se diversas ferramentas de aperto, corte e outras funções que auxiliam o preparo para
operação do equipamento. Algumas dessas ferramentas são:

 Chaves Combinadas: São chaves que têm uma extremidade fixa (boca) e a outra
extremidade do tipo estrela (anelar);

 Grifo: Também conhecido como chave de tubo, é ajustável e é usado principalmente


em tubulações e conexões de grande diâmetro;
 Alicate Universal: Uma ferramenta versátil que pode apertar, torcer ou cortar fios;

 Alicate de Corte: Designado principalmente para cortar fios ou cabos;

 Chave Allen: Uma chave em forma de L usada para apertar ou soltar parafusos com
uma cabeça hexagonal interna;

 Parafusadeira: Ferramenta elétrica ou manual para apertar ou soltar parafusos;

 Alicate Crimpador: Usado para fixar conectores em cabos, especialmente em


trabalhos de rede;

 Fita Isolante: Usada para isolar conexões elétricas;

 Fita Crepe: Uma fita adesiva usada geralmente para proteção ou demarcação em
pinturas;

 Fita de Alto Fusão: Uma fita usada para isolar e proteger conexões elétricas sob
condições extremas;

 Chave fixa 46 (1 metro de extensão): Uma chave com bocas fixas, sendo "46" o
tamanho da boca em milímetros;

 Chave de Borne: Usada para apertar ou soltar terminais de borne em quadros


elétricos.

Imagem 6: Autoral – Parte 1, 2023.


2. GRAU DE CRITICIDADE DA LINHA?

TAG EQUIPAMENTO SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE PRODUÇÃO


Caso uma falha aconteça, como
Caso o equipamento falhe, consequência, irá parar o processo de
Fonte de Energia Fonte para operação das máquinas alguém se machucará ou produção de forma irrecuperável e a
afetará. indisponibilidade será acima de 48
horas.

Caso uma falha aconteça, como


Caso o equipamento falhe,
consequência, irá parar o processo de
Equipamentos responsável por forncer causará lesões leve e
Instrumentos de Medição produção de forma recuperável e a
valores para diagnótico pertubação ecológica de baixa
indisponibilidade será de até 24
duração.
horas.

Caso uma falha aconteça, como


Caso o equipamento falhe,
Intérmedio entre fontes de energia e consequência, irá parar o processo de
Painel de Distribuição alguém se machucará ou
máquinas produção de forma irrecuperável e a
afetará o meio ambiente.
indisponibilidade será de até 24 horas.

Caso o equipamento falhe,


Dispositivos utilizados para preparação causará lesões leve e Caso uma falha aconteça, não
Ferramentas para Mecânica
das máquinas pertubação ecológica de baixa impactará o processo de produção.
duração.

Imagem 7: Autoral – Parte 1, 2023.

QUALIDADE CUSTO DE MANUTENÇÃO BACK-UP CRITICIDADE

Caso uma falha aconteça, como Caso uma falha aconteça,


Caso uma falha aconteça,
consequência, impactará diretamente a como consequência,
o equipamento será
qualidade do produto de forma comprometerá o A
reparado em um tempo
irrecuperável com grandes riscos de ser orçamento de
acima de 48 horas.
percebida pelo cliente final. manutenção.

Caso uma falha aconteça, como Caso uma falha aconteça, Caso uma falha aconteça,
consequência, impactará diretamente a não comprometerá o o equipamento será
B
qualidade do produto de forma orçamento de reparado em um tempo
irrecuperável. manutenção. entre 24 e 48 horas.

Caso uma falha aconteça, como Caso uma falha aconteça,


Caso uma falha aconteça,
consequência, impactará diretamente a como consequência,
o equipamento será
qualidade do produto de forma comprometerá o A
reparado em um tempo
irrecuperável com grandes riscos de ser orçamento de
acima de 48 horas.
percebida pelo cliente final. manutenção.

Caso uma falha aconteça, como Caso uma falha aconteça, Caso uma falha aconteça,
consequência, impactará diretamente a não comprometerá o o equipamento será
C
qualidade do produto de forma orçamento de reparado em um tempo
recuperável. manutenção. menor que 8 horas.

Imagem 8: Autoral- Parte 2, 2023.


3. IMPACTO DESSE SETOR PARA PESSOAS E MEIO AMBIENTE?

3.1. Impacto no meio ambiente (óleo)

Os óleos podem ter impactos significativos no meio ambiente, especialmente


quando ocorrem vazamentos ou derramamentos desses óleos. Muitos desses óleos são
produtos químicos que podem ser tóxicos para a vida aquática e terrestre. Além disso:

 O óleo pode contaminar o solo, tornando-o inadequado para plantações.

 Quando despejado em água, pode criar um filme sobre a superfície, impedindo a


entrada de oxigênio e prejudicando a vida aquática.

 A degradação do óleo pode levar à liberação de gases nocivos para a atmosfera,


contribuindo para problemas como o efeito estufa.

3.2. Impacto em pessoas

Os impactos dos óleos sobre as pessoas podem ser diretos e indiretos:

 Exposição Direta: O contato direto com certos óleos pode causar irritações na pele,
alergias ou outras reações adversas. A inalação de vapores pode afetar o sistema
respiratório.

 Riscos de Incêndio: Muitos óleos usados em ensaios elétricos são inflamáveis. Um


vazamento próximo a fontes de ignição pode causar incêndios, representando riscos
para os trabalhadores e para as instalações.

 Impacto na Saúde a Longo Prazo: A exposição contínua a alguns óleos,


especialmente se contaminados com produtos químicos pode ter impactos negativos
a longo prazo, incluindo problemas de saúde como câncer.
3.3. Impacto no meio ambiente (instalações elétricas)

 Uso de Recursos: Como qualquer grande indústria, a empresa usa recursos naturais
em sua produção, o que pode levar ao esgotamento desses recursos se não forem
bem gerenciados.

 Emissões: O processo de fabricação pode resultar em emissões de gases de efeito


estufa e outros poluentes. No entanto, a empresa tem trabalhado em soluções de
energia renovável e eficiência energética, o que pode compensar parte dessas
emissões.

 Resíduos: A produção e teste de equipamentos elétricos podem gerar resíduos. A


gestão e descarte inadequados desses resíduos podem prejudicar o meio ambiente.

3.4. Impacto em pessoas

 Segurança no Trabalho: Trabalhadores em setores de ensaios elétricos estão


expostos a riscos, como choques elétricos, exposição a produtos químicos e riscos
ergonômicos. A empresa responsável, investe em treinamentos e equipamentos de
proteção individual para minimizar esses riscos.

 Desenvolvimento e Treinamento: A empresa fornece oportunidades de treinamento


e desenvolvimento para seus funcionários, promovendo sua capacitação e
crescimento profissional.

 Impacto na Comunidade: A presença da empresa em uma comunidade pode ter


impactos sociais e econômicos. A geração de empregos e o investimento em
projetos comunitários são pontos positivos. Por outro lado, operações industriais de
grande escala podem ter impactos ambientais locais, como poluição do ar ou da
água, que podem afetar a saúde e o bem-estar da comunidade local.
4. QUAL A AÇÃO DE MANUTENÇÃO MAIS ADEQUADA?

Havendo categoria A dentro das operações levantadas na empresa, considera-se


as seguintes manutenções:

 Devem fazer parte do plano de manutenção preditiva.


 Devem ser inspecionados diariamente.
 Devem ser realizadas preventivas com base no tempo.

4.1. Manutenção preventiva

A manutenção preventiva é aquela que é realizada em intervalos


predeterminados, ou de acordo com critérios prescritos, e destina-se a reduzir a
probabilidade de falha ou a degradação de funcionamento de um item. Ela visa prevenir
falhas ou possíveis paradas e é um excelente método para controle de equipamentos,
sem a necessidade de desligá-los.

Para que fique claro, deve-se analisar a definição de Manutenção Preventiva


segundo a NBR-5462 e destacar três pontos: intervalos predeterminados, critérios
específicos e redução da probabilidade de falhas. Esses pontos são conhecidos como
“gatilhos”, ou seja, uma vez que ocorre um evento predeterminado como gatilho, é
executada uma ação de manutenção. Os gatilhos são critérios ou condições específicas
que irão determinar quando um equipamento deve passar por manutenção.

4.2. Manutenção preditiva

Manutenção que permite garantir uma qualidade de serviço desejada, com base
na aplicação sistemática de técnicas de análise, utilizando-se de meios de supervisão
centralizados ou de amostragem, para reduzir ao mínimo a manutenção preventiva e
diminuir a manutenção corretiva (NBR 5462).

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