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Instituto Técnico Unitech

Curso: Electricidade Instaladora

Tema: Chaves de Transferência & Sistemas de Aterramento Eléctrico

Formandos: Formador:

Catarina Adélia Hermínio Pacule

Isac Lino Agostinho

Silva Eduardo Novela

Maputo, Julho de 2022

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Índice

1. Introdução ........................................................................................................................... 3
2. Chaves de transferência ...................................................................................................... 4
2.1. Tipos de aplicação das chaves de transferência .............................................................. 4
2.1.1. Chaves de transferência de rede elétrica para gerador ................................................ 4
2.1.2. Chaves de transferência de rede elétrica para rede elétrica ......................................... 5
2.1.3. Chaves de transferência de gerador para gerador........................................................ 5
2.2. Tipos de chaves de transferência .................................................................................... 6
2.2.1. chaves de transferência manuais ................................................................................. 6
2.2.2. Chaves de transferência não automáticas .................................................................... 6
2.2.3. Chaves de transferência automática ............................................................................ 7
2.3. Tipos de transições da chave de transferência ................................................................ 7
2.3.1. Transição aberta .......................................................................................................... 7
2.3.2. Transição fechada ........................................................................................................ 8
2.4. Chaves de transferência com certificação de entrada de serviço .................................... 8
2.5. Chaves de transferência de isolamento de derivação ...................................................... 9
2.6. Funções do Sistema de Transferência Automática ....................................................... 10
2.7. Problemas da transferência ........................................................................................... 10
3. Sistemas de aterramento elétrico ...................................................................................... 12
3.1. Objetivo......................................................................................................................... 12
3.1.1. Aterramento Elétrico: Protege a sua integridade física ............................................. 12
3.1.2. Dispositivos de proteção ........................................................................................... 13
3.1.3. Aterramento Elétrico ................................................................................................. 13
3.2. Tipos de Aterramento ................................................................................................... 13
3.2.1. Funcional ................................................................................................................... 13
3.2.2. Proteção ..................................................................................................................... 13
3.2.3. Temporário ................................................................................................................ 13
3.3. Esquemas de aterramento elétrico ................................................................................ 14
3.3.1. Esquema TN ............................................................................................................. 14
3.3.2. Esquema TN-C .......................................................................................................... 14
3.3.3. Esquema TN-S .......................................................................................................... 15

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1. Introdução
Toda instalação onde se utiliza o grupo gerador como fonte alternativa de energia elétrica
necessita, obrigatoriamente, de uma chave reversora ou comutadora de fonte. Somente nos
casos onde o grupo gerador é utilizado como fonte única de energia, pode-se prescindir da
utilização deste dispositivo. Tem a finalidade de comutar as fontes de alimentação dos circuitos
consumidores, separando-as sem a possibilidade de ligação simultânea. Para isso, as chaves
comutadoras de fonte são construídas de diversas formas e dotadas de recursos que vão desde
o tipo faca, manual, até as mais sofisticadas construções com controles eletrônicos digitais,
comandos e sinalizações locais e remotas, passando pelos tipos de estado sólido, de ação ultra-
rápida.

O presente trabalho é de carácter avaliativo, a ser apresentado no curso Técnico de Electricidade


Instaladora, cujo tema é “Chaves de Transferência e Sistemas de Aterramento Eléctrico”. O
trabalho tem por objectivo, trazer uma ideia global no que concerne às chaves de transferência
e Sistemas de Aterramento Eléctrico, dando mais ênfase as Chaves de Transferência.

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2. Chaves de transferência
Chaves de transferência são dispositivos que permitem uma conexão ou desconexão segura de
diferentes fontes de eletricidade a uma carga elétrica. Muitas residências e empresas estão
equipadas com um gerador de reserva que é usado em caso de queda de energia. Muitos campi
universitários e fábricas também têm as próprias usinas de energia no local, mas ocasionalmente
mudam para a rede local para obter energia. Alguns usuários industriais têm sistemas elétricos
sofisticados com vários geradores no local e pontos de acesso à rede que podem ser conectados
a diferentes cargas elétricas. Em todos os casos, é importante isolar adequadamente as fontes
de geração de eletricidade quando não estiverem em uso e garantir que as transições de uma
fonte para a outra sejam realizadas de forma segura e controlada.

Em termos gerais, as chaves de transferência são necessárias em três categorias de casos de uso.
As chaves de transferência podem ser usadas para alternar entre a rede elétrica e um gerador;
entre diferentes geradores; ou entre diferentes entradas de rede elétrica.

2.1. Tipos de aplicação das chaves de transferência


2.1.1. Chaves de transferência de rede elétrica para gerador

Figura 1.Chave de transferência de rede eléctrica para gerador

As chaves de transferência evitam que a eletricidade viaje na direção errada, como de um


gerador doméstico para a rede elétrica. Isso significa que os trabalhadores da companhia de
energia podem ter certeza de que não levarão um choque do gerador doméstico de alguém
quando forem trabalhar em linhas aéreas. Esse é um dos motivos para a maioria dos códigos
elétricos exigirem o uso de uma chave de transferência quando um gerador residencial é
conectado ao quadro elétrico da residência.

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Não são apenas os geradores domésticos que exigem uma chave de transferência. Além disso,
muitos tipos de negócios, indústrias e serviços governamentais contam com geradores de
energia, que também exigem uma chave de transferência. Em algumas aplicações, requisitos
específicos precisam ser cumpridos ao instalar um gerador e uma chave de transferência. Por
exemplo, a fonte de alimentação de reserva de um data center deve ficar disponível
instantaneamente no caso de uma queda de energia. Ainda falaremos mais sobre isso.

2.1.2. Chaves de transferência de rede elétrica para rede elétrica


As chaves de transferência de rede elétrica para rede elétrica são aplicáveis quando a instalação
está equipada com várias entradas da companhia elétrica. Uma chave de transferência de rede
elétrica para rede elétrica é usada quando os consumidores de eletricidade dentro da instalação
exigem a opção de mudar de um serviço para outro. Um caso de uso simples seria aquele em
que um prédio comercial ou industrial tem dois medidores de eletricidade, mas um único
sistema elétrico. Dependendo de qual locatário esteja usando o prédio em determinado
momento, o prédio pode ser alternado de um medidor para o outro, garantindo que cada
locatário seja responsável apenas pelo próprio consumo de eletricidade.

2.1.3. Chaves de transferência de gerador para gerador


Chaves de transferência de gerador para gerador são necessárias em locais equipados com mais
de uma fonte de alimentação no local. Normalmente, uma chave de transferência de gerador
para gerador é necessária quando uma casa está equipada com painéis solares e um gerador. Se
os painéis solares e o gerador não estiverem eletricamente isolados, o inversor de CA associado
aos painéis solares talvez tente realimentar o gerador, criando uma situação perigosa e
potencialmente prejudicial para o gerador e o inversor. A chave de transferência permite que o
proprietário alterne a energia entre os painéis solares e o gerador, mantendo os dois sistemas
eletricamente separados. As chaves de transferência de gerador para gerador também são
necessárias em grandes instalações industriais com vários grupos geradores no local.
Dependendo das necessidades elétricas da instalação em determinado momento, diferentes
geradores podem ser ativados ou desativados. Uma mina, por exemplo, pode ter necessidades
variáveis de energia, dependendo de quais poços estão ativos e precisam de ventilação em
determinado momento, e pode operar um conjunto diferente de geradores conforme a
necessidade.

Em resumo, as chaves de transferência são necessárias em uma grande variedade de aplicações


e, portanto, estão disponíveis em muitos tamanhos e configurações diferentes para atender a
todos os casos de uso possíveis. Ao escolher uma chave de transferência em determinado caso
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de uso, vários critérios precisam ser considerados, incluindo a tensão, a corrente e a quantidade
de fases da aplicação, se a chave tem uma função crítica de segurança, a duração da interrupção
do serviço que a carga pode tolerar, o ambiente em que a chave será instalada e muito mais.

2.2. Tipos de chaves de transferência


Um ponto importante a levar em consideração é como a chave é acionada. Existem três tipos
principais de mecanismos de acionamento: manual, não automático e automático.

2.2.1. chaves de transferência manuais

Figura 2. Chave de transferência manual

As chaves manuais, como o nome indica, precisam ser operadas manualmente — em geral,
puxando uma alavanca ao lado da chave de transição. A alavanca move um conector dentro do
gabinete da chave de uma posição conectada a uma fonte de alimentação para outra posição
conectada à outra fonte de energia. Pense em um trabalhador de ferrovia puxando alavancas
para mover os trilhos em cruzamentos de ferrovias. As chaves manuais são relativamente
simples, com nenhuma ou poucas peças eletrônicas sujeitas a falhas, e são mais baratas que as
chaves automatizadas. No entanto, as chaves manuais são proibidas em certas aplicações
críticas de segurança, em que é necessário alternar rapidamente entre as fontes de alimentação,
quer um humano esteja presente, quer não.

2.2.2. Chaves de transferência não automáticas


O próximo nível em termos de complexidade é uma chave não automática com botão elétrico,
que cumpre a mesma função de uma alavanca, mas usa um dispositivo mecânico operado
eletronicamente para acionar a chave. O botão pode estar na própria chave de transferência ou
em outro lugar, por exemplo, em uma sala de controle. As chaves não automáticas são
convenientes quando a chave de transferência é difícil de acessar ou quando há várias chaves
de transferência para operar. A decisão de se e quando apertar o botão, porém, continua nas
mãos humanas.

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2.2.3. Chaves de transferência automática

Figura 3. Chave de transferência automática

As chaves automáticas têm os mecanismos de controle mais sofisticados. Elas incluem um


controlador inteligente, que decide, independentemente de intervenção humana, quando ativar
a chave. Uma chave automática pode, por exemplo, detectar uma queda de energia, iniciar
automaticamente um gerador de reserva e fazer a chave receber energia do gerador. Daí, quando
o serviço é restaurado, a chave pode voltar automaticamente e desligar o gerador, tudo sem
nenhuma intervenção humana. O controlador pode ser programado por seu proprietário para
reagir automaticamente dentro dos parâmetros predefinidos a quaisquer alterações na rede
elétrica ou a quaisquer gatilhos personalizados.

2.3. Tipos de transições da chave de transferência


Outro ponto importante a levar em consideração ao escolher uma chave de transferência é como
é feita a transição entre uma fonte e outra. As transições podem ser 'abertas' ou 'fechadas'. Com
certos tipos de carga, selecionar o tipo certo de transição pode ser crucial para a segurança.

2.3.1. Transição aberta


As transições abertas muitas vezes são descritas como transições 'fechar antes de abrir' porque
a carga é desconectada da fonte de alimentação antiga antes de ser conectada à nova fonte. As
transições abertas podem ser 'atrasadas' ou 'na fase'. Em uma transição atrasada, há um atraso
definido entre o instante em que a carga é desconectada e o instante em que ela é reconectada à
nova fonte. As chaves com transições atrasadas costumam ser usadas com cargas indutivas,
como transformadores e grandes motores elétricos, que podem gerar distúrbios elétricos quando
reconectados rapidamente a uma fonte não sincronizada. De certa forma, as chaves de transição

atrasada funcionam como uma transmissão manual em um veículo motorizado. Você pisa no
pedal da embreagem para desengatar a transmissão enquanto muda as marchas e, se o veículo
está em movimento, você muda para neutro até parar antes de mudar para marcha à ré.

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Em alguns casos, a breve perda de energia experimentada pela carga durante o atraso da troca
pode ser indesejável. Em um prédio de escritórios ou em uma residência, isso faria com que os
computadores não protegidos por uma fonte de alimentação ininterrupta fossem desligados ou
reinicializados. Em um centro de controle de tráfego aéreo, por exemplo, a reinicialização de
computadores de forma prematura seria altamente indesejável. É aí que entram as transições
'em fase'. Para realizar uma transição em fase, a chave de transferência espera até que a fase e
a tensão da fonte antiga e da nova coincidam com precisão e, em seguida, troca a carga para a
nova fonte. A transição leva cerca de 30 a 50 milissegundos e, do ponto de vista da carga, ocorre
sem nenhuma interrupção significativa no fornecimento de energia. As chaves de transição em
fase exigem um microcontrolador digital para garantir que as transições ocorram quando as
fontes são sincronizadas e, portanto, não podem ser operadas manualmente.

2.3.2. Transição fechada


Quando estritamente nenhuma interrupção de energia é aceitável, as chaves de transição
fechadas podem ser uma opção. As transições fechadas são transições 'abrir antes de fechar', o
que significa que a chave de transferência estabelece uma conexão com a nova fonte de
alimentação antes de desconectar a antiga. A chave de transferência espera para fazer isso, como
é o caso das transições em fase abertas, até o instante exato em que as duas fontes estão em
fase. As transições fechadas, assim como as transições em fase abertas, só são possíveis quando
a fonte de alimentação antiga pode ser mantida até a transição estar concluída. Quando a fonte
de energia antiga é interrompida inesperadamente, a chave de transição pode reverter para uma
transição atrasada. Além disso, as chaves de transição fechadas podem estar sujeitas a requisitos
específicos da companhia de energia elétrica, resultando na necessidade de proteções e
documentos adicionais.

Outros recursos estão disponíveis para chaves de transferência projetadas para certos casos de
uso específicos.

2.4. Chaves de transferência com certificação de entrada de serviço


O Código Elétrico Nacional dos EUA exige uma forma de desconectar o serviço elétrico
quando ele entra em um imóvel. Em residências, esse requisito geralmente é atendido pela
presença de um disjuntor principal no quadro elétrico. Entre outros benefícios, o disjuntor
principal fornece proteção contra sobrecorrente para todo o sistema elétrico da residência.
Dessa forma, se um dispositivo elétrico com defeito na casa causar um curto-circuito, ele
desarmará o disjuntor e cortará a energia da casa, em vez de iniciar um incêndio. Onde houver

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um disjuntor principal no quadro elétrico, uma chave de transferência normal pode ser colocada
adiante no quadro. Isso geralmente é feito quando um gerador é instalado em uma construção
já existente. Em uma construção nova, talvez compense mais instalar uma chave de
transferência com certificação de entrada de serviço, que já inclui um disjuntor principal.
Quando uma chave de transferência com certificação de entrada de serviço é instalada entre o
medidor principal e o quadro elétrico, não é necessário nenhum disjuntor principal adicional no
quadro. Além disso, como a chave é colocada antes do quadro principal, ela pode ser instalada
externamente, exigindo uma entrada a menos na casa e facilitando a conexão com o gerador.
Como resultado, optar por uma chave de transferência com certificação de entrada de serviço
pode reduzir os custos gerais, embora essa chave possa ser um pouco mais cara que uma chave
sem classificação de entrada de serviço.

2.5. Chaves de transferência de isolamento de derivação

As chaves de transferência de isolamento de derivação são chaves especializadas que podem


ser inspecionadas e testadas sem interrupção do fornecimento de energia. Esse recurso é
possível pela presença de um segundo circuito de troca dentro da chave de transferência.
Quando um circuito de troca está sendo inspecionado, a energia é desviada para o outro circuito.
A presença de um segundo circuito também fornece um nível de redundância que garante que
a chave continue funcionando mesmo que o circuito principal falhe. As chaves de transferência
de isolamento de derivação são mais complexas e caras que as chaves de circuito único, mas,
como são mais confiáveis e garantem a ausência de interrupção no fornecimento de energia,
são exigidos por código em muitos ambientes de serviços de saúde e outras aplicações críticas.

Escolher a chave de transferência certa para as suas necessidades pode ser complicado. Os
códigos elétricos fornecem orientações úteis, mas há muitas opções e recursos disponíveis no
mercado que não são ditados por códigos.

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2.6. Funções do Sistema de Transferência Automática

Nos controles digitais, estas funções inclusas e apenas os pontos de ligação dos contatos de
comando são acessíveis.

Falha da
2
8 Rede
Detectar
Parar o grupo Falha
gerador 3
Dar partida
7
no grupo
Transferência
6 4
Retorno da Rede –
Checar tensão e Checar tensão e
5 freqüência
freqüência Transferência da
carga para o
gerador

Figura 4.Funções do Sistema de Transferência Automática

Considerando a possibilidade de manutenção ou reparos no sistema de transferência, é


conveniente a instalação também de uma chave de bypass. Esta chave, permite que as cargas
sejam alimentadas diretamente pela rede ou pelo grupo gerador, sem utilizar a chave de
transferência, permitindo que esta possa ser desativada temporariamente ou removida para
reparos. A utilização deste componente requer detalhamento do projeto junto ao usuário
para definir a seqüência de operação desejada, a fim de eliminar os riscos de paralelismo
acidental das fontes. É possível estabelecer o bypass só para a rede, para o grupo gerador
ou para ambos alternativamente, dependendo da configuração desejada. No caso das chaves
dedicadas, o bypass pode ser com ou sem interrupção da alimentação das cargas de
emergência. Alguns fornecedores disponibilizam este item como opcional.

2.7. Problemas da transferência


Cada circuito consumidor tem características próprias, resultantes dos dispositivos
alimentados. Um edifício comercial difere fundamentalmente de uma indústria com a mesma
capacidade instalada. Enquanto no edifício predominam cargas de iluminação, elevadores,
pequenos no-breaks, computadores e ar condicionado, na indústria a carga predominante,
provavelmente, será de motores elétricos.

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Quando ocorre uma falta de energia, o grupo gerador de emergência dotado de sistema de
transferência automática é acionado e no intervalo médio de 10 a 15 segundos assume as cargas.
Este intervalo é suficiente para que os motores em funcionamento parem de girar e todos os
circuitos se desenergizem. Entretanto, quando do retorno da concessionária, o sistema aciona o
desligamento do gerador e o ligamento da rede, um após o outro, num intervalo médio de 100
a 200 ms. Isto faz com que, ao ser religada a rede, os motores, por inércia, ainda estão girando
praticamente na mesma rotação. O mesmo ciclo acontece nas transferências onde se utilizam
grupos geradores nos horários de ponta, quando no início se transfere a carga da rede para o
gerador e no final, quando ocorre a transferência inversa. Os motores em movimento, sem
receber energia, geram tensão que percorre o circuito em sentido inverso, no intervalo de
transferência, que irá se contrapor à fornecida pela fonte que assume a carga, produzindo um
surto capaz de trazer perturbações e queima de equipamentos. Quando há este tipo de problema,
a solução é fazer a transferência num intervalo de tempo programado, desligando-se uma fonte
e aguardando um tempo suficiente para que todos os motores parem, antes de efetuar o
ligamento da fonte substituta. A isto, habitualmente chamamos de transferência com transição
programada.

Para os edifícios comerciais com muitos elevadores, uma alternativa frequentemente adotada
é incluir no sistema um relé programado para fechar um contato durante o tempo suficiente
para que todos os elevadores sejam desligados no andar térreo (ou no mais próximo de onde
se encontram), permanecendo desligados até que a transferência se realize. Esta providência
é interessante porque, no caso da transferência da rede para o gerador, permite que os
elevadores sejam acionados um após o outro, reduzindo assim o surto de corrente de partida
que ocorreria com a partida simultânea de todos os elevadores ao mesmo tempo. Esta função
é um item opcional nas chaves Cummins Power Generation.

Uma outra forma de efetuar a transferência sem perturbações é a transição fechada, em


paralelo com a concessionária, que pode ser instantânea ou com rampa de carga. Para adotar
esta solução, é necessário consultar a concessionária e, conforme o caso, aditar o contrato de
conexão e uso, para prever esta função. É a forma mais conveniente para quem utiliza grupos
geradores para geração nos horários de ponta.

A transferência instantânea significa aplicação de carga brusca e a rampa de carga só pode


ser utilizada nas transferências com as duas fontes presentes e normais. No caso de uma falta
de energia, a entrada do grupo gerador na condição de emergência é feita em barramento
morto, assumindo todas as cargas que estiverem ligadas, instantaneamente.
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Existem chaves que efetuam a transferência em transição fechada com um tempo de
paralelismo menor do que 5 graus elétricos (0,00023 seg). Como as proteções normalmente
exigidas pelas concessionárias têm tempos de atuação de 100 ms, estas se tornam
desnecessárias, porém, podem ser exigidas, a seu critério, por condições contratuais.

3. Sistemas de aterramento elétrico

Aterramento é a ligação do sistema a terra através de um componente condutor. Assim, as


cargas de fuga do sistema podem ser escoadas. Dessa forma, os profissionais ficam protegidos
dos choques elétricos acidentais. Muitas vezes causados por falhas ou condições inadequadas
de trabalho.

Figura 5.Sistema de aterramento eléctrico

3.1. Objetivo

A princípio, podemos dizer que o objetivo do aterramento pode ser dividido em três partes:

• Proteção da integridade dos profissionais da área, usuários e animais;


• Permitir um funcionamento adequado dos dispositivos;
• Realizar a descarga de energia elétrica indesejada das carcaças de equipamentos.

3.1.1. Aterramento Elétrico: Protege a sua integridade física

Um dos principais objetivos do sistema de aterramento elétrico é garantir a segurança das


pessoas que interagem com a energia elétrica de forma doméstica ou profissional. Além disso,
ele é discutido na NBR 5410 e também na Norma Regulamentadora NR10. Portanto, o
aterramento elétrico é essencial para o bom funcionamento dos equipamentos elétricos e
proteção da integridade física das pessoas.

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3.1.2. Dispositivos de proteção

Os fusíveis e disjuntores dependem do aumento da corrente elétrica. Sem a presença de um


sistema de aterramento elétrico, não ocorrerá a vazão da corrente. Por exemplo, uma geladeira
que tenha uma corrente de fuga no motor. Se ela não tem um sistema adequado de aterramento,
a sobrecarga pode ser descarregada no momento em que uma pessoa tocar a carcaça. Ela irá
receber o choque que será direcionado para a terra.

3.1.3. Aterramento Elétrico

Aterramento é a ligação do sistema a terra através de um componente condutor. Assim, as


cargas de fuga do sistema podem ser escoadas. Dessa forma, os profissionais ficam protegidos
dos choques elétricos acidentais. Muitas vezes causados por falhas ou condições inadequadas
de trabalho.

Portanto, O Aterramento elétrico é uma das medidas mais seguras no serviço elétrico. Ele
garante o bom funcionamento das instalações e atende as exigências das normas vigentes.

3.2. Tipos de Aterramento


3.2.1. Funcional

O aterramento funcional é a ligação através de um dos condutores do sistema neutro.

3.2.2. Proteção

O aterramento de proteção é a ligação à terra das massas e dos elementos condutores estranhos
à instalação.

3.2.3. Temporário

O aterramento temporário são as ligações da elétrica efetivadas utilizando baixa impedância


intencional à terra. A intenção é garantir a equipotencialidade continua durante todas as
intervenções nas instalações elétricas.

São utilizados diferentes esquemas: Os métodos apresentados são caracterizados pelo


aterramento do neutro da BT de um transformador AT/BT , e também das partes metálicas
expostas da instalação BT. O uso desses métodos é orientado a partir das medidas necessárias
para a proteção dos riscos de contatos indiretos. Quando necessário, pode ser aplicado mais de
um aterramento nas instalações.
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3.3. Esquemas de aterramento elétrico
3.3.1. Esquema TN

O esquema TN possui variações para melhorar sua funcionalidade. Como podemos observar
no esquema a seguir, a fonte de alimentação deve ser diretamente aterrada, como no esquema
TT. Nesta instalação, as partes metálicas são expostas. Já as partes metálicas que não pertencem
a instalação, são conectadas ao condutor neutro pelos condutores que fazem a proteção.

3.3.2. Esquema TN-C

Observe que neste esquema as funções de neutro e de proteção são conjugados somente em um
condutor. Ele deve ser nomeado como condutor de proteção neutro - PEN. O PEN precisa
estabelecer um ambiente equipotencial eficaz com a utilização de eletrodos espaçados
regularmente.

É importante destacar que, este esquema não é aceito em condutores de seção inferior a 10mm²
e para os equipamentos portáteis e flexíveis. Assim, em locais onde existe risco de incêndio o
uso é proibido.

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3.3.3. Esquema TN-S

Para o aterramento TN-S, condutores de proteção e neutro são separados. É obrigatório usar
condutores separados PE e N em circuitos elétricos de cobre com seções menores que 10mm²
, nos condutores de alumínio e em equipamentos móveis 16mm².

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