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Instituto Federal do Tocantins

Disciplina: Manutenção Elétrica Industrial

Aluna: Thiana Tiller Relíquias Gomes 

Atividade 3

1 - Qual a importância da análise do óleo de transformadores industriais.

O transformador de força é um dos ativos mais valiosos no que tange a


questão elétrica de uma área industrial. Além da sua importância, o mesmo tem
um valor agregado alto, o que faz com que o olhar da manutenção esteja
voltado para a preservação e cuidado do equipamento. Neste contexto, a
análise de óleo é um processo indispensável para o bom funcionamento e
acompanhamento da vida Útil desse ativo, por meio da análise de óleo do trafo,
é possível analisar, através da contração de água e gases presente no óleo se
o trafo está com sobrecarga, ou se ele está com a temperatura elevada
precisando de um tratamento de óleo entre outras medidas que ajuda a
preserva e melhora o desempenho do equipamento.   

2 - Como se dá a manutenção em subestações de energia (tipo cabine


primária).

Existem dois tipos de manutenção de cabines primárias de média tensão, a


preventiva e a corretiva. A manutenção preventiva se trata da revisão periódica
e gerenciamento do plano de ação dos componentes elétricos que compõem a
subestação para evitar grandes falhas e acidentes elétricos.
Já a corretiva é feita quando a cabine primária já apresentou problemas, com
uma parada não programada. Por ser um sistema elétrico bem complexo uma
vez que os problemas são dinâmicos. 
É importante mencionar que uma subestação de média tensão cabine primária,
há diversos equipamentos e componentes elétricos. Cada um deles tem
necessidades diferentes.

TRANSFORMADORES DE POTÊNCIA:

- Limpeza do equipamento;
- Inspeção dos cabos de média e baixa tensão;
- Verificação e reaperto das buchas de baixa e média tensão;
- Reaperto das conexões de aterramento;
- Medição de isolação entre AT/BT, AT/Terra e BT/Terra;
- Medição da resistência ôhmica dos enrolamentos e da relação de
transformação;
- Reaperto das conexões de MT.
 
RELÉS DE PROTEÇÃO:
- Inspeção visual, de ruídos, posição, varetas, limpeza do equipamento;
- Verificação das partes móveis e do fluído amortecedor e se precisar, o
reaperto desses ítens;
- Ensaios operacionais relés /disjuntor ensaios de operação por falta de fase,
SUB e SOBRETENSÃO;
DISJUNTOR DE MÉDIA TENSÃO
- Exame das partes metálicas quanto à corrosão, do mecanismo de operação e
dos isoladores quanto à rachadura;
- Limpeza e lubrificação do equipamento;
- Teste de operação manual e inspeção dos cabos de comando;
- Reaperto das conexões dos cabos de comando;
- Verificações do intertravamento, da câmara de extinção de arco, dos contatos
fixos e móveis, desgaste e pressão dos contatos.
CHAVE SECCIONADORA DE MÉDIA TENSÃO
- Limpeza do equipamento, exame das articulações, pinos molas e travas;
- Operação e alinhamento do fechamento dos contatos;
- Lubrificação das partes móveis;
- Verificação das condições dos isoladores e suportes, do intertravamento e do
estado das hastes de acionamento e contatos;
- Reaperto das ligações à terra, medição da resistência de isolação e da de
contato;
- Testes de intertravamento elétrico (KIRK) e das aberturas e simultaneidade.
Manutenção Cabine Primária
TRANSFORMADORES DE POTENCIAL TP´S:
- Limpeza do equipamento; inspeção das partes metálicas, conexões e dos
fusíveis e bases;
- Medição da resistência ôhmica dos enrolamentos e da da resistência de
isolação;
- Inspeção dos isoladores quanto a trincas e rachaduras.
TRANSFORMADORES DE CORRENTE TC’S:
- Limpeza do equipamento, inspeção das partes metálicas e conexões;
- Medição da resistência ôhmica dos enrolamentos e de isolação;
- Inspeção dos isoladores quanto a trincas e rachaduras;
PARA RAIOS DE LINHA:
- Limpeza do equipamento;
- Verificação das ligações à terra e dos terminais;
- Inspeção da porcelana quanto a trincas e rachaduras;
- Medição da resistência ôhmica de isolação e da malha de terra.
CABOS E MUFLAS DE MÉDIA TENSÃO:
- Verificação geral das muflas e terminações, da resistência de isolamento, do
estado do aterramento e das conexões e continuidade das blindagens;
- Reaperto geral das Conexões e aterramento das blindagens;
- Limpeza das muflas com solvente dielétrico de alta resistividade e reaperto
das conexões;
- Medição da Resistência ôhmica de isolação.
3 - Como a manutenção elétrica industrial preventiva pode ajudar a
manter a saúde dos motores elétricos
Se tem uma coisa que não pode, em hipótese alguma, ser negligenciada na
indústria é a manutenção dos motores elétricos. De acordo com a Procel, ele é
responsável por 68% do consumo de energia elétrica no setor industrial
brasileiro (e em alguns segmentos, como o têxtil, o consumo chega a 98%).
Logo, não seria exagero dizer que esse equipamento é o coração da indústria:
essencial para todas as etapas da produção, não há fábrica ou oficina capaz de
sobreviver sem ele.
Desta forma, a manutenção elétrica industrial preventiva detecta falhas na
instalação elétrica em fase inicial, isso permite o funcionamento correto de
máquinas na maior parte do tempo. Consequentemente, esse tipo de
manutenção eleva consideravelmente a vida útil dos equipamentos da
indústria.

4 - Qual a importância da utilização do equipamento analisador de energia


na verificação de distúrbios na qualidade da eletricidade?

Distúrbios na qualidade da energia elétrica causam enormes prejuízos às


empresas. Mas podem ser solucionados a partir da elaboração de um laudo
com analisador de energia.

O analisador de energia é um equipamento de ponta utilizado para avaliar os


padrões de tensão, corrente e outras variáveis da energia utilizada pelas
empresas em suas atividades diárias.

Se a energia necessária à produção não atende os padrões ideais de


qualidade, o empresário pode ter uma série de prejuízos, como:

● insuficiência
● má operação
● falhas em equipamentos da planta e da instalação elétrica.

Esses problemas podem ser causados pela eletricidade comprada da


distribuidora ou por equipamentos eletrônicos e máquinas da própria planta
industrial.

As indústrias precisarão de um laudo com analisador de energia para identificar


a fonte desses distúrbios e corrigi-los. Ou mesmo para exigir da distribuidora
local o fornecimento de energia de qualidade ao custo mais baixo possível

Desta forma, por meio da medição da qualidade de energia é possível detectar


o nível de distorção harmônica, os desequilíbrios das grandezas elétricas
(corrente, tensão e até mesmo as variações de frequência do sistema). Todas
essas grandezas possuem valores máximos e mínimos de variação
estabelecidos pelas normas de segurança.
Os distúrbios elétricos mais comuns são:
1. Subtensão;
2. Sobretensão;
3. Distorções Harmônicas;
4. Ruídos;
5. Picos ou transitórios;
6. Blackouts
5 - Como se corrigir o problema de baixo fator de potência em uma
indústria?
O baixo fator de potência é um distúrbio de energia que ocorre quando a
operação de máquinas com motores elétricos produz excesso de energia
reativa. Essa energia gera desperdício de eletricidade, o que é multado pelas
concessionárias na conta de luz.

O problema é descoberto por meio de medições feitas nas indústrias junto aos
motores para identificar quanta energia reativa eles estão produzindo.

Os resultados colhidos in loco são utilizados para a realização de um cálculo: o


fator de potência. Nada mais é do que uma fórmula que determina o índice de
desperdício da energia consumida para manter máquinas e equipamentos
eletrônicos, transformadores e toda a rotina de uma indústria ou empresa

As ações para correção do baixo fator de potência são:


● Dimensionar corretamente motores e equipamentos;
● Utilizar e operar convenientemente os equipamentos;
● Elevar o consumo de energia ativa (kWh) se for conveniente à unidade
consumidora;
● Instalar capacitores onde for necessário;
● Corrigir o baixo fator de potência por meio da utilização do serviço de
técnicos habilitados;
6 - Como se aplicar a eficiência energética industrial para reduzir o
consumo de eletricidade em uma indústria?
1. Cuidado com os motores elétricos:
Investir em motores com alta eficiência energética é o ideal para reduzir
o consumo de energia. Enquanto não houver viabilidade financeira para
isso, uma série de rotinas pode ser incorporada à produção industrial
para evitar o desperdício.
2. Iluminação x Eficiência Energética na Indústria
Em primeiro lugar, a iluminação deve estar adequada ao tipo de
atividade realizada pela empresa, bem como as suas rotinas de
produção. O cálculo luminotécnico é essencial para adequar a
quantidade e o tipo de luz às variadas atividades, de acordo com a
legislação brasileira. Isso evita multas e perda de eficiência energética
na indústria.
3. Refrigeração x Eficiência Energética na Indústria

Há vários tipos de resfriamento industrial. Alguns utilizam água gelada


como agente resfriador. E esta é transportada para os vários processos
produtivos. Outros contam com um evaporador que retira o calor do
ambiente a ser resfriado, como nas câmaras frigoríficas. Para reduzir o
consumo de energia elétrica, cada um deve possuir um protocolo de
manutenção preventiva que avalie os itens necessários à eficiência
energética nas indústrias.

4. Ar comprimido sem vazamento

Sistemas de ar comprimido são amplamente utilizados em linhas de


produção industrial, e por isso precisam de mecanismos de eficiência
energética. De um lado, são empregados para transmitir e armazenar
energia em processos mecânicos alimentando equipamentos
pneumáticos, limpando peças sob pressão ou resfriando componentes
da fabricação. De outro, são insumos que fazem parte ativa do processo
de fabricação, reagindo com componentes de fórmulas industriais. É o
caso do ar comprimido que provoca reações na indústria química,
farmacêutica, de alimentos, de eletrônicos e semicondutores. Ou mesmo
do ar preparado para procedimentos hospitalares.
5. Transformadores e geradores sem desperdício
Enquanto os geradores garantem a continuidade das atividades em caso
de interrupção no fornecimento de energia, os transformadores
adequam a eletricidade comprada ao uso industrial. Utilizados para
elevar ou baixar a tensão e correntes elétricas, os transformadores
tornam a energia recebida da concessionária própria para uso,
distribuindo-a aos circuitos industriais de acordo com a especificidade
dos equipamentos.
6. Ar condicionado

Indústrias e empresas dependem de sistemas de ar condicionado para


manter a qualidade do ar quanto à temperatura, limpeza, umidade e
movimentação. Esses fatores são de extrema importância tanto para
garantir conforto aos funcionários e aumentar a produtividade quanto
para processos específicos.

7. Avaliação das instalações elétricas da indústria


Para aumentar a eficiência energética nas indústrias, as instalações
elétricas precisam estar em condições adequadas. Dois tipos de
avaliações podem ser feitas visando a adoção das medidas necessárias
para reduzir o consumo:
● Laudo técnico das instalações elétricas – o chamado “laudo
elétrico”. Esse estudo das condições elétricas de uma edificação
ajuda a identificar distúrbios de energia e pontos de desperdício
ocasionados por deterioração das instalações.
● Manutenção elétrica preditiva: assim como existem laudos para
variadas finalidades, existem também vários tipos de
manutenção: como a preditiva (ou preventiva), a periódica e a
corretiva.
Vários tipos de distúrbios energéticos provocam perdas que elevam o
consumo de energia. E podem ser identificados na manutenção preditiva
e no laudo elétrico.
7 - Como se utiliza e qual a importância do uso dos “termovisores” na
manutenção de quadros elétricos de distribuição de energia?
Para atuar na identificação de falhas elétricas em razão de irregularidades na
temperatura de máquinas, equipamentos ou conjuntos mecânicos, uma das
principais ferramentas disponíveis no mercado são os termovisores.
Os termovisores são equipamentos especiais que captam raios infravermelhos
capazes de converter o calor em imagens coloridas. Dependendo da escala
utilizada, os pontos avermelhados representam aquecimento acima da média.
Esse aquecimento deveria estar sempre próxima da temperatura ambiente.
Porém, a própria circulação de energia converte eletricidade em calor. Por isso,
até mesmo instalações existentes em edifícios construídos há pouco tempo
podem apresentar pontos quentes que dependem da manutenção elétrica para
serem controlados. Durante a manutenção elétrica preventiva, a análise
termográfica é realizada em circuitos elétricos, disjuntores, quadros de
distribuição de energia e painéis de equipamentos elétricos.

8 - O que são e como funcionam os “para-raios ionizantes” na atualidade?


Onde estes estão sendo mais utilizados?
O para-raios ionizante Indelec é uma proteção contra descargas atmosféricas
que detecta e antecipa a formação do raio, conectando-se a ele em um ponto
mais alto em relação aos para-raios convencionais de ponta metálica simples
(conhecidos como “ponta Franklin”).
O funcionamento do para - raios ionizante se dá da seguinte forma:
A descarga atmosférica (ou raio) é a consequência de uma diferença de
potencial entre a nuvem e a terra. Traduzindo, a diferença de potencial é a
variação entre a voltagem elétrica presente nas nuvens de tempestade
(cumulus nimbus) e a voltagem do solo. É essa diferença de potencial que faz
as partículas elétricas das nuvens se moverem para o solo na forma de uma
corrente elétrica.
O raio começa quando a nuvem lança o chamado “traçador descendente”, que
propaga essa corrente elétrica em direção ao solo. Na medida em que o
traçador descendente se aproxima do chão, objetos ou pontos altos – como
árvores, torres ou para-raios – começam a gerar um campo de ionização
elétrica que aumenta naturalmente (o chamado “efeito coroa”).
É o encontro entre o traçador descendente emitido pela nuvem com o traçador
ascendente emitido pelo solo, objeto ou para-raios que gera a descarga elétrica
na forma de relâmpago (clarão luminoso) e trovão (som do raio). Sem um
para-raios, o raio atinge o primeiro objeto alto e pontiagudo que encontra, seja
uma árvore, prédio ou pessoa.
Os sistemas de proteção contra raios fazem com que o ponto de impacto da
descarga seja um objeto pré-definido – o para-raios.
A diferença entre os para-raios comuns (ponta Franklin, ou ainda a Gaiola de
Faraday) e os para-raios ionizantes como o Prevectron, da fabricante Indelec, é
que o para-raios ionizante antecipa a formação da descarga atmosférica
lançando um traçador ascendente que gera o campo de ionização ainda no ar.
Os para-raios ionizantes da marca seguem as normas estrangeiras:

● NFC 17-102 (criada na França em 1995 e atualizada em 2011)


● NFC 17-102 (referência para a Proteção com Dispositivo de Ionização –
PDI)
● IEC 62305
● UNE 21186
● NP 4426
● IRAM 2426, entre outras.

9 - Quais as aplicações/orientações da norma NR-10 quando se trata de


manutenção em baixa e média tensões no ambiente industrial?
O descumprimento de normas como a NR-10 (com requisitos para média e alta
tensão) e a NBR 5410 (voltada a instalações elétricas de baixa tensão) pode
acarretar pesadas multas ou prejuízos às empresas.
Essas normas não versam apenas sobre a segurança dos trabalhadores em
baixa, média ou alta tensão. Aplicam-se também à segurança das próprias
instalações elétricas. Por isso a NR-10 exige que as corporações atendam
alguns requisitos normativos. Por exemplo, toda empresa deve manter os
“esquemas unifilares das instalações elétricas atualizados, com as
especificações do sistema de aterramento e demais equipamentos e
dispositivos de proteção”.
Em outras palavras, sua empresa precisa ter um Sistema de Proteção contra
Descargas Atmosféricas (SPDA) – também conhecido como para-raios –
documentado e em condições ideais de funcionamento. Isso porque se suas
edificações não estiverem em conformidade com a legislação, a empresa
poderá ser multada. Além de responsabilizada em caso de acidentes com raio
envolvendo funcionários.
10 - Cite pelo menos 05 softwares aplicados no gerenciamento de
manutenção elétrica industrial e: A) pesquise qual está sendo o mais
utilizado nas industrias hoje; b) Qual deles tem maior custo benefício?
As seis principais são:

1. ENGEMAN
2. SIM+
3. MAXIMO
4. SIGMA
5. E-MANUT
6. SIVECO

Segundo o site modular cursos, um dos sistemas de gestão de manutenção


mais usados no Brasil é o ENGEMAN.

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