PÓS-GRADUAÇÃO

Sistemas Elétricos
 PÓS-GRADUAÇÃO

Desempenho das
instalações elétricas e
suas proteções
Bloco 1
Heverton Bacca Sanches
Objetivos

Estudar desempenho e qualidade das instalações elétricas

para melhoria do consumo e dos custos da energia elétrica.
Conhecer os parâmetros de qualidade de energia e seus
agentes fiscalizadores.
Entender as interrupções mais comuns nos sistemas
elétricos.
Estudar a eficiência energética nas instalações industriais,
residenciais e comerciais.
Observar a importância dos dados de consumo e as
medições de energia elétrica.
Qualidade de energia e seus agentes
Figura 1 – Agência Nacional de
Energia Elétrica (ANEEL)
Fonte: <http://www.aneel.gov.br/>. Acesso
em: 4 jul. 2019.
• A ANEEL define os padrões de
qualidade do atendimento e
de segurança para utilização e
exploração dos serviços de
energia elétrica.
Indicadores associados à disponibilidade do
sistema
Figura 2 – Resolução normativa de
número 726 (ANEEL, 2016)

Fonte: ANEEL (2016).

Fiscalização da ANEEL

• Superintendência de Fiscalização dos Serviços

de Eletricidade (SFE) na transmissão e
distribuição.
• Superintendência de Fiscalização dos Serviços
de Geração (SFG) na geração de energia
elétrica.
• Superintendência de Fiscalização Econômica e
Financeira (SFF) para todos os setores.
As interrupções dos sistemas elétricos

• Curtos-circuitos e sobrecargas correspondem às

principais e mais graves falhas recorrentes nos
sistemas elétricos de potência.
• Evitar a interrupção de todo o sistema elétrico
observando as falhas e atuando imediatamente.
• Diminuir o tempo para reestabelecimento do
sistema para melhorar os índices de qualidade.
Principais dados das interrupções
• As condições climáticas são os principais agentes
de interrupção no sistema elétrico.
• 68% da origem das interrupções acontece nas
linhas de transmissão, 10% na rede de transmissão
e 7% na subestação.
• 48% das causas das interrupções acontecem por
fenômenos naturais, 12% por falhas em materiais e
equipamentos e 9% por falhas humanas.
• 57% das interrupções duram entre 1 e 3 minutos;
21% duram entre 3 e 15 minutos.
Controle dos dados e custos
• Custos financeiros determinam na perda de
faturamento da concessionária de energia.
• Custos sociais causam perda de faturamento
para o cliente comercial ou industrial.
• Dano na imagem da concessionária junto aos
clientes.
 A eficiência energética (EE)
Figura 3 – Representação gráfica da classificação
Procel é o Programa Nacional
de eficiência energética de equipamentos
de Conservação de Energia
Elétrica coordenado pelo
Ministério de Minas e Energia
e executado pela Eletrobras.

Fonte: gerenme/iStock.com
Tecnologias inovadoras e consumo de energia

Computação em Nuvem (Cloud Computing).

Rede Elétrica Inteligente (Smart Grid).
Sistemas de iluminação e Light Emission Diode (LED).
Motor Elétrico de Alto Rendimento.
Equipamentos de aquecimento, ventilação e ar-
condicionado.
Setor industrial – o maior consumidor
de energia

Medidas que podem ser adotadas para a eficiência

energética:
• Uso de motor de alto rendimento.
• Adequação da potência do motor à carga.
• Uso de acionadores (conversores de frequência,
regulador de tensão).
Ações regulamentares ou políticas

• Estímulo para a troca dos motores antigos

por novos.
• Contratos de performance de energia.
• Leilões de eficiência energética.
• As ESCOs (Energy Services Company) são
empresas para crédito, treinamento e apoio
institucional para as ações de eficiência
energética.
 Plano Nacional de Energia 2030
Figura 4 – Equipamentos classe A contribuem
para a eficiência energética residencial
Fonte: gerenme/iStock.com
O maior potencial de economia de
energia está na residência dos
brasileiros:
34% em refrigeração.
25% em aquecimento de água.
21% em iluminação das residências.
 Plano Nacional de Energia 2030
Uso de sistemas de controle da
Figura 5 – A iluminação é um importante consumidor de
iluminação com melhor aproveitamento
energia elétrica industrial, comercial e residencial. Até
da iluminação natural.
pouco tempo, a briga era entre as tecnologia de
iluminação incandescente e fluorescente Automação por meio de sensores de
iluminação e dimerização.

Tecnologia de Light Emission Diode (LED).

Fonte: Grassetto/iStock.com
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Medição do consumo
Bloco 2
Heverton Bacca Sanches
Dados de consumo

• Contar com todos os dados relacionados aos

equipamentos elétricos instalados na indústria,
comércio ou residência.
• Medir os parâmetros elétricos como demanda
ativa e reativa, corrente, tensão, fator de
pontência e distorções harmônicas.
Medidas de energia

• Potência elétrica é a capacidade de um

equipamento realizar trabalho em um
determinado intervalo de tempo.
• Energia elétrica é o uso da potência elétrica em
um determinado intervalo de tempo.
• As concessionária brasileiras medem o consumo
(kWh), a demanda (kW), a potência reativa (kVr) e
definem a tarifa de acordo com o tipo de
consumidor, ou seja, Grupo A – Alta Tensão e
Grupo B – Baixa Tensão.
Parâmetros de tributação

O fator de potência deverá ter o limite mínimo de 0,92

para que o consumidor não seja penalizado. Medição
com intervalos de 15 min.
Estrutura tarifária horo-sazonal com horário de ponta e
horário fora de ponta. Período seco e período úmido.
Tarifa monômia mede a energia elétrica ativa e em
baixa tensão.
Tarifa binômia mede a energia elétrica ativa e a
demanda faturável e em alta tensão. Considera o
horário de consumo.
 Multimedidores
Figura 6 – É importante contar com medidores
Medidores digitais dotados de
eletrônicos nos principais circuitos de uma
memória permite a execução da
instalação elétrica
análise dos sistemas elétricos.
Capacidade de comunicação em
rede de dados.

Fonte: MartinPrescott/iStock.com
 Que circuitos medir?
Figura 7 – Diferentes medições podem ser feitas • Circuitos de iluminação.
nos circuito elétricos na busca de qualidade e
• Motores elétricos.
eficiência energética
• Centros de controle de motores
(CCMs).

• Quadros gerais de força (QGF).

Fonte: A stockphoto/iStock.com.
Importância de medir os circuitos

• Definir ações que busquem a redução ou melhoria

da qualidade do consumo elétrico.
• Mudança do tipo de instalação industrial.
• Ajuste da demanda.
• Estratégia para reduzir as tarifas.
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Teoria em Prática
Bloco 3
Heverton Bacca Sanches
 Buscando a melhoria das instalações elétricas

Figura 8 – Técnico levantando dados dos

sistemas elétricos
Os profissionais que
trabalham com instalações
elétricas industriais, ou
mesmo, sistemas de
automação,
eventualmente encontram
problemas, defeitos ou
inconformidades dessas
instalações.

Fonte: michaeljung/iStock.com
Que ações tomar para controlar a qualidade?

Se você fosse contratado para atuar na gestão de uma

planta industrial na busca da melhoria do consumo de
energia elétrica e de menores custos operacionais, que
ações tomaria para alcançar bons resultados?
Inspeção visual
Por exemplo:
Figura 9 – A NR 10 é um exemplo de • NBR 5410 (ABNT, 2004).
norma aplicável
• NR10 (Brasil, 2016).

Fonte: Brasil (2016).

 Inspeção visual
Perda de contato nas conexões,
falta ou dano nas isolações de
Figura 10 – Técnico executando inspeção
cabos e equipamentos são
visual da instalação
exemplos de problemas que
podem ser verificados por
inspeção visual das instalações
elétricas.

Fonte: AzmanJaka/iStock.com
Inspeção visual
Figura 11 – Falta de lubrificação em
equipamentos leva a um maior consumo
• Vazamentos de água, de ar,
falta de isolamento térmico.
• Falta de lubrificação.

Fonte: kadmy/iStock.com
Inspeção por câmera de infravermelho
Figura 12 – Imagem térmica de um
transformador de subestação
Fonte: Marccophoto/iStock.com
Fugas de corrente, perda de contato
nas conexões, perdas térmicas,
consumo acima do normal, falta de
isolamento térmico, falta de
lubrificação em máquinas podem ser
medidas com a utilização de câmeras
de infravermelho.
 Dados de consumo de energia
Figura 13 – É importante ter os dados de
consumo de energia em mãos
Fonte: AndreyPopov/iStock.com
Com os dados de energia, você
pode buscar a redução ou melhoria
da qualidade do consumo elétrico,
mudança do tipo de instalação
industrial, mudança da demanda,
ou até uma estratégia de redução
das tarifas.
Construção de um checklist
• Com as principais observações feitas
nos slides anteriores, você pode
observar que a melhor maneira de
gerir uma instalação elétrica e seus
circuitos é ter um checklist baseado
nas principais normas, como a NBR
5410 e a NR10.
• Esse checklist deve considerar os itens
classificados como inspeção visual,
inspeção com câmera por
infravermelho e utilização de
medidores.
• Com os dados em mãos, você poderá
inferir diversos pontos de melhoria
nas instalações.
 PÓS-GRADUAÇÃO

Dica do Professor
Bloco 4
Heverton Bacca Sanches
Uma instrução técnica para instalações elétricas

O Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, em sua

instrução técnica de número 41/2011 (SSSP, 2011),
inspeção visual em instalações elétrica de baixa
tensão, oferece uma boa referência para verificar a
qualidade das instalações elétricas.
Onde encontrar informação?

Você pode fazer o download da instrução técnica no

site do corpo de bombeiros (SSSP, 2011).
Figura 14 – Instrução técnica n. 41/2011

Fonte: <https://www.bombeiros.com.br/>. Acesso em: 4 jul. 2019.

Referências

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 5410:

Instalações elétricas de baixa tensão. Rio de Janeiro: ABNT, 2004.
BRASIL. Ministério da Economia. Portaria MTPS nº 508, de 29 de
abril de 2016. NR 10 – Segurança em instalações e serviços em
eletricidade. Disponível em:
<http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR10.pdf>.
Acesso em: 26 fev. 2019.
CREDER, Hélio. Instalações elétricas. 14. ed. Rio de Janeiro: LTC,
2000.
Referências

ELETROBRAS. Procel. Resultados Procel 2015: Ano Base 2014.

Brasília, 2015.
MAMEDE FILHO, João; MAMEDE, Daniel Ribeiro. Proteção de
sistemas elétricos de potência. XI. Rio de Janeiro: LTC, 2011.
SÃO PAULO. SSSP. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Corpo de
Bombeiros. Instrução Técnica N° 41/2011. São Paulo, SSSP, 2011.
Disponível em: <https://www.bombeiros.com.br/pdf/instrucoes-
tecnicas-51.pdf>. Acesso em: 4 jul. 2019.