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https://proceedings.science/p/169912?lang=pt-br
Figura 2 - Perdas não técnicas nas concessionárias de distribuição de energia em milhões de reais no ano de 2020. [4]
Juntamente a questão relatada anteriormente, no que tange Nos últimos seis anos as perdas técnicas têm se
ao aumento da eficiência energética, vem o monitoramento estabilizado em diversas áreas de concessão das
das perdas não técnicas, decorrentes principalmente de furtos concessionárias, tendo como principal desafio o
(ligação clandestina, desvio diretamente na rede) ou fraude reconhecimento pela ANEEL dos cálculos e simulações
(mudanças indevidas no medidor de faturamento), as quais aplicados. Já aquelas não técnicas têm subido, seja pela atual
geram crescentes campanhas de combate a perdas através de conjectura econômica e desaceleração da economia com
análise por balanço energético. O prejuízo ocasionado pelas aumento de desemprego ou pelas novas áreas de concessão e
perdas não técnicas é repassado ao consumidor nas faturas, seus desafios inerentes. Desta forma diversas concessionárias
representando cerca de 3% da tarifa de energia elétrica [2], [3]
têm enfrentado dificuldades para campanhas de combate
e [4]. Estas campanhas normalmente são direcionadas a
assertivas gastando altos montantes na busca de fraudes.
pequenos grupos consumidores e não ao tronco inteiro do
alimentador, de forma a otimizar o combate e tornar o Além dos pontos apresentados anteriormente, os
processo mais eficiente. De acordo com o relatório de perdas medidores inteligentes no nível do consumidor estão
de energia elétrica na distribuição divulgado pela ANEEL em acarretando a mudanças no sistema elétrico como um todo,
2021 [4], em 2020 as perdas não técnicas no Brasil ou seja, como a energia é gerada, fornecida e usada. Na
representaram cerca de R$ 8,6 bilhões, na Figura 1 pode-se geração distribuída, incluindo a energia solar fotovoltaica,
observar o impacto das perdas no Brasil em 2020. células de combustível, microturbinas, grupos geradores,
armazenamento de energia, e novas cargas (veículos
elétricos, iluminação LED, aparelhos inteligentes e bombas
de calor elétricas), são adicionados às redes elétricas,
causando fluxos de energia bidirecionais e flutuações de
tensão que podem afetar o controle ideal e a operação do
sistema [5]. Portanto, uma forma de melhorar o controle e
operação do sistema é a inserção de múltiplos pontos de
medição e monitoramento da rede.
Logo, o presente artigo apresenta a adoção de um novo
modelo de transformador usado para a melhoria na gestão de
ativos através do automonitoramento e ferramenta de cálculo
Figura 1 - Impacto das perdas no Brasil em 2020
de perda de vida útil, e a análise da rede mostrando o
Na Figura 2 pode-se observar os valores por distribuidora, desequilíbrio de cargas, distúrbios de qualidade da energia
que foram glosados pela ANEEL e totalizaram cerca de elétrica, desligamento de clientes e dentre outros. Devido as
R$2,92 bilhões em perdas não técnicas não reconhecidas questões já mencionadas, é notório o cenário potencial da
(destacando-se os montantes das concessionárias Light e alteração do serviço de distribuição em um futuro próximo.
Amazonas Energia), mostrando que as concessionárias vêm
enfrentando dificuldades para campanhas de combate
assertivas gastando virtuosos montantes na busca de fraudes.
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II. DESENVOLVIMENTO correntes entre 0 a 350 A com saída de 0 a 20 mA, e em 60
Hz com incerteza inferior a 0,5%, o bobina do tipo Rogowski
flexível com capacidade de leitura de até 1000A (incerteza
A. Medidor inferior a 0,5 %) e tensão induzida de 0 a 10 mV/kA; com
faixa de calibração de 0,2 pu a 1,2 pu; sensor de temperatura
Para a medição das grandezas foi desenvolvida uma tipo K, faixa de leitura de -5°C a 125 °C. A bateria é mantida
estrutura semidistribuída que se associa ao transformador de carregada pelos próprios canais de tensão da placa principal
distribuição, sendo uma placa eletrônica para a aquisição de e apresenta como utilidade a manutenção do envio de dados
dados dos sensores (Figura 3), a qual foi projetada para à plataforma, mesmo durante a desenergização do circuito
suportar os eventos de sobretensões, subtensões, descargas que está instalado o transformador, informando
atmosféricas induzidas, sol, umidade e outros eventos; são principalmente desligamentos de clientes por falta de energia
usados canais isolados para a alimentação, medição e ou falta de fase.
comunicação. Na figura a seguir é possível visualizar a
isolação galvânica, proteção via DPS (Dispositivo de
Proteção Contra Surtos), blindagem e detalhes da fixação.
Assim, sendo possível obter as seguintes grandezas: tensão;
corrente; potência total, ativa e reativa; energia total, ativa e
reativa; demanda total, ativa e reativa; frequência;
harmônicas de tensão e corrente; fator de potência;
temperatura; perda de vida útil.
B. Arquitetura de comunicação
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CPFL e unidades industriais no estado de São Paulo e Minas
Gerais.
(b)
Figura 6 - Equipamento instalado em campo
(a)
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seus processos produtivos. A ferramenta oferece diversas
funcionalidades, como o controle da qualidade da energia
elétrica, com ênfase na análise de níveis de reativos e fator de
potência; o monitoramento do fluxo de potência em cada
transformador, permitindo a agregação e desagregação de
carga; o acompanhamento da saúde dos ativos e a
identificação da demanda de carga em pontos específicos da
planta.
V. REFERÊNCIAS
[1] Relatório de Análise de Impacto Regulatório nº
02/2018-SGT/SRM/ANEEL, Tarifa Binômia, Modelo
Tarifário do Grupo B. (Superintendência de Gestão Tarifária
– SGT. Brasília, 2018)
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[8] Transformadores de potência Parte 7: Guia de
carregamento para transformadores imersos em líquido
isolante (ABNT NBR 5356-7, 2017)
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