Você está na página 1de 6

VITOR B.

DE CARVALHO

PROJETO INOVGRID
EET944 – AUTOMAÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS

Professor: Alexandre Rocco

SÃO CAETANO DO SUL


2010
2

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................................3
2 PROJETO INOVGRID .........................................................................................................3
2.1 DEFINIÇÃO.....................................................................................................................3
2.2 ARQUITETURA..............................................................................................................3
3 CONCLUSÃO.........................................................................................................................5
3

1 INTRODUÇÃO
Na VIII SIMPASE realizada em 2010, foi apresentado um projeto de rede ativa de distribuição de
energia elétrica. Este projeto é chamado InovGrid e está em fase de implantação na Europa. O
artigo foi redigido por engenheiros da empresa portuguesa EFACEC. Este trabalho é um resumo
do artigo oficial.
.

2 PROJETO INOVGRID
2.1 DEFINIÇÃO

Sistema de distribuição inteligente que busca conseguir a liberalização do mercado elétrico


europeu através da introdução de inteligência na rede, ou seja, ter gestão e controle mais
sofisticados e abrangentes além de integrar em larga escala a micro-produção de energia. Estes
desafios foram postos à EDP, uma das maiores operadoras de energia na Europa, e o projeto
InovGrid foi a resposta dada ao desafio.

2.2 ARQUITETURA

A arquitetura técnica da solução é do tipo modular para melhor incorporar os avanços


tecnológicos ao sistema. Além disso, utiliza-se da infra-estrutura de comunicação existente,
bastante evoluída, para que haja troca de dados de forma eficiente e barata. As redes GSM e
GPRS são exemplos destas redes de comunicação.

Os três principais níveis hierárquicos da arquitetura InovGrid são:

Nível do Produtor/Consumidor: Neste nível estão os consumidores de energia, geralmente


residências, indústrias, etc. Alguns destes podem ser classificados também como produtores pelo
fato da possibilidade de gerarem energia através de painéis solares, geradores eólicos, entre
outros. Quando esta produção de energia está associada a uma residência, é chamada micro-
produção de energia.

Nível da Subestação LV/MV: Neste nível está a subestação de média e baixa tensão, onde ficam
os transformadores e sistemas de controle e proteção.

Nível de Controle e Gestão Central: É o nível mais alto da hierarquia, onde há o controle
operacional da rede, onde ficam consolidadas as informações comerciais e as informações
técnicas provenientes das subestações.
4

Um diagrama representando a arquitetura desenvolvida é apresentado na Figura 1.

Figura 1 – Arquitetura InovGrid

No nível consumidor/produtor estão todos os dispositivos que consomem energia. Tomando


como exemplo uma residência, teríamos equipamentos de baixa tensão. Neste nível é instalada
uma Energy Box, equipamento responsável por realizar medições em tempo real de todas as
cargas existentes na residência, possibilita implementar controle de demanda a fim de priorizar
determinados dispositivos e também é capaz de gerenciar o controle da micro-geração. Todos os
dados são tratados e transmitidos à subestação, que é responsável por gerenciar as Energy Boxes.
Isso torna possível o consumidor saber o custo parcial da conta, programar um limite de
pagamento e economizar energia através dos dispositivos de micro-geração. Na verdade, o
sistema como um todo possibilita muito mais recursos, que serão mencionados na conclusão.

Já na subestação, ou ponto de transformação, são instalados equipamentos chamados DTC


(Distribution Transformer Controller). Estes equipamentos são responsáveis por gerenciar as
Energy Boxes e realizar o controle e automação dos equipamentos da subestação, tais como
monitoração de sobrecarga no transformador, análise da qualidade de energia, detecção e
notificação de falhas, etc. Além disso, trocam informações com a Central, que fica no terceiro
nível da hierarquia e consolida todas as informações trocadas com as subestações.
5

3 CONCLUSÃO
O projeto apresentado mostra que já existe tecnologia pronta e disponível para implementar o
conceito de energia livre em todos os níveis de consumidores e produtores. Este conceito é um
objetivo a ser alcançado e traria inúmeros benefícios, para diversos setores. A Figura 2 apresenta
alguns deles:

Para os distribuidores, podemos citar como vantagens a redução do OPEX e otimização do


CAPEX, ou seja, menor custo operacional e melhor retorno sobre o investimento, a redução das
perdas na rede, melhorias no gerenciamento e controle da rede, aumento na qualidade do serviço.

Os fornecedores poderão oferecer novos planos, com serviços específicos, tarifas diferenciadas,
além de melhor a relação com seu cliente através de serviços de atendimento mais eficientes.

Os consumidores serão estimulados a investir em micro-geradores de energia, a fim de reduzir


ainda mais o valor pago pela energia consumida. Com um mercado energético livre, pequenos
produtores poderão avaliar quando é mais rentável comprar energia, de quem comprar a energia,
quando é melhor produzir a própria energia gerada e ainda terão a opção de vender a energia que
produzem. Esse incentivo a micro-produção tende a descentralizar a produção energética,
buscando formas alternativas como fontes renováveis, “energia verde”.

Para o órgão regulador, este mercado energético criado será benéfico, pois contribuirá para uma
constante melhora na qualidade de serviços prestados, a concorrência puxará os preços para baixo
e informações mais precisas serão obtidas diante do grau de sofisticação que o InovGrid propicia
para controle de dados técnicos e comerciais da rede.
6

Por último temos os benefícios para a Economia Nacional, onde podemos citar o aumento da
eficiência energética, alavancar desenvolvimentos e pesquisas nesse setor, crescer a economia, ou
seja, o valor do produto nacional e promover a liberdade de mercado no setor energético.

Você também pode gostar