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Energias Renováveis

INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE TECNOLOGIAS E CIÊNCIAS

ABREU MIGUEL LILIANO


Email:a.liliano@isptec.ao.co
Informações gerais
Docência:

 Aulas Teóricas - Práticas: Abreu Miguel Liliano

Bibliografia Básica:
 Rosa, Aldo Vieira da “Fundamentals of renewable energy processes”, Amsterdam, Elsevier,
2005.

 El Bassam, Nasir, “Integrated renewable energy for rural communities: planning guidelines,
technologies and applications”, Amsterdam, Elsevier, 2004.

 Sorensen, Bent, “Renewable energy: its physics, engineering, use, environmental impacts,
economy and planning aspects”, San Diego, Academic Press, 2000.

 IEA, “Renewable energy: RD&D priorities: insights from IEA technology programmes”,
International Energy Agency, Paris : IEA, 2006.

 Simões, M. Godoy, “Renewable energy systems: design and analysis with induction
generators”, CRC, 2004. (Power Electronics and Applications Series / Muhammad H. Rashid).
Informações gerais

Horário de dúvidas:
 Abreu Miguel Liliano - 6 ª feira, as 11h00-13h00, Sal.dos professores.
Método de avaliação:

 Será feita através de 3 teste de avaliação contínua, onde será atribuída


aos alunos a classificação na escala de 0 a 20 valores. Esta avaliação,
realizar-se - a através de testes obrigatórios ou facultativos (caso
impossível). Podem ser ainda realizados trabalhos escritos.

 Os resultados da avaliação contínua, são publicados antes da realização


do exame final. O acesso ou dispensa do exame final, esta estabelecido
no Regulamento Geral do ISPTEC.
Informações gerais

Descrição Geral:

A disciplina faz uma abordagem sobre os principais fontes de Energias


Renováveis bem como as tecnologias que são aplicadas para a produção de
energia eléctrica, dando uma visão geral sobre os elementos que o constituem.
Neste sentido, sua reflexão enfatiza questões tais como:

 Mercado de energia elétrica;


 Aspectos tecnológicos de sistemas de distribuição; Análise de cargas
curvas típicas;
 Análise de custos de produção;
 Política tarifária de energia elétrica;
 Métodos para redução de carga tarifária;
 Operação: qualidade de serviços;
 perturbações e soluções corretivas;
 Automatização de Redes de Distribuição.
Informações gerais

Objectivos:

 Aparelhar o estudante ao uso dos conceitos sobre Energias


Renováveis, sua teoria e os principais conceitos de
dimensionamento;

 Conhecer as principais fontes de energia a nível mundial, e os


impactos ambientais e econômicos da utilização atual e futura;

 Conhecer a situação atual do sistema energético de Angola e as


perspectivas para atendimento das atuais e futuras necessidades
para exploração energética.
Informações gerais

Requisitos:

A compreensão dos tópicos abordados na disciplina implica o domínio das


seguintes matérias:

 Electrónica de Potência;

 Redes e sistemas de energia eléctrica.


Informações gerais

Competências:

 Compreender os sistemas de distribuição capazes de absorver a


potência produzida através de fontes de Enegias Renováveis;

 Relacionar os custos económicos e a produção de energia eléctrica


(prever as demandas futuras).
Programa

CAPÍTULO I:

 Introdução; Geração Distribuída, ambiente e Energia


Renovável.

CAPÍTULO II:

 Conceitos básicos de avaliação econômica de investimento em


aproveitamentos de energia renovável; Custos dos
Investimentos.
 Custos Operativos; Cálculo da receita segundo os decretos-lei
em vigor para os PRE-R.
Programa

CAPÍTULO III:

 Estudo da Mini Hídrica; O Recurso Hídrico; A tecnologia de


conversão de energia; Cálculos Energéticos.

CAPÍTULO IV:

 Estudo da Eólica; O recurso eólico; A tecnologia de conversão


de energia; Cálculos energéticos

 Estudo da Solar/Fotovoltaica; A célula fotovoltaica; Módulos e


painéis; Cálculos energéticos; Aplicação a sistemas Isolados;
Sistemas hídricos.
Programa

CAPÍTULO V:

 Geotérmica; Estudo de Sistemas e Cogeração/Trigeração;


Tecnologias de aproveitamento de calor.

 A energia nas ondas e nas marés e tecnologia de conversão para


a forma de energia elétrica.
Geração Distribuida
Geração Distribuida

2.1. Definição
A geração distribuída pode ser definida como uma fonte de energia elétrica conectada
diretamente à rede de distribuição. Isso significa que a geração distribuída pode ocorrer com
diversas fontes de energia sustentáveis, como a energia solar, eólica e as provenientes de
centrais hidroelétricas. Ou também, pode ser definida como à energia elétrica gerada no local de
consumo ou próximo a ele, sendo válida para diversas fontes de energia renováveis, como a energia solar,
eólica e hídrica.
Alguns decretos e definições no mundo sobre a DG.

Angola
Legislação
Apresentam-se nesta secção os diplomas mais relevantes para o sector dos serviços de
electricidade e águas, como também os diplomas conexos as actividades do IRSEA.
É possível consultar este e outros diplomas complementares sobre temas enquadradores
da actividade das entidades e consumidores.
Decreto Presidencial nº 59/16 – Estatuto do IRSEA
Geração Distribuida

2.1. Definição
A geração distribuída pode ser definida como uma fonte de energia elétrica conectada
diretamente à rede de distribuição. Isso significa que a geração distribuída pode ocorrer com
diversas fontes de energia sustentáveis, como a energia solar, eólica e as provenientes de
usinas hidroelétricas. Ou também, pode ser definida como à energia elétrica gerada no local de
consumo ou próximo a ele, sendo válida para diversas fontes de energia renováveis, como a energia
solar, eólica e hídrica.

Brasil
Alguns decretos e definições no mundo sobre a DG.
No Brasil, a definição de geração distribuída é feita pelo Artigo 14 do Decreto-Lei n.º 5.163 de
2004:
“Considera-se geração distribuída a produção de energia elétrica proveniente de agentes
concessionários, permissionários ou autorizados, conectados diretamente no sistema elétrico de
distribuição do comprador, exceto aquela proveniente de:

I - hidroelétrico com capacidade instalada superior a 30 MW; e


II - termelétrico, inclusive de cogeração, com eficiência energética inferior a 75%.”
Mais pra frente, em 2012, foi criada a Resolução Normativa n.º 482, que estabelece as
condições regulatórias para a inserção da geração distribuída na matriz energética brasileira,
apresentando as seguintes definições:
Microgeração distribuída: sistemas de geração de energia renovável ou cogeração qualificada
conectados à rede com potência até 75 kW;

Minigeração distribuída: sistemas de geração de energia renovável ou cogeração qualificada


conectados à rede com potência superior a 75 kW e inferior a 5 MW.
Geração Distribuida

2.1. Definição
A geração distribuída pode ser definida como uma fonte de energia elétrica conectada
diretamente à rede de distribuição. Isso significa que a geração distribuída pode ocorrer
com diversas fontes de energia sustentáveis, como a energia solar, eólica e as
provenientes de usinas hidroelétricas. Ou também, pode ser definida como à energia elétrica
gerada no local de consumo ou próximo a ele, sendo válida para diversas fontes de energia
renováveis, como a energia solar, eólica e hídrica.

Portugal

Sistema Eléctrico Nacional (SEN): Princípios de organização e funcionamento legislados pelo DL


29/2006 (transpõe os princípios da directiva Europeia 2003/54/CE). O DL 172/2006 desenvolve
esses princípios gerais. Assenta na coexistência de um mercado regulado e de um mercado
liberalizado.

• Actividades do Sector:

• Produção – regime de livre concorrência.


• Comercialização – regime de livre concorrência.
• Transporte – regime de concessão de serviço público, em exclusivo.
• Distribuição – regime de concessão de serviço público, em exclusivo.
• Operação dos mercados de electricidade.
• Operação logística de mudança de comercializador de electricidade.

Estão sujeitas a regulação as atividades de transporte, de distribuição e de comercialização de


último recurso de eletricidade, bem como as de operação logística de mudança de
comercializador e a gestão de mercados organizados.
Geração Distribuida

2.1.1. Incentivos para a geração distribuída


Em alguns países já existem alguns incentivos quanto a geração distribuída, como
por ex. o caso do Brasil, que adota políticas tais como:

 O desenvolvimento da Geração Distribuída de Energia Elétrica (ProGD) com intuito de


fomentar a geração distribuída no Brasil (programa criada pelo o Governo Federal );

 A dedução de Imposto de Renda (IR) por amortização de equipamentos;

 A aprovação da Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado o Projeto de Lei 371, de


2015, para aquisição de sistemas de microgeração;

 A disponibilidade no mercado de linhas de financiamento para a geração distribuída:

 Mais Alimentos (Pronaf);

 Economia Verde (Desenvolve SP);

 Finem (BNDES), PE Solar (Agefepe);

 Crédito Produtivo Energia Solar (Goiás


Fomento),;

 FNE Sol (BNB), Construcard (Caixa Econômica.


Geração Distribuida

2.1.2. O potencial de crescimento da geração distribuída


poder público : industrial

residencial.
comercial
Geração Distribuida

2.1.3. Benefícios da geração distribuída


Pese embora que vários países a nível mundial incluindo Angola, que apresentam muitos recursos
hídricos e solar e não só.., há toda necessidade de destacar os benefícios que existem na
agregação à geração distribuída:

 Diversificação da matriz energética;

 São evitadas perdas por transmissão de energia, considerando que a geração distribuída é
disponibilidade próxima ao consumo;

 Geração de empregos de qualidade

 Possibilidade de desenvolver cadeia produtiva nacional;

 Equilíbrio de cargas no sistema, na rede de distribuição e na fronteira com a rede básica;

 Matriz energética mais sustentável;

 Melhor aproveitamento dos recursos;

 Mais eficiência energética nos empreendimentos.


Geração Distribuida

2.1.4. Metas e Ações da GD


Metas e ações são fundamentais para qualquer organização quando se pretende atingir uma
produção sustentável e eficiente. Sendo assim, pode se destacar:

Metas

 Reduzir as emissões de CO2 em relação aos níveis de 2015, e em 43% até 2030;

 Investimentos concretos nas  energias renováveis (além da energia hídrica) no fornecimento de


energia elétrica;

 Alcançar 10% de eficiência no sistema elétrico até 2030.


Ações da GD
 Incentivar a atuação de agentes vendedores de energia de empreendimentos de geração distribuída;

 Estabelecer os valores de referência específicos (VREs) e os índices de atualização;

 regulamentar o sector das ER para o estímulo à geração distribuída;

 Criação e expansão de linhas de crédito para geração distribuída;

 Incentivo ao industrial como foco no desenvolvimento tecnológico, produtivo e inovação;

 Fomento à capacitação e à formação de recursos humanos para atuar na geração distribuída;

 Implantação de sistemas de geração distribuída em escolas federais, universidades e hospitais.


Geração Distribuida

2.1.5. A geração distribuída fotovoltaica no mundo


Seja pela diversificação da matriz energética, domínio da tecnologia ou busca por minimização dos
impactes ambientais provenientes de fontes não sustentáveis, a geração distribuída vem se
consolidando no mundo como uma das formas mais inteligentes de se produzir energia:

GD no Japão

2013: atingiu uma potência instalada de 6.707 MW, incentivando toda a população a adotar o uso de energia solar em suas
residências;

2014: tornou-se o segundo maior no mercado mundial, atingindo o recorde de 6,97 GW e 9,74 GW de potência instalada;

2016: ampliou a capacidade acumulada, constituindo-se como a segunda maior capacidade instalada de energia solar fotovoltaica
do mundo, chegando a 42.750 MW, apenas atrás da China;

2019: expandiu seus empreendimentos, criando a primeira usina solar no Brasil, com 1,3 GW de potência instalada.

GD na Alemanha

2000: aprovação da Lei Obrigatória, em que as companhias elétricas devem pagar, em dinheiro, aos consumidores que devolvem o
excedente de energia gerada nos sistemas de microgeração, como créditos energéticos;

2018: o país trabalha para a diminuição da emissão de CO2, estando 32% abaixo dos níveis do ano de 1990, estima-se 40% em
redução;

2019: é esperado que a Alemanha produza 35% da eletricidade a partir de fontes de energia renováveis, para que seja possível
atingir 100% de energia limpa e inesgotável em utilização até 2050.
Geração Distribuida

2.1.5. A geração distribuída fotovoltaica no mundo


Seja pela diversificação da matriz energética, domínio da tecnologia ou busca por minimização dos
impactes ambientais provenientes de fontes não sustentáveis, a geração distribuída vem se
consolidando no mundo como uma das formas mais inteligentes de se produzir energia:

GD nos EUA

2008: o departamento de energia do governo estadunidense anunciou o investimento de US$ 17,6 milhões em seis companhias de
energia. Assim, tornou a energia fotovoltaica competitiva por meio do desenvolvimento tecnológico;

Incentivos fiscais e financiamentos: 40 estados já adotaram o sistema de net metering. Taxas de financiamentos mais baixas para
sistemas fotovoltaicos e deduções de impostos estão entre as políticas de incentivo que foram aplicadas pelo governo para o
desenvolvimento da fonte;

2019: por conta do crescimento constante da distribuição de energia solar no mundo, estima-se que, em 2022, o uso da fonte
alternativa chegue a 30%, segundo a International Energy Agency (IEA).

Resultados: os EUA já possuem um mercado consolidado em geração distribuída.


Geração Distribuida

3. Sistema de Energia Eléctrica


Estrutura no mundo (caso de Portugal)
Geração Distribuida

3. Sistema de Energia Eléctrica


Estrutura (caso de Portugal)

Produção:

 Exercício livre, estando sujeito à obtenção de licença junto DGE.

 Abandona-se a lógica do planeamento centralizado dos centros electroprodutores, substituída por uma lógica de
mercado e de iniciativa privada.

Integra:

 Produção em Regime Ordinário (PRO) – não existe incentivos e, aplica-se para produção NRV.

 Produção em Regime Especial (PRE) – para produção RV.

 Ambas podem fornecer serviços de sistema.

Serviços de sistema:

serviços necessários para a operação do sistema com adequados níveis de segurança, estabilidade e
qualidade de serviço, podem ser adquiridos em ambiente de mercado (ex.: regulação de frequência,
reserva parada, reposição do sistema, regulação de tensão).
Geração Distribuida

3. Sistema de Energia Eléctrica


Estrutura (caso de Portugal)
Geração Distribuida

3. Sistema de Energia Eléctrica


Estrutura (caso de Portugal)
Geração Distribuida

Consultar: https://poupaenergia.pt/faq/cur/
Geração Distribuida

3. Sistema de Energia Eléctrica


Estrutura (caso de Portugal)
Geração Distribuida

3. Sistema de Energia Eléctrica


Estrutura (caso de Portugal)

https://www.portal-energia.com/a-cogeracao-com-recursos-renovaveis/
Geração Distribuida

3. Sistema de Energia Eléctrica


Estrutura (caso de Portugal)
Geração Distribuida

3. Sistema de Energia Eléctrica


Estrutura (caso de Portugal)
Geração Distribuida

3. Sistema de Energia Eléctrica


Estrutura (caso de Portugal)
Geração Distribuida

3. Sistema de Energia Eléctrica


Estrutura (caso de Portugal)
Geração Distribuida

3. Sistema de Energia Eléctrica


Estrutura (caso de Portugal)
Geração Distribuida

3. Sistema de Energia Eléctrica


Estrutura (caso de Angola)
Geração Distribuida

Introdução à GD
Geração Distribuida

Introdução à GD
Geração Distribuida

Introdução à GD
Geração Distribuida

Introdução à GD
Geração Distribuida

Introdução à GD
Geração Distribuida

Introdução à GD
Geração Distribuida

Introdução à GD
Geração Distribuida

Introdução à GD
Geração Distribuida

Introdução à GD
Geração Distribuida

Introdução à GD
Geração Distribuida

Introdução à GD
Geração Distribuida

Obrigado!
OBS: Caro leitor, nunca se esqueça de que o objetivo central é aprender o conteúdo, e não
apenas terminar o curso. Qualquer um termina, só os determinados aprendem!
https://www.portalsolar.com.br/geracao-distribuida-de-energia.html

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