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Disciplina: Fontes Alternativas de Energia - Aln

Prof Robmilson

Data de entrega:
Conforme definido no
BB
Nome: RGM:

E10 - SISTEMAS INTELIGENTES E ENERGIAS ALTERNATIVAS

INTRODUÇÃO

Na Gestão de Cidades o segmento da energia deve ser administrado multissetorialmente, com


os incrementos que a tecnologia proporciona, pois, além de questões técnicas, energia tem
intrínseca relação com o desenvolvimento e o conforto ambiental, e estes estão diretamente
relacionados a princípios básicos como saúde e segurança. Então a ideia não é economizar,
mas racionalizar um uso adequado. Para tanto, devemos fazer uso da tecnologia da
inteligência e comunicação, da inovação, do benchmarking. Em relação à disponibilidade,
vamos abordar nesse estudo a necessidade do armazenamento, distribuição, integração: e
quanto ao uso, discutir a inserção energética no modelo de cidade inteligente, relacionada às
redes inteligentes, mobilidade com carros elétricos, eficiência energética, geração distribuída e
outras evoluções percebidas já ao nosso redor.

SISTEMAS DE ARMAZENAMENTO

A dependência ao sistema de distribuição de energia, por conseguinte à política econômica da


concessionária, pode causar entraves ao desenvolvimento ou instabilidade em razão da
flutuação das tarifas. Quanto à produção percebemos um avanço com o crescimento da
produção de energia por meio de fontes de energia renovável: quanto à restrição ao acesso,
temos progredido na independência das redes públicas com as tecnologias de armazenamento
de energia, em grandes avanços tecnológicos que aumentam a capacidade de
armazenamento, com maiores rendimentos e custos cada vez mais acessíveis.

Com a finalidade de melhor adequação ao uso pretendido ou para avaliar sua relação com a
rede de distribuição, bem como para saber comparar alguns dos diversos parâmetros, é
importante conhecer e se atualizar quanto às características técnicas das tecnologias de
armazenamento existentes e sua evolução: custos de investimento; tipo de tecnologia e
campos de aplicação; potência, energia e tempo de descarga; capacidade (quantidade de

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energia que cada uma armazena); rendimento e tempo de vida; densidade de peso e volume;
e densidade de energia e potência.

O potencial para armazenamento da energia elétrica se apresenta cada vez mais viável e
rentável a médio prazo, mesmo não sendo historicamente uma função simples ou barata. Por
isso, uma opção geralmente aventada é a conversão para outras formas energias e depois
restabelecida para uso onde e quando for mais adequado, considerando também para cada
caso específico qual o tipo de aplicação pretendido.

Assim, podemos classificar as tecnologias de armazenamento de acordo com sua aplicação e a


forma como se armazena eletricidade. Quanto à aplicação, temos tecnologias para sistemas de
elevada potência para fornecer energia em larga escala em curto tempo de funcionamento;
sistemas de elevada energia que podem fornecer energia durante grandes períodos de tempo
e com grande autonomia de funcionamento; e sistemas mistos, ou híbridos, que se aplicam
aos dois casos, sendo geralmente de armazenamento eletroquímico.

Já quanto à forma de armazenamento podemos classificar, com base no tipo de energia


armazenada, em quatro áreas: de energias mecânica, elétrica, cinética e
química/termoquímica. Outras formas se enquadram como segue: Na energia mecânica cabe o
armazenamento de energia potencial (ex.: gravidade em barragem/hidro, ou ar comprimido
que, ao liberar uma turbina a gás natural, reconverte a energia potencial elástica do ar em
elétrica): e ainda armazenamento de energia cinética (ex.: Sistema Flywheels sob a forma de
uma massa inercial que roda com grandes velocidades).

Na energia térmica temos o armazenamento de energia a baixas temperaturas (energia


criogênica¹: usa o excedente quando produzido para gerar um fluido criogênico depois usado
num gerador elétrico adequado) e o armazenamento de energia a altas temperaturas (dois
sistemas: sensíveis ao calor (baseados na adição de energia a materiais que aumentam a
temperatura sem que sofram alterações de fase) e sistemas de calor latente (baseados na
absorção/emissão de calor na mudança de estado de um material (parafina, sal orgânico ou
metal). Na energia elétrica temos o armazenamento de corrente (energia magnética, em que
supercondutores magnéticos a armazenam num campo magnético gerado por uma corrente
que passa através de uma bobina supercondutora) e o armazenamento da tensão (energia
eletroestática, com supercapacitores, mais detalhados no estudo seguinte). E, por fim, na
energia química cabe o armazenamento da energia eletroquímica (células de combustíveis
convertem eletricidade em energia eletroquímica). A conversão se faz, como já visto, com o
hidrogênio reagindo com oxigênio na presença de um eletrólito. Por fim, o armazenamento de
energia termoquímica, que se baseia nas reações químicas reversíveis como a recombinação
e/ou dissociação de amônia e o armazenamento da energia química, com as baterias.

Criogênica¹ - Produção de baixas temperaturas que permitem, entre outras coisas, a hibernação dos seres vivos por
longo tempo.

TECNOLOGIAS DE BATERIAS E SUPERCAPACITORES

Baterias
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O armazenamento da energia química (baterias) é categorizado, conforme sua composição e
funcionamento, em baterias convencionais e de células de fluxo. O armazenamento de
baterias convencionais tem como base reações eletroquímicas que provocam fluxos de
elétrons entre dois elétrodos, geralmente compostas por ácido-chumbo, hidretos metálicos de
níquel, lítio, níquel-cadmio ou metal-ar. Já as baterias células de fluxo convertem energia
elétrica em energia química por meio de reação química reversível entre duas soluções
eletrolíticas líquidas, podendo ser de brometo de zinco, polissulfeto de brometo, brometo de
vanádio ou o redox de vanádio.

Podemos generalizadamente considerar que as baterias de íons de lítio, níquel-cadmio e sódio-


enxofre são adequadas para aplicações de maior densidade de potência, e entre elas as
baterias de litio são mais recomendadas neste uso pelo fato de também possuírem alta
densidade de energia e maior rendimento. Como desvantagem, o custo maior; baterias de
níquel-cadmio e ácido-chumbo, apesar de capacidade relativamente elevada, possuem metais
pesados tóxicos; as de sódio-enxofre apresentam muito menor dimensão, são mais leves que
as de níquel-cadmio, mas atuam com temperaturas elevadas, pois carecem de aquecimento
constante para os eletrólitos permanecerem fundidos; e as de zinco-ar têm baixo custo e
elevado ciclo de vida, alta densidade de energia, mas difícil recarregamento e baixo
rendimento se comparadas às demais. As células de fluxo apresentam elevado rendimento,
tempo de resposta curto e potencial para armazenamento a longo prazo devido à baixa taxa
de autodescarga, mas possuem baixa densidade de energia, além de também possuírem
materiais tóxicos na sua composição.

Supercapacitores

Diferentemente de baterias, capacitores comuns armazenam pouca energia em relação ao seu


tamanho. Com uma nova tecnologia foram desenvolvidos os supercapacitores, com a mesma
lógica de funcionamento, mas com uma extraordinária capacidade de armazenamento de
energia eletroestática (tensão) se comparados na mesma dimensão. Ainda que sua capacidade
de armazenamento esteja bem abaixo da de uma bateria, podem ser recarregados de forma
extremamente rápida. Além disso, suportam altíssimas temperaturas, o que nas baterias
comuns afetaria o desempenho e a vida útil. Assim sendo, têm maior capacidade de fornecer e
armazenar alta quantidade de potência que uma bateria, mas em curto intervalo de tempo.
Vantagens em relação a baterias: taxas muito altas de carga e descarga; boa reversibilidade:
peso leve; baixa toxicidade de materiais usados; pouca degradação em centenas de milhares
de ciclos com alta eficiência. Na comparação, além do baixo armazenamento, há a
desvantagem de a tensão variar com a energia armazenada, mas ainda estão sendo
pesquisadas combinações e tecnologias, para melhor configuração em relação ao uso; de
diferentes materiais como grafeno e manganês; e sistemas híbridos que permitem uma ótima
combinação do uso de um supercapacitor em paralelo com a bateria para aumentar sua vida
útil e sua capacidade de fornecimento de energia.

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SMART GRID E MICROGRID

Para entender redes inteligentes, convém entender que a convencional abrange todos
aspectos de geração, transmissão e distribuição, inclusive usinas no Brasil substancialmente
hídricas com suporte de combustíveis fósseis, com transmissão por torres e redes
quilométricas e controle centralizado. "Rede inteligente atende aos avanços científicos e
adventos de pequenas unidades geradoras próximas ou no local de uso e inteligência
descentralizada: com Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), introduz ferramentas
que monitoram, controlam, analisam e otimizam de forma eficiente e confiável a coordenação
em tempo real de toda a cadeia de valor de energia e aproveita os recursos renováveis e
ativos. Envia atualizações de uso, melhora o controle de interrupção, tomando o sistema mais
resiliente e confiável.

Smart Grids

As Smart Grids, ou Redes Elétricas Inteligentes, aplicadas ao serviço da distribuição pública, são
soluções de tecnologias digitais desenvolvidas para a integração entre sistemas elétricos de
potência, automação e tecnologia da informação, combinados para coordenar o uso
energético e a geração, diminuindo custos e proporcionando outros benefícios. Operam com
respostas de demanda, recursos de demanda, recursos de eficiência energética, sistema de
medição inteligente, integração inteligente de resposta em tempo real e informações
oportunas sobre o consumo e armazenamento avançado de eletricidade. É um sistema que
apresenta vantagens como proteção mais rápida, automanutenção controlada, por ser mais
robusto, mais renovável, mais eficiente, mais configurável e possuir maior qualidade de
energia e maior fator de capacidade. São redes elétricas que garantem maior nível de
confiabilidade, apresentando extensivamente componentes como equipamentos eletrônicos,
sistemas de comunicação e ferramentas computacionais. Sem aumentar os custos, busca
reduzir os níveis de emissão de gases do efeito estufa, ampliar o desempenho dos sistemas
elétricos em relação à produtividade, integrar autoprodutores de energia, combinar preços
baseados no tempo de uso ou período definidos pelos usuários com tecnologias controladas
inclusive remotamente. Permitem, por exemplo, que o consumidor decida pagar uma tarifa
maior durante os horários de pico ou mudar seus hábitos de consumo e reduzir despesas com
tarifas menores. Para isso se instalam medidores dotados de atuadores que registram o
consumo de energia elétrica e associam a uma "bandeira tarifária, e o consumidor paga a
variação do valor da energia de maneira preestabelecida, conforme o dia e o horário do
consumo.

Associados a ferramentas computação adequadas, medidores podem efetuar o gerenciamento


do consumo, produção e armazenamento dos consumidores, podendo até serem responsáveis
opcionalmente por ligar/desligar cargas secundárias dentro das residências dos usuários, para,
por exemplo, evitar um apagão.

Microgrids

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Enquanto a Smart Grid é uma rede de área ampla de operações, transmissão, monitoramento
e proteção, com gestão e comportamentos de diversos produtores e consumidores, existem
conceitos de redes específicas, que podem ser operados em paralelo tanto com a rede mais
ampla de serviços públicos quanto com um sistema de energia pequeno e independente.
Podemos classificar redes menores em nanogrids, minigrids e microgrids. Nanogrids são
domínios de única propriedade, camadas físicas únicas de distribuição de energia e
compatibilidade. Minigrids são redes inteligentes pequenas em capacidade e localidades, ou
designam um grupo de Microgrids. As Microgrids se constituem como um sistema de gestão
de cargas interconectadas recursos de energia, de uma ou mais fontes de geração, distribuídas
dentro de limites elétricos claramente definidos que atuam como uma única entidade
controlável em relação à rede. São semelhantes ao Smart Grid, por exemplo, no controle de
preço e administração, de informações digitais, da otimização dinâmica de recursos da rede,
na cogeração e sistemas de armazenamento. Normalmente operam conectadas e
sincronizadas com a rede pública da concessionária, mas podem funcionar de forma
autônoma, conforme as condições físicas ou econômicas, no "modo ilha", fornecendo energia
de emergência, alternando entre os modos conectado e desconectado. Também podem ser
configuradas para uso de energia intersetorial em múltiplas necessidades de uso final, como
aquecimento, resfriamento e eletricidade ao mesmo tempo, com maior eficiência energética
devido à utilização de calor residual. Softwares sofisticados ajudam a coordenar as fontes para
evitar variações na tensão e queda de energia.

GERAÇÃO DISTRIBUÍDA, MICROGERAÇÃO, MINIGERAÇÃO

Geração Distribuída (GD ou GEDIS) pode ser definida como uma fonte de energia elétrica. O
termo designa a geração de energia elétrica que é conectada diretamente no sistema elétrico
de distribuição (rede pública), situada no próprio consumidor, oriunda de produtores
concessionários, permissionários ou autorizados.

O sistema de Geração Distribuída proporciona que o cliente, por meio de suas


unidades consumidoras, instale, em casa, comércios e fábricas, pequenas
usinas geradoras de energia renovável para consumo próprio. Quando há
excedente de produção, a energia gerada é inserida na rede da ENEL o
contabilizada pelo medidor bidirecional que registra a energia que e
consumida e gerada. Caso a produção seja maior que o consumo da Unidade
Consumidora, o cliente recebe um crédito de energia que pode ser utilizado
na mesma Unidade Consumidora produzida ou em outra Unidade, conforme
modelo de Sistema de Compensação em que a unidade geradora se encontra.
(Enel. S. d.)

No caso, excluem-se as provenientes de fonte hidrelétrica com capacidade instalada superior a


30 MW e termelétrica com eficiência energética inferior a 75% incluindo cogeração (de acordo
com o art. 14 do Decreto-Lei n. 5.163/2004, atualizado em 2017). No Brasil, funciona o sistema
de compensação de energia, em que o produtor (e também consumidor), após ter descontado
o seu próprio consumo, tem direito a um crédito na fatura do saldo positivo pela energia que
gerou e inseriu na rede (sistema net metering). Havendo esse saldo positivo, ele recebe em
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kWh o crédito em energia na fatura posterior, para utilizar no local em que produziu ou
remotamente, em outra unidade de mesmo titular. A rede elétrica neste caso, serve como um
dispositivo de armazenamento para se utilizar a energia quando a que está sendo gerada não
atende à demanda momentânea. É uma tecnologia em franca expansão mundial, sendo que o
Brasil em 2017 contava com cerca de 15,8 mil instalações em GD, e comparativamente a China
apresentava 1,7 milhões. Outros países com crescimento significativo foram os EUA,
Alemanha, Japão, todos com muitos incentivos e mercado consolidado, geralmente por
energia solar fotovoltaica. Entre outros incentivos no Brasil, o Ministério de Minas e Energia,
por meio da Portaria n. 538/2015, criou o Programa de Desenvolvimento da Geração
Distribuída de Energia Elétrica (ProGD), para ampliar e aprofundar as ações de estímulo à
geração de energia pelos próprios consumidores, com base nas fontes renováveis de energia.
Entre os benefícios agregados da GD, podemos citar o evitar perdas por transmissão de
energia, considerando que a geração distribuída é disponibilidade próxima ao consumo;
equilíbrio de cargas no sistema na rede de distribuição e na fronteira com a rede básica;
geração de empregos para mão de obra qualificada; incentivo à diversificação da matriz
energética; melhor aproveitamento dos recursos e maior eficiência energética nos
empreendimentos.

Para consulta de dados atualizados do Brasil uma das possibilidades é visitar o infográfico
disponível no site da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica).
https://www.absolar.org.br/mercado/infografico/ .

Regras e normas

As condições regulatórias para a inserção da geração distribuída na matriz energética


brasileira, de acordo com a Resolução Normativa RN 482/2012, devem atender às seguintes
definições: microgeração distribuída, que são sistemas de geração de energia renovável ou
cogeração qualificada conectados à rede com potência até 75 kW; ou minigeração distribuída,
sistemas de geração de energia renovável ou cogeração qualificada conectados à rede com
potência superior a 75 kW e inferior a 5 MW.

Outras regras básicas definidas nesta RN e alterações são: prazo de utilizar os créditos por
excedente de energia injetada na rede em até 60 meses; possibilidade de utilização da geração
e distribuição em cotas de crédito para condomínios; prazos estabelecidos para processos,
padronização de formulários para solicitação de conexão e definição de responsabilidades
atribuídas aos clientes à empresa responsável pela implantação do sistema e à distribuidora; e
possibilitou a geração compartilhada, que se caracteriza por um grupo de consumidores numa
mesma área de concessão ou permissão, por meio de consórcio ou cooperativa, que possua
unidade consumidora com geração em local diferente das unidades consumidoras nas quais a
energia excedente será compensada.

SMART CITY-VEÍCULOS ELÉTRICOS INTEGRADOS À REDE

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Atualmente, muitas cidades são rotuladas como "inteligentes" apesar de não haver uma
definição clara em consenso que especifique os critérios que as cidades devem cumprir para
assim serem consideradas. Os conjuntos de critérios existentes são relativamente ambíguos,
têm prioridades diferentes, dependendo da região, e às vezes são tendenciosos, visando
marketing. Basicamente, seriam aquelas nas quais se aplicam experiências baseadas na
Tecnologia da Informação e Comunicação, na Internet das Coisas e algoritmos aplicados à vida
urbana com indicadores aplicados à gestão socioeconômica e ambiental. Visa melhores
condições de sustentabilidade, a existência das populações e de economia criativa,
fortalecendo arranjos produtivos locais, com processamento e análise de dados.

Em quaisquer conceitos, porém, a infraestrutura de energia é indiscutivelmente característica


fundamental, e invariavelmente formatada como Smart Grid. E, na mobilidade urbana,
planejada por meio de veículos elétricos com combustíveis renováveis, a favor do meio
ambiente.

Relação entre Smart Grid e Smart City

Numa Smart City, a rede elétrica inteligente, Smart Grid, além de modernizar os sistemas de
energia por meio de projetos de restabelecimento da estabilidade, automação,
monitoramento e controle remoto, é planejada para informar e educar os consumidores sobre
o uso adequado de energia, custos e opções alternativas, capacitando para decisões de como e
quando usar as fontes, e ainda forneceria integração segura e confiável dos recursos
energéticos renováveis na geração distribuída.

Podemos considerar que seria o coração da cidade inteligente, considerando que seu
funcionamento seguro depende de um sistema que garanta um fornecimento de energia que
seja resiliente e possa suprir suas demandas, as diversas funções, melhorar a eficiência,
gerenciar a autoconservação, de forma sistêmica. E na gestão responsável, possibilitar a
coordenação entre os operadores de infraestrutura, o funcionalismo urbano, os responsáveis
pela segurança pública e o público. Sob todos os outros aspectos, além da energia e eficiência
energética, tais como água, cadeias produtivas, mobilidade, saúde pública, segurança etc.,
deve haver uma gestão integrada e em conjunto, para que seja proporcionado um ambiente
harmónico para viver, trabalhar e se entreter, com economia e segurança.

Veículos elétricos e conectados

Nos veículos elétricos, em relação ao futuro da mobilidade urbana, identificam-se três


principais tendências. Além de preço e conectividade, zero emissões que também são
relacionadas a novas tecnologias de energia renovável. E ainda o conforto e as conveniências
oferecidas, enquanto não equacionado o problema do tempo gasto dentro dos veículos. Neste
item, os usuários colocam como indicadores as questões de personalização, mobilidade,
acessibilidade, disponibilidade, simplicidade e convergência. Na questão de melhorias
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tecnológicas têm sido incrementados, além de novos combustíveis, a banda larga mais
abrangente, uso de inteligência e maior capacidade de armazenamento em dispositivos e em
redes, a conectividade para portabilidade e mobilidade dos conteúdos digitais e a
convergência de redes (protocolos da internet). O sistema esperado contaria, então, com
veículos inteligentes com assistência de direção, piloto automático, aviso e notificação de
colisão, entre outros.

E a Smart City, com a estrutura inteligente, como sistemas de pagamento eletrônico;


informações em tempo real: compatibilização e frete intermodais: gestões de vias, trânsito,
sistemas, operações, meteorologia, incidentes, emergências e de veículos comerciais, entre
outras.

Das novas alternativas inovadoras quanto à energia utilizada, classificamos quatro tipologias
de veículos elétricos: BEV (Battery Electric Vehicles), movidos apenas com motor elétrico; PHEV
(Plug-In Hybrid Electric Vehicles), os híbridos de motor elétrico e a combustão recarregáveis
com plug: HEV (Hybrid Electric Vehicles), os híbridos de motor a combustão e motor elétrico
sem recarga externa: e ainda os FCEV (Fuel Cell Electric Vehicles), com motor elétrico que
utiliza hidrogênio para a energia de recarga, menos difundidos (pouco usual ainda) e para
finalizar.

Com a substituição gradual dos motores a combustão ICE (Internal Combustion Engine)
teremos grande ganho ambiental, e um ponto positivo e incentivador é a queda do custo das
baterias, tecnologia já abordada e base dos veículos elétricos. Para se melhorar o potencial
evolutivo, procura-se equacionar a questão do valor de aquisição, dos pontos de recarga da
autonomia das baterias.

NA PRÁTICA

Um exemplo de aplicativo de Smart Grid já está disponível para concessionárias de eletricidade


aos usuários: a tarifa branca' é uma nova opção que sinaliza aos consumidores a variação do
valor da energia conforme o dia e o horário do consumo. Ela é oferecida para unidades
consumidoras que são atendidas em baixa tensão, como residências e pequenos comércios.

Desde 2019, todas as distribuidoras do país devem atender aos pedidos de adesão à tarifa
branca das novas ligações e dos consumidores com média mensal superior a 500 kWh; em
2019, passaram a ser atendidas unidades com consumo médio superior a 250 kWh/mês e, em
2020, serão atendidos os consumidores de baixa tensão, qualquer que seja o consumo.

FINALIZANDO

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Ao se planejar uma rede com equipamentos geradores diversos, como energia solar, eólica e
de combustão de óleo diesel, sistemas de gerenciamento inteligentes podem examinar qual
está mais estável, dar preferência às fontes renováveis e fazer o fornecimento final com
qualidade para o consumidor. O próprio consumidor também pode optar, com sistemas
próprios, como melhor utilizar a energia, como e onde armazenar se for o caso. Por exemplo,
se estiver em uma região isolada e precisar manter a energia em dias sem vento ou sol, sem
linhas de transmissão. Por isso sistemas integrados com a produção de energia próximo ao
local de consumo, ou nas residências, visando se conectar à geração distribuída, são boas
alternativas de novas tecnologias, com fontes renováveis, assim como optar por veículos
elétricos com inteligência embarcada.

De acordo com a Agência Internacional de Energia, em 2030, eles vão representar pelo menos
20% da frota mundial de veículos, incluindo ônibus elétricos do transporte público e
caminhões elétricos que podem carregar toneladas de cargas com ótima autonomia
energética. Ou seja, trata-se do advento cada vez mais rápido, acessível e viável de novas
tecnologias com energias renováveis, inovação, economia e respeito ao meio ambiente.

REFERÊNCIAS

BARBOSA, M de A. Tecnologias e fontes alternativas de energia. [recurso eletrônico]. Curitiba:


Contentus, 2020.

ACE Asean Centre For Energy. Microgrids and Smart Grids in Definition. 2016. Disponível em:
<http://www.aseanenergy.org/blog/microgrids-and-Smart Grids-definitions/>. Acesso em: 31
mar. 2019.

ANEEL-Agência Nacional de Energia Elétrica. Tarifa branca é nova opção para OS consumidores
a partir de 2018. 2017. Disponível em:

<http://www.aneel.gov.br/sala-de-imprensa-exibicao/assel
publisher/XGPXSqdMFHrE/content/tarifa-branca-e-nova-opcao-para-os consumidores-a-
partir-de-2018/656877?inheritRedirect=false>. Acesso em: 31 mar. 2019.

BRANCO, S. M. Energia e meio ambiente. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2004.

GEISLER, K. The Relationship Between Smart Grids and Smart Cities. Disponivel em:
<https://www.mayorsinnovation.org/images/uploads/pdf/1

Página 9 de 11
ieee.pdf>. Acesso em: 31 mar. 2019.

GERAÇÃO distribuída. Enel. Disponível em: <https://www.eneldistribuicao.com.b


riri/GeracaoDistribuida.aspx>. Acesso em: 31 mar. 2019.

KENT, P. Tecnologia: navegando na leitura. Barueri: Girassol Brasil, 2009.

MOLINA JUNIOR, W. F.: ROMANELLI. T. L. 1. ed. Recursos enérgicos e ambiente. Curitiba:


InterSaberes, 2014.

SUPERCAPACITORES, 2013. Disponível em: <http://www.ufjf.br/fisica/files/2013 10/Fill-04-09-


Supercapacitores.pdf> Acesso em: 31 mar. 2019.

Situação Desafiadora – E10 - SISTEMAS INTELIGENTES E ENERGIAS ALTERNATIVAS

1. Realize uma releitura concentrada do estudo realizado sobre SISTEMAS INTELIGENTES


E ENERGIAS ALTERNATIVAS, assista a webinar denominada “Eletrificação e tecnologia
híbrida no setor automotivo” do especialista Thiago Sugahara que será compartilhado
exclusivamente na aula presencial e visite e navegue nos sites disponíveis nos links a
seguir.

Link 1:
https://www.absolar.org.br/mercado/infografico/

Link 2:
https://www.osetoreletrico.com.br/cidades-inteligentes-o-futuro-do-smart-grid-no-
brasil/

2. Reúna e apresente os principais dados e fatos apresentados no estudo realizado e na


webinar, e apresente os 4 tipos de tecnologias utilizadas em veículos elétricos
atualmente. Apresente também suas argumentações favoráveis ou desfavoráveis
sobre a ampliação da utilização do carro elétrico no dia a dia. Aponte sob sua opinião
sobre as possíveis razões que dificultam e/ou impedem sua melhor utilização.

3. Acesse o link 1 identifique e apresente os dados da GD de solar FV no Brasil segundo a


ABSOLAR.

Classe de consumo Número de Sistemas Potência Instalada

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Residencial

Comercial e Serviços

Rural

Baseado nos dados coletados cite e qual em sua opinião tem maior potencial de
crescimento. Justifique sua resposta.

4. Acesse o link 2 e apresente os projetos apresentados a descreva o que mais lhe


chamou a atenção e por quê.

5. Além disso, base nos estudos realizados, elabore quatro questões de múltipla escolha
com 4 (quatro) alternativas cada, sendo somente 1 (uma) a correta. Apresente o
gabarito.

Atenção: Não utilizar como resposta: “NDA”, nem “todas as alternativas são corretas”, “todas
as alternativas são incorretas”.

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