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ENGENHARIA CIVIL

BELDO RYWLLON ABREU FERREIRA


CÍCERO RAFAEL GOMES DE OLIVEIRA
RHAFFAEL SAIANNY NOGUEIRA SOARES

PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR


RELAÇÃO TECNOLOGIA VS ENERGIA

São Luís
2020
BELDO RYWLLON ABREU FERREIRA
CÍCERO RAFAEL GOMES DE OLIVEIRA
RHAFFAEL SAIANNY NOGUEIRA SOARES

PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR


Relação Tecnologia vs Energia

Trabalho de Produção Textual Interdisciplina apresentado


como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na
disciplina de Atividade interdisciplinar

Orientador: Prof.

São Luís
2020
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................3
2 DESENVOLVIMENTO.........................................................................................................4
2.1 ANÁLISE DA VIABILIDADE DE INSTALAÇÃO DE UM SISTEMA
FOTOVOLTAICO..................................................................................................................4
2.2 ÍNDICES ISE E SRI......................................................................................................13
2.3 DESCARTE DE COMPONENTES ELETRÔNICOS..................................................14
3 CONCLUSÃO.....................................................................................................................18
4 BIBLIOGRAFIA..................................................................................................................20
3

1 INTRODUÇÃO

Brasil é um país privilegiado quanto aos seus recursos naturais, são florestas, rios e
riquezas minerais que chamam a atenção de todo o mundo.O objeto de estudo deste trabalho é
uma fonte natural que temos em abundancia durante o ano todo, o sol, fonte de energia
renovável e limpa que vem sedo cada vez mais utilizada, O uso da energia solar no
Brasil corresponde a 1,7% de toda a matriz energética brasileira, sendo a energia
solar residencial responsável por 72,6% do montante.
Para que essa matriz seja utilizada de forma eficiente precisamos saber se a instalação
do sistema é viável e mais ainda se vai haver um ganho real de desempenho de todo o
processo, para que isso ocorra contamos com estratégias e procedimentos que serão
demonstrados de forma detalhada nesse trabalho, utilizaremos exemplos e técnicas que podem
ajudar plenamente na decisão na hora de optar por essa matriz energética.
Paralelamente e devidamente correlacionado a novas tecnologias estão novas
empresas que buscam essa sustentabilidade, empresas que em sua constituição já buscam
esses elementos dentro de seus objetivos organizacionais, palavras como reciclar, energia
limpa e destinação e descarte seguro de lixo eletrônico estão cada vez mais presentes dentro
dessas empresas
Crescer economicamente e respeitando o meio ambiente e o desenvolvimento da
sociedade como um todo, esse é o desafio para as chamadas “eco-friendly”.
4

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 ANÁLISE DA VIABILIDADE DE INSTALAÇÃO DE UM SISTEMA


FOTOVOLTAICO

A geração de energia elétrica pode ser produzida a partir de fontes renováveis, como a
força da água (energia hidrelétrica) e a incidência solar (energia solar), e fontes não
renováveis, como combustíveis fósseis. Um tipo de energia que vem ganhando espaço no
mercado é a solar, sendo classificada em dois tipos: térmica e fotovoltaica. A energia solar
térmica é comum em residências e utiliza coletores solares que captam a energia do sol e
transferem para água. A energia solar fotovoltaica é coletada por meio de lâminas ou painéis,
denominados de fotovoltaicos, que são recobertos por um material capaz de capturar radiação
solar e gerar energia elétrica. A energia gerada pode ser utilizada imediatamente ou
armazenada em bateria para uso posterior. No Brasil, a energia solar fotovoltaica é utilizada
não só em residências e comércio como também em rodovias, onde são instaladas placas
fotovoltaicas que são utilizadas para abastecer os postes de iluminação, marcadores de
velocidade e outros equipamentos eletrônicos.

A instalação de um sistema fotovoltaico em residências depende de alguns fatores


como consumo médio anual, quantidade de pessoas que residem na casa, níveis de radiação
solar entre outros. Considerando esses fatores, uma determinada empresa estimou o
investimento para a instalação desse tipo de sistema, apresentado pela Tabela 1.

Tabela 1: Valors estimados de investimento considerando o valor médio da conta

Investimento Valor Médio da conta (V) em R$


R$ 10.000 V ≤ 130,00
R$ 15.000 130,00 < V ≤ 280,00
R$ 23.000 280,00 < V ≤ 500,00
R$ 45.000 V> 500,00
Fonte: Autores
5

1. Para verificar o tempo necessário, em meses, para se ter o retorno do investimento, é


preciso investigar o valor médio gasto na residência e buscar um modelo que descreva o gasto
de energia ao longo dos meses. Para tal, pesquise nos últimos 12 meses quais foram os valores
pagos da conta de energia elétrica, e preencha a tabela:

Tabela 2: Valores pagos em 12 meses

Tempo (meses) Valor pago (R$)


1 223,90
2 212,11
3 229,21
4 212,06
5 204,95
6 213,35
7 256,92
8 211,22
9 216,39
10 285,7
11 236,36
12 323,36
Valor total (12 meses) 2.825,21
Valor médio (12 meses) 235,434

O valor médio mensal pago em energia elétrica é igual a R$ 235,434, dessa maneira o
valor do investimento para esse consumo é de R$ 15.000,00.

a) Agora considere que durante um ano o valor pago da conta de energia em cada mês, seja o
valor médio da conta encontrado anteriormente. Com base nessas informações, determine em
quantos meses você teria o retorno do investimento utilizado para a instalação do sistema.

Solução:

Para estimar o tempo necessário para obter o retorno do investimento, tendo como
requisitos apenas os valores médios das contas, organizaremos um fluxo de caixa conforme a
tabela baixo:
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ANO INVESTIMENTO FLUXO DE CAIXA PAYBACK SIMPLES (R$)


0 R$ -15.000,00
1 R$ 2.825,21 -12.174,79
2 R$ 2.825,21 -9.349,58
3 R$ 2.825,21 -6.524,37
4 R$ 2.825,21 -3.699,16
5 R$ 2.825,21 -873,95
6 R$ 2.825,21 1.951,26
7 R$ 2.825,21 4.776,47
8 R$ 2.825,21 7.601,68
9 R$ 2.825,21 10.426,89
10 R$ 2.825,21 13.252,10
11 R$ 2.825,21 16.077,31
12 R$ 2.825,21 18.902,52
13 R$ 2.825,21 21.727,73
14 R$ 2.825,21 24.552,94
15 R$ 2.825,21 27.378,15
16 R$ 2.825,21 30.203,36
17 R$ 2.825,21 33.028,57
18 R$ 2.825,21 35.853,78
19 R$ 2.825,21 38.678,99
20 R$ 2.825,21 41.504,20
21 R$ 2.825,21 44.329,41
22 R$ 2.825,21 47.154,62
23 R$ 2.825,21 49.979,83
24 R$ 2.825,21 52.805,04
25 R$ 2.825,21 55.630,25
26 R$ 2.825,21 58.455,46

Observando a tabela gerada observamos que o payback está previsto para 5,3 anos ≈ 64
mese. O fluxo de caixa estabelecido de R$ 2.825,21 equivale o valor total das contas em um
ano. O calculo do payback é muito simples:

Payback(ano 1) = (Investimento inicial) – (fluxo de caixa)

Payback (ano 2) = Payback(ano 1) - (fluxo de caixa)


7

Payback (ano 3) = Payback (ano 2) - (fluxo de caixa) …

Payback (ano 4) = Payback (ano 3) – (fluxo de caixa)

Payback (ano n) ...

2. Nesse momento você irá encontrar uma função do tipo 𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏 que melhor representa
comportamento dos dados, utilizando a regressão linear, com os dados coletados. Com base
na função encontrada, determine:

a) Qual o valor do R²?

Solução: O calculo do coeficiente de determinação (R²) é calculado pela fórmula:

Variação explicada
R ²= eq. (1)
Variação total

ou podemos calcular o coeficiente de determinação através do coeficiente de correlação ‘r’


utilizando a seguinte fórmula:

n( ∑ xy )−( ∑ x).( ∑ y)
r= eq. (2)
√ 2
[n( ∑ x2)−( ∑ x) ].[ n(∑ y ²)−(∑ y) ]
2

Para auxiliar no calculo elaboramos uma tabela com o somatório das variáveis necessárias
para solução da equação:

x (Ano) y (Payback) xy x² y²
0 -15.000,00 0 0 225000000
1 -12.174,79 -12174,8 1 148225755,04
2 -9.349,58 -18699,2 4 87415020,16
3 -6.524,37 -19573,2 9 42567795,36
4 -3.699,16 -14796,8 16 13684080,64
5 -873,95 -4370 25 763875,999999998
6 1.951,26 11707,2 36 3807181,44
7 4.776,47 33434,8 49 22813996,96
8 7.601,68 60812,8 64 57784322,56
9 10.426,89 93841,2 81 108718158,24
10 13.252,10 132520 100 175615504
8

11 16.077,31 176849,2 121 258476359,84


12 18.902,52 226828,8 144 357300725,76
13 21.727,73 282458,8 169 472088601,76
14 24.552,94 343739,2 196 602839987,84
15 27.378,15 410670 225 749554884
16 30.203,36 483251,2 256 912233290,24
17 33.028,57 561482,8 289 1090875206,56
18 35.853,78 645364,8 324 1285480632,96
19 38.678,99 734897,2 361 1496049569,44
20 41.504,20 830080 400 1722582016
21 44.329,41 930913,2 441 1965077972,64
22 47.154,62 1037396,8 484 2223537439,36
23 49.979,83 1149530,8 529 2497960416,16
24 52.805,04 1267315,2 576 2788346903,04
25 55.630,25 1390750 625 3094696900
26 58.455,46 1519835,2 676 3417010407,04
Σx=351 Σy=586645,2 Σxy=12254065,2 Σx²=6201 Σy²=25820507003,04

Plot dos dados ANO x PPAYBACK:


65000
60000 f(x) = 2825,21 x − 15000
55000 R² = 1 payback
SIMPLES
50000
45000
40000 Linear
35000 (payback
Rendimento (R$)

SIMPLES)
30000
25000
20000 f(x) = 2103,1551 x − 12294,9172 PAYBACK
DESCON-
15000 R² = 0,9939 TADO
10000
5000
0 Linear
(PAYBACK
-5000 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 DESCON-
TADO)
-10000
-15000
-20000

Anos
9

Calculo de ‘r’:

n( ∑ xy )−(∑ x).( ∑ y )
r=
√[n(∑ x )−(∑ x) ].[n(∑ y ²)−(∑ y) ]
2 2 2

27⋅12254065,2−351⋅586645,2
r= =1
√27⋅6201−351²⋅(27⋅25820507003,04)−586645,2²

O valor de ‘r’ calculado é igual a 1. Para encontrarmos o valor de r², basta elevar o valor de ‘r’
ao quadrado:

Coeficiente de determinação (r²) = (Coeficiente de correlação(r))²

r =1→ r² = 1² = 1

b) Como posso interpretar esse valor?

Solução:

O coeficiente de determinação indica a proporção da variação observada na variável


resposta é explicada pela variável explicativa e a linha de regressão. O valor do coeficiente
tem variação entre 0 e 1, e é interpretado como porcentagem. Quanto mais próximo de 1
(100%) maior o ajuste dos dados da variável resposta à linha de regressão.

No nosso modelo, o valor do coeficiente de determinação ‘r²’ é igual 1. Isso significa


dizer que 100% da variação da variável resposta é explicada pela variação da variável
independente, obtendo perfeito ajuste entre a linha de regressão aos dados da variavel
dependente. Em outras palavras, a variação dos valores de Payback é 100% explicada pela
variação do tempo (em anos).

c) Com base no modelo encontrado qual seria o valor pago no mês 24?

Solução:

O modelo linear obtido foi:

f ( x)=2825,21 x−15000

O valor de ‘x’ está na escala de “anos”. Desta forma, 24 meses equivale a 2 anos.

f ( x)=2815,21⋅(2)−15000=−9349,58
10

Comparando o resultado obtido no modelo com o valor obtido na tabela percebemos que os
valores são iguais.

d) Com base nesse modelo, quantos meses seriam necessários para se ter o retorno do
investimento inicial.

Utilizando nosso modelo temos:

f ( x)=2825,21⋅x−15000 ; Fazendo f (x)=0 , temos:


0=2825,21⋅x−15000
15000=2825,21 x
15000
x= =5,3 anos≈64 meses
2825,21

3. Discuta sobre os resultados encontrados nos dois passos anteriores, destacando os seguintes
aspectos:

a) Houve uma discrepância do tempo necessário para se ter o retorno do investimento nos dois
passos realizados?
Solução:
Não houve discrepância no tempo necessário para obter o retorno do investimento.
Isso se deve ao valor do fluxo de caixa nas duas situações serem muito próximos. Como esse
valor (fluxo de caixa) é relevante no calculo do payback as diferenças mínimas nos valores
não alteram o tempo de retorno considerando a escala temporal em anos transcorridos.

b) Com base em seus resultados discuta se é viável ou não a instalação de um sistema desses
em sua residência.
Solução:
Para decidirmos se um investimento é viável, precisamos analisar dois parâmetros
essenciais na tomada de decisão: VLP (Valor Líquido Presente) e a TIR (Taxa Interna de
Retorno). O VLP objetiva quantificar, em valores atuais, qual valor de riqueza que será
gerado pelo projeto. Por outro lado, a Taxa Interna de Retorno avalia a rentabilidade de um
projeto de investimento. Ela “representa a taxa de desconto que iguala, num único momento,
os fluxos de entrada com os de saída de caixa, igualando o VPL a zero. A TIR possui a
vantagem de possuir apenas um valor referencial. Dessa forma,
para comparar vários tipos de investimentos diferentes, compara-se a TIR de cada um dos
11

possíveis investimentos.

Equação VPL:
FC j
VPL=−FC 0+ ∑ ( )
(1+ i)n

FC 0 =Fluxo de caixa inicial

FC j =Fluxo de caixa futuros

i=Taxa
n=tempo

Equação TIR:
FC j
−FC 0 + ∑ ( )=0
(1+ i)n

FC 0 =Fluxo de caixa inicial

FC j=Fluxo de caixa futuros

i=Taxa
n=tempo

Os valores calculados de VLP e TIR foram:

Ano Taxa Mínima Fluxo de caixa Payback FC j


atrativa (i) −FC 0 + ∑ ( )
(1+i)n
0 -15.000,00 -15.000,00 -15000,0
1 6,29% 2.825,21 -12.174,79 2.658,02
2 6,29% 2.825,21 -9.349,58 2.500,72
3 6,29% 2.825,21 -6.524,37 2.352,74
4 6,29% 2.825,21 -3.699,16 2.213,51
5 6,29% 2.825,21 -873,95 2.082,52
6 6,29% 2.825,21 1.951,26 1.959,28
7 6,29% 2.825,21 4.776,47 1.843,33
8 6,29% 2.825,21 7.601,68 1.734,25
9 6,29% 2.825,21 10.426,89 1.631,62
10 6,29% 2.825,21 13.252,10 1.535,06
11 6,29% 2.825,21 16.077,31 1.444,22
12

12 6,29% 2.825,21 18.902,52 1.358,76


13 6,29% 2.825,21 21.727,73 1.278,35
14 6,29% 2.825,21 24.552,94 1.202,70
15 6,29% 2.825,21 27.378,15 1.131,53
16 6,29% 2.825,21 30.203,36 1.064,57
17 6,29% 2.825,21 33.028,57 1.001,57
18 6,29% 2.825,21 35.853,78 942,30
19 6,29% 2.825,21 38.678,99 886,53
20 6,29% 2.825,21 41.504,20 834,07
21 6,29% 2.825,21 44.329,41 784,71
22 6,29% 2.825,21 47.154,62 738,27
23 6,29% 2.825,21 49.979,83 694,58
24 6,29% 2.825,21 52.805,04 653,48
25 6,29% 2.825,21 55.630,25 614,81
26 6,29% 2.825,21 58.455,46 578,43
VLP = 20.719,93
TIR= 18,61%

Para a análise de decisão por meio do VPL tem as seguintes regras:


VPL > 0 – o projeto deve ser aceito
VPL = 0 – o projeto é indiferente
VPL < 0 – o projeto não deve ser aceito

Para a análise de decisão por meio do TIR tem as seguintes regras:


TIR > TMA – o projeto deve ser aceito
TIR = TMA – o projeto é indiferente
TIR < TMA – o projeto não deve ser aceito

Observando as regras de tomada de decisão para VLP e TIR podemos concluir que o
projeto é viável uma vez que o VLP é maior que zero (20.719,93) e o valor TIR é maior que a
taxa minima atrativa (18,61% > 6,29%).
13

2.2 ÍNDICES ISE E SRI

Não é possível que no século XXI possa existir alguém que discorde que o objetivo
principal das empresas é o lucro, e quanto maior a empresa, parece que mais lucro é almejado.
Por isso, as multinacionais buscam se instalar em países com alto índice de desemprego (fato
que barateia a mão de obra) e com poucas leis severas para crimes de agressão ao meio
ambiente (pois assim elas podem explorar e poluir sem pagar por isso).
Quando pensamos em energia elétrica sabemos que, em nosso país, a maior fonte é
hidrográfica, e sabemos também o quanto isso impacta no ecossistema e na economia dos
pequenos agricultores, sobretudo.
a) Partindo desse prognóstico descreva o que é ISE (Índice de sustentabilidade
empresarial) e SRI (Investimento socialmente responsável) e como eles podem refletir
economicamente para a empresas.
ISE (INDICE DE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL):
Em 2005 foi elaborado o Índice de Sustentabilidae Empresarial, como uma iniciativa
pioneira Latino-americana, propondo o equilíbrio entre os pilares do TBL (eficiencia
econômica, justiça social e sustentabilidade ambiental) e dos novos paradigmas de
governança empresarial (Paz & Kipper, 2015) . Seu objetivo principal é criar um ambiente de
investimento compatível com as demandas de desenvolvimento sustentável da sociedade
contemporânea, bem como, estimular a responsabilidade ética e corporativa. Foi cirado em
parceria com as
instituições Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar
(ABRAPP), Associação Nacional dos Bancos de Investimento (ANBID), Associação dos
Analistas e Profissionais de Investimentos do Mercado de Capitais (APIMEC), Instituto
Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), International Finance Corporation (IFC),
Instituto ETHOS e Ministério do Meio Ambiente (Figueiredo et al., 2009)
O ISE é uma ferramenta para análise comparativa da performance das organizações
listadas na Bovespa sob o aspecto da sustentabilidade corporativa, baseada em eficiência
econômica, equilíbrio ambiental, justiça social e governança corporativa e também é utilizado
como benchmark para investidores que desejam acompanhar os retornos destas empresas
preocupadas com a sustentabilidade, por isso pode-se afirmar que estimula as corporações a
agregar questões ambientais e sociais em seus processos de decisão e investimento.
14

INVESTIMENTO SOCIALMENTE RESPONSÁVEL:


Os Fundos Socialmente Responsáveis são aqueles que selecionam empresas para
composição da carteira que consideram, além do resultado financeiro para o investidor,
atenção ambiental, práticas de responsabilidade social e padrões éticos (Silva & Equiapaza,
2017). Esses fundos também são conhecidos como fundos verdes (Rezende & Santos, 2006)
Os temas comuns para investimentos socialmente responsáveis incluem empresas envolvidas
em justiça social, sustentabilidade ambiental e esforços de energia e  tecnologias alternativas e
limpas. Por outro lado, evita-se o investimento em empresas que produzem ou vendem
substâncias viciantes (como álcool, jogos de azar e tabaco). Eles podem ser feitos em
empresas individuais ou através de um fundo de investimento socialmente consciente. Os
investidores em fundos SRI preferem manter ativos consistentes com seus valores éticos e
morais (Zittei el al., 2018).

REFLEXO ECONÔMICO:
Não existem evidências suficientes para se afirmar que os fundos de investimento
socialmente responsáveis geram custos adicionais ao investidor, pois, em média, estes fundos
cobram a mesma taxa de administração que os fundos convencionais, e possuem desempenho
semelhante. Além disto, a variável taxa de administração não é significativa para a maior
parte dos modelos, assim não se pode afirmar que esta impacta o desempenho. Entretanto, o
investimento “socialmente responsável” está se tornando uma prática amplamente seguida,
pois há dezenas de novos fundos e veículos de investimento disponíveis para investidores de
varejo. Alguns fundos fornecem uma vantagem adicional uma vez que os investidores podem
ganhar exposição a várias empresas em muitos setores com um único investimento.

2.3 DESCARTE DE COMPONENTES ELETRÔNICOS

Uma das consequências no aumento do uso de novas tecnologias é a geração de


resíduo tecnológico. Dessa forma, o descarte inadequado do lixo é um problema de destaque
com a evolução tecnológica, uma vez que alguns equipamentos têm composição química com
substâncias altamente nocivas ao meio ambiente e à saúde humana. Dentre elas, metais
pesados como: mercúrio, berílio, cádmio e chumbo. Também conhecido como e-lixo, essa
categoria de resíduos inclui aparelhos eletrônicos como televisores, computadores, celulares,
tablets, além de pilhas, baterias, cartuchos e toners. Nesse contexto, defina 2 elementos
15

químicos dentre os citados anteriormente ou outros elementos e responda as seguintes


questões:

a) Cite algumas opções de destinação adequadas para resíduos eletrônicos.


Entre os resíduos oriundos da produção humana nos centros urbanizados existe um
a categoria específica que requer atenção: os resíduos de equipamentos elétricos e eletrônicos
que chegam ao fim da vida útil. Esses resíduos são oriundo de uma grande quantidade de
aparelhos e equipamentos como televisores, rádios, telefones celulares, eletrodomésticos
portáteis, todos equipamentos de microinformática, vídeo filmadoras, ferramentas elétricas,
DVDs, lâmpadas flourescentes, brinquedos eletrônicos, notebooks, impressoras, batedeiras e
milhares de outros produtos construídos e que atualmente são praticamente descartáveis uma
vez que ficam tecnologicamente ultrapassados cada vez mais rápido.

DESTINAÇÃO POR CATEGORIAS:

CATEGORIA CUIDADOS ONDE LEVAR


Os eletrodomésticos caracterizamse por produtos de pequeno e médio
porte para uso doméstico. Alguns produtos do segmento Linha Branca
necessitam de cuidados especiais antes do descarte no meio ambiente,
ELETRODOMÉSTICOS por possuírem substâncias químicas, como o gás CFC que atua como Pontos especializados de
agente causador do efeito estufa. Existem no Brasil empresas coleta seletiva
especializadas na recuperação do gás e na destinação ambientalmente (ecopontos)
adequada das peças e partes dos eletrodomésticos de linha branca.
Devolver os equipamentos pós-consumo ao comércio ou depositar em
pontos de entrega voluntária (PEVs). Os equipamentos que possuem
maior quantidade de plástico podem ser facilmente desmontados e deve- Pontos de coleta e para
ELETROELETRÔNICOS se tomar cuidado principalmente no caso da necessidade de retirada de os fabricantes
pilhas e baterias. Este últimos devem ser destinados em locais
específicos, conforme regulamentação própria
Recomenda-se evitar a quebra dos monitores para evitar tanto cortes
quanto a contaminação por substâncias químicas que os compõem. Os
monitores do tipo CRT possuem chumbo e cromo em sua composição.
Em função do tipo de monitor, há possibilidade de reaproveitamento de Pontos de coleta e para
MONITORES componentes, peças e partes antes da trituração do vidro ou do polímero os fabricantes
plástico que compõe as telas.
Os monitores CRT possuem pó-fosfórico em sua composição. Este deve
ser recolhido para evitar a contaminaçao do ambiente.
Estes equipamentos devem ser devolvidos ao comércio ou depositados
em pontos de entrega voluntária (PEVs). Alguns serviços de reparo e
manutenção podem receber equipamentos fora de funcionamento em
INFORMÁTICA E parceria com as indústrias produtoras. Fitas VHS, disquetes e similares Pontos de coleta e para
TELECOMUNICAÇÕES não estão incluídos nesta categoria em razão dos metais pesados os fabricantes
presentes nas fitas magnéticas. Tais fitas não devem ser manuseadas sem
o uso de luvas, ou seja, equipamento de proteção individual (EPI).
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Fios e cabos não necessitam de maiores cuidados, exceto o de separá-los


dos demais eletroeletrônicos, pois são produtos de alto valor agregado e
de fácil manejo. A queima de cabos e fios para a retirada de metais não é
FIOS E CABOS recomendada em razão do potencial tóxico. Fios e cabos possuem Pontos de coleta e para
agentes retardantes de chamas e outras substâncias tóxicas em sua os fabricantes
composição e, por este motivo, ao serem queimados podem causar
significativos prejuízos à saúde humana e ambiental.
Por conter substâncias químicas tóxicas, as pilhas e baterias pós-
consumo devem ser acondicionadas em embalagens impermeáveis, como
sacolas plásticas e depositadas em Pontos de Entrega Voluntária (PEVs). Devolver ao fabricante
Evitar perfurá-las e manter ao abrigo do calor. Caso haja vazamento do ou em pontos
PILHAS E BATERIAS conteúdo, evite que a pele entre em contato com o líquido. Em caso de específicos de coleta.
contato, lavar bem com água corrente e buscar orientação médica.
As lâmpadas fluorescentes possuem em seu interior o vapor de mercúrio.
Por isso, devem ser descartadas intactas, sem quebrar. Os fabricantes
recomendam a utilização da embalagem original.
Em caso de quebra acidental, o ambiente deve ser arejado e animais e
EQUIPAMENTOS DE crianças devem ser retiradas do ambiente, para Imediata limpeza dos
ILUMINAÇÃO resíduos. Recomenda-se o uso de aspirador de pó para remoção de
partículas menores. Procurar acondicionar o material de forma a impedir
a contaminação e o corte com o vidro. Para tanto, pode-se utilizar
embalagens de papelão, garrafas PET ou outros plásticos.

b) Quais são as propriedades periódicas, raio atômico e eletronegatividade, dos


elementos químicos escolhidos?
ELEMENTO PROPRIEDADE RAIO ATÔMICO ELETRONEGATIVIDADE
PERIÓDICA

Símbolo: Li
Lítio 1,52 Angstron -0.98
Número atómico: 3
Massa atómica: 6.941
Classe: metal
Série: metal alcalino
Grupo: 1
Período: 2
Bloco: s

Símbolo: Ni

Número atómico: 28 1,91


1.246 Angstron
Níquel
Massa atómica: 58.6934
Classe: metal
Série: transição
Grupo: 10
Período: 4
Bloco: s
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c) Qual o número de elétrons nas respectivas camadas de valência desses elementos


químicos? Qual o subnível mais energético? Apresente a distribuição eletrônica para cada um
deles.
ELEMENTO ELETRONS NA CAMADA SUBNIVEL MAIS DSTRIBUIÇÃO
DE VALENCIA ENERGETICO ELETRONICA
Lítio 1 2s¹ 1s² 2s¹

Níquel 8 3d8 1s² 2s² 2p6 3s² 3p6 4s² 3d8


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3 CONCLUSÃO

A demanda por energia nunca foi tão evidente como nos tempos atuais, o que leva a
busca por novas fontes mais eficientes e sustentáveis. Esta crescente demanda está
diretamente relacionada ao crescente número de componentes eletroeletrônicos consumidos
pela sociedade moderna. A produção em larga escala desses componentes, a fim de atender a
demanda de consumo, gera, como consequência, um grande volume de resíduos de complexa
reutilização. Na mesma direção da crescente demanda, existe uma exigência por parte da
sociedade para que as empresas adotem estratégias de produção que reduzam os impactos ao
meio ambiente e à sociedade.
Uma tendência global, associada ao avanço tecnológico e ao consumo elevado de
energia, é a utilização da energia solar como alternativa as usinas hidrelétricas. Entretanto, o
sistema ainda possui preço relativamente alto inviabilizando sua utilização por todas as
classes sociais. Em nosso estudo, analisamos a implantação de um sistema fotovoltaico em
ambiente doméstico típico (uma família de 4 – 5 pessoas), com consumo médio mensal de
energia elétrica em torno de R$ 235,00. Para que essa família tenha acesso ao sistema
fotovoltaico é necessário um investimento de R$15.000,00 com retorno do investimento em 5
anos em média. Esse valor está fora da realidade da maior parte do povo brasileiro que recebe
em média apenas 1 salário mínimo mensal. Por mais que existam vantagens na utilização do
sistema, sua aquisição inicial é o grande entrave na popularização da energia solar.
Por outro lado, a implantação de sistemas fotovoltaicos em instalações
industrial/comercial representa uma grande economia no consumo energético para suas
atividades produtivas. O setor industrial é, sem dúvida, um dos grandes consumidores de
energia elétrica, e com o estímulo ao aumento da produção essa demanda energética se eleva.
Com o aumento produtivo, existe grande demanda por matéria-prima e consequentemente,
aumento no volume de resíduos oriundos da atividade industrial. Por serem rejeitos que
impactam o meio ambiente, esses resíduos precisam ser tratados e acondicionados de forma a
minimizar seus danos a natureza e ao homem. Um tipo especial de resíduo oriundo da
demanda da sociedade contemporânea é o resíduo eletrônico. Em nosso estudo sobre descarte
de componentes eletrônicos apresentamos meio corretos de descarte de componentes
eletrônicos bem como suas consequências relacionadas ao acondicionamento indevido.
Demonstramos as características física de dois dos principais elementos químicos utilizados
na maioria dos componentes eletrônicos.
A percepção cada vez mais explicita, pelo homem, de que suas atividades
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econômicas geram consequências graves, a longo e médio prazo, ao meio ambiente tem
incentivado e até mesmo forçado os grandes setores industriais a mudarem suas estratégias de
produção e aporte financeiro. Há uma forte tendência, estimulada pela ideia de consumo
consciente dos clientes, a adoção de estratégias produtivas que minimizem o impacto ao meio
ambiente. Essas estratégias visam adequar preservação do meio ambiente, responsabilidade
ética e social e economia eficiente ao escopo político das corporações empresariais. Em nosso
estudo, abordamos dois parâmetros essenciais para mudança em direção à produção
sustentável: ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial) e ISR (Investimentos socialmente
responsáveis).
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4 BIBLIOGRAFIA

FIGUEIREDO, Gabriela Negrão; ABREU, Regilane Lacerda; LAS CASAS, Alexandre


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