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02/01/2023 09:50 SEI/GOVMG - 57614892 - Resolução

GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO

N.1260.01.0171645/2022-30 /2022
 
RESOLUÇÃO CEE Nº 493, de 12 de dezembro de 2022
 
Dispõe  sobre os pressupostos e diretrizes
para a normatização da Educação Ambiental
no Sistema de Ensino do Estado de Minas
Gerais e dá outras providências.
 
O PRESIDENTE DO CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO, no exercício das competências que lhe conferem
o artigo 206 da Constituição do Estado e o artigo 1º, inciso I da Lei Delegada nº 31, de 28 de agosto de
1985,  e  tendo em vista  a Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981; a Constituição Federal Brasileira de
1988, em seus artigos 205 e 225, § 1º, inciso VI; a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDBEN
- Lei 9394/1996; a Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999, que instituiu a Política Nacional de Educação
Ambiental - PNEA; a Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000; a Lei nº 10.172, de 09 de janeiro de 2001 -
Plano Nacional de Educação - PNE; Decreto nº 4.281, de 25 de junho de 2002, que regulamenta a Lei nº
9.795/1999; a Lei nº 15.441, de 11 de janeiro de 2005; o Decreto nº 6.263, de 21 de novembro de 2007; a
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental - DCNEA - a Lei nº 12.305, de 02 de agosto
de 2010; a Resolução nº 2/CNE/CP, de 15 de junho de 2012; a Base Nacional Comum Curricular - BNCC de
2017; a Resolução CEE/MG nº 481/2021, que institui o Currículo Referência de Minas Gerais - CRMG.
 
RESOLVE:
 
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS
BASE CONCEITUAL E DOS OBJETIVOS
 
Art. 1º Esta Resolução estabelece os pressupostos e as diretrizes referentes à normatização da Educação
Ambiental no âmbito do Sistema de Ensino do Estado de Minas Gerais e dá outras providências.
Art. 2º  Para os efeitos desta Resolução, as expressões Conselho, Secretaria, Secretário(a),
Superintendência e Sistema designam, respectivamente, Conselho Estadual de Educação - CEE/MG,
Secretaria de Estado de Educação - SEE/MG, Secretário(a) de Estado de Educação, Secretário(a) de Estado
de Meio Ambiente,  Superintendência Regional de Ensino - SRE, Sistema  de Ensino do Estado de Minas
Gerais.
Parágrafo Único - As expressões a seguir podem ser representadas pelas suas respectivas siglas: Plano
Nacional de Educação Ambiental - PNEA; Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional -  LDBEN; Política
Nacional de Meio Ambiente - PNMA;  Plano Nacional de Educação - PNE;  Educação Ambiental -
EA; Instituições de Ensino Superior - IES; Projeto Político Pedagógico - PPP; Planos de Cursos - PC; Projetos

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Pedagógicos de Curso - PPC; Projeto Pedagógico Institucional - PPI; Plano de Desenvolvimento


Institucional - PDI.
 
Seção I
Da Base Conceitual
 
Art. 3º Entende-se por Meio Ambiente  o conjunto de condições, leis, influências e interações de
ordens física, química e biológica, que permite abrigar e reger a vida, em todas as suas formas.
Art. 4º  A Educação Ambiental - EA refere-se a todos os processos permanentes de alfabetização
ecológica, de ação e reflexão individual e coletiva, direcionados para a construção de valores, saberes,
conhecimentos, atitudes e hábitos, com o objetivo de desenvolver uma relação sustentável da sociedade
local com o ambiente global que integra, orientada para a resolução dos problemas concretos do meio
ambiente, através de enfoques multidisciplinares com a participação efetiva, ativa e responsável de todos
os indivíduos e da coletividade. 
Art. 5º O conceito de Sustentabilidade refere-se a um conjunto de ideias, estratégias e demais atitudes
ecologicamente corretas, economicamente viáveis, socialmente justas e culturalmente diversas, que
visam  garantir a manutenção dos recursos do planeta, ao mesmo tempo que permitem, aos seres
humanos e sociedades, soluções ecológicas de desenvolvimento econômico e social.
Art. 6º  Sobre o conceito de Uso Sustentável, alinha-se ao entendimento de que é a exploração do
ambiente de maneira a garantir a perenidade dos recursos ambientais renováveis e dos processos
ecológicos, mantendo e preservando a biodiversidade e os demais atributos ecológicos, de forma
socialmente justa e economicamente viável.
Art.7º  Entende-se que a Preservação Ambiental é o conjunto de métodos, procedimentos e políticas que
visem a proteção permanente das espécies, habitats e ecossistemas, além da manutenção dos processos
ecológicos, prevenindo a simplificação dos sistemas naturais.
Art. 8º A Conservação Ambiental é entendida como sendo o manejo do uso humano da natureza,
compreendendo a preservação, a manutenção, a utilização sustentável, a restauração e a recuperação do
ambiente natural, para que possa produzir o maior benefício, em bases sustentáveis, às atuais gerações,
mantendo seu potencial de satisfazer as necessidades e aspirações das gerações futuras, e garantindo a
sobrevivência dos seres vivos em geral. 
Art. 9º Acerca do conceito Território, podemos entendê-lo como uma determinada porção do espaço
delimitada por uma relação de posse, soberania ou poder. É um espaço físico de uma nação, marcado
pelo poder e pela projeção do trabalho humano em uma tríplice abordagem: jurídico-política, econômica
e cultural.
Art. 10 O Território Educativo é aquele para além de suas funções tradicionais, que reconhece, promove e
exerce um papel educador na vida dos sujeitos, assumindo, como desafio permanente, a formação
integral de crianças, jovens, adultos e idosos.
Art. 11  Entende-se por Comunidade Escolar como aquela constituída por todos os profissionais que
atuam na escola, por alunos matriculados, por pais e/ou responsáveis e por todos os atuantes no entorno
do estabelecimento de ensino.
Art. 12  O termo “Direito da Natureza"  é reconhecer a importância da natureza e a interligação entre
todas as formas de vida, trazendo-a para um patamar de igualdade com a espécie humana, alterando o
paradigma do antropocêntrico para o biocêntrico, consolidando a natureza como titular de direitos.
(BRETAS, 2021. p. 76).
Art. 13  O conceito Educomunicação pode ser entendido como um conjunto de conhecimentos e ações
que visam desenvolver ecossistemas comunicativos abertos, democráticos e criativos em espaços
culturais, midiáticos e educativos formais e não formais, mediados pelas linguagens e recursos da

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comunicação, das artes e das tecnologias da informação, garantindo-se as condições para a


aprendizagem e o exercício prático da liberdade de expressão.
Art. 14 Educadores Ambientais são educadores docentes ou não docentes que realizam ações específicas
referentes ao desenvolvimento de práticas de Educação Ambiental, promovendo uma transformação de
hábitos e práticas sociais além de uma formação de cidadania ambiental (Jacobi, 2005, p. 62). Buscam
“promover, simultaneamente, o desenvolvimento de conhecimento, de atitudes e de habilidades
necessárias à preservação e melhoria da qualidade ambiental”, consolidada através da consciência crítica
nas relações homem/ambiente” (Dias, 1993, p. 128), desenvolvendo um papel político, social, cultural e
pedagógico.
Art. 15 Comunidade de Vida -   trata-se de um agrupamento de humanos e não humanos, de bens
naturais, que vivem dentro de uma mesma área geográfica, urbana ou rural.
 
Seção II
Dos Objetivos
 
Art. 16 A Educação Ambiental, para esta Resolução, tem por objetivos:
I - desenvolver  uma compreensão integrada entre educação cidadã, responsável, crítica,
ética, participativa, em que cada sujeito, em seu contexto, aprende com os conhecimentos científicos e
com o reconhecimento, respeito e valorização dos saberes tradicionais, possibilitando a tomada de
decisões, a partir do meio ambiente natural ou construído;
II - estimular e fortalecer a sensibilização e consciência crítica sobre os impactos da ação humana na vida
do planeta;
III - incentivar a participação individual e coletiva permanente e responsável, na conservação e
preservação do meio ambiente, entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor
inseparável da vida e do exercício da cidadania;
IV - estimular a cooperação entre as diversas Instituições Educacionais do Estado e demais instituições,
com vistas à construção coletiva de uma sociedade ecologicamente sustentável;
V - fortalecer a integração da educação com a ciência, a tecnologia e a inovação na perspectiva da análise
do sistema de produção e consumo e o desenvolvimento e uso sustentável dos recursos;
VI - fomentar e fortalecer a criação e o crescimento de organizações sociais formais e não formais, em
Redes, Polos, Centros de EA, Coletivos Educacionais, bem como estimular a comunicação e a colaboração
entre as organizações já existentes.
 
CAPÍTULO II 
DAS DIRETRIZES
 
Art. 17 Esta resolução demarca as diretrizes para a EA no Estado de Minas Gerais, reconhecendo que: 
I - a EA é um campo político de valores e práticas, com atuais  exigências de posturas e ações em defesa
do meio ambiente, da vida, em todas as suas manifestações. Abrange instituições educacionais públicas e
privadas. 
II - a EA é considerada como uma prática mobilizadora, onde se incluem atores sociais em seus espaços
escolares formais, bem como em outros espaços não formais, igualmente educativos. 
III - a  EA é reconhecida em seu papel transformador, comprometido com o equilíbrio do clima,  a
manutenção da biodiversidade, a conservação de matas e florestas,  a preservação e utilização racional
dos recursos hídricos e sólidos em uma constante mudança de mentalidade.

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IV - a  EA é um processo dinâmico, integrativo, abrangente, globalizador, permanente, contínuo,


contextualizado e transversal, que requer práticas educativas reflexivas promovidas por instituições
educacionais, a partir da comunidade escolar, produzindo uma transformação na sociedade.
Art. 18 Estas Diretrizes têm, por finalidade, orientar a inserção, o fortalecimento e a implementação da
Educação Ambiental na formulação, execução e avaliação dos projetos pedagógicos e curriculares da
Educação Básica e do Ensino Superior, no âmbito do Sistema de Ensino do Estado de Minas Gerais, além
de:
I - sistematizar os preceitos definidos em legislações vigentes bem como os avanços que ocorreram na
área ambiental, para que contribuam com a formação humana, em seu contexto histórico e sociocultural,
com suas condições físicas, emocionais, intelectuais e culturais;
II - estimular a reflexão crítica e propositiva da comunidade escolar, quanto à efetivação da Educação
Ambiental na formulação, execução e avaliação dos projetos institucionais e pedagógicos das instituições
educacionais, para que a concepção de Educação Ambiental, como integrante do currículo, supere a mera
distribuição do tema pelos componentes curriculares;
III - orientar os cursos de formação continuada de docentes, nas habilidades e competências necessárias
para a efetivação da EA nas instituições educacionais da Educação Básica e do Ensino Superior;
IV - proporcionar a construção de conhecimentos e entendimentos, bem como o desenvolvimento de
competências, habilidades, atitudes, valores sociais, cuidado com a comunidade de vida, a justiça, a
equidade socioambiental e a proteção do meio ambiente natural e construído.
Art. 19 A Educação Ambiental, para cumprir suas finalidades, deverá ser ofertada na Educação Básica, em
todas suas etapas e modalidades, e no Ensino Superior, respeitando a autonomia da dinâmica escolar e
acadêmica, como prática educativa  intra, inter, multi e transdisciplinar.    
 
CAPÍTULO III
DOS PRINCÍPIOS E PROCEDIMENTOS ORIENTADORES
 
Art. 20  A EA é objeto constante de atuação na prática pedagógica, devendo estar presente de forma
articulada e transversal, em todos os níveis e modalidades de ensino, das relações familiares e
comunitárias municipais, regionais, estaduais e federais em prol da formação e exercício de uma
cidadania emancipatória e consciente quanto ao Meio Ambiente.
Art. 21 A EA deve, constantemente, estimular a cooperação, a solidariedade, a igualdade, o respeito às
diferenças e aos direitos humanos e aos direitos da natureza, valendo-se de estratégias democráticas e
interação entre as culturas.
Art. 22 A Educação Ambiental, a ser desenvolvida no Sistema de Ensino do Estado de Minas Gerais, para a
Educação Básica e Ensino Superior, fundamenta-se nos seguintes princípios e procedimentos
orientadores do(a):
I - abordagem da complexidade da Educação Ambiental;
II - cuidado e conservação da comunidade de vida, na perspectiva da sustentabilidade; 
III - Política Estadual de Educação Ambiental vigente;
IV - integração das políticas públicas das áreas de educação, meio ambiente, saúde, agricultura,
saneamento básico, turismo, cultura, desenvolvimento urbano, assistência social, segurança pública,
entre outras; 
V - fortalecimento do papel social da escola como espaço educador sustentável, a partir de sua atuação
no seu entorno e, especialmente, nas bacias hidrográficas, comunidades de vida e biomas de Minas
Gerais, como instrumento de articulação e transformação social; 
VI - necessidade de fomento à participação das instituições da sociedade e de suas políticas públicas
como mecanismos de acompanhamento e monitoramento dos resultados das ações de Educação
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Ambiental; 
VII - enfoque humano e não humano, democrático, ético, moral, cultural, social, ecológico, político,
econômico e legal, participativo, virtual e do trabalho; 
VIII - entendimento sobre a concepção de meio ambiente, em sua totalidade, considerando a
interdependência entre o meio natural e o antrópico, o socioeconômico, o político e o cultural, sob o
enfoque da sustentabilidade.
Art. 23  O Sistema  de Ensino do Estado de Minas Gerais  deve estabelecer o diálogo e parceria com a
comunidade, visando à produção de conhecimentos sobre condições e alternativas socioambientais e a
intervenção para a manutenção de uma convivência saudável. 
 
CAPÍTULO IV
DAS DIMENSÕES DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL  
 
Art. 24  A Educação Ambiental deverá estar assegurada no Plano de Desenvolvimento Institucional, no
Projeto Político Pedagógico e nos Planos de Curso das instituições, devendo contemplar as ações
previstas para Educação Ambiental, em todas as modalidades e níveis de ensino. 
Art. 25  A inserção dos conhecimentos concernentes à Educação Ambiental, nos currículos da Educação
Básica, se dará: 
I - no contexto da intra, inter, multi e transversalidade, ao tratar de temas de meio ambiente e
sustentabilidade socioambiental; 
II - como conteúdo dos componentes curriculares na dimensão socioambiental, de modo transversal, de
forma contínua e permanente; 
III - pela integração dos conteúdos de Educação Ambiental às políticas públicas de educação, meio
ambiente, agricultura, saúde, cultura, economia, entre outras;
IV - pela promoção de práticas educativas em ambientes naturais,  fortalecendo a abordagem da
percepção dos impactos socioambientais, no âmbito da educação contextualizada, da conservação da
biodiversidade e de vivências na natureza; 
V - por meio de ações socioambientais, elencadas em seus Projetos Político Pedagógicos, e/ou em seus
Planos de Trabalho desenvolvidos nas instituições de ensino de Educação Básica, com a participação de
toda a comunidade escolar interna e externa;
VI - nos cursos técnicos de Nível Médio, independente da natureza dos cursos.
Art. 26  No Ensino Superior, a organização curricular da Educação Ambiental poderá ser garantida pela
intra, inter, multi e transversalidade, mediante inserção de temas ou pela combinação entre
transversalidade e componentes curriculares.
Parágrafo único Outras formas de inserção podem ser admitidas na organização curricular na graduação,
pós graduação e na educação profissional tecnológica, respeitando a autonomia universitária,
independente da natureza dos cursos.
 
CAPÍTULO  V
DA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO E EDUCADORES AMBIENTAIS
 
Art. 27    O Sistema  de Ensino do Estado de Minas Gerais poderá realizar formação continuada de
professores, gestores e demais profissionais da educação, observando a práxis educativa nas diversas
áreas do conhecimento e atuação profissional, visando a aplicação e implementação das formações como
instrumento de apropriação do território, tendo, como referência, as bacias hidrográficas,  comunidades

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de vida e biomas de Minas Gerais e o desenvolvimento pedagógico e metodológico que, contemplando


as diversas dimensões da EA, aprimore a prática profissional, na perspectiva da sustentabilidade
socioambiental.
Art. 28  A formação em Educação Ambiental deve estar contemplada nos Programas de Formação
Continuada, realizados pelo Sistema Estadual de Ensino de Educação Básica e Ensino Superior de Minas
Gerais, promovido diretamente pelas instituições ou por meio de articulações e parcerias, contemplando
as diferentes bacias hidrográficas, comunidades de vida e biomas de Minas Gerais, promovendo e
incentivando a capacidade de ação e liberdade, expressa nas escolhas e participação na vida política,
potencializando a autonomia dos povos.
Art. 29  A Formação em Educação Ambiental, ofertada por instituições públicas ou pelo setor privado,
deve ser priorizada de forma a contemplar a contextualização e o reconhecimento das especificidades
das bacias hidrográficas, comunidades de vida e biomas de Minas Gerais, seus povos e instituições, tanto
para a Educação Formal quanto para a Educação não Formal.
Art. 30  A Educação Ambiental deve contemplar a integração das políticas públicas, através de uma
máxima intersetorialização das Secretarias de Estado de Minas Gerais que, segundo suas especificidades,
devem subsidiar a ampliação do conhecimento e das práticas da temática ambiental através da formação
continuada de seus respectivos profissionais. 
       
CAPÍTULO  VI
DA ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
 
Art. 31 O Sistema de Ensino do Estado de Minas Gerais deve promover a Educação Ambiental, em todos
os níveis e modalidades de ensino, enquanto elemento essencial à apropriação e conhecimento,
especialmente quanto ao território, o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do cidadão e essencial à qualidade de vida saudável, sendo de responsabilidade dos gestores, em
suas diversas dimensões de atuação, educadores e da comunidade escolar, a promoção da defesa, da
conservação e da preservação do Meio Ambiente para as presentes e futuras gerações.
Art. 32 O compromisso da instituição educacional, o papel socioeducativo, ambiental, artístico, cultural e
as questões de gênero, etnia, raça e diversidade que compõem as ações educativas, a organização e a
gestão curricular são componentes integrantes dos projetos institucionais e pedagógicos da Educação
Básica e do Ensino Superior. 
§ 1º A proposta curricular é constitutiva do Projeto Político-Pedagógico (PPP) e dos Projetos, Planos de
Estudos e Planos de Cursos (PC) das instituições de Educação Básica, e dos Projetos Pedagógicos de Curso
(PPC), do Projeto Pedagógico Institucional (PPI) e do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) das
instituições de Educação Básica e Superior. 
§ 2º O planejamento dos currículos deve considerar os níveis dos cursos, as idades e especificidades das
fases, etapas, modalidades e da diversidade sociocultural dos estudantes, bem como de suas
comunidades de vida, dos biomas, das bacias hidrográficas, comunidades de vida e biomas de Minas
Gerais e dos territórios em que se situam as instituições educacionais, partindo do conhecimento da
realidade local para a  global. 
§ 3º O tratamento pedagógico do currículo deve ser diversificado, permitindo reconhecer e valorizar a
pluralidade e as diferenças individuais, sociais, étnicas e culturais dos estudantes, promovendo valores de
cooperação, de relações solidárias e de respeito ao meio ambiente. 
§ 4º Para que a Educação Ambiental seja desenvolvida de forma intra, inter, multi e  transversal, o
planejamento curricular precisa garantir a integração dos componentes curriculares e a articulação do
trabalho docente. 
Art. 33  As instituições de ensino de Educação Básica e de Ensino Superior devem  constituir-se como
espaço integral de Educação Ambiental e inserir os princípios e  conhecimentos concernentes à Educação
Ambiental nos currículos: 
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I -  pela transversalidade, mediante temas relacionados com o meio ambiente e a sustentabilidade


socioambiental; 
II - como objeto de conhecimento dos componentes já constantes do currículo; 
III - pela combinação de transversalidade e de tratamento nos componentes curriculares. 
Parágrafo único - Outras formas de inserção podem ser viabilizadas na organização curricular do Ensino
Superior e na Educação Profissional Técnica de Nível Médio, considerando a natureza dos cursos. 
Art. 34  Considerando os saberes e os valores da sustentabilidade, a diversidade de manifestações da
vida, os princípios e os objetivos estabelecidos, o planejamento curricular e a gestão da instituição de
ensino devem: 
I - estimular: 
a) a visão integrada, multidimensional da área ambiental, considerando o estudo da diversidade
biogeográfica e seus processos ecológicos vitais, as influências políticas, sociais, econômicas, psicológicas,
dentre outras, na relação entre sociedade, meio ambiente, natureza, cultura, ciência e tecnologia; 
b) o pensamento crítico por meio de estudos filosóficos, científicos, socioeconômicos, políticos e
históricos, na ótica da sustentabilidade socioambiental, valorizando a participação, a cooperação e a
ética; 
c) o reconhecimento e valorização da diversidade dos múltiplos saberes, olhares científicos e populares
sobre o meio ambiente, em especial de povos originários e de comunidades tradicionais; 
d) as vivências que promovam o reconhecimento, o respeito, a responsabilidade e o convívio cuidadoso
com os seres humanos e não humanos e seu habitat; 
e) a reflexão sobre as desigualdades socioeconômicas e seus impactos ambientais, que recaem,
principalmente, sobre os grupos vulneráveis, visando à conquista da justiça ambiental; 
f) o uso das diferentes linguagens para a produção e a socialização de ações e experiências coletivas de
educomunicação, a qual propõe a integração da comunicação com o uso de recursos tecnológicos na
aprendizagem; 
II - contribuir para: 
a) o reconhecimento da importância dos aspectos constituintes e determinantes da dinâmica da
natureza, contextualizando os conhecimentos, a partir da paisagem, da bacia hidrográfica mineira do
bioma, do clima, dos processos geológicos, das ações antrópicas e suas interações sociais e políticas,
analisando os diferentes recortes territoriais, cujas riquezas e potencialidades, usos e problemas devem
ser identificados e compreendidos, segundo a gênese e a dinâmica da natureza e das alterações
provocadas pela sociedade; 
b) a revisão de práticas escolares fragmentadas, buscando construir outras práticas que considerem o
Meio Ambiente como essencial para a qualidade de vida das sociedades humanas e não humanas, nas
diversas dimensões local, regional e planetária; 
c) o estabelecimento das relações entre as mudanças do clima e o atual modelo de produção, consumo,
crise hídrica, descarte, e a organização social, visando à prevenção de desastres ambientais e à proteção
das comunidades; 
d) a promoção do cuidado e responsabilidade com as diversas formas de vida, do respeito às pessoas,
culturas, comunidades e a todos os fatores bióticos e abióticos;
e) a valorização dos conhecimentos referentes à saúde ambiental, inclusive no meio ambiente de
trabalho, com ênfase na promoção da saúde para melhoria da qualidade de vida; 
f) a construção da cidadania planetária, a partir da perspectiva crítica e transformadora dos desafios
ambientais a serem enfrentados pelas atuais e futuras gerações.
 III - promover: 

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a) a observação e o estudo da natureza e de seus sistemas de funcionamento, para possibilitar a


descoberta de como as formas de vida se relacionam entre si e com  o ambiente;
b) ações pedagógicas que permitam, aos sujeitos, a compreensão crítica da dimensão econômica,
cultural, alimentar, ética e política das questões socioambientais, situadas tanto na esfera privada, como
na esfera pública; 
c) a operacionalização de projetos e atividades, inclusive artísticas e lúdicas, que valorizem o sentido de
pertencimento dos seres humanos à natureza, a diversidade dos fatores bióticos e abióticos e  as
diferentes culturas locais, a tradição oral, entre outras, inclusive desenvolvidas em espaços nos quais os
estudantes se identifiquem como integrantes da natureza, estimulando a percepção do meio ambiente
como fundamental para o exercício da cidadania; 
d) experiências que contemplem a produção de conhecimentos científicos, socioambientalmente
responsáveis, a interação, o cuidado, a preservação e conservação e o conhecimento da
sociobiodiversidade e da sustentabilidade da vida na Terra; 
e) o trabalho de comissões, grupos ou outras formas de atuação coletiva favoráveis à promoção de
educação entre pares, para participação no planejamento, execução, avaliação e gestão de projetos de
intervenção e ações de sustentabilidade socioambiental, nas instituições públicas e privadas, locais,
regionais e estaduais, com foco na prevenção de riscos, na proteção, conservação e preservação do meio
ambiente e da saúde humana e na construção de sociedades sustentáveis; 
f) a  realização de  práticas e vivências de Educação Ambiental em espaços públicos e no entorno das
escolas; 
g) o desenvolvimento socioeconômico ambiental através de instrumentos como os princípios da
informação e da participação, discutindo a importância da EA na participação social como prerrogativa
fundamental humana e não humana do direito ao meio ambiente equilibrado.
 
CAPÍTULO  VII
DA OPERACIONALIZAÇÃO 
 
Art. 35 O Sistema de Ensino do Estado de Minas Gerais, em processo de integração e colaboração com os
demais sistemas, poderá produzir, fomentar e divulgar estudos e experiências, criando redes de
compartilhamento em Educação Ambiental, gerando saberes e conhecimentos, que contemplem as
diversas abordagens da complexidade da EA. 
Art. 36 A Educação Ambiental deverá estar assegurada no Plano de Desenvolvimento Institucional, no
Projeto Político-Pedagógico e nos Planos de Curso das instituições, devendo contemplar as ações
previstas, em todas as modalidades e níveis de ensino.    
Art. 37 Os programas de formação docente e de pesquisa na área de Educação Ambiental, no âmbito do
Sistema de Ensino do Estado de Minas Gerais, devem priorizar a articulação junto às redes públicas e
privadas de ensino para a efetivação e divulgação dos resultados das pesquisas, contribuindo para a
implantação de ações  e implementação das práticas docentes. 
Art. 38 Os órgãos do Sistema de Ensino do Estado de Minas Gerais e demais órgãos estaduais ambientais
devem mapear, diagnosticar e divulgar, amplamente, os programas e projetos de pesquisa existentes ou
em andamento, em Educação Ambiental, no Estado de Minas Gerais, em todos os níveis e modalidades
de ensino e demais áreas.
Art. 39  É imprescindível a necessidade da articulação entre o Ensino Superior e a Educação Básica,
integrando ações no âmbito do Ensino, Pesquisa e Extensão, visando a formação inicial e continuada dos
profissionais da educação, estudantes e, por consequência, a população em geral.
Parágrafo único - Os princípios e procedimentos estabelecidos no caput deste artigo devem constar nos
Projetos Político Pedagógicos e Planos de Curso da Educação Básica, dos Cursos de Formação Profissional

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Técnica e Tecnológica, nos Planos de Desenvolvimento Institucional e nos Projetos Pedagógicos de cursos


do Ensino Superior.
Art. 40 Os órgãos públicos de fomento e financiamento à pesquisa devem incrementar o apoio a projetos
de pesquisa e investigação na área de Educação Ambiental, sobretudo visando o desenvolvimento de
tecnologias mitigadoras de impactos negativos ao meio ambiente e à saúde. 
Art. 41 Os Programas de Formação Continuada deverão contemplar a EA em escolas públicas e privadas
de ensino em todo território mineiro,  meio urbano e rural,  Comunidades Tradicionais, Veredeiros,
Vazanteiros, Catingueiros, Gerazeiros, Ribeirinhos, Quilombolas,  Indígenas, Assentamentos, Escolas do
Campo, Famílias Agrícolas  e população itinerante, observando suas especificidades.
Art. 42  As Instituições vinculadas ao Sistema Estadual de Ensino de Minas Gerais deverão fomentar
parcerias interinstitucionais para o desenvolvimento de pesquisas, estudos e ações de extensão voltadas
para o aprimoramento da abordagem da EA, bem como o desenvolvimento de práticas e tecnologias
sustentáveis.
Art. 43  O Sistema  de Ensino de Minas Gerais  deverá promover as condições para que as instituições
educacionais constituam-se em espaços educadores sustentáveis, integrando currículos, gestão e
edificações em relação equilibrada com o meio ambiente, tornando-se referência para seu território.
Art. 44  As Secretarias de Estado de Minas Gerais  poderão incluir o atendimento dessas normas nas
verificações e avaliações, para fins de credenciamento de instituições, autorização e reconhecimento de
cursos ou programas da Educação Básica e Ensino Superior, dentre outras ações e programas. 
Art. 45 A Secretaria de Estado de Educação definirá a competência e a indicação de cada um dos setores
responsáveis pela operacionalização, orientação e implementação dos processos e dos procedimentos,
previstos nesta Resolução.
Art. 46 Devem conter, nos Planos de Desenvolvimento Institucional das Instituições de Educação de
Minas Gerais, as diretrizes referentes à Educação Ambiental, descritas nesta resolução, bem como as
ações que a instituição se propõe a desenvolver.
Art. 47 As Mantenedoras de Instituições Educacionais devem promover as condições para que essas se
constituam em espaços educadores sustentáveis, com a intencionalidade de preparar seus estudantes
para a sustentabilidade socioambiental de suas comunidades, integrando os currículos, além de fomentar
e divulgar estudos e experiências realizadas sobre a EA.
Art. 48  Poderão ser fomentadas, conjuntamente, entre a Educação Básica e as IES,  a criação e a
manutenção de Redes de Educadores Ambientais do Sistema de Ensino do Estado de Minas Gerais.
§ 1º - Para o fomento, criação e manutenção de Redes de Educadores Ambientais, as instituições
educacionais poderão articular e acionar diferentes órgãos ou instituições para subsídio e amparo, seja
acadêmico, físico, logístico, financeiro ou outros que se identificarem necessários.
§ 2º - Para articular e acionar diferentes órgãos ou instituições para subsídio e amparo acadêmico, físico,
logístico, financeiro ou outros que se identificarem necessários às unidades de IES e as de Educação
Básica deve seguir o que rege a legislação vigente para cada instância educacional, bem como sua
entidade mantenedora. 
Art. 49  É imprescindível a utilização e/ou elaboração de diagnósticos, contendo levantamento
socioambiental local e regional, voltado para o desenvolvimento e resgate da memória ambiental e
contendo um histórico da formação das comunidades e/ou localidades, bem como da ocupação do
território, e as perspectivas para as atuais e futuras gerações.
Art. 50 Os sistemas de ensino devem criar políticas de produção e de aquisição de materiais didáticos e
paradidáticos, atendendo às características específicas das modalidades e níveis de ensino, com
engajamento da comunidade educativa, orientados pela dimensão socioambiental. 
Art. 51 Sugere-se, à Secretaria de Estado de Educação  e à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável, a implantação do Observatório  Mineiro de Educação Ambiental com o
objetivo de sistematizar todas as ações desenvolvidas no território mineiro.

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Parágrafo Único - Os dados sistematizados pelo Observatório Mineiro de Educação Ambiental deverão ser
de domínio público e compartilhados com as instituições educacionais e suas respectivas representações,
além de fomentar os Planos Municipais e Estadual de Educação.
Art. 52  As escolas públicas deverão prever, em suas atividades pedagógicas práticas e teóricas:
 I - a adoção do meio ambiente local, incorporando a participação da comunidade na identificação dos
problemas e de suas causas, na busca de soluções e na identificação de potencialidades/soluções; 
II -  a realização de ações de acompanhamento e de participação em campanhas de proteção ao meio
ambiente. 
§ 1º As escolas deverão incorporar, em seus programas de Educação Ambiental, o conhecimento e o
acompanhamento de programas e projetos em curso, no âmbito de regiões, bacias e microbacias
hidrográficas, comunidades de vida e biomas de Minas Gerais.
§ 2º As escolas próximas a mananciais hídricos, como arroios, rios, áreas úmidas, lagoas, lagos e lagunas,
bem como de áreas de recarga de aquíferos, deverão contemplar, em seus trabalhos pedagógicos, a
proteção, a defesa e a recuperação desses corpos hídricos, em parceria com municípios, comitês de
bacia, organizações não governamentais e outros. 
Art. 53  As escolas com oferta de Educação Profissional (qualificação, cursos técnicos e cursos superiores
de tecnologia e pós-graduação) deverão desenvolver estudos e tecnologias que eliminem impactos ao
meio ambiente e prejuízos à saúde do trabalhador.
§ 1º As escolas do campo e escolas agrícolas deverão constituir-se em referências de Educação
Ambiental, em seus territórios, enquanto espaços integrais de práticas e vivências dos estudantes com o
meio natural. 
§ 2º Estimular o desenvolvimento das unidades escolares como espaços públicos de investigação e
articulação de estudos e experiências direcionados para o desenvolvimento humano, ético, social,
cultural e ambiental, em articulação com o mundo do trabalho através da elaboração de Projetos Político-
Pedagógicos, específicos para a população do campo e escolas do campo. 
Art. 54  As escolas de Educação Básica e instituições de Ensino Superior pertencentes ao Sistema  de
Ensino do Estado de Minas Gerais, deverão inserir, em seus projetos pedagógicos, o conhecimento da
legislação ambiental e das atribuições dos órgãos responsáveis pelo monitoramento e fiscalização
ambientais e incorporar os temas transversais, em seus currículos, para a formação de uma nova cultura
e mentalidade, tais como:
I - conservação do solo, recursos hídricos, flora e fauna; 
II - desertificação e erosão; 
III -  uso de agrotóxicos, transgênicos, medicamentos de uso veterinário e seus resíduos e riscos ao
ambiente e à saúde humana; 
IV - queimadas e incêndios; 
V - resíduos sólidos; 
VI - saneamento;
VII - espaços territoriais especialmente protegidos; 
VIII - princípios de sustentabilidade ecológica, econômica e social; 
IX - conhecimento sobre o desenvolvimento de programas de microbacias; 
X - segurança alimentar, alimentação saudável, orgânica, vegetariana e natural;
XI - mudanças climáticas;
XII - direitos ambientais, direitos dos animais e direitos humanos; 
XIII - educação financeira e consumo consciente; 
XIV - economia circular, verde e sustentável; 
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XV - ecologia e cultura da paz; 


XVI - ecologia e gênero; 
XVII - permacultura; 
XVIII - agroecologia; 
XIX - racismo ambiental;
XX - energias renováveis;
XXI - acidentes ambientais e desastres ambientais.
 
CAPÍTULO  VIII 
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
 
Art. 55 Cabe, ao Sistema de Ensino do Estado de Minas Gerais, nos termos da lei, implementar os
desígnios da presente Resolução e zelar pelo seu cumprimento.  
Art. 56   Deverá constar, nos formulários referentes aos processos de Avaliação Institucional,  as ações
existentes na instituição referentes à EA.
Art. 57 A articulação entre a Educação Básica e o Ensino Superior deverá ser constante, integrando ações
no âmbito do Ensino, Pesquisa e Extensão, visando a formação inicial e continuada dos profissionais da
educação.
Art. 58 Deverão ser incentivadas, fomentadas  e desenvolvidas, pelas IES mineiras, pesquisas na área
ambiental. 
Art. 59 As entidades integrantes do Sistema de Ensino do Estado de Minas Gerais poderão compartilhar
os materiais didáticos, paradidáticos e informativos a respeito da Educação Ambiental, disponibilizando-
os em um repositório público. (Plataforma específica).
Art. 60 Os casos omissos serão resolvidos pelo Conselho.
Art. 61 Esta Resolução entra em vigor a partir da data de sua publicação.
Belo Horizonte, 12 de dezembro de 2022.
 
Felipe Michel Santos Araújo Braga
Presidente do Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais

Documento assinado eletronicamente por Felipe Michel Santos Araújo Braga, Presidente(a), em
20/12/2022, às 08:34, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do
Decreto nº 47.222, de 26 de julho de 2017.

A autenticidade deste documento pode ser conferida no site


http://sei.mg.gov.br/sei/controlador_externo.php?
acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0, informando o código verificador 57614892
e o código CRC 27A80A5B.

Referência: Processo nº 1260.01.0171645/2022-30 SEI nº 57614892

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