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Política Nacional de Educação

Ambiental Lei 9795/99

SGT PM MARCIO
A POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL - PNEA
Lei Federal Nº 9.795/99 institui a PNEA A mais importante
lei para a Educação Ambiental. Nela são definidos os
princípios e objetivos relativos à Educação Ambiental
que deverão ser seguidos em todo o País.

A lei estabelece que todos têm direito à Educação


Ambiental. A Educação Ambiental como um
“componente essencial e permanente da educação
nacional, devendo estar presente em todos os níveis e
modalidades do processo educativo, em caráter formal e
não-formal”.
A POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL - PNEA

Nas escolas, a Educação Ambiental deverá estar


presente em todos os níveis de ensino, como
tema transversal, sem constituir disciplina
específica, como uma prática educativa integrada,
envolvendo todos os professores, que deverão
ser treinados para incluir o tema nos diversos
assuntos tratados em sala de aula.
Fazem parte dos princípios básicos da PNEA :

O enfoque holístico, democrático e participativo;


A concepção do meio ambiente em sua totalidade,
considerando a interdependência entre o meio natural,
sócio-econômico e o cultural, sob o enfoque da
sustentabilidade;
O pluralismo de idéias e concepções pedagógicas;
A permanente avaliação crítica do processo educativo;
A abordagem articulada das questões ambientais locais,
regionais, nacionais e globais;
A vinculação entre a ética, educação, trabalho e as
práticas sociais;
O reconhecimento e o respeito à pluralidade e à
diversidade individual e cultural.
Objetivos Fundamentais da PNEA:

Democratização das informações;

Fortalecimento da consciência crítica sobre a


problemática social e ambiental;

Incentivo à participação individual e coletiva, de forma


permanente e responsável na preservação do meio
ambiente;

O fortalecimento da cidadania, autodeterminação dos


povos e solidariedade;

O desenvolvimento de uma compreensão integrada do


meio ambiente em suas múltiplas e complexas relações.
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Diretrizes da PNEA para os sistemas de ensino:
A busca da universalidade da EA;
Estabelecer um fluxo de capilarização com instituições de educação e
meio ambiente dos estados e municípios, ONGs e movimentos sociais
como forma de chegar à totalidade das escolas;
Trabalhar com formação de quadros que engrossem o caldo do
enraizamento da EA nas escolas e comunidades;
Estimular a construção de grupos de estudos como círculos autônomos
e emancipatórios para exercitar a interdisciplinaridade;
Atualizar a formação com a tutoria e a alimentação continuada de
informações para que não haja estancamento e desvirtuamento do
processo –atualização de temas/adensamento conceitual;
Necessidade de ter uma avaliação continuada de projetos e programas
de governo para retroalimentar e aperfeiçoar as políticas públicas;
Fomentara consolidação de equipes/coletivos estruturantes nas
escolas para desenvolver ações transformadoras.

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O PÚBLICO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Divide-se as demandas de Educação Ambiental em duas


categorias básicas:

Educação Formal: Envolve estudantes em geral, desde a


educação infantil até a fundamental, média e universitária,
além de professores e demais profissionais envolvidos
em cursos de treinamento em Educação Ambiental.

Educação Não-Formal: Envolve todos os segmentos da


população, como por exemplo: grupos de mulheres, de
jovens, trabalhadores, políticos, empresários,
associações de moradores, profissionais liberais, dentre
outros.
.

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Os âmbitos de ação – educação formal e não-formal

O artigo 9º da PNEA reforça obrigatoriedade da Educação


Ambiental que deve estar presente em todos os níveis
educacionais (da educação básica à educação superior).

Deve ser aplicada tanto às modalidades existentes (como


educação de jovens e adultos, educação a distância e
tecnologias educacionais, educação especial, educação
escolar indígena) quanto àquelas que vierem a ser
criadas ou reconhecidas pelas leis educacionais (como a
educação escolar quilombola), englobando também a
educação no campo e outras, para garantir a diferentes
grupos e faixas etárias o desenvolvimento da cultura e
cidadania ambiental.
.

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Os âmbitos de ação – educação formal e não-formal

O artigo 13 da PNEA trata do âmbito não-formal


definindo-o como “as ações e práticas educativas
voltadas à sensibilização da coletividade sobre as
questões ambientais e à sua organização e participação
na defesa da qualidade do meio ambiente”.

A PNEA incentiva a participação das escolas e


universidades em atividades da Educação Ambiental
não-formal, inclusive aquelas executadas por empresas.
.

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Formas de trabalhar EA nas escolas:

Educação Ambiental Difusa. Sensibilização e


mobilização;

Educação Ambiental Presencial. Seminários e oficinas de


adensamento;

Conceitual. Grupos de estudos Pernamentes;

Educação Ambiental tecnológica. Inclusão digital;

Educação Ambiental como ação transformadora. Projetos


e coletivos jovens.
.

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CAPÍTULO I - DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Art. 1o Entendem-se por educação ambiental os


processos por meio dos quais o indivíduo e a
coletividade constroem valores sociais, conhecimentos,
habilidades, atitudes e competências voltadas para a
conservação do meio ambiente, bem de uso comum do
povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua
sustentabilidade.

Art. 2o A educação ambiental é um componente


essencial e permanente da educação nacional, devendo
estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e
modalidades do processo educativo, em caráter formal e
não formal.
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CAPÍTULO I - DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Art. 3o Como parte do processo educativo mais amplo,
todos têm direito à educação ambiental, incumbindo:
I - ao Poder Público, nos termos dos arts. 205 e 225 da
Constituição Federal, definir políticas públicas que
incorporem a dimensão ambiental, promover a educação
ambiental em todos os níveis de ensino e o engajamento da
sociedade na conservação, recuperação e melhoria do meio
ambiente;
II - às instituições educativas, promover a educação
ambiental de maneira integrada aos programas
educacionais que desenvolvem;
III - aos órgãos integrantes do Sistema Nacional de Meio
Ambiente – SISNAMA, promover ações de educação
ambiental integradas aos programas de conservação,
recuperação e melhoria do meio ambiente.
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CAPÍTULO I - DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
IV - aos meios de comunicação de massa, colaborar de
maneira ativa e permanente na disseminação de
informações e práticas educativas sobre meio ambiente e
incorporar a dimensão ambiental em sua programação;

V - às empresas, entidades de classe, instituições públicas


e privadas, promover programas destinados à capacitação
dos trabalhadores, visando à melhoria e ao controle efetivo
sobre o ambiente de trabalho, bem como sobre as
repercussões do processo produtivo no meio ambiente;

VI - à sociedade como um todo, manter atenção permanente


à formação de valores, atitudes e habilidades que propiciem
a atuação individual e coletiva voltada para a prevenção, a
identificação e a solução de problemas ambientais.
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CAPÍTULO I - DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Art. 4o São princípios básicos da educação ambiental:

I - o enfoque humanista, holístico, democrático e


participativo;

II - a concepção do meio ambiente em sua totalidade,


considerando a interdependência entre o meio natural, o
socioeconômico e o cultural, sob o enfoque da
sustentabilidade;

III - o pluralismo de ideias e concepções pedagógicas, na


perspectiva da inter, multi e transdisciplinaridade;

IV - a vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as


práticas sociais.
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CAPÍTULO I - DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
V - a garantia de continuidade e permanência do processo
educativo;
VI - a permanente avaliação crítica do processo educativo;
VII - a abordagem articulada das questões ambientais
locais, regionais, nacionais e globais;
VIII - o reconhecimento e o respeito à pluralidade e à
diversidade individual e cultural.
Art. 5o São objetivos fundamentais da educação ambiental:
I - o desenvolvimento de uma compreensão integrada do
meio ambiente em suas múltiplas e complexas relações,
envolvendo aspectos ecológicos, psicológicos, legais,
políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e
éticos;
II - a garantia de democratização das informações
ambientais;
III - o estímulo e o fortalecimento de uma consciência crítica
sobre a problemática ambiental e social; SGT PM MARCIO
CAPÍTULO I - DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
IV - o incentivo à participação individual e coletiva,
permanente e responsável, na preservação do equilíbrio do
meio ambiente, entendendo-se a defesa da qualidade
ambiental como um valor inseparável do exercício da
cidadania;
V - o estímulo à cooperação entre as diversas regiões do
País, em níveis micro e macrorregionais, com vistas à
construção de uma sociedade ambientalmente equilibrada,
fundada nos princípios da liberdade, igualdade,
solidariedade, democracia, justiça social, responsabilidade
e sustentabilidade;
VI - o fomento e o fortalecimento da integração com a
ciência e a tecnologia;
VII - o fortalecimento da cidadania, autodeterminação dos
povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da
humanidade
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CAPÍTULO II - DA POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Seção I - Disposições Gerais

Art. 6o É instituída a Política Nacional de Educação


Ambiental.

Art. 7o A Política Nacional de Educação Ambiental envolve


em sua esfera de ação, além dos órgãos e entidades
integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente -
Sisnama, instituições educacionais públicas e privadas dos
sistemas de ensino, os órgãos públicos da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e
organizações não-governamentais com atuação em
educação ambiental.

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CAPÍTULO II - DA POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Art. 8o As atividades vinculadas à Política Nacional de Educação


Ambiental devem ser desenvolvidas na educação em geral e na
educação escolar, por meio das seguintes linhas de atuação inter-
relacionadas:
I - capacitação de recursos humanos;
II - desenvolvimento de estudos, pesquisas e experimentações;
III - produção e divulgação de material educativo;
IV - acompanhamento e avaliação.
§ 1o Nas atividades vinculadas à Política Nacional de Educação
Ambiental serão respeitados os princípios e objetivos fixados por esta
Lei.
§ 2o A capacitação de recursos humanos voltar-se-á para:
I - a incorporação da dimensão ambiental na formação, especialização e
atualização dos educadores de todos os níveis e modalidades de
ensino;
II - a incorporação da dimensão ambiental na formação, especialização
e atualização dos profissionais de todas as áreas;

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CAPÍTULO II - DA POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

III - a preparação de profissionais orientados para as atividades de


gestão ambiental;
IV - a formação, especialização e atualização de profissionais na área
de meio ambiente;
V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade
no que diz respeito à problemática ambiental.
§ 3o As ações de estudos, pesquisas e experimentações voltar-se-ão
para:
I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias, visando à
incorporação da dimensão ambiental, de forma interdisciplinar, nos
diferentes níveis e modalidades de ensino;
II - a difusão de conhecimentos, tecnologias e informações sobre a
questão ambiental;
III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias, visando à
participação dos interessados na formulação e execução de pesquisas
relacionadas à problemática ambiental;

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CAPÍTULO II - DA POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

IV - a busca de alternativas curriculares e metodológicas de


capacitação na área ambiental;
V - o apoio a iniciativas e experiências locais e regionais, incluindo a
produção de material educativo;
VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens, para apoio
às ações enumeradas nos incisos I a .
Seção II - Da Educação Ambiental no Ensino Formal
Art. 9o Entende-se por educação ambiental na educação escolar a
desenvolvida no âmbito dos currículos das instituições de ensino
públicas e privadas, englobando:
I - educação básica: educação infantil; ensino fundamental e ensino
médio;
II - educação superior;
III - educação especial;
IV - educação profissional;
V - educação de jovens e adultos.

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CAPÍTULO II - DA POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Art. 10. A educação ambiental será desenvolvida como uma prática


educativa integrada, contínua e permanente em todos os níveis e
modalidades do ensino formal.

§ 1o A educação ambiental não deve ser implantada como disciplina


específica no currículo de ensino.

§ 2o Nos cursos de pós-graduação, extensão e nas áreas voltadas ao


aspecto metodológico da educação ambiental, quando se fizer
necessário, é facultada a criação de disciplina específica.

§ 3o Nos cursos de formação e especialização técnico-profissional, em


todos os níveis, deve ser incorporado conteúdo que trate da ética
ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

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CAPÍTULO II - DA POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Art. 11. A dimensão ambiental deve constar dos currículos de formação


de professores, em todos os níveis e em todas as disciplinas.

Parágrafo único. Os professores em atividade devem receber formação


complementar em suas áreas de atuação, com o propósito de atender
adequadamente ao cumprimento dos princípios e objetivos da Política
Nacional de Educação Ambiental.

Art. 12. A autorização e supervisão do funcionamento de instituições de


ensino e de seus cursos, nas redes pública e privada, observarão o
cumprimento do disposto nos arts. 10 e 11 desta Lei.

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CAPÍTULO II - DA POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Seção III - Da Educação Ambiental Não Formal
Art. 13. Entendem-se por educação ambiental não formal as ações e práticas
educativas voltadas à sensibilização da coletividade sobre as questões
ambientais e à sua organização e participação na defesa da qualidade do meio
ambiente.
Parágrafo único. O Poder Público, em níveis federal, estadual e municipal,
incentivará:
I - a difusão, por intermédio dos meios de comunicação de massa, em espaços
nobres, de programas e campanhas educativas, e de informações acerca de
temas relacionados ao meio ambiente;
II - a ampla participação da escola, da universidade e de organizações não
governamentais na formulação e execução de programas e atividades
vinculadas à educação ambiental não formal;
III - a participação de empresas públicas e privadas no desenvolvimento de
programas de educação ambiental em parceria com a escola, a universidade e
as organizações não-governamentais;
IV - a sensibilização da sociedade para a importância das unidades de
conservação;
V - a sensibilização ambiental das populações tradicionais ligadas às unidades
de conservação;
VI - a sensibilização ambiental dos agricultores;
VII - o ecoturismo. SGT PM MARCIO
CAPÍTULO III - DA EXECUÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO
AMBIENTAL

Art. 14. A coordenação da Política Nacional de Educação Ambiental


ficará a cargo de um órgão gestor, na forma definida pela
regulamentação desta Lei.

Art. 15. São atribuições do órgão gestor:

I - definição de diretrizes para implementação em âmbito nacional;


II - articulação, coordenação e supervisão de planos, programas e
projetos na área de educação ambiental, em âmbito nacional;
III - participação na negociação de financiamentos a planos, programas
e projetos na área de educação ambiental.

Art. 16. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, na esfera de sua


competência e nas áreas de sua jurisdição, definirão diretrizes, normas
e critérios para a educação ambiental, respeitados os princípios e
objetivos da Política Nacional de Educação Ambiental

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CAPÍTULO III - DA EXECUÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO
AMBIENTAL

Art. 17. A eleição de planos e programas, para fins de alocação de


recursos públicos vinculados à Política Nacional de Educação
Ambiental, deve ser realizada levando-se em conta os seguintes
critérios:

I - conformidade com os princípios, objetivos e diretrizes da Política


Nacional de Educação Ambiental;
II - prioridade dos órgãos integrantes do Sisnama e do Sistema
Nacional de Educação;
III - economicidade, medida pela relação entre a magnitude dos
recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa
proposto.

Parágrafo único. Na eleição a que se refere o caput deste artigo, devem


ser contemplados, de forma equitativa, os planos, programas e projetos
das diferentes regiões do País

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CAPÍTULO III - DA EXECUÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO
AMBIENTAL

Art. 18. (VETADO)


Art. 19. Os programas de assistência técnica e financeira relativos a
meio ambiente e educação, em níveis federal, estadual e municipal,
devem alocar recursos às ações de educação ambiental.

CAPÍTULO IV - DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 20. O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de noventa


dias de sua publicação, ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente
e o Conselho Nacional de Educação.

Art. 21. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

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Se quisermos ter menos lixo, precisamos rever
nosso paradigma de felicidade humana. Ter
menos lixo significa ter mais qualidade, menos
quantidade; mais cultura, menos símbolos de
status; mais esporte, menos material esportivo;
mais tempo para as crianças, menos dinheiro
trocado; mais animação, menos tecnologia de
diversão; mais carinho, menos presente!
Abraços!
-Gilnreiner

ST PM MARCIO

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