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Contenidos
• CAPÍTULO I. Da educação ambiental
• CAPÍTULO II. Da política nacional de educação ambiental
– SEÇÃO I. Disposições gerais
– SEÇÃO II. Da educação ambiental no ensino formal
– SEÇÃO III. Da educação ambiental não-formal
• CAPÍTULO III. Da execução da política nacional de educação ambiental
• CAPÍTULO IV. Disposições finais
CAPÍTULO I
Da educação ambiental
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Artigos 1 a 5
ARTIGO 1
Entendem-se por educaçã o ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e
a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e
competências voltadas para a conservaçã o do meio ambiente, bem de uso comum do
povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.
ARTIGO 2
A educaçã o ambiental é um componente essencial e permanente da educaçã o
nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e
modalidades do processo educativo, em cará ter formal e nã o-formal.
ARTIGO 3
Como parte do processo educativo mais amplo, todos têm direito à educaçã o
ambiental, incumbindo:
I - ao Poder Pú blico, nos termos dos arts. 205 e 225 da Constituiçã o Federal, definir
políticas pú blicas que incorporem a dimensã o ambiental, promover a educaçã o
ambiental em todos os níveis de ensino e o engajamento da sociedade na
conservaçã o, recuperaçã o e melhoria do meio ambiente;
II - à s instituiçõ es educativas, promover a educaçã o ambiental de maneira integrada
aos programas educacionais que desenvolvem;
III - aos ó rgã os integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama,
promover açõ es de educaçã o ambiental integradas aos programas de conservaçã o,
recuperaçã o e melhoria do meio ambiente;
IV - aos meios de comunicaçã o de massa, colaborar de maneira ativa e permanente
na disseminaçã o de informaçõ es e prá ticas educativas sobre meio ambiente e
incorporar a dimensã o ambiental em sua programaçã o;
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ARTIGO 4
Sã o princípios bá sicos da educaçã o ambiental:
I - o enfoque humanista, holístico, democrá tico e participativo;
II - a concepçã o do meio ambiente em sua totalidade, considerando a
interdependência entre o meio natural, o só cio-econô mico e o cultural, sob o
enfoque da sustentabilidade;
III - o pluralismo de idéias e concepçõ es pedagó gicas, na perspectiva da inter, multi
e transdisciplinaridade;
IV - a vinculaçã o entre a ética, a educaçã o, o trabalho e as prá ticas sociais;
V - a garantia de continuidade e permanência do processo educativo;
VI - a permanente avaliaçã o crítica do processo educativo;
VII - a abordagem articulada das questõ es ambientais locais, regionais, nacionais e
globais;
VIII - o reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade individual e
cultural.
ARTIGO 5
Sã o objetivos fundamentais da educaçã o ambiental:
I - o desenvolvimento de uma compreensã o integrada do meio ambiente em suas
mú ltiplas e complexas relaçõ es, envolvendo aspectos ecoló gicos, psicoló gicos, legais,
políticos, sociais, econô micos, científicos, culturais e éticos;
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CAPÍTULO II
Da política nacional de educação ambiental
Artigos 6 a 13.a
SEÇÃO I
Disposições gerais
Artigos 6 a 8
ARTIGO 6
É instituída a Política Nacional de Educaçã o Ambiental.
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ARTIGO 7
A Política Nacional de Educaçã o Ambiental envolve em sua esfera de açã o, além dos
ó rgã os e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama,
instituiçõ es educacionais pú blicas e privadas dos sistemas de ensino, os ó rgã os
pú blicos da Uniã o, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e organizaçõ es
nã o-governamentais com atuaçã o em educaçã o ambiental.
ARTIGO 8
As atividades vinculadas à Política Nacional de Educaçã o Ambiental devem ser
desenvolvidas na educaçã o em geral e na educaçã o escolar, por meio das seguintes
linhas de atuaçã o inter-relacionadas:
I - capacitaçã o de recursos humanos;
II - desenvolvimento de estudos, pesquisas e experimentaçõ es;
III - produçã o e divulgaçã o de material educativo;
IV - acompanhamento e avaliaçã o.
§ 1º Nas atividades vinculadas à Política Nacional de Educaçã o Ambiental serã o
respeitados os princípios e objetivos fixados por esta Lei.
§ 2º A capacitaçã o de recursos humanos voltar-se-á para:
I - a incorporaçã o da dimensã o ambiental na formaçã o, especializaçã o e atualizaçã o
dos educadores de todos os níveis e modalidades de ensino;
II - a incorporaçã o da dimensã o ambiental na formaçã o, especializaçã o e atualizaçã o
dos profissionais de todas as á reas;
III - a preparaçã o de profissionais orientados para as atividades de gestã o
ambiental;
IV - a formaçã o, especializaçã o e atualizaçã o de profissionais na á rea de meio
ambiente;
V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz
respeito à problemá tica ambiental.
§ 3º As açõ es de estudos, pesquisas e experimentaçõ es voltar-se-ã o para:
I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias, visando à incorporaçã o da
dimensã o ambiental, de forma interdisciplinar, nos diferentes níveis e modalidades
de ensino;
II - a difusã o de conhecimentos, tecnologias e informaçõ es sobre a questã o
ambiental;
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SEÇÃO II
Da educação ambiental no ensino formal
Artigos 9 a 12
ARTIGO 9
Entende-se por educaçã o ambiental na educaçã o escolar a desenvolvida no â mbito
dos currículos das instituiçõ es de ensino pú blicas e privadas, englobando:
I - educaçã o bá sica:
a. educaçã o infantil;
b. ensino fundamental e
c. ensino médio;
II - educaçã o superior;
III - educaçã o especial;
IV - educaçã o profissional;
V - educaçã o de jovens e adultos.
ARTIGO 10
A educaçã o ambiental será desenvolvida como uma prá tica educativa integrada,
contínua e permanente em todos os níveis e modalidades do ensino formal.
§ 1º A educaçã o ambiental nã o deve ser implantada como disciplina específica no
currículo de ensino.
§ 2º Nos cursos de pó s-graduaçã o, extensã o e nas á reas voltadas ao aspecto
metodoló gico da educaçã o ambiental, quando se fizer necessá rio, é facultada a
criaçã o de disciplina específica.
§ 3º Nos cursos de formaçã o e especializaçã o técnico-profissional, em todos os
níveis, deve ser incorporado conteú do que trate da ética ambiental das atividades
profissionais a serem desenvolvidas.
ARTIGO 11
A dimensã o ambiental deve constar dos currículos de formaçã o de professores, em
todos os níveis e em todas as disciplinas.
Pará grafo ú nico. Os professores em atividade devem receber formaçã o
complementar em suas á reas de atuaçã o, com o propó sito de atender
adequadamente ao cumprimento dos princípios e objetivos da Política Nacional de
Educaçã o Ambiental.
ARTIGO 12
A autorizaçã o e supervisã o do funcionamento de instituiçõ es de ensino e de seus
cursos, nas redes pú blica e privada, observarã o o cumprimento do disposto nos arts.
10 e 11 desta Lei.
SEÇÃO III
Da educação ambiental não-formal
Artigo 13
ARTIGO 13
Entendem-se por educaçã o ambiental nã o-formal as açõ es e prá ticas educativas
voltadas à sensibilizaçã o da coletividade sobre as questõ es ambientais e à sua
organizaçã o e participaçã o na defesa da qualidade do meio ambiente.
Pará grafo ú nico. O Poder Pú blico, em níveis federal, estadual e municipal,
incentivará :
I - a difusã o, por intermédio dos meios de comunicaçã o de massa, em espaços
nobres, de programas e campanhas educativas, e de informaçõ es acerca de temas
relacionados ao meio ambiente;
II - a ampla participaçã o da escola, da universidade e de organizaçõ es nã o-
governamentais na formulaçã o e execuçã o de programas e atividades vinculadas à
educaçã o ambiental nã o-formal;
III - a participaçã o de empresas pú blicas e privadas no desenvolvimento de
programas de educaçã o ambiental em parceria com a escola, a universidade e as
organizaçõ es nã o-governamentais;
IV - a sensibilizaçã o da sociedade para a importâ ncia das unidades de conservaçã o;
V - a sensibilizaçã o ambiental das populaçõ es tradicionais ligadas à s unidades de
conservaçã o;
VI - a sensibilizaçã o ambiental dos agricultores;
VII - o ecoturismo.
ARTIGO 13-A
Fica instituída a Campanha Junho Verde, a ser celebrada anualmente como parte das
atividades da educaçã o ambiental nã o formal.
§ 2º A Campanha Junho Verde será promovida pelo poder pú blico federal, estadual,
distrital e municipal em parceria com escolas, universidades, empresas pú blicas e
privadas, igrejas, comércio, entidades da sociedade civil, comunidades tradicionais e
populaçõ es indígenas, e incluirá açõ es direcionadas para:
VI - debate sobre transiçã o ecoló gica das cadeias produtivas, economia de baixo
carbono e carbono neutro;
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VIII - preservaçã o da cultura dos povos tradicionais e indígenas que habitam biomas
brasileiros, inseridos no contexto da proteçã o da biodiversidade do País;
IX - debate sobre as mudanças climá ticas e seus impactos nas cidades e no meio
rural, com a participaçã o dos Poderes Legislativos estaduais, distrital e municipais;
XVI - conscientizaçã o relativa a uso racional da á gua, escassez hídrica, acesso a á gua
potá vel e tecnologias disponíveis para melhoria da eficiência hídrica.
CAPÍTULO III
Da execução da política nacional de educação ambiental
Artigos 14 a 19
ARTIGO 14
A coordenaçã o da Política Nacional de Educaçã o Ambiental ficará a cargo de um
ó rgã o gestor, na forma definida pela regulamentaçã o desta Lei.
ARTIGO 15
Sã o atribuiçõ es do ó rgã o gestor:
I - definiçã o de diretrizes para implementaçã o em â mbito nacional;
II - articulaçã o, coordenaçã o e supervisã o de planos, programas e projetos na á rea
de educaçã o ambiental, em â mbito nacional;
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ARTIGO 16
Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, na esfera de sua competência e nas
á reas de sua jurisdiçã o, definirã o diretrizes, normas e critérios para a educaçã o
ambiental, respeitados os princípios e objetivos da Política Nacional de Educaçã o
Ambiental.
ARTIGO 17
A eleiçã o de planos e programas, para fins de alocaçã o de recursos pú blicos
vinculados à Política Nacional de Educaçã o Ambiental, deve ser realizada levando-se
em conta os seguintes critérios:
I - conformidade com os princípios, objetivos e diretrizes da Política Nacional de
Educaçã o Ambiental;
II - prioridade dos ó rgã os integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de
Educaçã o;
III - economicidade, medida pela relaçã o entre a magnitude dos recursos a alocar e o
retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto.
Pará grafo ú nico. Na eleiçã o a que se refere o caput deste artigo, devem ser
contemplados, de forma eqü itativa, os planos, programas e projetos das diferentes
regiõ es do País.
ARTIGO 18
VETADO
ARTIGO 19
Os programas de assistência técnica e financeira relativos a meio ambiente e
educaçã o, em níveis federal, estadual e municipal, devem alocar recursos à s açõ es de
educaçã o ambiental.
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CAPÍTULO IV
Disposições finais
Artigos 20 e 21
ARTIGO 20
O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de noventa dias de sua
publicaçã o, ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional
de Educaçã o.
ARTIGO 21
Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaçã o.
Brasília, 27 de abril de 1999; 178º da Independência e 111º da Repú blica.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Paulo Renato Souza
José Sarney Filho