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Educação Ambiental
A compreende os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos,
habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo,
essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.
Como uma reação à crise ambiental planetária, reconhecida mundialmente há mais de cinquenta anos, a educação
ambiental surge e se molda por uma necessidade legítima e crescente de compatibilizar a sociedade humana com os
processos naturais primordiais.
✓ Porém, apesar do adjetivo “ambiental” estar atrelado à esta forma de educação, reconhecemos que os princípios
da EA transcendem o ambiente físico e biótico e fundamentam-se em uma ética humana de agir harmonicamente
e com respeito, não somente para com os outros seres da biosfera, mas entre nós mesmos.
Do ponto de vista normativo, a importância da EA foi reconhecida e expressa através da obrigatoriedade legal de seu
planejamento e execução, não somente pelas instituições de ensino formal, mas também por outros segmentos da
sociedade. Neste contexto, tanto a Política Nacional (LEI 9.795/99)
✓ II - a concepção do meio ambiente em sua totalidade, considerando a interdependência entre o meio natural, o
socioeconômico e o cultural, sob o enfoque da sustentabilidade;
✓ VII - a abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais, nacionais e globais;
✓ I - o desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente em suas múltiplas e complexas relações,
envolvendo aspectos ecológicos, psicológicos, legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos;
✓ III - o estímulo e o fortalecimento de uma consciência crítica sobre a problemática ambiental e social;
✓ V - o estímulo à cooperação entre as diversas regiões do País, em níveis micro e macrorregionais, com vistas à
construção de uma sociedade ambientalmente equilibrada, fundada nos princípios da liberdade, igualdade,
solidariedade, democracia, justiça social, responsabilidade e sustentabilidade;
✓ VII - o fortalecimento da cidadania, autodeterminação dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro
da humanidade.
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Observando esses princípios destaca-se a concepção do meio ambiente em sua totalidade, ou seja, um ambiente com a
inclusão da sociedade humana e sua pluralidade cultural, a qual é indissociável do meio natural.
✓ Também podemos pontuar a recorrência de termos como ética, transdisciplinaridade e participação social
democrática, que permeiam os princípios e objetivos desses instrumentos legais.
Art. 225. – Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à
sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as
presentes e futuras gerações
Qual a importância da Constituição Federal de 1988 no processo de evolução da proteção ambiental no Brasil?
A Constituição de 1988 consagrou a necessidade de harmonizar a convivência do homem com a natureza, sendo
apelidada de ''Constituição Verde''. Ela trouxe uma série dispositivos que servem de diretrizes para a concretização
da proteção da natureza, dando ao meio ambiente o caráter de bem juridicamente tutelado.
Quais aspetos da legislação brasileira em vigor você considera mais relevantes para a educação ambiental?
A lei 6.938/81 de 31 de agosto de 1981 é a lei mais importante na proteção ambiental. Ela tem como objetivo
regulamentar as várias atividades que envolvam o meio ambiente, para que haja preservação, melhoria e recuperação da
qualidade ambiental.
Qual é a lei que regulamenta a educação ambiental quais são suas particularidades?
A Lei 9.795/99 dispõe sobre a Política Nacional de Educação Ambiental. A educação ambiental visa desenvolver uma
filosofia de ética, moral e respeito à natureza e aos homens. É uma importante ferramenta que mobiliza a comunidade
para mudanças de hábitos.
Repensar, reduzir, recusar, reutilizar e reciclar são as cinco palavras necessárias. Repensar, reduzir, recusar, reutilizar e
reciclar são as cinco palavras necessárias para ter uma grande resposta para a sustentabilidade respeitando o meio
ambientes
A Lei 9.795/99 estabelece que a Educação Ambiental deve estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e
modalidades do processo educativo, respeitando em suas diretrizes nacionais aquelas a serem complementadas
discricionariamente pelos estabelecimentos de ensino (artigo 26 da LDB) com uma parte diversificada .
Os princípios e objetivos da Educação Ambiental se coadunam com os princípios gerais da Educação contidos na Lei 9.394,
de 20/12/1996 (LDB - Lei de Diretrizes e Bases) que, em seu artigo 32, assevera que o ensino fundamental terá por
objetivo a formação básica do cidadão mediante: (...) II – a compreensão do ambiental natural e social do sistema político,
da tecnologia das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade.
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Ocorre que, em sua práxis pedagógica, a Educação Ambiental envolve o entendimento de uma educação cidadã,
responsável, crítica, participativa, onde cada sujeito aprende com conhecimentos científicos e com o reconhecimento dos
saberes tradicionais, possibilitando a tomada de decisões transformadoras a partir do meio ambiente natural ou construído
no qual as pessoas se inserem. A Educação Ambiental avança na construção de uma cidadania responsável, estimulando
interações mais justas entre os seres humanos e os demais seres que habitam o Planeta, para a construção de um presente
e um futuro sustentável, sadio e socialmente justo.
Por estes motivos, é essencial que as Diretrizes Curriculares Nacionais do CNE auxiliem no dever atribuído
constitucionalmente ao Estado de promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública
para a preservação do meio ambiente (C.F., art. 225 § 1º inciso VI) e na implementação das Políticas Nacionais de
Educação Ambiental e de Meio Ambiente (estabelecidas pela Lei nº 9.795, de 27.04.99, regulamentadas pelo Decreto nº
4.281, de 25.06.2002, e pela Lei nº 6.938/81) que exigem também do ensino formal o dever de capacitar as pessoas, em
todos os níveis e modalidades de ensino, para a participação ativa na defesa do meio ambiente.
Ensinar a importância da coleta seletiva e disponibilizar lixeiras recicláveis; Promover a redução do uso de plástico, dando
preferência por produtos que agridam menos o meio ambiente; Fazer o reaproveitamento de materiais e evitar o
desperdício; Fazer uma horta coletiva.
A Educação Ambiental compreende os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores
sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso
comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.
Por isso, a escola deve encorajar os seus alunos a realizar atividades como separação de resíduos, coleta de lixo, visitas
às reservas naturais, redução de energia, reutilização de papel, etc. Plantar árvores ou construir uma horta são formas
bem efetivas de promover a educação ambiental.
✓ Seja um exemplo.
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A educação ambiental tem por objetivo desenvolver a formação social, a partir do desenvolvimento da consciência
ecológica em crianças e jovens, além dos adultos, de valorização e preservação da natureza.
A educação ambiental desperta no discente a consciência de preservação e de cidadania. O ser humano deve passar a
entender, desde cedo, precisa cuidar, preservar e que o futuro depende do equilíbrio entre homem e natureza e do uso
racional dos recursos naturais.
A educação ambiental é fundamental para que as pessoas se tornem mais conscientes sobre a sustentabilidade e
a importância de construir um futuro mais limpo para as próximas gerações.
Quais as razões para se implantar a educação ambiental o quanto mais cedo nas escolas?
Crises climáticas, crises hídricas, aumento da população, superexploração de recursos naturais: todos estes fatores fazem
com que seja cada vez mais evidente a importância de educar e conscientizar a população sobre a conservação do meio
ambiente e ter hábitos mais saudáveis.
Vamos ver quais são as 5 razões para implementar a educação ambiental desde cedo nas escolas?
✓ conhecimentos e atitudes para a conservação do meio ambiente, essencial à qualidade de vida e sua
sustentabilidade (Lei nº 9795/1999). Por isso ela deve ser entendida como prioridade, todos precisamos estar
cientes disso, deve ser ensinada e está presente em casa e na escola.
2. A Educação Ambiental é um processo contínuo pelo qual o aluno adquire conhecimento e informações de como
pode intervir de forma direta no impacto e na conservação do meio ambiente. Assim, a Educação Ambiental é uma
ferramenta permanente e modificadora, visando melhorar a relação do homem com a natureza, promovendo reflexões
acerca dos problemas ambientais e mostrando que a qualidade de vida e as futuras gerações dependem de um
desenvolvimento sustentável (ECO DEBATE, 2017).
3. A Educação Ambiental nas escolas é regulamentada como uma metodologia educativa integrada, contínua e
permanente em todos os níveis e modalidades de ensino. O objetivo é “proporcionar um processo de alfabetização mais
ecológico que capte a atenção e o envolvimento de todos os estudantes para as questões do meio ambiente. Por isso, é
fundamental ensinar a disciplina desde cedo às crianças, tanto em casa quanto no espaço educacional. Dessa forma, será
possível desenvolver maior senso de responsabilidade nos pequenos, fazendo com que priorizem ações de cuidado
ambiental, como separar o lixo e reduzir o consumo de água diário” (COLÉGIO ARNALDO, 2020).
4. Inspira a consciência ambiental. O aluno quando compreende que os resíduos sólidos podem resultar em
contaminação das águas subterrâneas e causam impactos socioambientais que podem ser irreversíveis, pode entender a
importância que a redução e reciclagem do lixo trazem para o meio ambiente.
5. Proporciona o desenvolvimento de uma cultura sustentável, pois a informação teórica e prática obtida na escola
é fundamental para o desenvolvimento de uma cultura sustentável. “Assim, o ideal é que a instituição de ensino encoraje
os estudantes a participarem e realizarem atividades de redução de danos, como separar o lixo, apagar as luzes, plantar
árvores, entre outras” (COLÉGIO ARNALDO, 2020).
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Educação
Educação é uma prática social que visa ao desenvolvimento do ser humano, de suas potencialidades, habilidades e
competências. A educação, portanto, não se restringe à escola. A educação é um direito de todos e visa ao pleno
desenvolvimento humano por meio do processo de ensino-aprendizagem.
A importância da Educação vai além da transmissão de conhecimento teórico das disciplinas curriculares, ela contribui
para a formação cidadã dos estudantes e promove a transformação do meio social para o bem comum.
O objetivo da educação na escola pública é atingir a qualidade social para todos e cada um dos seus alunos; garantir
de forma sistemática a apropriação do conhecimento acumulado pela humanidade; desenvolver as diversas habilidades;
contribuir para o desenvolvimento integral do sujeito histórico; para ter visão de mundo.
Educação é um conceito genérico, mais amplo que supõe o processo de desenvolvimento integral do homem, ou seja,
de sua capacidade física, intelectual e moral, visando não só a formação de habilidades, mas também do caráter e da
personalidade social.
O conceito de educar vai muito além do ato de transmitir conhecimento, educar é estimular o raciocínio, é aprimorar o
senso crítico, as faculdades intelectuais, físicas e morais. O homem é um ser que precisa de orientação e informação.
É um processo de desenvolvimento integral de todas as potencialidades do indivíduo. Requer atuação conjunta de todos
os sujeitos envolvidos no ato de educar (pais, professores, comunidade etc.) e pressupõe um olhar sistêmico para o
processo de aprendizagem, de maneira a propiciar a autotransformação do ser.
Ela permite o desenvolvimento dos indivíduos a partir do ensino e da aprendizagem, com a finalidade potencializar a sua
capacidade intelectual, se baseando em ações associadas ao ambiente escolar, familiar e social.
Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade
humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho.
• Educação formal. A educação formal é aquela que acontece no sistema de ensino tradicional, ou seja, em
escolas e universidades. ...
• Educação informal.
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É fazer com que a ação pedagógica seja correspondente ao universo infantil, estabelecendo uma visão integrada do
desenvolvimento da criança com base em compreensões que respeitem a diversidade, o momento e a realidade
peculiares à infância.
O papel da escola na sociedade é socializar o conhecimento, seu dever é atuar na formação moral dos alunos, é essa soma
de esforço que promove o pleno desenvolvimento o indivíduo como cidadão.
Ela permite o desenvolvimento dos indivíduos a partir do ensino e da aprendizagem, com a finalidade potencializar a sua
capacidade intelectual, se baseando em ações associadas ao ambiente escolar, familiar e social.
A educação é uma arma poderosa. Através dela, um cidadão se torna mais crítico, tem mais oportunidades de emprego
e melhoria na sua própria qualidade de vida. A importância de aprender para si mesmo é compartilhar os conhecimentos
com os outros
A educação visa transformar a realidade social de cada indivíduo inserido neste sistema em um processo humanizador,
ou seja, melhor, por meio deste fenômeno as pessoas passam a ter uma aprendizagem mútua.
Ao criar estratégias pedagógicas colaborativas com o entorno, a escola consegue ensinar aspectos importantes da vida
em comunidade aos estudantes, como a cidadania e o pensamento coletivo, além de soft skills como empatia,
responsabilidade e relacionamento interpessoal.
A escola contemporânea se vê diante das transformações da sociedade, obrigando-a a buscar novos posicionamentos.
Tais posicionamentos referem-se a uma mudança de paradigma nas concepções de escola e de ensino-aprendizagem,
uma vez que o fracasso escolar se impõe de maneira acentuada na atualidade.
O profissional da educação é aquele que realmente resgata a vontade, e que nos seus valores mais profundos, encontra
esse grande missão de contribuir para transformar o mundo. Alguém que não perde esse encantamento, essa vontade, e
sabe que são grandes as dificuldades, mas que o seu papel é maior do que isso.
Assim como a família, a escola tem também sua fundamental importância para o aprendizado de todos nós,
principalmente das crianças e adolescentes. A escola possibilita através da convivência uns com os outros uma troca de
conhecimento, um amadurecimento intelectual e amistoso, contribuindo assim para o convívio social.
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Prática Escolar
A prática escolar baseia-se na efetivação das circunstâncias que asseguram a promoção do trabalho docente. Essas
condições não se limitam rigorosamente ao pedagógico, sendo que a escola executa funções que lhe são entregues pela
sociedade, a qual se retrata como fundada por classes sociais com interesses implícitos.
As práticas pedagógicas são instrumentos que podem ajudar as escolas a concretizarem seus objetivos de
aprendizagem. Por exemplo, por meio delas, é possível manter alunos nativos digitais engajados com a escola ou para
estabelecer uma dinâmica de sala de aula mais participativa e inclusiva.
1. Adote uma proposta colaborativa. Todo mundo sabe que a rotina de um professor não é nada fácil. ...
As tendências pedagógicas no Brasil estão diretamente ligadas às questões sociais e políticas, enquanto um reflexo dos
propósitos estabelecidos pela escola e pela sociedade.
É um exercício de aprendizagem constante, do saber falar, ouvir, propor, contrariar e complementar. Neste contexto, a
informação e o desenvolvimento de conhecimentos científicos são fatores impulsionadores da participação nas atividades
escolares no campo da prática pedagógica e da gestão da escola.
Há uma visão geral das mais comuns e vigentes tendências pedagógicas mais atuais e seus paradigmas:
✓ a tendência liberal e a tendência progressista (libertadora, libertária e crítica-social) e Paulo Freire com meu
principal precursor.
As tendências pedagógicas
As tendências pedagógicas são um conjunto de pensamentos de filósofos e autores que falam de como educação é
compartilhada. Existem dois modelos: o liberal e o progressista. Enquanto o primeiro quer manter a sociedade do jeito
que ela está, o segundo coloca a educação como ferramenta transformadora na nossa sociedade.
As tendências pedagógicas brasileiras foram muito influenciadas pelo momento cultural e político da sociedade, pois foram
levadas à luz graças aos movimentos sociais e filosóficos. Essas formaram a prática pedagógica do país.
✓ Os professores Saviani (1997) e Libâneo (1990) propõem a reflexão sobre as tendências pedagógicas.
Mostrando que as principais tendências pedagógicas usadas na educação brasileira se dividem em duas grandes
linhas de pensamento pedagógico. Elas são: Tendências Liberais e Tendências Progressistas.
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Os professores devem estudar e se apropriar dessas tendências, que servem de apoio para a sua prática pedagógica. Não
se deve usar uma delas de forma isolada em toda a sua docência. Mas, deve-se procurar analisar cada uma e ver a que
melhor convém ao seu desempenho acadêmico, com maior eficiência e qualidade de atuação. De acordo com cada nova
situação que surge, usa-se a tendência mais adequada. E observa-se que hoje, na prática docente, há uma mistura dessas
tendências.
Deste modo, seguem as explicações das características de cada uma dessas formas de ensino. Porém, ao analisá-las,
deve-se ter em mente que uma tendência não substitui totalmente a anterior, mas ambas conviveram e convivem com a
prática escolar.
Tendências Liberais - Liberal não tem a ver com algo aberto ou democrático, mas com uma instigação da sociedade
capitalista ou sociedade de classes, que sustenta a ideia de que o aluno deve ser preparado para papéis sociais de acordo
com as suas aptidões, aprendendo a viver em harmonia com as normas desse tipo de sociedade, tendo uma cultura
individual.
A Pedagogia liberal - acredita que o papel da instituição de ensino é preparar as pessoas pra que elas desempenhem
papéis sociais, tendo como base pra isso algumas habilidades e competências.
✓ Ao contrário do que muitos pensam, o liberal nesse caso não é considerado algo aberto ou democrático.
✓ Aqui, existe uma necessidade de se adaptar aos valores e normas que a sociedade coloca como verdade.
✓ Também há uma divisão social, pelo menos a escola não considera que as pessoas possam ter oportunidades
desiguais.
Tradicional
A tendência tradicional foi a primeira que o contexto brasileiro instituiu. A sua filosofia tem a máxima valorização do
professor, que é a figura central, enquanto o aluno recebe o conhecimento que é passado. Como dá pra ver, ele é um
receptor passivo e o ensino está relacionado com a memorização do conteúdo.
Tradicional - Foi a primeira a ser instituída no Brasil por motivos históricos. Nesta tendência o professor é a figura central
e o aluno é um receptor passivo dos conhecimentos considerados como verdades absolutas. Há repetição de exercícios
com exigência de memorização.
Vale lembrar que a transmissão de conteúdo nesse caso é feita por meio de padrões e modelos dominantes. Então, não
existe uma separação da realidade social de cada pessoa ali, nem mesmo a distinção por capacidade cognitiva. O
conhecimento do professor é a verdade absoluta, o que cria um processo bem mecânico e repetitivo.
Renovadora Progressiva
Por razões de recomposição da hegemonia da burguesia, esta foi a próxima tendência a aparecer no cenário da educação
brasileira. Caracteriza-se por centralizar no aluno, considerado como ser ativo e curioso. Dispõe da ideia que ele “só irá
aprender fazendo”, valorizam-se as tentativas experimentais, a pesquisa, a descoberta, o estudo do meio natural e social.
Aprender se torna uma atividade de descoberta, é uma autoaprendizagem. O professor é um facilitador.
Anísio Teixeira foi o grande pioneiro da Escola Nova no Brasil. É um método centrado no aluno. A escola tem o papel
de formadora de atitudes, preocupando-se mais com a parte psicológica do que com a social ou pedagógica. E para
aprender tem que estar significativamente ligado com suas percepções, modificando-as.
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Outras modalidades da pedagogia liberal são a Escola Nova Diretiva e Não Diretiva. A primeira tem por objetivo a
valorização de aspectos afetivos e atitudes –– por isso, se preocupa com participação do aluno e os conhecimentos
que ele traz.
No modelo não diretivo, o professor é centrado nas relações humanas. Sabe o que isso significa? Conduzir o
estudante no processo de aprendizagem com menos interferência possível. O foco aqui é promover o autodesenvolvimento
e a realização pessoal. As atividades avaliativas abusam dos debates, trabalhos em grupo e aprendizado voltado à prática
e ao estímulo do pensamento. Interessante, né?
Tecnicista
Outra linha entre as tendências pedagógicas é a tecnicista. Nesse modelo de Pedagogia, a tecnologia educacional tem
um peso enorme sobre o ensino. O professor e o aluno são respectivamente executor e receptor. O aprendizado é
focado em projetos elaborados sem nenhuma ligação com o contexto social que as pessoas estão inseridas.
✓ Aqui, se destaca um certo autoritarismo. Essa Pedagogia é considerada não dialógica, sem abrir espaço pra que
o aluno dialogue na sala de aula ou compartilhe o que sabe.
Skinner foi o expoente principal dessa corrente psicológica, também conhecida como behaviorista. Neste método de ensino
o aluno é visto como depositário passivo dos conhecimentos, que devem ser acumulados na mente através de associações.
✓ O professor é quem deposita os conhecimentos, pois ele é visto como um especialista na aplicação de manuais;
sendo sua prática extremamente controlada. Articula-se diretamente com o sistema produtivo, com o objetivo
de aperfeiçoar a ordem social vigente, que é o capitalismo, formando mão de obra especializada para o mercado
de trabalho.
Tendências Progressistas
Partem de uma análise crítica das realidades sociais, sustentam implicitamente as finalidades sociopolíticas da educação
e é uma tendência que não condiz com as ideias implantadas pelo capitalismo. O desenvolvimento e popularização da
análise marxista da sociedade possibilitou o desenvolvimento da tendência progressista, que se ramifica em três correntes.
✓ Dá pra ver facilmente como essa formação pedagógica estimula rupturas, pra chegar num local teórico e abstrato.
Pra isso, o aluno vira o protagonista do seu processo de aprendizado. Se liga nas 3 principais vertentes nas quais se
dividem!
Libertária
✓ Ele aprende principalmente com base na troca do grupo, o que ajuda bastante na transformação da sua
personalidade, pra que se torne mais independente.
Procura a transformação da personalidade num sentido libertário e autogestionário. Parte do pressuposto de que somente
o vivido pelo educando é incorporado e utilizado em situações novas, por isso o saber sistematizado só terá relevância se
for possível seu uso prático.
✓ Os conteúdos, apesar de disponibilizados, não são exigidos pelos alunos e o professor é tido como um conselheiro
à disposição do aluno.
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PROF. WESLEY ALVES
O modelo resiste à ação controladora do estado. Então, não prevê avaliações tradicionais. “Mas como o professor sabe
que o aluno aprendeu?”, você pode nos perguntar. Na verdade, ele é avaliado na medida em que vive situações,
experimenta coisas novas e coloca isso no seu dia a dia da escola.
Você provavelmente deve estar pensando: libertária e libertadora não são a mesma coisa?
A ideia é que o aluno consiga transformar a sua realidade com esse pensamento.
Aqui, a problematização da realidade faz parte do dia a dia desse aluno. Isso o ajuda a entender a sua relação e papel
social como pessoas tanto na natureza quanto com seus colegas, familiares e por aí vai.
✓ A reflexão crítica e a participação do estudante como protagonista na aquisição de conhecimento são muito
bem-trabalhadas.
Histórica-crítica
Entre as tendências pedagógicas progressistas, temos também a histórica-crítica, que propõe a interação entre o
conteúdo e a realidade que se vive.
✓ Para os defensores dessa ideia, isso ajudaria a transformar a sociedade, sem aquele modelo tradicional de ensino
que fica ligado só na reprodução do conteúdo.
Tendência que apareceu no Brasil nos fins dos anos 70, acentua a prioridade de focar os conteúdos no seu confronto com
as realidades sociais, é necessário enfatizar o conhecimento histórico. Prepara o aluno para o mundo adulto, com
participação organizada e ativa na democratização da sociedade; por meio da aquisição de conteúdos e da socialização.
Histórica-crítica
A avaliação vem com um diagnóstico contínuo, pra recolher dados sobre o desenvolvimento dos alunos.
✓ A ideia é que essas informações sirvam como base pra adaptar a prática pedagógica.
Ela ainda coloca o estudante a par dos resultados pra ajudar na mudança.
Após a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9.394/96), ideias como de Piaget, Vygotsky e Wallon foram
muito difundidas, tendo uma perspectiva sócio-histórica e são interacionistas, isto é, acreditam que o conhecimento se dá
pela interação entre o sujeito e um objeto.
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PROF. WESLEY ALVES
As tendências pedagógicas são de extrema relevância para a Educação, principalmente as mais recentes, pois
contribuem para a condução de um trabalho docente mais consciente, baseado nas demandas atuais da clientela em
questão.
Mostrando que as principais tendências pedagógicas usadas na educação brasileira se dividem em duas grandes linhas
de pensamento pedagógico. Elas são:
✓ Tendências Liberais
✓ Tendências Progressistas.
Existem quatro tendências pedagógicas liberais: Tradicional: tem como objetivo a transmissão dos padrões, normas e
modelos dominantes. Os conteúdos escolares são separados da realidade social e da capacidade cognitiva dos alunos,
sendo impostos como verdade absoluta em que apenas o professor tem razão.
Vygotsky acreditava que o professor deveria mediar a aprendizagem utilizando estratégias que levem o aluno a tornar-
se independente. A isso, ele dava o nome de zona de desenvolvimento proximal, que seria o caminho entre o que a criança
consegue fazer sozinha e o que ela está perto de conseguir fazer sozinha.
• O funcionamento psicológico tem como base as relações sociais, dentro de um contexto histórico e cultural;
Assim, de acordo com Libâneo (1994), essa Tendência apregoa a adaptação dos indivíduos aos valores e às reformas
propaladas pela sociedade de classes por meio da evolução da cultura de cada indivíduo, por isso, é dividida nas
seguintes Tendências:
✓ Tradicional,
✓ Tecnicista,
✓ Renovada Progressista
✓ e Tendência Diretiva.
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EDUCAÇÃO
PROF. WESLEY ALVES
As tendências pedagógicas são de extrema relevância para a Educação, principalmente as mais recentes, pois
contribuem para a condução de um trabalho docente mais consciente, baseado nas demandas atuais da clientela em
questão.
As tendências pedagógicas no Brasil estão diretamente ligadas às questões sociais e políticas, enquanto um reflexo dos
propósitos estabelecidos pela escola e pela sociedade.
Segundo Cordeiro (2010), os elementos são: objetivos; avaliação, professor/aluno, plano de aula, conteúdos.
Desse modo, a didática se constitui o modo como se organiza a aula, o conjunto de elementos que, determinam como
se efetiva a prática docente.
CONTEÚDOS DE
– parte das experiências vividas pelos alunos frente às situações problemas.
ENSINO
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MÉTODOS DE
– Por meio de experiências, pesquisas e método de solução de problemas.
ENSINO
RELAÇÃO – Autoridade do professor que exige atitude receptiva do aluno. – Impede qualquer
PROFESSOR X
canal de comunicação. – O professor transmite o conteúdo em forma de verdade. – A
ALUNO disciplina é imposta pela coação.
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– Preparação intelectual e moral dos alunos para assumir seu papel na sociedade. – Ensino
PAPEL DA
profissionalizante para os menos capazes. – Saber igual para todos. – Elitista. – Compromisso
ESCOLA
da escola é com a cultura, os problemas sociais pertencem à sociedade.
RELAÇÃO
PROFESSOR X – O professor é auxiliador no desenvolvimento livre da criança.
ALUNO
PRESSUPOSTOS
DE É baseada na motivação e na estimulação de problemas.
APRENDIZAGEM
19332: Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, encabeçado por Fernando Azevedo;
MANIFESTAÇÕES 1934: Constituição; 1940: psicologismo Pedagógico; 1950: Sociologismo Pedagógico;
1960: Economismo Pedagógico; Surge a figura do Orientador Educacional.
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CORRENTE Psicologia terapêutica; Psicologia humanista: ênfase nas relações interpessoais e no crescimento que
PSICOLÓGICA delas resulta.
CORRENTE Concepção humanista moderna: ênfase na importância do desenvolvimento das habilidades mentais,
FILOSÓFICA como observação, análise, reflexão e criatividade.
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PROF. WESLEY ALVES
– Baseia-se na busca dos conhecimentos pelos próprios alunos. – Parte dos interesses do
CONTEÚDOS DE
educando. – Ênfase nos processos de desenvolvimento das relações e da comunicação e fica
ENSINO
secundária a transmissão de conteúdos.
RELAÇÃO
– Educação centralizada no aluno e o professor é quem garantirá um relacionamento de
PROFESSOR X
respeito (facilitador da aprendizagem). – O aluno necessita de aceitação plena.
ALUNO
PRESSUPOSTOS
DE – Aprender é modificar as percepções da realidade.
APRENDIZAGEM
TEÓRICOS – Skinner. – Mager (ensino por objetivos operacionais). – Gagné (ensino por
OU REPRESENTANTES hierarquias). – Bloom (classificação científica dos objetivos). – Cosete Ramos.
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CORRENTE
Behaviorista; Comportamentalista; Instrumentalista; Ambientalista.
PSICOLÓGICA
Concepção Analítica – Não pressupõe uma visão de homem, nem de um “sistema filosófico”;
CORRENTE
busca efetuar a análise lógica da linguagem educacional; – neopositivista: o conhecimento
FILOSÓFICA
científico é analítico, requer exatidão e clareza.
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FUNÇÃO
Ênfase na produtividade do aluno; uso de testes objetivos; realização de
DA AVALIAÇÃO exercícios programados; diretamente ligada aos objetivos estabelecidos.
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PROF. WESLEY ALVES
Teoria do conhecimento aplicada à educação, que é sustentada por uma concepção em que
educador e educando aprendem juntos numa relação dinâmica na qual a prática, orientada
pela teoria, reorienta essa teoria, num processo de constante aperfeiçoamento; a
PRESSUPOSTOS
educação é sempre um ato político; educação problematizadora, conscientizadora; o
TEÓRICOS fundamental na educação é que os educandos se reconheçam enquanto sujeitos
histórico-sociais, capazes de transformar a realidade; a categoria pedagógica
da conscientização preocupa-se com a formação da autonomia intelectual do sujeito para
intervir na realidade; crítica à “educação bancária”.
TEÓRICOS
REPRESENTANTES
ORRENTE
XXXXX
PSICOLÓGICA
CORRENTE Paulo Freire faz uma síntese de tendências como: neotomismo, humanismo, fenomenologia,
FILOSÓFICA existencialismo e neomarxismo.
PAPEL DA – Não atua em escolas, porém visa levar professores e alunos a atingir um nível de consciência
ESCOLA da realidade em que vivem na busca da transformação social.
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FUNÇÃO DA Prática emancipadora; vivencia entre educador e educandos no processo de grupos pela
AVALIAÇÃO compreensão e reflexão crítica
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PRESSUPOSTOS TEÓRICOS - Defende a escola como socializadora dos conhecimentos e saberes universais; a ação
educativa pressupõe uma articulação entre o ato político e o ato pedagógico; interação professor-aluno-
conhecimento e contexto histórico-social; a inter-subjetividade é mediada pela competência do professor em situações
objetivas; a interação social é o elemento de compreensão e intervenção na prática social mediada
pelo conteúdo; concepção dialética da história (movimento e transformação); pressupõe a práxis educativa
que se revela numa prática fundamentada teoricamente; a natureza e especificidade da educação refere-se ao
trabalho não-material, que na escola pública não se subordina ao capital; a tarefa desta pedagogia em relação à
educação escolar implica:
b) Conversão do saber objetivo em saber escolar de modo a torná-lo assimilável pelos alunos das camadas populares
no espaço e tempo escolares;
c) Provimento dos meios necessários para que os alunos não apenas assimilem o saber objetivo enquanto resultado,
mas apreendam o processo de sua produção, bem como as tendências de sua transformação.
TEÓRICOS – Dermeval Saviani, Jamil Cury, Gaudêncio Frigotto, Luiz Carlos de Freitas, Acácia
Zeneida Kuenzer, Demerval Luckesi, G. Namo de Mello, Paolo Nosella, José Carlos Libâneo
OU
(Pedagogia Crítico-Social dos Conteúdos); – Influências de autores internacionais como:
REPRESENTANTES Marx, Gramsci, G. Snyders, M. Manacorda, Makarenko, Suchodolski, B. Charlot.
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ELAÇÃO PROFESSOR
– Papel do aluno como PARTICIPADOR e do professor como MEDIADOR entre o saber e o
X aluno. – Abrir perspectivas a partir dos conteúdos relacionados com o estilo de vida dos
alunos, tendo consciência inclusive dos contrastes entre sua própria cultura e a do aluno.
ALUNO
PRESSUPOSTOS
– Aprender é desenvolver a capacidade de processar informações e lidar com os estímulos
DE do ambiente, organizando os dados disponíveis da experiência. – Aprendizagem significativa,
baseada nas estruturas cognitivas já estruturadas nos alunos.
APRENDIZAGEM
Marco teórico: 1979; A prática pedagógica propõe uma interação entre conteúdo e
MANIFESTAÇÕES realidade concreta, visando a transformação da sociedade (ação-compreensão-
ação);
As políticas públicas são um conjunto de decisões governamentais tomadas na forma de programas, de planos, de ações
ou de projetos, para garantir os direitos estabelecidos pela Constituição Federal – que em seu artigo 6° coloca o direito à
educação, por exemplo. Por isso, elas são destinadas a todos os cidadãos, independente de raça, classe social ou gênero.
As políticas públicas fazem parte do projeto do governo e podem ou não ser colocadas em prática com a alternância de
poder. No entanto, vale diferenciar o que é uma política governamental de uma política de Estado.
✓ A política de Estado é independente da atual gestão do governo, ou seja, deve ser realizada por todo
governante eleito e é garantida pela Constituição. A política de governo é adotada pela gestão em vigor e pode
ser modificada com a alternância de poder.
✓ As políticas educacionais são adotadas a partir de leis federais, estaduais e municipais criadas pelo Poder
Legislativo e em propostas enviadas pelo Poder Executivo.
✓ A criação das leis educacionais conta com o apoio de representantes da sociedade civil e de classes da educação,
através de conselhos e outras formas de organização.
Em um modelo garantido pela democracia participativa, a iniciativa popular contribui para que as demandas de toda a
população, ou parte dela, possam ser ouvidas e efetivadas.
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Da mesma forma que contribui para a criação das leis, a força da sociedade civil pode atuar também para impedir medidas
autoritárias que atentem ao direito universal constitucional.
✓ Com o apoio do Ministério Público, os cidadãos podem fiscalizar a gestão dos recursos e acompanhar a execução
das políticas educacionais, exercendo pressão sobre o governo.
Assim, para ter suas demandas atendidas, é fundamental que a população conheça as normas e regimentos que
fundamentam as políticas públicas de educação no país.
O direito à educação e a obrigação do Estado em preservá-lo estão presentes no texto da Constituição Federal de
1988.
✓ No artigo 205, a constituição afirma que “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.”
A responsabilidade na condução das políticas públicas de educação é do Ministério da Educação (MEC), das secretarias
estaduais e das municipais de educação.
O principal instrumento garantidor da educação no país é a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB
9394/96), de 1996, responsável por todo o sistema educacional no Brasil.
✓ A LDB abrange a educação no país como um todo, definindo como a União, os Estados e os Municípios devem
articular suas ações na formação do ensino público, de forma a reduzir as desigualdades e garantir a qualidade
dos sistemas educacionais.
Um dos principais pontos levantados pela LDB é a criação de uma base comum que deverá nortear a elaboração dos
currículos da educação básica: a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
A BNCC apresenta os conhecimentos que todo aluno da educação básica tem direito de aprender, considerando um ensino
através de competências e habilidades que o estudante deve desenvolver na escola.
ATENÇÃO!!! A LDB também estabelece a criação do Plano Nacional de Educação (PNE), com diretrizes e metas para
a política educacional em um período de 10 anos.
Através de dados levantados em todo o país, o PNE permite identificar as demandas mais urgentes e traçar planos de
ação para garantir a qualidade no aprendizado, tanto na educação infantil quanto no ensino superior.
Em um país de dimensões continentais e um alto índice de desigualdade social como o Brasil, as políticas públicas
educacionais atuam para corrigir distorções sociais e garantir que mais pessoas tenham acesso à educação.
✓ O Brasil ocupa a 9ª posição no ranking de desigualdade no mundo, de acordo com o Banco Mundial. Esse
índice reflete também o acesso à moradia, ao lazer e à educação, logo, afeta o bem-estar social.
Em 2020, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE, registrou que a taxa de analfabetismo no
Brasil é de 6,8%, o que equivale a aproximadamente 11 milhões de pessoas.
A mesma pesquisa mostra que 1 em cada 4 brasileiros não têm acesso à internet, o que representa cerca de 46
milhões de pessoas. Dado que foi particularmente significativo para a implementação do ensino híbrido ou à distância
durante a transição emergencial da pandemia mundial.
As políticas públicas em Educação consistem em programas ou ações elaboradas em âmbito governativo que auxiliam
na efetivação dos direitos previstos na Constituição Federal;
✓ um dos seus objetivos é colocar em prática medidas que garantam o acesso à Educação para todos os cidadãos.
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Além da LDB e do PNE, existem diversas políticas educacionais em atuação no Brasil, em caráter municipal, estadual ou
federal. Selecionamos alguns dos principais projetos vigentes no país, confira:
OBS: Você sabia que até 1990 as crianças e adolescentes não eram vistas como sujeitos do ponto de vista legal? Foi a
partir da publicação do ECA que os direitos das crianças à saúde, ao lazer e à educação passaram a ter peso de lei.
O ECA estabelece quais os direitos e deveres de toda criança e adolescente, sem distinção de raça, classe, sexo ou
religião.
O documento também protege contra abusos – físicos, sexuais ou de negligência -, contra a violência, contra o trabalho
infantil, e dá ao Estado a tutela do menor caso a família não consiga garantir seus direitos.
O FNDE é uma autarquia federal responsável pela execução de políticas educacionais do Ministério da Educação. Cabe a
ele prestar assistência técnica e financeira aos estados e municípios, entre outras atribuições, através de repasses de
recursos federais.
Por isso, fazem parte da pasta do FNDE o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), Programa Nacional
do Livro Didático (PNLD), o Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo), o Programa Nacional
Biblioteca da Escola (PNBE), entre outros.
O Fundeb é uma das políticas públicas educacionais mais comentadas nos últimos anos, e não é para menos. Ele reúne
fundos de 26 estados e do Distrito Federal, e redistribui os recursos para atender a educação básica em todo o país.
Ele permite que estados e municípios aumentem a oferta de vagas na educação básica, tanto de creches quanto de
instituições de Educação de Jovens e Adultos (EJA).
✓ Após pressão de representantes da sociedade civil, o fundo foi instituído como instrumento permanente de
financiamento da educação pública, por meio de Emenda Constitucional.
Um dos problemas que impede a expansão da alfabetização no Brasil é a falta de acesso ao transporte, devido à distância
entre as escolas e as famílias no interior do país.
Segundo o IBGE, cerca de 15,65% da população brasileira vive em áreas rurais, ou seja, são pessoas que moram
distantes da escola e precisam se deslocar muitos quilômetros para estudar.
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O PBA é um projeto destinado a alfabetizar jovens com 15 anos ou mais, adultos e idosos, permitindo um maior acesso
à cidadania por esse grupo.
✓ Criado em 2003, o PBA é aplicado através de resoluções específicas publicadas no Diário Oficial.
É provável que você conheça alguém que entrou para o ensino superior através do Prouni. Isso porque, desde 2004, o
programa ajuda milhares de pessoas a ingressarem em uma universidade.
✓ O Prouni é um programa do Ministério da Educação que oferece bolsas de estudo, integrais ou de 50%, em
cursos de graduação de instituições de ensino superior privadas de todo o Brasil.
Sistema de Cotas
As cotas são políticas afirmativas que têm o objetivo de reduzir as desigualdades socioeconômicas enfrentadas pela
população brasileira, com ênfase para a comunidade negra e indígena.
No Brasil, o sistema de cotas passou a ser implementado no começo dos anos 2000 e é utilizado tanto para o ingresso em
universidades, como para a destinação de um percentual de vagas para candidatos autodeclarados negros, indígenas ou
de baixa renda. Além disso, vale para os cargos em órgãos públicos também.
✓ Essas ações visam reparar as diferenças sociais deixadas pelo longo período de escravidão no Brasil, que reservou
a uma boa parcela da população as piores condições de ascensão social e de acesso a direitos básicos.
A atuação de diferentes setores da política pública em torno de ações integradas com objetivos em comum ganha o nome
de intersetorialidade. No Brasil, uma das políticas intersetoriais mais importantes é o Bolsa Família.
O programa de transferência de renda foi criado com o objetivo de reduzir a pobreza no país, através de uma articulação
que visava não só o impacto na economia e na segurança alimentar, como também na educação e na saúde das crianças.
✓ Para receber o benefício, as crianças da família precisam comprovar e manter a frequência na escola e ter a
carteira de vacinação em dia, o que estimula a permanência das crianças na educação, evitando a evasão escolar.
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