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Desenvolvimento de Sistemas

Ceti Zacarias de Góis


Turma 2º ano ______________
Aluno(a):___________________________________________________
_
Disciplina Educação Ambiental e Sustentabilidade
Semana 1
Aula 1- INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Atualmente enfrentamos uma crise ambiental sem precedentes causada pelo impacto humano,
desafiando as ferramentas éticas tradicionais. Para abordar isso, a ética ambiental exige uma visão
holística e a integração de diversos conhecimentos. A educação ambiental, especialmente na
Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) do Ministério da Educação
(MEC), está sendo repensada para promover sociedades sustentáveis, integrando diferentes atores e
políticas. Isso resulta na implementação de programas e ações que envolvem amplamente a
sociedade e fortalecem a relação entre escolas, comunidades e meio ambiente.
2. BREVE HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL GLOBAL
A Educação Ambiental teve seus primeiros registros em 1948 durante uma reunião da União
Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) em Paris. No entanto, foi na Conferência de
Estocolmo em 1972 que a temática foi oficialmente inserida na agenda internacional. Em 1975, foi
lançado o Programa Internacional de Educação Ambiental em Belgrado, definindo princípios e
diretrizes. Em 1977, a Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental em Tbilisi,
definida pela Unesco e Pnuma, estabeleceu os fundamentos adotados globalmente. Em 1992, durante
a Rio 92, foi elaborado o Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e
Responsabilidade Global, destacando princípios como pensamento crítico e interdisciplinaridade. A
Agenda 21, também da Rio 92, é um plano de ação global para a sustentabilidade, enquanto em
1997, na Conferência Internacional sobre Meio Ambiente e Sociedade em Tessaloniki, os temas da
Rio 92 foram reforçados. Esses eventos e tratados destacam a Educação Ambiental como um
processo político dinâmico, orientado pela transformação social e participação ativa da sociedade.
Destaca-se a importância de integrar ações de Educação Ambiental (EA) com base em ética,
sustentabilidade, identidade cultural, diversidade, mobilização e participação, bem como práticas
interdisciplinares. Reconhece-se a necessidade de modificar currículos para uma educação focada na
sustentabilidade, com ênfase na motivação ética, cooperação e novos enfoques. A implementação da
Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável pela ONU é vista como uma maneira de
fortalecer a sustentabilidade por meio da educação, impulsionando políticas, programas e ações
educacionais existentes e criando oportunidades inovadoras.

3. Origens:
A Educação Ambiental no Brasil teve origens antes de sua institucionalização pelo governo federal.
Surgiu de um movimento conservacionista nos anos 70, com ações de professores, estudantes e
organizações da sociedade civil. A oficialização começou em 1973 com a criação da Secretaria
Especial do Meio Ambiente (Sema). Em 1981, a Política Nacional de Meio Ambiente incluiu a
Educação Ambiental em todos os níveis de ensino, conforme a Constituição de 1988. Durante a
preparação para a Rio 92, a Educação Ambiental foi considerada crucial, levando à criação de
instâncias governamentais para sua gestão. O Programa Nacional de Educação Ambiental
(PRONEA) foi estabelecido em 1994, e várias iniciativas de cooperação entre os Ministérios do
Meio Ambiente e da Educação surgiram nos anos seguintes. Os Parâmetros Curriculares Nacionais
(PCN) foram aprovados em 1997, fornecendo diretrizes para a Educação Ambiental nas escolas.
- Em 1997, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) foram aprovados, incluindo a Educação
Ambiental como um tema transversal.
- A Lei nº 9.795/99 estabeleceu a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA) em 1999,
criando a Coordenação-Geral de Educação Ambiental (CGEA) no MEC e a Diretoria de Educação
Ambiental (DEA) no MMA.
- Em 2000, a Educação Ambiental foi integrada ao Plano Plurianual (2000-2003) como Programa
0052, vinculado ao Ministério do Meio Ambiente.
- A Lei nº 9.795/99 foi regulamentada em 2002 pelo Decreto nº 4.281, estabelecendo as bases para
sua execução.
- O Programa Nacional de Educação Ambiental (ProNEA) passou por consulta pública em 2004.
- Em 2004, houve uma mudança ministerial e a transferência da CGEA para a Secad do MEC,
fortalecendo a transversalidade da Educação Ambiental.
- A Educação Ambiental foi integrada às orientações curriculares do Ensino Médio e da Educação de
Jovens e Adultos (EJA).
- O PPA 2004-2007 reformulou o Programa 0052 como "Educação Ambiental para Sociedades
Sustentáveis".
- O Brasil assumiu compromissos internacionais com programas de Educação Ambiental na América
Latina e Caribe.

Aula 2-
Correntes de Educação Ambiental:
1. **Corrente Conservacionista/Recurcista**: Foca na conscientização e sensibilização ambiental,
promovendo atividades de contemplação e ações de preservação.
2. **Corrente Crítica**: Questiona as relações sociais e econômicas que levam à degradação
ambiental, buscando promover mudanças para garantir a sustentabilidade.
3. **Corrente Resolutiva/Pragmática**: Concentra-se em ações como reciclagem e energia limpa,
sem abordar questões políticas.
4. **Corrente Sistêmica**: Analisa os componentes de um sistema ambiental, suas interações e
relações de causa, adotando uma visão de conjunto.
5. **Corrente Científica**: Utiliza o método hipotético-dedutivo ou experimental, elaborando
hipóteses e buscando comprovação, com foco no meio ambiente como objeto de estudo.
6. **Corrente Humanista**: Também utiliza o método científico, mas destaca o meio ambiente como
um tema atrativo que estimula o interesse interdisciplinar pelas ciências humanas e biofísicas.
O método ativo, amplamente difundido em universidades estrangeiras, tem se destacado em
instituições brasileiras, especialmente em cursos de Ensino Superior na área da saúde. Embora não
seja algo novo, sua origem remonta à obra "Emílio" de Jean Jacques Rousseau, onde a experiência
ganha destaque sobre a teoria. Na construção da Escola Nova, Dewey influenciou a valorização da
atividade e interesse do aprendiz em detrimento do professor, colocando o estudante no centro do
processo de ensino-aprendizagem. As metodologias ativas de ensino, influenciadas por essas ideias,
destacam princípios fundamentais, como a centralidade do aluno, a aprendizagem pela ação e a
valorização da experiência. Além disso, a abordagem destas metodologias é articulada com correntes
teóricas consagradas. O conceito de Ecologia Profunda, introduzido por Arne Naess em 1973, prega
a harmonia entre natureza e sociedade, reconhecendo o valor intrínseco de todos os seres vivos,
independentemente de seu uso pelo ser humano.
Metodologias Ativas de Ensino: Abordagens educacionais que envolvem os alunos de forma
participativa e prática no processo de aprendizagem, priorizando atividades práticas, resolução de
problemas e colaboração para promover uma aprendizagem significativa.
Ecologia Profunda: Uma abordagem filosófica e ambiental que enfatiza a interconexão e
interdependência entre todos os seres vivos e o meio ambiente, defendendo o valor intrínseco de
todas as formas de vida e propondo uma mudança fundamental na relação entre humanidade e
natureza.

2. Ecologia Profunda: Conceito desenvolvido pelo filósofo norueguês Arne Naess em 1973, que
prega a harmonia entre natureza e sociedade, e enfatiza que todos os seres vivos têm um valor
intrínseco e igual entre si, independentemente de sua utilidade para os seres humanos.

**3.1 Surgimento da Ecologia Profunda:**


A Ecologia Profunda foi elaborada pelo filósofo norueguês Arne Naess em 1973, inspirado por
figuras como Henry Thoreau e Aldo Leopold. Ela fortaleceu o movimento ambientalista emergente
durante os anos 60, alertando para os impactos negativos da economia baseada no consumo pós-
revolução industrial. Naess observou dois tipos de ativismo ecológico não excludentes: o movimento
ecológico profundo e o movimento ecológico superficial, com abordagens diferentes para lidar com
os problemas ambientais.
**3.2 Princípios da Ecologia Profunda:**
A Ecologia Profunda tem como base o reconhecimento do ser humano como parte integrante e não
dominante da natureza, defendendo o valor intrínseco de todas as formas de vida, independentemente
de sua utilidade para os seres humanos. Seus princípios incluem:
* o valor intrínseco de todos os seres vivos;
*a importância da riqueza e diversidade da vida;
* a restrição da interferência humana na natureza para satisfazer apenas necessidades vitais;
*a necessidade de uma redução substancial da população humana;
*a crítica à excessiva intervenção humana no mundo não humano;
*a exigência de mudanças políticas globais em termos econômicos,
* políticos e ideológicos; o foco na qualidade de vida em vez de um padrão de vida cada vez mais
alto;
*e a responsabilidade das pessoas com visão ecocêntrica de agir de acordo com esses princípios para
promover o bem-estar do planeta como um todo.

Aula 3:
1. Educação Ambiental Naturalista:
*Definição: Esta corrente da educação ambiental está focada na relação com a natureza, abrangendo
diferentes abordagens educacionais, como cognitiva, experiencial, afetiva, espiritual ou artística.
*Origens: Remonta a tradições antigas de aprendizagem imersiva e imitação nos grupos sociais que
têm uma cultura profundamente ligada ao meio natural.
*Desenvolvimentos Modernos: No século passado, associou-se ao movimento de "educação para o
meio natural" e propostas de "educação ao ar livre".
*Valor Intrínseco da Natureza: Reconhece o valor intrínseco da natureza, além dos recursos que ela
oferece e do conhecimento que se pode obter dela.
*Modelo de Intervenção Exemplar: modelo de intervenção proposto por Steve Van Matre, chamado
"Educação para a Terra", enfatiza experiências cognitivas e afetivas na natureza para compreender
fenômenos ecológicos e desenvolver um vínculo com o meio ambiente.
*Perspectivas de Adultos: Na abordagem para adultos, destaca-se a importância de compreender
como a natureza funciona através de experiências sensoriais e da compreensão da natureza como
educadora.
2. Educação Ambiental e Sustentabilidade:
*Definição de Sustentabilidade: Refere-se à característica ou condição de um processo ou sistema
que permite sua permanência em um determinado nível por um período específico. Recentemente, o
conceito se expandiu para incluir o princípio de que o uso dos recursos naturais para atender às
necessidades presentes não deve comprometer as necessidades das gerações futuras.
*Princípio de Sustentabilidade no Longo Prazo: Enfatiza a importância de garantir que o uso dos
recursos naturais seja equilibrado para atender às necessidades atuais sem comprometer as
necessidades das futuras gerações, embora o "longo prazo" não seja definido de forma específica.
3. Dimensões da Sustentabilidade:
A perspectiva da sustentabilidade tem evoluído de ênfases limitadas a aspectos isolados do consumo
e produção para uma visão holística que considera a totalidade do planeta. Desde o relatório
Brundtland, há um consenso de que as principais dimensões da sustentabilidade (ambiental,
econômica e social) são interdependentes e acontecem concomitantemente.
*Interdependência das Dimensões: As dimensões ambiental, econômica e social da sustentabilidade
são inerentemente interdependentes, o que significa que mudanças em uma dimensão afetam as
outras. Por exemplo, a degradação ambiental pode impactar negativamente a economia e o bem-estar
social.
*Arranjo Conceitual: A tríade das dimensões mais conhecidas da sustentabilidade - ambiental,
econômica e social - configura principalmente um arranjo conceitual que serve como referência
teórica para pesquisadores e profissionais da área.
*Evolução da Perspectiva: A perspectiva da sustentabilidade evoluiu ao longo do tempo, passando de
uma abordagem fragmentada para uma visão integrada que reconhece a interconexão e
interdependência entre os sistemas ambiental, econômico e social.
*Consenso Pós-Brundtland: O relatório Brundtland marcou um ponto de consenso no entendimento
da sustentabilidade, destacando a necessidade de abordar as dimensões ambiental, econômica e
social de forma integrada para alcançar um desenvolvimento sustentável.
Dimensões da Sustentabilidade:
1. *Dimensão Ambiental: Foca na preservação dos recursos naturais, obedecendo aos ciclos
temporais da Terra para minimizar a deterioração do meio ambiente. No entanto, há um duplo
desequilíbrio ecológico devido ao esgotamento de recursos naturais e ao acúmulo de resíduos
industriais, justificando a era geológica do Antropoceno.
2. *Dimensão Econômica: Envolve um modelo de crescimento econômico ético e justo, garantindo a
satisfação das necessidades humanas, boas condições sociais e a resiliência dos recursos naturais. Há
discordâncias entre abordagens que priorizam a proteção ambiental e aquelas que buscam maior
eficiência financeira e exploração de recursos.
3. *Dimensão Social: Trata das necessidades básicas das pessoas, valorização das culturas locais,
melhoria do bem-estar e redução da desigualdade social. Busca-se uma sociedade inclusiva, justa e
democrática, com ênfase na redução das desigualdades sociais e aumento da coesão social,
considerando a fluidez dessas questões em comparação com as dimensões ambiental e econômica.
*4. Ecopedagogia: A ecopedagogia é uma pedagogia orientada para a aprendizagem do sentido das
coisas a partir da vida cotidiana, visando promover sociedades sustentáveis. Ela segue os princípios
da "Carta da Terra" e busca dar sentido para a ação dos seres humanos como parte integrante da vida
no planeta Terra. Trata-se de um movimento político e educativo que busca mudar as atuais relações
humanas, sociais e ambientais, promovendo a consciência ecológica e a formação de uma cidadania
planetária.
Aula 4:
Educação Ambiental e as Teorias da Aprendizagem:
As teorias da aprendizagem, que buscam explicar o processo de aprendizado humano, têm
influenciado abordagens educacionais, incluindo a Educação Ambiental (EA). As principais teorias
incluem o behaviorismo, a epistemologia genética e o sociointeracionismo, derivadas dos trabalhos
de Burrhus Skinner, Jean Piaget e Lev Vygotsky, respectivamente.
A sociointeracionista de Vygotsky destaca a importância do contexto social na aprendizagem,
deslocando o foco do indivíduo para as interações sociais. Na Educação Ambiental (EA), essa
perspectiva é incorporada, promovendo interações em sala de aula e fora dela para uma
aprendizagem mais aberta.
Na prática educacional, tem-se adotado cada vez mais uma abordagem sociointeracionista, que
enfatiza o contexto sócio-histórico do aprendiz e o papel das interações sociais no desenvolvimento
humano. Isso implica em um deslocamento do foco no indivíduo para uma compreensão mais ampla
das interações que medeiam a aprendizagem, com destaque para o papel central do professor em
criar um ambiente propício para essas interações.

A Influência de Paulo Freire na Educação Ambiental


Paulo Reglus Neves Freire nasceu no Recife e viveu de 1921 a
1997. Fez curso superior de direito, mas logo nos primeiros
momentos da vida profissional trocou a magistratura pela
docência. Posteriormente, em 1959, defendeu tese de
doutoramento sobre a temática da educação. Seus trabalhos são
considerados paradigmáticos no campo educacional e, de uma
maneira geral, nas ciências sociais. Freire comumente figura
entre os autores mais citados das ciências sociais no mundo,
sobretudo por conta de seu livro Pedagogia do oprimido
(GREEN, 2016).
Nesse contexto, Paulo Freire, renomado educador brasileiro, propôs uma metodologia de trabalho
pautada no diálogo, no respeito e na valorização da palavra do educando. Sua abordagem, conhecida
como "método Paulo Freire", enfatizava a igualdade entre professor e aluno, defendendo que ambos
aprendem no processo de interação mediada pelo mundo. Suas ideias foram fundamentais para a
construção de uma educação mais igualitária e menos injusta, sendo chamadas de "pedagogia da
liberdade". Contribuiu significativamente para a educação, destacando-se por sua abordagem
dialógica. Seu método de alfabetização enfatiza o diálogo, respeito e valorização da palavra do
educando, desafiando a "pedagogia bancária" tradicional. Freire critica a unilateralidade no ensino e
defende uma educação dialógica e libertadora. Sua influência é notável na Educação Ambiental,
especialmente na corrente crítica, marcada pela interdisciplinaridade e abordagem temática,
buscando temas relevantes para engajar os alunos.
Embora ele mesmo não se reconhecesse como um educador ambiental. Sua prática educativa,
centrada em temas socioculturais relevantes para os grupos com os quais trabalhava, promovia uma
abordagem interdisciplinar e inspirou propostas de integração curricular que buscam temas
relevantes para facilitar os processos de ensino-aprendizagem.
Aula 5:
O Horizonte da Sustentabilidade:
A ideia de sustentabilidade remonta a épocas antigas, mas ganhou destaque a partir da década de
1970, sendo formalizada na Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e
Desenvolvimento em 1992. Em 2012, na Rio+20, houve uma conferência específica para o
"Desenvolvimento Sustentável". No entanto, persistem debates sobre sua definição. Veiga (2010)
destaca a dificuldade em alcançar um consenso sobre o significado de sustentabilidade, comparando-
a à complexidade da definição de justiça social, sendo mais fácil identificar o que é insustentável do
que definir claramente o que é sustentável.
*Protocolo de Kyoto (1997):
O Protocolo de Kyoto foi elaborado em 1997, no Japão, durante a Conferência das Partes III da
Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima. Este acordo internacional foi
criado para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. O tratado foi ratificado por 55 países em 15
de março de 1999, representando aproximadamente 55% das emissões globais. Entrou em vigor em
16 de fevereiro de 2004, após a ratificação da Rússia.
*Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) e Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
(ODS):
Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) surgiram em 2000, com o compromisso
internacional de alcançar o desenvolvimento em várias áreas, incluindo meio ambiente, direitos
humanos, igualdade social e racial. Implementados até 2015, deram origem aos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS) em 2015, por meio da Agenda 2030. Os ODS incluem 17
objetivos e 169 metas, acordados por 193 países membros da ONU, refletindo o compromisso global
com a sustentabilidade.

2. Tipos de Sustentabilidade:
*Sustentabilidade Ambiental: Envolvendo conservação e manutenção do meio ambiente, visa
harmonia entre as pessoas e o ambiente para melhorar a qualidade de vida, garantindo que os
interesses das gerações futuras não sejam comprometidos.
*Sustentabilidade Social: Focando na igualdade e bem-estar da população, requer a participação da
comunidade para fortalecer propostas de desenvolvimento social, acesso à educação, cultura e saúde.
*Sustentabilidade Econômica: Baseada em gestão sustentável, busca crescimento econômico,
desenvolvimento social e distribuição de renda justa, gerenciando adequadamente os recursos
naturais.
*Sustentabilidade Empresarial: Empresas adotam estratégias de responsabilidade social pautadas na
sustentabilidade, destacando produtos e ações sustentáveis para consumidores conscientes.

3. Exemplos de Sustentabilidade:
*Ações Individuais: Economia de água, evitar sacolas plásticas, redução do consumo de carne,
preferência por produtos biodegradáveis, coleta seletiva, reciclagem, uso de transportes sustentáveis.
*Ações Comunitárias: Exemplo da comunidade do Vale Encantado no Rio de Janeiro, que investiu
em melhorias como sistema de esgoto, painéis solares, biodigestores e turismo ecológico.
*Ações Globais: Incluem limitação do crescimento populacional, garantia de alimentação em longo
prazo, preservação da biodiversidade, redução do consumo de energia, desenvolvimento de
tecnologias sustentáveis e controle da urbanização.
Essas ações, desde o nível individual até o global, contribuem para a promoção da sustentabilidade
em diversos contextos.

Aula 6:
1.ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável): Os ODS são uma iniciativa global
estabelecida na "Agenda 2030", um pacto assinado por 193 países durante a Cúpula das Nações
Unidas em 2015. Consistem em 17 objetivos interconectados e ambiciosos, desdobrados em 169
metas, com o propósito de superar os principais desafios de desenvolvimento enfrentados
mundialmente até 2030, incluindo a erradicação da pobreza, a promoção da saúde, a igualdade de
gênero, entre outros.

2. ODS no Brasil (Exemplos):


- ODS 1: Erradicação da pobreza.
- ODS 2: Fome zero e agricultura sustentável.
- ODS 3: Saúde e bem-estar.
- ODS 4: Educação de qualidade.
- ODS 5: Igualdade de gênero.
- ODS 6: Água potável e saneamento.
- ODS 7: Energia limpa e acessível.
- ODS 8: Trabalho decente e crescimento econômico.
- ODS 9: Indústria, inovação e infraestrutura.
- ODS 10: Redução das desigualdades.
- ODS 11: Cidades e comunidades sustentáveis.
- ODS 12: Consumo e produção responsáveis.
- ODS 13: Ação contra a mudança global do clima.
- ODS 14: Vida na água.
- ODS 15: Vida terrestre.
- ODS 16: Paz, justiça e instituições eficazes.
- ODS 17: Parcerias e meios de implementação.
3.Avaliação do Ciclo de Vida (ACV):
A ACV é uma ferramenta poderosa de pensamento sistêmico que auxilia na tomada de decisões
relacionadas aos impactos ambientais de produtos ao longo de todo o seu ciclo de vida. Permite
identificar oportunidades de melhoria, fornecendo informações para ações estratégicas e projetos,
seleção de indicadores de desempenho ambiental e até mesmo para fins de marketing, como
rotulagem ambiental.
Ecoeficiência:
A ecoeficiência é a prática derivada do conceito de desenvolvimento sustentável, buscando obter
maior rentabilidade através do uso inteligente e sustentável dos recursos naturais. Consiste em
produzir mais com menos, priorizando a redução do consumo de materiais e energia, minimização de
resíduos, uso consciente da água, investimento em energia limpa, entre outras medidas.
O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) listou os
principais elementos da ecoeficiência, nos quais por meio deles é possível determinar se um
empreendimento ou sistema é considerado ecoeficiente:
• Reduzir o consumo de materiais com bens e serviços;
• Reduzir o consumo de energia com bens e serviços;
• Reduzir a dispersão de substancias tóxicas;
• Intensificar a reciclagem de materiais;
• Maximizar o uso sustentável de recursos renováveis;
• Prolongar a durabilidade dos produtos;
• Agregar valor aos bens e serviço.
Algumas medidas de ecoeficiência para implementar no dia a dia incluem:
1. Minimização da geração de resíduos: Evite produtos descartáveis e promova o uso de materiais
reutilizáveis, como papel de rascunho para impressão e canecas de vidro ou porcelana. Incentive a
reciclagem e a compostagem de resíduos orgânicos para produzir adubo de qualidade.
2. Uso consciente da água: Planeje a reutilização da água para diversas finalidades, como consumo,
irrigação de jardins e limpeza. Instale válvulas de descarga com regulagem ecológica e
temporizadores nos banheiros para reduzir o desperdício de água.
3. Uso eficiente de energia elétrica: Considere a localização das portas e janelas em relação ao vento
local e à insolação durante o dia para aproveitar a iluminação natural e a ventilação, reduzindo o
consumo de energia com ar condicionado. Utilize lâmpadas de baixo consumo, como as de LED, e
instale painéis solares. Mantenha os aparelhos de ar condicionado limpos e desligue-os 30 minutos
antes do final do expediente. Se possível, adote sistemas ecológicos de refrigeração.
4. Ambiente verde: Integre áreas verdes, como árvores e jardins verticais, dentro da empresa.
Considere patrocinar áreas verdes na comunidade, contribuindo para melhorar a imagem da empresa
e a qualidade do ar.
5. Seleção de fornecedores: Priorize fornecedores locais para reduzir o transporte de mercadorias,
economizar combustível e diminuir as emissões de poluentes. Escolha fornecedores e parceiros que
também valorizem a ecoeficiência, promovendo a responsabilidade ambiental em toda a cadeia
produtiva.

Aula 7:
**Sustentabilidade no Dia a Dia:**
A citação de Mahatma Gandhi, "Seja você mesmo a mudança que quer no mundo", inspira a reflexão
sobre a integração da sustentabilidade no cotidiano. Iniciar ações sustentáveis é o primeiro passo, e,
gradualmente, incorporar mais práticas conscientes. Algumas sugestões incluem triagem do lixo,
preferência por produtos sustentáveis, redução do uso de descartáveis, economia de água e energia,
reparo de vazamentos, recuperação da água da chuva, escolha de produtos biodegradáveis, entre
outras.
**Princípios da Sustentabilidade:**
*Princípio de Precaução: Agir antes que os danos se tornem irreparáveis.
*Princípio de Prevenção: Melhor prevenir do que remediar.
*Princípio de Economia e Boa Gestão: Cuidar do transporte e reduzir para ir mais longe.
*Princípio da Responsabilidade: Quem causa danos deve repará-los.
*Princípio da Participação: Envolvimento de todos na tomada de decisões e ações.
*Princípio da Solidariedade: Deixar um mundo viável para as gerações futuras.
**Desafios da Sustentabilidade:**
- Uso insustentável de recursos até 2050.
- Mudança de conceito de sucesso para incluir bem-estar social.
- Investimento na proteção e biocapacidade da natureza.
- Necessidade de liderança e tomada de decisões em níveis nacional e internacional.
- Potencial humano para criar mudanças sustentáveis.
- Importância da conscientização e mudança de mentalidade para ações sustentáveis.
*Cenário Atual: O uso de recursos está insustentável, e o consumo segue em ritmo não viável.
*Revisão de Conceitos: O foco em renda e consumo precisa evoluir para o bem-estar pessoal e
social.
*Investimento na Natureza: Proteção adequada de florestas, reservas de água e oceanos é crucial.
*Biocapacidade :Investir em práticas que aumentem a produtividade da terra, como recuperação de
terras degradadas e práticas agrícolas sustentáveis.
*Governança Global: Ações coletivas internacionais são essenciais, incluindo a eliminação de
subsídios e enfrentamento da desigualdade global.
*Papel das Empresas: Empresas devem se engajar em medidas voluntárias, reconhecendo a diferença
entre bens naturais e artificiais, e usar o poder do mercado para impulsionar mudanças.
**Ações Individuais:**
- Consciência de que cada ação tem impacto.
- A responsabilidade e capacidade de criar novos caminhos estão nas mãos de cada indivíduo.
- Reconhecimento do potencial humano para criar mudanças significativas.
- Necessidade de evitar soluções rápidas e superficiais, priorizando a conscientização e mudança de
mentalidade em cada gesto.
**Sustentabilidade no Dia a Dia:**
- Iniciar pequenas ações sustentáveis gradualmente.
- Sugestões incluem triar o lixo, preferir produtos eco-friendly, evitar descartáveis, fechar torneiras,
consertar vazamentos, recuperar água da chuva, usar produtos biodegradáveis, reutilizar objetos,
plantar, evitar cobrir terrenos com cimento, usar sacolas reutilizáveis, regar plantas com eficiência,
desligar aparelhos elétricos, e escolher aparelhos energicamente eficientes.
Esses textos destacam a importância da sustentabilidade no dia a dia, os princípios que a regem e os
desafios que enfrentamos para garantir um futuro sustentável. Promover a conscientização e adotar
práticas sustentáveis são essenciais para enfrentar esses desafios e criar um mundo mais equilibrado
e saudável para as futuras gerações.

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