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ESCOLA ESTADUAL INSPETORA DULCINÉIA VARELA MOURA

LUÍS XIMENES

OS MARCOS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO MUNDO, BRASIL E AMAZONAS

Manaus/Am
2024
ESCOLA ESTADUAL INSPETORA DULCINÉIA VARELA MOURA

LUÍS XIMENES

3 ° 03 Vespertino

OS MARCOS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO MUNDO, BRASIL E AMAZONAS

Trabalho apresentado como requisito para


obtenção de nota na AV1 na matéria de
EASAM.

Manaus/Am

2024
Introdução
A partir da Conferência Mundial sobre o Meio Ambiente em Estocolmo,
realizada em 1972, emergiu um despertar global para a importância da preservação
ambiental. Neste evento crucial, a Declaração sobre o Ambiente Humano foi uma
manifestação unânime da necessidade premente de conservação e melhoria do
ambiente humano. A Educação Ambiental foi reconhecida como uma ferramenta
vital para enfrentar a crise ambiental, destacando a urgência de reorganizar as
prioridades humanas em direção à sustentabilidade. O Plano de Ação Mundial,
estabelecido durante a conferência, delineou as primeiras diretrizes para inspirar e
orientar a humanidade nesse caminho.
Em 1975, o Encontro de Belgrado promovido pela UNESCO desempenhou
um papel significativo na evolução da Educação Ambiental. Durante este evento,
foram formulados os princípios e diretrizes essenciais para a Educação Ambiental
em nível internacional, culminando na elaboração da Carta de Belgrado. Esta carta
enfatizou a necessidade de uma ética global que promovesse formas de
desenvolvimento benéficas para toda a humanidade. Ao destacar a importância da
Educação Ambiental como um processo contínuo de aprendizagem, a Carta de
Belgrado delineou uma visão abrangente que serviu como alicerce para o
desenvolvimento futuro da Educação Ambiental em todo o mundo.
A Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento,
conhecida como Rio-92, realizada no Rio de Janeiro em 1992, foi um marco crucial
na história da Educação Ambiental. Durante este evento histórico, foi elaborado o
Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade
Global (TEASS). Reconhecendo a Educação Ambiental como um processo
essencial para promover a sustentabilidade, o TEASS enfatizou a importância da
responsabilidade individual e coletiva em todos os níveis. Esta conferência
desempenhou um papel crucial na consolidação dos princípios da Educação
Ambiental e na promoção de uma abordagem interdisciplinar e inovadora em direção
a uma sociedade mais consciente e sustentável.
1972: Conferência Mundial sobre o Meio Ambiente em Estocolmo
A Conferência Mundial sobre o Meio Ambiente em Estocolmo, realizada em
1972, foi um marco fundamental na conscientização global sobre a importância da
preservação ambiental. Durante o evento, a Declaração sobre o Ambiente Humano
foi publicada, destacando a necessidade de preservar e melhorar o ambiente
humano. Essa declaração reconheceu explicitamente o papel crucial da Educação
Ambiental no combate à crise ambiental e enfatizou a urgência de reordenar as
prioridades humanas. Foi estabelecido o Plano de Ação Mundial, que visava inspirar
e orientar a humanidade nesse sentido.

1975: Encontro de Belgrado e Carta de Belgrado


O Encontro de Belgrado, promovido pela UNESCO em 1975, foi outro evento
significativo na trajetória da Educação Ambiental. Nessa conferência, foram
formulados os princípios e diretrizes para a Educação Ambiental em um contexto
internacional. Como resultado, a Carta de Belgrado emergiu, enfatizando a
necessidade de uma ética global que promovesse formas de desenvolvimento
benéficas para toda a humanidade. A Carta delineou uma visão abrangente de
Educação Ambiental, destacando sua importância como um processo contínuo de
aprendizagem e sua responsabilidade em promover a transformação humana e
social, além de preservar a ecologia. Esses princípios estabelecidos em Belgrado se
tornaram fundamentais para o desenvolvimento futuro da Educação Ambiental em
todo o mundo.
1992: Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento - Rio-92
A Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento,
realizada no Rio de Janeiro em 1992, foi um marco crucial na história da Educação
Ambiental. Conhecida como Rio-92, a conferência possibilitou a elaboração do
Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade
Global (TEASS). Esse tratado reconheceu a Educação Ambiental como um
processo de aprendizagem essencial para a promoção da sustentabilidade e
enfatizou a importância da responsabilidade individual e coletiva em todos os níveis.
Além disso, o TEASS destacou a necessidade de uma abordagem interdisciplinar e
inovadora na Educação Ambiental, promovendo a transformação e a construção de
uma sociedade mais consciente ambientalmente. A Rio-92 desempenhou um papel
crucial na consolidação desses princípios e na promoção da Educação Ambiental
em nível global.
1997: Inclusão da Educação Ambiental nos Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCNs)
Em 1997, a Educação Ambiental foi oficialmente incluída como tema
transversal nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) do Brasil. Essa inclusão
reconheceu a importância da Educação Ambiental como uma questão fundamental
que permeia todas as áreas do conhecimento. Os PCNs estabeleceram a
necessidade de integrar a Educação Ambiental de forma contínua e integrada,
relacionando-a às questões contemporâneas e promovendo sua presença em todas
as disciplinas. Essa medida representou um passo significativo na promoção da
conscientização ambiental e na formação de cidadãos mais engajados e
responsáveis em relação ao meio ambiente.
2005: Lançamento do Programa Nacional de Educação Ambiental
(ProNEA)
O ano de 2005 marcou o lançamento do Programa Nacional de Educação
Ambiental (ProNEA) no Brasil. Esse programa orientou a inclusão da dimensão
ambiental nos projetos político-pedagógicos das instituições de ensino, além de
promover uma reestruturação da educação em direção à sustentabilidade. O
ProNEA enfatizou a importância de desenvolver novos currículos que
contemplassem a temática ambiental e estivessem alinhados com a legislação
nacional e os programas estaduais e municipais de Educação Ambiental. Essa
iniciativa visava fortalecer a abordagem da Educação Ambiental no contexto
educacional brasileiro e promover uma maior integração da temática ambiental nas
escolas.
2012: Inclusão da Educação Ambiental nas Diretrizes Curriculares
Nacionais para o Ensino Médio
Em 2012, as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio no Brasil
incluíram oficialmente a Educação Ambiental como um dos componentes
curriculares obrigatórios. Essa medida refletiu o reconhecimento da importância da
Educação Ambiental como uma questão essencial que deve ser abordada em todos
os níveis de ensino. A inclusão da Educação Ambiental nas diretrizes curriculares
para o Ensino Médio destacou a necessidade de promover uma abordagem
integrada e interdisciplinar da temática ambiental, preparando os estudantes para
enfrentar os desafios ambientais do século XXI. Essa medida representou um
avanço significativo na promoção da conscientização ambiental e na formação de
cidadãos mais comprometidos com a sustentabilidade.
1965: Criação do Parque Nacional do Xingu
Em 1965, o governo brasileiro criou o Parque Nacional do Xingu, uma das
primeiras unidades de conservação na Amazônia. Localizado no estado do Mato
Grosso, o parque foi criado com o intuito de proteger a biodiversidade da região e
preservar o modo de vida dos povos indígenas que habitam a área. Esta iniciativa foi
um marco inicial na conscientização sobre a importância de proteger as áreas
naturais da Amazônia e reconhecer os direitos dos povos indígenas sobre suas
terras.
1967: Criação da Reserva Biológica do Tapajós
A Reserva Biológica do Tapajós foi estabelecida em 1967, abrangendo uma
vasta área na região do rio Tapajós, no estado do Pará. Esta reserva foi criada com
o objetivo de proteger a diversidade biológica da Amazônia, especialmente as
espécies aquáticas e terrestres encontradas na região. Ao proibir atividades como a
exploração madeireira e a mineração, a reserva desempenha um papel crucial na
preservação dos ecossistemas amazônicos.

1989: Promulgação da Lei de Política Nacional do Meio Ambiente (Lei nº


6.938/1981)
A Lei de Política Nacional do Meio Ambiente, promulgada em 1989,
estabeleceu os princípios e diretrizes para a proteção e preservação ambiental em
todo o território brasileiro. Esta lei foi um marco importante na história ambiental do
país, fornecendo a base legal para a criação de áreas protegidas, como parques e
reservas, na Amazônia. Além disso, a lei estabeleceu instrumentos de gestão
ambiental, como o licenciamento ambiental, que são fundamentais para o controle e
monitoramento das atividades que impactam o meio ambiente na região amazônica.

2006: Implementação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação


(Lei nº 9.985/2000)
Em 2006, foi implementado o Sistema Nacional de Unidades de Conservação
(SNUC), estabelecido pela Lei nº 9.985/2000. Este sistema definiu as categorias de
áreas protegidas no Brasil, incluindo unidades de conservação na Amazônia, como
parques nacionais, reservas biológicas e áreas de proteção ambiental. O SNUC
estabeleceu diretrizes para a criação, gestão e manejo dessas áreas, promovendo a
conservação da biodiversidade e o uso sustentável dos recursos naturais na região
amazônica.
2012: Criação da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá
Em 2012, foi criada a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá,
localizada no estado do Amazonas. Esta reserva é uma das primeiras unidades de
conservação de uso sustentável na Amazônia, visando conciliar a conservação da
biodiversidade com o desenvolvimento socioeconômico das comunidades locais. Por
meio de práticas de manejo sustentável de recursos naturais, a Reserva de
Mamirauá promove a conservação dos ecossistemas amazônicos e o bem-estar das
populações tradicionais que dependem desses recursos para sua subsistência.

2019: Aumento das queimadas e desmatamento na Amazônia


O ano de 2019 foi marcado por um aumento significativo nas queimadas e
desmatamento na Amazônia brasileira. Este aumento alarmante gerou
preocupações globais com a preservação deste importante bioma e levou a debates
sobre a eficácia das políticas de conservação e proteção ambiental na região. O
aumento das queimadas e desmatamento destacou a necessidade urgente de
reforçar as medidas de fiscalização e controle, além de promover iniciativas de
conservação e desenvolvimento sustentável na Amazônia.
Considerações Finais
O levantamento dos dados referentes à legislação sobre Educação Ambiental
no Brasil, nos Estados e Municípios, revela um amparo legal robusto e estruturado
para essa área. A inclusão direta da Educação Ambiental na Constituição Brasileira
de 1988 foi um marco importante para sua consolidação, servindo como referência
para a elaboração de leis e diretrizes nos níveis estadual e municipal.
Esse respaldo legal estabeleceu os princípios fundamentais de uma
Educação Ambiental crítica e emancipatória, a ser tratada como tema transversal e
abordada com interdisciplinaridade, visando conscientizar estudantes, professores e
comunidades sobre a importância da preservação socioambiental. No entanto,
apesar da existência desse arcabouço legal, a consolidação prática das propostas
contidas nas leis e programas ainda enfrenta desafios significativos. A falta de
incentivo à formação de professores e a presença de sistemas burocráticos que
dificultam a execução de projetos e iniciativas são alguns dos entraves encontrados.
Para fortalecer efetivamente a Educação Ambiental, é essencial superar tais
obstáculos e promover uma gestão sustentável. Isso inclui a inserção da dimensão
socioambiental nos currículos escolares, o investimento na formação docente e a
disponibilização de materiais didáticos adequados. A mudança desse cenário é
crucial para garantir que o estudo da problemática ambiental, facilitado pela
Educação Ambiental, contribua para práticas educativas que busquem e construam
alternativas sociais baseadas em princípios ecológicos, éticos e de justiça, visando o
bem-estar das gerações presentes e futuras.
Referências Bibliográficas
QUEIROZ, T. F; BERTOLDE F. Z. Marcos legais da educação ambiental: Brasil,
Bahia, Salvador.
CASCINO, F. (2007). Princípios e diretrizes da Educação Ambiental. Revista
Brasileira de Meio Ambiente, 5(2), 45-56.
DIAS, A. (2010). Educação Ambiental: Fundamentos e práticas. Editora
Sustentabilidade.
INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE
(ICMBio). (2012). Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá. Disponível
em: http://www.icmbio.gov.br/mamiraua. Acesso em: 10 de março de 2024.
BRASIL. (2006). Lei nº 9.985/2000. Diário Oficial da União, Brasília, DF.

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