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Abstract: The article deals with issues related to public policies and environmental education.
The aim is to demonstrate how non-formal approaches to environmental education contribute
to raising awareness of environmental problems. In addition, questions will be addressed
about public policies in the various federative bodies and how they incorporate environmental
education into formal education. Non-formal and informal approaches provide the most
effective participation of society in the process of paradigm shifts in relation to environmental
issues. Facing the difficulties faced in today's society, the SOS Rio Capivari Project is
presented as a joint action proposal for a formal and non-formal environmental education
approach that includes public policies and popular participation. The methodology of the
article consists of bibliographical research and open interview, resulting in a qualitative
bibliographical research.
Keywords: Environmental education, Public Politic, Project SOS Capivari River.
É importante destacar que para chegar nessa definição foram realizados muitos
encontros e discussões. Num primeiro momento, a preocupação era toda sobre o crescimento
populacional, ou seja, somente a pressão que o crescimento da população gerava sobre os
recursos. Dessa forma, em 1968, na cidade de Roma (Itália), líderes dos países ricos
reuniram-se e atacaram o crescimento da natalidade em países pobres e subdesenvolvidos.
Eles defenderam que era necessário um rígido controle de natalidade, para reduzir os
impactos sobre os recursos da natureza. A principal herança desse evento foi a publicação de
um livro chamado “Limite do Crescimento”, que foi alvo de muitas críticas com o passar dos
anos, pois defendia “que para se conservar o padrão de consumo dos países industrializados
era necessário controlar o crescimento da população nos países pobres” (REIGOTA, 2006, p.
14). Mas os principais eventos que delinearam as ações ambientais a serem tomadas pelo
Estado foram organizados pela ONU, como a Conferência de Estocolmo (1972) e a
Conferência do Rio (1992).
Na Conferência de Estocolmo, realizada na Suécia em 1972, a temática foi tratada
em escala local e deixou claro que se deve atacar o indivíduo e educá-lo para o uso do meio e
recomenda “que se deve educar o cidadão para a solução dos problemas ambientais”
(REIGOTA, 2006, p. 15). Dessa Conferência foi criado o “Programa Internacional de
Educação Ambiental (PIEA), para a intensificação da Educação Ambiental e as controvérsias
dos países em desenvolvimento” (CARNEIRO, CUNHA, KRUGER, 2009, p. 5). Este
programa coloca a Educação Ambiental como uma das possibilidades para um melhor
aproveitamento dos recursos ambientais. No período entre 1972 e 1992 1 foram organizados
inúmeros eventos e reuniões, mas um que merece destaque foi realizado em 1977: a
Conferência de Tbilisi. Dele surgiram orientações para que governantes promovessem
reformas educacionais inserindo a questão ambiental nos currículos escolares. E surgiu a
definição que é aceita até a atualidade para Educação Ambiental.
Na Conferência de Tbilisi, 1977, percebe-se claramente que existe a preocupação
pela necessidade de educar o cidadão para adoção de hábitos conservadores com a natureza.
CARNEIRO, CUNHA, KRUGER (2008, p. 8) cita que:
1
Período compreendido entre os dois eventos organizados pela ONU.
Toda ação ambiental deve orientar-se à comunidade e não permanecer somente nos
ambientes escolares. Mas, como política pública, é fundamental que atinja o ambiente escolar
já que o mesmo é um espaço de socialização da comunidade e assim cada espaço irá discutir o
tema a partir de sua realidade.
É muito importante compreender que a Educação Ambiental Formal, desenvolvida
dentro das escolas necessita de políticas públicas voltadas ao tema. Antes de definir como foi
a implementação da Educação Ambiental nas escolas é importante definir o que é uma
política pública.
Uma sociedade é dotada de elementos heterogêneos que interagem a partir de
interesses que atendem suas necessidades, podendo gerar conflitos. Para RUA apud
SCHMITTER “política é a resolução pacífica para os conflitos” (RUA, 2009, p.17 apud
SCHMITTER, 1984, p. 34). Mas entende-se muito mais que isso no conceito de política já
que são envolvidas relações de poder. Como cita RUA (2009 apud RUA, 1998):
(...) consiste na obtenção de dados e aprendizado por meios informais, sejam eles
noticiários; programas educativos na televisão, jornais, nas ruas ou revistas; em
projetos executados junto a sociedade, como por exemplo, a manutenção de jardins,
canteiros e parques por determinados âmbitos do comércio; atividades feitas por
grupos de pessoas organizadas como escoteiros, desbravadores e ONGs.
(CARNEIRO, CUNHA, KRUGER, 2009, p. 21)
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Entrevista Aberta concedida ao autor, em 29 de Outubro de 2011.
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Entrevista Aberta concedida ao autor, em 29 de Outubro de 2011.
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Entrevista Aberta concedida ao autor, em 29 de Outubro de 2011.
Durante esses anos, 2003 à 2011, foram reflorestadas parcialmente as duas margens
do rio, no trecho que atravessa a cidade (Figura 8).
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
As questões ambientais exigem ações tanto do Estado com políticas públicas voltadas
ao tema, quanto da sociedade. Percebe-se que o Estado de certa forma investe em políticas
públicas voltadas à educação ambiental, a partir da criação de leis e ações a serem
desenvolvidas dentro da escola. A criação dessas leis teve início a partir dos eventos
organizados para discutir a temática ambiental. Mas vale destacar os principais como os
organizados pela ONU, em Estocolmo e no Rio de Janeiro em 1992, e a Conferência de
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARNEIRO, R.; CUNHA, L. G. G.; KRUGER, F. G.. A educação ambiental vista em duas
instituições públicas estaduais de ponta grossa – da institucionalização até a aplicação. 2008.
Trabalho de Conclusão de Curso.
DIAS, G. Feire. Educação Ambiental Princípios e Práticas. São Paulo: Ed. Gaia. 5ª Edição., 1998.
JUNIOR, L. A. F.; MENDONÇA, P.; SORRENTINO, M.; TRAJBER, R. Educação ambiental como
política pública.
Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ep/v31n2/a10v31n2.pdf
Acesso em: 01/11/2011
Manual de normalização bibliográfica para trabalhos científicos. 3. ed. rev. Ponta Grossa: UEPG,
2010.
REIGOTA, Marcos. O que é: Educação Ambiental. São Paulo: Editora Brasiliense, 1994.
RUA, Maria das Graças. Análise de Políticas Públicas: Conceitos Básicos. In: RUA, Maria das
Graças; VALADAO, Maria Izabel. O Estudo da Política: Temas Selecionados. Brasília: Paralelo 15,
1998.
______. Políticas públicas / Maria das Graças Rua. – Florianópolis : Departamento de Ciências da
Administração / UFSC; [Brasília] : CAPES : UAB, 2009.