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Módulo: UC HG014001201 Preparar-se para o mercado de trabalho

RA1: Reconhecer os papéis na sociedade e relações de poder

1. Introdução

Muitas pessoas colocam como uma das metas de vida o sucesso profissional, que não é difícil
de entender o porquê, já que essa meta pode trazer grandes benefícios a vida pessoal e
profissional dessa pessoa. Porém, devemos lembrar que essa meta não é alcançada do dia
para noite. Tudo começa ao entrar no mercado de trabalho e se destacando nele.

As empresas querem cada vez mais profissionais que estão além de seus currículos, procuram
aqueles que aprendam rápido e possam fazer a diferença já no momento da contratação. O
acesso à informação está mais fácil, Google está sempre à disposição, que é ótimo para quem
quer estudar, se atualizar e se destacar, mas aumenta também a concorrência no mercado
de trabalho.

O atual cenário do mercado de trabalho exige que para se destacar, o profissional deva ser
proativo, ter pensamento inovador, criativo e encontrar soluções de forma eficiente, ou seja,
ter hard skills (habilidades técnicas) e ainda mais soft skills (habilidades comportamentais).

Para qualquer coisa que fazemos estar preparado nos dará maior possibilidade de sucesso e
isso não é diferente nesse caso. Mesmo que o futuro possa trazer situações que não
poderíamos prever, estar preparado, nos dará mais chance de contornar situações.

1.1 O papel das famílias na formação dos valores e atitudes das mulheres, homens e raparigas
e rapazes

A família tem a função de complementar à formação do indivíduo, pois são os responsáveis


diretos. No entanto a função de educar, de fornecer à educação formal é responsabilidade da
escola, ou seja, ambas são co-responsáveis pela formação cognitiva, afetiva, social e da
personalidade das crianças e adolescentes.

Essa divisão de papéis não cabe mais no mundo de hoje. O aluno precisa ser visto como um
ser humano integral e todos os que estão envolvidos com ele contribuem com sua
formação”.

A família é o primeiro grupo onde a criança obtém contato e relação social. Uma das mais
importantes funções dos pais e/ou responsáveis quando a criança ainda é um bebê é,
justamente, dar início a este processo de socialização, repassando aos pequenos padrões de
conduta e de moral de acordo com os valores que acreditam e com a cultura na qual estão
inseridos.

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Porém, quando começa a frequentar o colégio, tem início uma nova fase nesse processo de
socialização. Se antes a criança vivia em um mundo mais ensimesmado, fechado e protegido,
ao entrar na escola, ela passa a ter contato e a estar exposta a diferentes realidades, modelos
de criação e valores.

E é nessa convivência que as competências sociais e emocionais da criança começam a ser


desenvolvidas, com objetivo de capacitá-la a enfrentar os desafios da vida.

“A partir do momento que ela entra na escola, a escola se torna responsável por inserir a
criança no coletivo. A noção de respeito e valores se constrói tanto em casa quanto na
escola, apesar de serem relações e instituições diferentes. Uma complementa a outra. Não
há como viver em sociedade se não trabalhar a questão dos valores”, afirma a psicóloga,
psicopedagoga e terapeuta de casal, família e comunidade.

Entretanto, é importante entender que, muito embora a escola tenha o papel de exercitar os
valores construídos pelas famílias, isso não significa que ela determine o que é certo ou
errado, mas sim, que trabalhe questões que desenvolvam os valores ético e moral nos alunos.

A infância é um momento muito importante para o desenvolvimento das crianças, que


aprendem nessa fase a se comportar, falar, se relacionar socialmente, entre outras
habilidades. A formação do caráter também acontece nesse período, sendo que essa é uma
preocupação das famílias.

Os pais exercem um papel essencial nesse processo, que começa a ser desenvolvido nos
primeiros anos de vida. É durante a infância que os filhos aprendem sobre o que é certo e o
que é errado, conhecem valores morais e desenvolvem crenças e princípios.

Síntese:

Em que consiste a formação do caráter da criança?

O caráter de uma pessoa é construído por meio de hábitos e relações que fazem parte da
experiência individual. Ele está intimamente ligado ao modo de pensar, sentir ou reagir de
cada indivíduo, ou seja, se reflete nas atitudes e ações tomadas ao longo da vida.

Portanto, a formação do caráter ocorre por meio da repetição de bons hábitos nas relações
entre família e filhos. A participação da família nesse processo é extremamente importante,
pois ela é o primeiro contato da criança com o mundo.

É por meio da família que a criança conhece os diferentes grupos sociais, compreende as
dinâmicas de comunicação e interação com a sociedade e desenvolve sua personalidade. Esse

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convívio é responsável por passar os valores que fazem parte dos princípios da civilidade e do
respeito que regem as relações sociais.

Com as influências saudáveis, os filhos conseguem criar suas próprias ideias e percepções
sobre o mundo, tendo autonomia para desenvolver o caráter. Sendo assim, esse processo é
fundamental para a formação das crianças, contribuindo para que tenham personalidade e
valores.

Qual é o papel dos pais nessa formação?

O caráter de uma pessoa é construído por meio de hábitos e relações que fazem parte da
experiência individual. Ele está intimamente ligado ao modo de pensar, sentir ou reagir de
cada indivíduo, ou seja, se reflete nas atitudes e ações tomadas ao longo da vida.

Portanto, a formação do caráter ocorre por meio da repetição de bons hábitos nas relações
entre família e filhos. A participação da família nesse processo é extremamente importante,
pois ela é o primeiro contato da criança com o mundo.

É por meio da família que a criança conhece os diferentes grupos sociais, compreende as
dinâmicas de comunicação e interação com a sociedade e desenvolve sua personalidade. Esse
convívio é responsável por passar os valores que fazem parte dos princípios da civilidade e
do respeito que regem as relações sociais.

Com as influências saudáveis, os filhos conseguem criar suas próprias ideias e percepções
sobre o mundo, tendo autonomia para desenvolver o caráter. Sendo assim, esse processo é
fundamental para a formação das crianças, contribuindo para que tenham personalidade e
valores.

Qual é o papel dos pais nessa formação?

As crianças aprendem com as pessoas que estão ao seu redor, pelo que veem, ouvem e são
instruídas. Sendo assim, a participação ativa da família na vida dos filhos ajuda a trazer mais
segurança e proporciona ensinamento sobre valores que contribuem para a criação de
relacionamentos saudáveis, como diferenças, direitos e deveres.

Por isso, quanto mais presentes e atuantes, maior será a contribuição dos pais para que os
filhos tenham um comportamento saudável em qualquer ambiente, seja familiar ou com
pessoas desconhecidas. Desse modo, os pais ajudam a formar elementos relevantes para o
dia-a-dia da criança, exercendo influência sobre os hábitos, atitudes e maneira de se
relacionar com os outros.

Até mesmo o rendimento escolar tende a melhorar quando as crianças são estimuladas em
casa. As atitudes, ou a falta delas, influenciam diretamente os filhos, que tendem a seguir a
mesmo caminho.

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Por todos esses motivos, o papel dos pais na formação do caráter dos filhos é fundamental,
visto que eles são inspiração para as crianças. Elas observam e fazem de tudo para se
parecerem com os adultos, ainda que não entendam o significado de algumas atitudes.

Por isso, é importante compreender que as referências percebidas no comportamento são


tão relevantes quanto as orientações verbais.

Como o comportamento dos pais influencia as crianças?

Como vimos, a família tem um papel muito relevante para a formação do caráter na infância.
O comportamento dos responsáveis exerce influência nas crianças, por isso, é importante
adotar bons hábitos e atitudes dentro e fora de casa que sirvam de exemplo para os menores.
Confira algumas ações que podem ser feitas!

i) Tratar com amor e carinho

Amor e carinho são aspectos fundamentais durante os primeiros anos. No período infantil, o
cérebro absorve tudo o que sente e vê, interpretando as atitudes como verdades. Portanto,
se a criança vê com frequência a falta de educação na família, ela tende a repetir esse mesmo
comportamento.

ii) Promover uma alimentação saudável

A alimentação é um dos aspectos mais importantes para a saúde, contribuindo de maneira


direta para o desenvolvimento durante a infância. O exemplo é primordial para que os filhos
aprendam a comer de maneira saudável, respeitando o corpo e seus limites.

Se os pais têm o hábito de comer verduras e legumes, por exemplo, é bem provável que os
filhos sigam essa mesma alimentação. Do mesmo modo, hábitos não saudáveis, como excesso
de fast food, frituras e refrigerantes, também serão adicionados.

iii) Incentivar a leitura

A leitura é um hábito muito importante em qualquer fase da vida, sendo que na infância pode
contribuir de forma relevante para o desenvolvimento. Por meio dos livros, as crianças
aprendem novas palavras, desenvolvem o raciocínio lógico, conhecem histórias
importantes e se divertem.

Algumas famílias reconhecem a importância da leitura e dos estudos, mas não dão o exemplo.
Logo, as crianças tendem a se entreter com outras possibilidades menos educativas, como
televisão, videogame ou smartphones. Por isso, é interessante que os pais pratiquem a leitura
no dia-a-dia, dando exemplo e incentivando as crianças a fazer o mesmo.

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iv) Trabalhar as habilidades socioemocionais

Os pais também podem trabalhar as habilidades socioemocionais em casa. Isso acontece ao


ensinar os pequenos a lidar com os conflitos, sem protegê-los a todo momento. Esse
aprendizado é importante para que eles desenvolvam relacionamentos interpessoais
saudáveis.

Seja no ambiente familiar, no convívio escolar ou em qualquer outro grupo social, é preciso
que as crianças encontrem soluções para os problemas e que saibam ouvir opiniões
diferentes.

Os pais podem ajudar a exercitar sentimentos muito importantes, como resiliência, paciência,
tolerância e perdão. Desse modo, os filhos terão mais facilidade para criar laços de amizade
e companheirismo.

1.2 O papel das instituições na formação das atitudes, percepções das mulheres, homens,
rapazes e raparigas

Há algum tempo atrás as pessoas eram vistas apenas como recursos de produção, máquinas,
seres que não pensavam e só produziam, sem valorização profissional. As organizações não
se preocupavam com o bem-estar das pessoas, com os benefícios. Isto poderia ser
visivelmente percebido na era industrial.

Na era da informação, as pessoas passaram a representar o capital humano, vistas como seres
produtivos. Este capital pode agregar mais ou menos valores para a organização. Existem
características humanas: talento, conhecimento e competências que são fundamentais para
gerar o crescimento organizacional. Entretanto, todas as características humanas não valem
nada se as organizações não valorizá-las e não alavancá-las, ou seja, não permitirem que as
pessoas mostrem as suas características e, consequentemente, saibam aproveitá-las

O Capital Humano é um conjunto de habilidades, atitudes, competências, conhecimentos e


imaginação dos colaboradores das organizações. Neste contexto, a Gestão de Pessoas deve
atrair, reter, desenvolver e motivar os colaboradores.

O ser humano é um ser social, que vive constantemente em contato com outros seres. Cada
ser tem suas restrições e limitações que, em conjunto, para conseguir um determinado
objetivo se mobilizam formando as organizações. Estes objetivos não podem ser alcançados
se executados apenas por uma pessoa, devendo ser realizados, em conjunto, através da
cooperação entre os seres.

As organizações estão focadas nos clientes para perceber seus desejos e assim os produzem.
O recurso mais importante hoje é o conhecimento, ou seja, ter o conhecimento, saber usar,
aplicar e agregar valores à organização. Neste contexto, as pessoas, são consideradas a base
das organizações, pois possuem conhecimentos, habilidades e competências que são

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responsáveis pelo sucesso ou insucesso das organizações, fazendo parte do patrimônio das
organizações, dotadas de conhecimentos e habilidades que agregam valores à organização.

As pessoas são constituídas por valores, crenças, desejos, motivações e necessidades


individuais. Cada pessoa tem sua história e sua percepção, ou seja, sua forma de ver, perceber
e agir diante as situações. Além disso, as pessoas são movidas por emoções, aptidões,
conhecimentos e talentos, que em decorrência de sua atuação são acrescentados às
organizações. Podemos dizer que os indivíduos recebem influências familiares e sociais, que,
consequentemente, interferem no seu comportamento.

Neste contexto, as organizações devem estar preparadas e atentas para seus colaboradores
e, consequentemente, para suas motivações e percepções, pois eles devem ser parceiros
capazes de conduzi-las para o sucesso mais para tanto as pessoas devem ser tratadas como
pessoas. Em contrapartida, os colaboradores devem ter inteligência emocional para saber
lidar consigo, com os outros e principalmente com as organizações onde atuam, onde os
objetivos, muitas vezes, são contrários aos seus.

As necessidades individuais são mutáveis e passageiras, daí cria-se um ciclo motivacional


dinâmico e constante. Cada indivíduo tem suas necessidades e estas necessidades são
infinitas, quanto mais satisfazemos uma necessidade, mais aparecem novas. A tecnologia e
as mudanças constantes em que vive o mundo atual contribuem para que novas demandas
apareçam.

A relação entre pessoa X organização é o resultado do clima da organização. Podemos dizer


que ele nem sempre é uniforme, variando de acordo com a situação psicológica e com a
motivação de cada colaborador e como ele recebe e percebe as informações do ambiente
interno. Entretanto, o equilíbrio do clima é fundamental nesta relação. Sentimentos negativos
exercem impactos negativos, e consequentemente, insatisfação dos colaboradores. Já os
sentimentos positivos produzem impactos positivos.

As organizações passaram a reconhecer e valorizar as pessoas, percebendo inclusive que as


mesmas agregam valores e representam o Capital Intelectual, ou seja, não representam
custos. Tal fato pode ser evidenciado nas organizações atuais e nos colaboradores que nelas
atuam. Inclusive, percebe-se a preocupação das pessoas estarem buscando o aprendizado
contínuo, através de graduação, pós-graduação e cursos especializados nas atividades que
executam na empresa. Além disso, as próprias empresas têm buscado investir nos seus
colaboradores, através de treinamentos e do compartilhamento do conhecimento.

Neste contexto, se faz necessário que as organizações estejam atentas para as mudanças que
vivemos e ainda vamos viver, afinal as organizações são constituídas de pessoas e seu
ambiente é dinâmico, composto de fatores internos e externos e os colaboradores das
organizações precisam estar inseridos neste contexto organizacional. Por isso, mais uma vez
salientamos a importância na interação entre as pessoas e as organizações.

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Percebe-se que os fundamentos básicos para a interação entre as pessoas e as organizações
são:

1. Que as organizações percebam e compreendam que:

 Para uma organização existir são necessárias pessoas;


 Os colaboradores têm percepções, interesses e necessidades individuais e
coletivas;
 Os colaboradores têm papel fundamental no resultado da organização ( fracasso
ou sucesso) representando inclusive o Capital Intelectual;
 Devem constantemente educar, planejar e integrar os colaboradores.

2. Que as pessoas percebam e compreendam que:

 As organizações têm missão, visão e objetivos gerais e específicos;


 Elas passam a maior parte do tempo nas organizações e que devem manter uma
relação harmônica e produtiva na organização;
 Elas devem agregar valor à organização, sendo inclusive responsáveis pelo
resultado da organização (fracasso ou sucesso).

Neste contexto os fundamentos básicos estão contidos na própria relação de interação:


pessoas X organizações.

1.3 O papel das relações de poder

O que é poder?

Para além de ter a autoridade, o comando ou simplesmente a faculdade de ser capaz de algo,
por atributos físicos ou intelectuais, o poder é uma força que permeia as relações sociais
desde o início da sociedade humana. O poder expressa-se pelo embate de forças, mas, antes
disso, ele existe em si enquanto uma força.

1.3.1 Teorias do poder

Para o sociólogo alemão Max Weber, poder é a imposição da vontade de uma pessoa ou
instituição sobre os indivíduos. Essa imposição é direta e deliberada e pode ter aceitação
como força de ordem ou não. Quando as pessoas submetidas ao poder de alguém aceitam a
ordem, há uma transição de forças do âmbito do poder para o âmbito da dominação, ou seja,
a pessoa que aceita a imposição de ordem submete-se à autoridade da outra.

Para o filósofo, sociólogo e economista alemão Karl Marx, o poder reside naquele que possui
os meios materiais de produção de capital, o que, em sua época, eram as fábricas e as terras.
Por meio da posse dos meios de produção, o proprietário submete seus empregados ao seu
poder. Isso, para Marx, causa injustiças sociais, pois o patrão apropria-se do trabalho de seu
empregado para obter o capital todo para si.

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A proposta de Marx seria uma revolta do proletariado contra a burguesia que tomaria os
meios de produção, distribuindo-os aos trabalhadores e dissolvendo o poder entre a
população. No entanto, haveria a necessidade, para Marx, da criação de uma espécie de
poder central, o Estado socialista, que cuidaria da gestão da propriedade.

1.3.2. Relações de Poder no Âmbito das Organizações

Relações de poder existem e muitas vezes definem, e não necessariamente com os critérios
de justiça necessários, à saúde de uma organização. Justiça implica juízo de valor, e valores
são minimamente compartilhados nas organizações, contestando a antiga visão da cultura
única.

Para o sociólogo francês Pierre Bourdieu, o poder é compreendido em uma esfera social e
coletiva permeada pelo que ele chamou de habitus. O habitus é um conjunto de valores,
normas, regras, gostos e elementos culturais, como religião, arte etc., que moldam a
sociedade e têm a capacidade de juntar e de separar as pessoas. O habitus é completamente
inconsciente, e a sua assimilação dá-se por meio das representações culturais a que somos
submetidos e da interiorização e imitação dessas representações.

Para Bourdieu, há um poder por trás disso tudo que faz com que as pessoas,
inconscientemente, busquem consumir, gostar, adequar-se a certos elementos em
detrimento de outros. O comando coletivo e inconsciente dessas preferências confere a
certos atores um poder econômico ou social, no sentido em que criam representações
simbólicas a serem seguidas por outras pessoas.

Michel Foucault, filósofo francês contemporâneo, fez em sua obra uma minuciosa análise do
poder e chegou à conclusão de que o poder na contemporaneidade não se encontra
centralizado, mas dissolvido na sociedade. Segundo Foucault, houve um marco na sociedade
que foi a Revolução Industrial e o advento do capitalismo liberal. Antes desses eventos, as
antigas monarquias concentravam o poder nas mãos do rei, o que nos leva à ideia de um
poder que Foucault denominou macrofísico, aquele que é grande e concentrado.

Após o nascimento do capitalismo industrial liberal, o poder passou a dissolver-se em várias


instituições de controlo diferentes. Se antes o controle era instituído pelo rei, agora ele é feito
pela escola, pela indústria, pelos quartéis, pelas prisões, pelos hospitais e pelos hospícios.

Todas essas instituições são casas de confinamento que moldam o comportamento dos
indivíduos (escola e quartel), controlam-nos para que sejam produtivos (fábrica), e corrigem
aqueles que não se enquadram às normas sociais (cadeia e hospício) ou cujos corpos não
aguentam a alta produção devido a doenças (hospitais).

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1.3.3. Formas de poder

Existem 4 formas de poder nas organizações:

 Autoridade formal: Poder legítimo fornecido por lei, por tradição, por respeito e/ou
por carisma que fornece aceito socialmente.
 Poder coercitivo: Imposição de vontade por ameaças e punições. A forma de poder
mais condenada socialmente e que mais provoca reações de oposição por parte dos
subordinados.
 Poder de recompensa: Poder de reforçar um comportamento com um recurso
desejado. Por exemplo, a recompensa pode ser dinheiro, tarefas de trabalho
interessantes, promoções, aumento de mérito, informações importantes, colegas
amigáveis, aceitação no grupo, posições de trabalho preferidas ou uma troca de
favores.
 Poder de competência: Domínio de especializações, habilidades especiais, contatos,
clientes ou conhecimentos desejáveis para a execução de um determinado trabalho.

1.3.4. Factores de poder

Dentre essas formas de poder, pode-se identificar 3 fatores que definem sua potência:

 Necessidade/Urgência
 Escassez
 Insubstituibilidade

1.3.5. Formas de poder

Para o filósofo italiano contemporâneo Norberto Bobbio, existem formas de poder que
classificam os diferentes meios de obtê-lo e exercê-lo na sociedade. Partindo de uma leitura
do cenário político com inspirações marxistas, Bobbio identificou três formas de poder. São
elas:

Poder econômico: exercido por quem tem posse dos bens materiais e do dinheiro. É essa forma de
poder que faz com que as pessoas que não têm posse dos recursos mantenham certo comportamento
e sujeitem-se a certos tipos de trabalho. É o poder econômico que mantém o funcionamento do
sistema capitalista e que faz com que os trabalhadores sujeitem-se ao poder do patrão.

Poder ideológico: exercido por quem tem a capacidade de criar ideias e ideologias e, com isso,
influenciar os outros. Esse tipo de poder mantém toda uma estrutura social em pleno funcionamento,
pois faz com que os sujeitados aceitem o poder contra eles investidos.

Poder político: poder oficial que controla o Estado e detém o direito de uso da força física contra os
membros de uma comunidade política. O poder político é legítimo, desde que vise alcançar os fins de
uma comunidade política.

Normalmente, essas três formas de poder são exercidas pelos mesmos grupos dentro de uma
sociedade, sendo que o poder burocrático estatal tende a ser controlado por quem tem o
poder econômico e o poder ideológico.

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Poder social

Hoje denominamos poder social a capacidade que certos indivíduos têm de influenciar a
sociedade, por meio do discurso, de seu carisma ou pela posse de meios que permitam a
grande difusão de suas ideias. Nesse sentido, detém poder social aquele que consegue
mobilizar a sociedade ou grupos sociais em torno de um projeto comum, influenciando a
formação de ideias e opiniões.

Exemplos de poder

Na teoria foucaultiana, podemos tomar como exemplo de poder o controle disciplinar


exercido por relações sociais microfísicas dentro de instituições de confinamento. São
exemplos dessas relações: a relação entre aluno e professor, patrão e empregado, paciente e
médico ou prisioneiro e carcereiro.

Para Bobbio, o poder econômico pode ser exemplificado pela relação entre o patrão e o
empregado; o poder ideológico, pela relação entre a mídia (meios de comunicação) e as
pessoas; e o poder político, pela relação entre os atores políticos (governantes) e os cidadãos.

Resumo

O termo "gênero", na sua acepção gramatical, designa indivíduos de sexos diferentes


(masculino/feminino) ou coisas sexuadas, mas, na forma como vem sendo usado, nas últimas
décadas, pela literatura feminista, adquiriu outras características: enfatiza a noção de cultura,
situa-se na esfera social, diferentemente do conceito de "sexo", que se situa no plano biológico,
e assume um caráter intrinsecamente relacional do feminino e do masculino. Segundo a
historiadora Joan Scott (1995), as feministas americanas começaram a usar o conceito de
gênero para se referir à organização social entre os sexos e só mais tarde passaram a usá-lo para
enfatizar o caráter fundamentalmente social das distinções fundadas sobre sexo e rejeitar o
determinismo biológico implícito nos termos "sexo" ou "diferença sexual"1. A introdução do
caráter relacional do gênero levou a uma revisão dos estudos centrados nas mulheres e apontou
para a necessidade de estudos sobre as relações de gênero, uma vez que a história das mulheres
não pode ser vista separada da história dos homens.

O mundo das mulheres faz parte do mundo dos homens, não são esferas separadas. Tomá-los
como esferas separadas reforça o mito de que a experiência de um sexo tem muito pouco ou
nada a ver com o outro sexo. Além disso, acrescenta Scott (1995), o uso do termo "gênero"
para designar relações sociais entre os sexos rejeita radicalmente explicações biológicas que
encontram um denominador comum para diversas formas de subordinação feminina. Para
Scott,

Experimentação activa 1

1. Explica os papéis das famílias na formação dos valores e atitudes das mulheres,
homens e raparigas e rapazes.
2. Explica o papel das instituições na formação das atitudes, percepções das mulheres,
homens, rapazes e raparigas.
3. Explica o papel das relações de poder na relação com as pessoas.

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RA2: Definir objectivos profissionais ou empresariais

Traçar os objetivos empresariais são de extrema importância, pois são eles que nos motivam.

1º Passo para definir Objetivos:

Ao discutir os objetivos (e muitas vezes reformulá-los…), geralmente fazemos as seguintes


perguntas:

 Qual a situação da empresa hoje?


 Como imaginamos e desejamos a empresa no futuro?
 Quais resultados esperar, caso eu aja desta ou daquela forma?
 Quais diferenciais a empresa tem em relação ao mercado?

2º Passo para definir Objetivos:

Utilize a metodologia SMART! É um jeito de definir os objetivos, de forma que inspire as


pessoas a buscá-los, economizando tempo e orientando a ação para o que realmente importa
fazer.

3º Para definir Objetivos:

Utilize um modelo de gestão de desempenho simples e focados em objectivos.

2.1 Objectivos profissionais ou empresariais aplicando o modelo SMART

Toda empresa precisa ter bem claro e definido o ponto aonde quer chegar, concorda? Essa
definição ajuda no crescimento do negócio, bem como na motivação dos gestores e dos
colaboradores para buscarem sempre por mais e melhores resultados.

Uma boa maneira de fazer isso é especificando o objetivo SMART da sua empresa. Trata-se
de uma ferramenta de gestão que ajuda a definir os objetivos de um negócio tendo, para isso,
critérios e padrões específicos.

De forma resumida, o objetivo SMART ajuda as organizações e os profissionais a terem mais


clareza quanto ao que precisa ser alcançado.

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Por exemplo, um objetivo SMART pode indicar qual o percentual de vendas a sua empresa
deseja atingir nos próximos 6 meses, quantos leads pretende qualificar no próximo mês,
quanto do seu tempo de espera para atendimento precisa reduzir etc

Mas como elaborar os objetivos de um projeto e colocar tudo isso em prática? Para lhe dar
essa resposta, este artigo traz:

 O que é objetivo SMART


 Exemplos e definições de objetivos SMART
 Como elaborar os objetivos de um projeto
 Como aplicar o objetivo SMART no atendimento ao cliente da sua empresa
 Qual a importância da experiência e do sucesso do cliente

Exemplos e definições de objetivos SMART

Para ficar mais claro o que é objetivo SMART, nada melhor do que utilizar exemplos, certo?
Por isso, vamos listar agora as definições de cada palavra e alguns exemplos de aplicabilidade.

Specific — Específico

A primeira letra do método SMART se refere à palavra “específico”. Isso quer dizer que o
objetivo determinado deve ser algo pontual e direcionado.

Por exemplo, ao invés de determinar apenas que deseja reduzir o tempo médio de
atendimento, da sua empresa, nessa metodologia é preciso deixar claro em quanto esse
tempo deve ser reduzido e em qual canal de atendimento isso precisa ser feito.

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De forma prática, seriam algo mais ou menos assim: “Nosso tempo médio de atendimento
está em 5 minutos para o atendimento via WhatsApp. No próximo mês, o objetivo é reduzi-lo
para 3 minutos. Para isso, vamos aprimorar a solução utilizada”

Dica de leitura: “Robô para responder WhatsApp: o que é, para que serve e como criar um”

Outro bom exemplo de aplicação do objetivo SMART para o termo “específico” pode ser
aplicado a vendas.

Nesse caso, não basta dizer que pretende vender mais nos próximos meses com o propósito
de obter mais lucros, pois isso é considerado um objetivo geral.

A ideia desse método é definir e deixar bem claro o que você pretende vender, onde e para
que tipo de público, por exemplo:

“Precisamos aumentar em 20% a venda do produto X no nosso e-commerce e 30% nas


unidades presenciais, tirando proveito das campanhas sazonais”

Aproveite e leia também: “Funil de vendas online: entenda o que é e confira 5 estratégias
para usar no seu e-commerce e melhorar seu processo comercial”

Measurable — Mensurável

O termo “mensurável” no objetivo SMART se refere a algo que pode ser medido de alguma
maneira. Ou seja, não se resume a definir uma meta ou número a ser alcançado.

Vamos usar como exemplo o aprimoramento do atendimento via WhatsApp que acabamos
de citar. Nesse caso, é possível definir um indicador que vai lhe ajudar a identificar se a sua
estratégia realmente está dando certo.

O mesmo já não seria possível se, por exemplo, o seu objetivo fosse apenas oferecer mais um
canal de atendimento. Ainda que isso seja de extrema importância para qualquer empresa,
no caso do método SMART, somente oferecer algo a mais não permite mensuração.

Este artigo vai lhe interessar: “Entenda a diferença entre métrica e KPI e saiba como usá-los
para melhorar os resultados da sua empresa”

Attainable — Atingível

A palavra atingível, por si só, já explica a sua função no objetivo SMART. Ou seja, ela indica
que é necessário definir algo realmente possível de ser alcançado.

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Lembra que, anteriormente, usamos o exemplo “aumentar em 20% a venda do produto X no
nosso e-commerce e 30% nas unidades presenciais”? Por mais que o foco da sua empresa seja
o crescimento e a abrangência de cada vez mais público, concorda que se essa meta fosse
200% e 300% seria algo, praticamente, impossível?

Por isso, a proposta é determinar um objetivo possível de ser alcançado, do contrário, isso
pode desmotivar o time e levar ao descontentamento dos profissionais.

O fato é que definir metas e objetivos que claramente são impossíveis de serem atingidos
transmite aos profissionais a sensação que, por mais que eles se empenhem, todo o seu
trabalho será em vão.

Aqui, é bem interessante chamar a atenção para outro ponto: a experiência dos funcionários
é a experiência do cliente. O que queremos dizer é que, quando os colaboradores não estão
motivados e engajados, isso se reflete no atendimento prestado ao cliente.

Desse modo, seja qual for a etapa do processo de compra que o potencial comprador estiver,
os profissionais não estarão dando o seu melhor para suprir as suas necessidades.

Essa postura, por sua vez, pode afetar as conversões e as suas taxas de retenção e fidelização.

Não deixe de ler: “Engajamento em Vendas: o que é e tudo que você precisa saber”

Relevant — Relevante

Outro ponto bem importante do método SMART é que ele se refere a objetivos que realmente
influenciam no sucesso e no crescimento de uma empresa.

O termo relevante, portanto, diz respeito a definir pontos a serem atingidos que afetarão
positivamente os resultados de um negócio.

Trazendo isso para o atendimento ao cliente e relacionando ao exemplo que demos


anteriormente, podemos dizer que o aprimoramento de um dos seus canais e a redução do
tempo para o cliente ser atendido ajuda a impactar na satisfação dos seus consumidores — o
que é um objetivo bastante relevante.

O motivo é que, ao aumentar o nível de satisfação dos clientes, a sua empresa proporciona
experiências melhores para o seu público.

Sobre isso, o relatório “Tendências da experiência do cliente 2021” da Zendesk, confirma


quanto boas experiências influenciam na decisão de compra dos clientes.

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Segundo o levantamento, 65% dos entrevistados disseram que querem comprar de empresas
que oferecem transações on-line rápidas e fáceis.

Além disso, 75% afirmam que estão dispostos a gastar mais para comprar de empresas que
lhes proporcionam boas experiências.

Em resumo, ao definir o seu objetivo SMART, é essencial que ele tenha importância, traga
valor e colabore para o crescimento da empresa.

Time based — Temporal

Por fim, a última letra do acrônimo SMART se refere à palavra “temporal”, ou seja, a definição
de um tempo para que o objetivo seja alcançado.

Ainda considerando os exemplos que demos anteriormente, no caso da redução do tempo


médio de atendimento ao cliente, o tempo poderia ser nos próximos 3 meses. Ou no caso do
aumento das vendas, na próxima data comemorativa.

Independentemente do prazo, a ideia é ter claramente definido o prazo para que cada
objetivo estabelecido seja alcançado.

Outros exemplos de objetivos SMART

O método SMART pode ser aplicado em diferentes situações em uma empresa, desde que os
objetivos sigam o princípio de serem específicos, mensuráveis, atingíveis, relevantes e com
prazo de alcance definido.

Com isso em mente, confira um resumo das definições de cada letra e mais alguns exemplos
de objetivos SMART:

 S — Specific = Específico: definição clara de qual é o objetivo, bem como o


detalhamento de qual ponto se deseja alcançar.
 M — Measurable = Mensurável: definição da forma de mensuração, a qual precisa ser
numérica.
 A — Attainable = Atingível: o objetivo a ser alcançado deve ser realmente possível de
ser atingido.
 R — Relevant = Relevante: o objetivo definido deve gerar impacto positivo na empresa
e nos clientes, bem como estar alinhado com o seu planejamento estratégico.
 T — Time based = Temporal: definição da data (prazo) que o período deve ser
alcançado, por exemplo, mês, trimestre, semestre etc.

Exemplos de objetivos SMART voltados para vendas

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 Aumentar em 30% o volume de vendas do produto X durante as festas de final de ano,
aproveitando a sazonalidades dos últimos meses
 Elevar as vendas do próximo mês em 25%, comparado ao mesmo período do ano
anterior, utilizando, para isso, uma estratégia de Inbound Marketing

Exemplos de objetivos SMART voltados para gestão financeira

 Conseguir reduzir em 45% os custos relacionados a uso de papéis e adotar medidas


mais sustentáveis
 Diminuir em 20% os gastos com matéria-prima desperdiçada

Exemplos de objetivos SMART voltados para atendimento ao cliente

 Disponibilizar 3 novos canais de atendimento nos próximos 30 dias, alinhando nossa


estratégia ao atual comportamento dos nossos consumidores
 Contratar uma nova solução voltada para autoatendimento, a fim de reduzir o tempo
de espera e elevar o nível de satisfação dos clientes.

Não deixe de ler: “Usamos o autoatendimento para reduzir o volume de tickets e você
também pode”

Como elaborar os objetivos de um projeto seguindo a metodologia SMART?

Para elaborar os objetivos de um projeto utilizando o método SMART, o primeiro passo é


considerar os pontos que já explicamos anteriormente.

Isso quer dizer que os seus objetivos precisam, necessariamente, ser:

 Específicos: pois quanto mais amplos e vagos forem, mais difícil será a sua realização
 Mensuráveis: para que possa analisar o resultado das ações e estratégias aplicadas e
verificar se realmente o proposto foi atingido
 Alcançáveis: a fim de evitar que os profissionais envolvidos se sintam desmotivados
e/ou frustrados
 Relevantes: alinhados com o planejamento estratégico da empresa e estabelecidos de
modo que realmente tragam impacto positivo para o negócio
 Baseados em tempo: ou seja, ter tempo para ser alcançado.

Com isso em mente, os próximos passos são:

 Liste todos os objetivos da sua empresa que deseja alcançar


 Separe-os por categoria
 Atribua o método SMART a cada um deles
 Alinhe os objetivos com os profissionais envolvidos

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 Se prepare para possíveis obstáculos

Liste todos os objetivos da sua empresa que deseja alcançar

O responsável por essa etapa vai depender muito do porte da empresa. Por exemplo,
empresas menores podem ter os objetivos listados pelo próprio empreendedor.

No entanto, se a sua empresa for de médio ou grande porte, a nossa dica é solicitar para que
os gestores de cada área listem o que precisa ser melhorado e o que deve ser alcançado para
conseguir isso.

Por exemplo, na área de atendimento ao cliente, é possível utilizar dados extraídos de


pesquisas de satisfação para verificar quais pontos estão desagradando os clientes.

Vamos imaginar que foi identificado que muitos consumidores reclamaram por a sua marca
não oferecer atendimento nas redes sociais.

Nesse caso, um objetivo SMART pode ser implementar o atendimento por esse canal e, em
seguida, definir prazos, maneiras de tornar esse objetivo realidade e outros pontos
relacionados à metodologia.

Separe-os por categoria

Considerando que as metas SMART podem ser aplicadas em diferentes setores de um


negócio, uma vez que você estiver com a lista de objetivos nas mãos, é fundamental
categorizá-los.

Isso quer dizer que é preciso separá-los de uma maneira que a execução dos projetos seja
facilitada.

Não existe uma forma de divisão padrão a ser seguida. Para encontrar a ideal para o seu
negócio, você pode considerar questões como orçamento e separar os objetivos por
prioridade, ou ainda, desmembrar por setor, entre outras possibilidades.

Nesta etapa é importante também “filtrar” os objetivos antes de colocá-los em prática. Por
exemplo, lembra que falamos que os objetivos SMART precisam ser relevantes?

Pois bem, vamos imaginar que um gestor sugeriu um ponto de melhoria que não trará
nenhum impacto direto no crescimento da empresa. Nesse caso, essa sugestão deve ser
eliminada.

Por exemplo, foi considerado como uma meta a troca das cortinas, ou a pintura das paredes
da área de atendimento. Ainda que vise o conforto e o bem-estar dos colaboradores que

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trabalham alocados, esse é um ponto que não interfere diretamente nos resultados do
negócio.

O contrário já não acontece se a sugestão for a adoção de um software de cadastro de clientes


com o objetivo de aprimorar o atendimento prestado aos clientes e o trabalho dos agentes.

Considerar o valor do objetivo para a empresa também é uma forma de separá-los por
categoria.

Sugestão de leitura: “Como funciona o CRM: conheça as 7 principais funcionalidades de uma


plataforma de Customer Relationship Management”

Atribua o método SMART a cada um deles

Quando falamos em atribuir o método SMART a cada objetivo, estamos nos referindo a
aplicar cada letra dessa sigla ao que pretende alcançar para o seu negócio.

Para isso, partimos do princípio que os objetivos já foram identificados e categorizados.


Agora, o próximo passo é conferir se eles realmente são específicos.

Em seguida, é preciso verificar se são mensuráveis e, se sim, atribuir uma forma de medição
a cada um deles.

Seguindo a metodologia SMART, confirme se as metas definidas são realmente possíveis de


serem atingidas, ou seja, se são realistas para a sua empresa e para o momento que estão
vivendo.

Também verifique a relevância que isso vai trazer para o negócio, a fim de evitar empregar
tempo e dinheiro em estratégias que não trarão resultados com foco no crescimento da
empresa.

Por último, determine em quanto tempo você quer que esse objetivo seja alcançado. Feito
isso, você terá atribuído todas as diretrizes do método SMART.

Alinhe os objetivos com os profissionais envolvidos

Obviamente, é bem importante envolver a equipe e todos os profissionais que, de alguma


forma, têm relação com o objetivo SMART que foi definido.

Assim, caso alguma dessas definições afete o serviço dos colaboradores, é essencial
apresentar a estratégia a eles e deixar claro qual o propósito dessas ações que estão sendo
tomadas.

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Quanto mais os funcionários se sentem envolvidos, maiores são as chances de a empresa
obter sucesso com as suas abordagens.

Este artigo pode lhe interessar: “Como manter a satisfação do cliente interno? 5 dicas para o
sucesso”

Se prepare para possíveis obstáculos

Mas ainda que você tenha tudo bem desenhado, é preciso ter em mente que algumas coisas
podem não sair conforme o planejado.

Se isso acontecer, é bem importante considerar diferentes abordagens, mas sem desviar o
foco do seu objetivo principal.

A proposta do objetivo SMART é justamente deixar claro o que se pretende alcançar e ter
bases e critérios bem específicos para isso. No entanto, é totalmente possível trilhar caminhos
diferentes para chegar a um mesmo resultado.

Como aplicar o objetivo SMART no atendimento ao cliente da sua empresa?

Trazendo o objetivo SMART para o atendimento ao cliente, precisamos destacar que essa
metodologia ajuda no crescimento da empresa, mas também deve ter como foco o sucesso
do cliente.

Isso quer dizer que as ações adotadas com esse fim ajudam a elevar o nível de satisfação do
seu público, o que, consequentemente, impacta positivamente nas taxas de fidelização, de
retenção e, claro, na sua lucratividade.

Porém, tudo isso só será válido se os clientes também alcançarem o que desejam com os seus
produtos e/ou serviços.

O sucesso do cliente, ou Customer Success (CS), significa que o seu cliente atingiu o resultado
esperado ao se relacionar com a sua marca.

Para isso, a empresa deve adotar uma série de medidas que contemplem diferentes
momentos da jornada do consumidor, tais como as voltadas para melhorar a sua experiência,
como reduzir o tempo de espera para ser atendido, disponibilizar diferentes canais de
atendimento, oferecer atendimento omnichannel, entre outras.

Qual a importância da experiência e do sucesso do cliente?

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Para você ter uma ideia do quanto a experiência e o sucesso do cliente são importantes para
as empresas, o relatório de tendências da Zendesk que citamos anteriormente nos mostra
que experiências ruins levam os clientes para os concorrentes.

De acordo com o relatório, 50% dos clientes afirmam que, com uma experiência ruim, já
buscam outra empresa para atenderem às suas necessidades e expectativas.

Mas quando passam por mais de uma experiência ruim, esse percentual de clientes que
migram para concorrentes sobe para 80%.

2.2. Plano para alcançar metas profissionais/empresariais

Quando as coisas estão correndo bem, na realidade, é muito comum que os resultados
tenham sido obtidos sem ter claro o caminho preciso que levou à obtenção desses resultados.

Ou seja, uma estratégia não foi formalizada para chegar lá e isso, no nível empresarial,
significa não ter sistematizado o negócio.

Portanto, não será possível aprender com isso e transmitir aos outros como replicar esse
modelo de negócios e organização de processos tão vitoriosos.

Quando as coisas dão errado, a falta de um projeto e do acompanhamento do caminho não


permitem entender onde a lacuna entre os resultados esperados e os resultados reais foi
iniciada.

Isso significa que não notamos quando era necessário corrigir a rota e recalcular.

E na ausência de tal consciência, serão feitas tentativas para remediar, muitas vezes piorando
a situação.

Portanto, saber como elaborar um plano de metas para a empresa e, principalmente,


acompanhar seus resultados, é fundamental para o negócio. É isso que vamos aprender neste
postagem.

O que é um plano de metas para uma empresa?

Antes de falarmos como elaborar um plano de metas para empresa, é importante saber o que
ele é.

Alguns profissionais ou proprietários de negócios, simplesmente, não sabem o que significa


fazer um plano de metas.

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Eles não sabem planejar os objetivos da empresa e, consequentemente, não sabem como
elaborar um plano de metas para a empresa.

O planeamento estratégico é uma metodologia, um processo que permite definir os objetivos


de uma empresa ou profissão indicando meios, instrumentos e ações para alcançá-los, com
uma perspectiva temporal de médio e longo prazo (3 a 5 anos, por exemplo).

Em outras palavras, ajuda-nos a definir os objetivos e as estratégias para alcançá-los, levando


em conta o ponto de partida e esclarecendo quais recursos precisamos para atingir esses
objetivos.

Podemos resumir em alguns passos como fazer um plano de metas de uma empresa:

 Definir objetivos (estratégicos, táticos e operacionais e seus indicadores);


 Definir o plano operacional para atingir esses objetivos;
 Medir os resultados reais do plano já em ação (controle);
 Corrigir a rota (se necessário).

E é claro que esse processo é, de facto, contínuo.

Porque, uma vez analisados os resultados e definidas ações corretivas, novos orçamentos,
ações e processos são ajustados para que os objetivos sejam atingidos.

O plano de ação não é um documento estático, ele é vivo e sujeito a mudanças.

“Selecione as ideias e execute-as. 80% das ideias estão na execução.”

Isto é: só quando o plano de metas de uma empresa estiver sendo executado é que 80% das
ações mais corretas para atingir as metas serão realmente descobertas.

E, na prática, como elaborar um plano de metas para empresa?

1. Definir objetivos (estratégicos, táticos, operacionais e indicadores)

Os objetivos estratégicos são de médio-longo prazo e referem-se a um horizonte temporal de


3 a 5 anos.

Por exemplo, um objetivo de médio a longo prazo poderia consistir em dobrar o volume de
negócios em 2 anos; ou sair de uma posição de endividamento em 3 anos.

Para definir objetivos de médio e longo prazo, é necessário partir da análise da situação inicial
e sua possível evolução, identificando e analisando os pontos fortes e fracos da empresa,
formalizando os objetivos e as estratégias para chegar lá.

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2. Definir o plano operacional e o orçamento para atingir esses objetivos

Claramente, após ter planejado os objetivos de médio e longo prazo, é necessário planejar
ações e estratégias para alcançá-los. Sem isso, não há como fazer um plano de metas na
empresa.

E para fazer isso você precisa:

 Definir o Plano Operacional, ou seja, as ações de curto prazo que irão operar para
atingir o objetivo de médio e longo prazo. Esses são objetivos operacionais de curto
prazo (1 ano);
 Converter esses objetivos em números, indicadores de desempenho objetivos e
fáceis de medir e entender, construindo o orçamento da empresa relacionado com
metas anuais em termos de volume de negócios, investimentos de marketing, custos
operacionais e despesas gerais, definindo margens e liquidez.

3. Meça os resultados reais do plano (controle)

 Mas a definição dos objetivos estratégicos e operacionais é inútil se, gradualmente,


os resultados reais não forem medidos, comparados com os esperados nos planos e
orçamentos operacionais.
 Portanto, para fazer um plano de metas no trabalho do dia-a-dia empresarial, é
necessário todo mês, ou em períodos menores e momentos de crise, se necessário,
coletar os dados reais e resultados do plano em operação.

4. Corrigir o percurso

 Construir os planos de um lado e recolher os resultados, por outro lado, torna possível
realçar as diferenças, mostrando as áreas críticas em que não se conseguiu atingir os
objetivos planejados.
 Tudo isso para observar as lacunas de desempenho o mais rapidamente possível, para
poder intervir e corrigir a rota, permitindo assim a realização dos objetivos
inicialmente previstos.
 Assim, quando se pensa em como fazer um plano de metas na empresa, é essa
operação de medição e ajustes que permite estar sempre o mais próximo possível das
metas e objetivos da empresa já planejadas e, assim, a realizar a melhoria contínua
dos processos.

Uma simples planilha como a exibida abaixo já vai ajudar você a transformar de forma efetiva
um desejo em uma meta SMART.

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Plano para alcançar Objectivos ou Metas

2.3. Instrumentos e sistema de monitoria na implementação dos planos

É o processo de acompanhamento contínuo e permanente da qualidade e desempenho das ações e


processos, no âmbito do Programa de Regionalização do Turismo – Roteiros do Brasil, assim como o
acompanhamento do grau de execução e alcance dos objetivos, de seus impactos e dos benefícios
alcançados pelos envolvidos.

Objetivos da Monitoria (Controlo)

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As tarefas da monitoria são:

 Estabelecer padrões de desempenho e/ou de execução para compará-los com as


ações planejadas e executadas;
 Projetar e operacionalizar um sistema detalhado de informações de todo o
ocorrido no período em avaliação, e apresentá-lo na forma de documentação;
 Medir e avaliar integralmente o desempenho atual de um programa ou projeto
em relação aos padrões anteriores ou projetados;
 Verificar, nas datas previstas no Plano de Monitoria, o grau de realização das
ações do programa ou projeto, a fim de quantificar possíveis desvios entre o
planejado e o executado e proceder aos ajustes necessários;
 Rever, analisar e ajustar os processos internos voltados ao provimento dos recursos
humanos, mate
 Decidir sobre a estratégia mais adequada para uma condução segura, eficiente e
eficaz do projeto/programa; riais e financeiros;
 Transformar as decisões em ações práticas de pronta intervenção no decorrer da
implementação do projeto/ programa;
 Analisar e avaliar a efetividade dessas ações em momentos futuros, predefinidos.

Funções da Monitoria

Tomando por base as tarefas da monitoria, fica mais fácil compreender as funções da monitoria. São
elas:

• Facilitar a condução e a governabilidade do programa ou projeto;


• Identificar os desvios causados por falhas de planejamento, de execução ou de gestão,
ou por outros motivos, para aplicar as medidas corretivas necessárias;
• Manter os rumos do programa ou projeto, em relação aos seus objetivos originais, por
meio de uma condução eficiente e eficaz;
• Avaliar os impactos positivos e negativos criados pela implementação das ações do
projeto ou programa;
• Avaliar os benefícios auferidos, em decorrência das ações do programa ou projeto, pelos
beneficiários, executores, parceiros, instituições etc.;
• Informar as instâncias superiores sobre os avanços alcançados no período.

Instrumentos da Monitoria

O processo de monitoria e avaliação requer a utilização de instrumentos, alguns considerados


essenciais, para a sua execução. Esses instrumentos devem ser identificados e estabelecidos logo no
início do planeamento do projeto ou programa.

Dentre esses instrumentos, os dois considerados essenciais são:

• Indicadores;
• Fontes de comprovação.

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Mas não é só isso – é preciso atentar para o fato de que, independentemente dos instrumentos
citados, há uma condição essencial para a elaboração de qualquer tipo de Sistema de Monitoria
e Avaliação, qual seja, a objetividade e a clareza com que o projeto ou programa a ser avaliado foi
planejado.

Portanto, o primeiro passo para o sucesso da monitoria de um projeto ou programa é a consistência


e objetividade de seu planejamento. É no decorrer do planeamento que são estabelecidos os
objetivos (geral e específicos), os resultados, as linhas de ação, as atividades, as metas, os
indicadores de desempenho e os pressupostos do programa, na forma de premissas.

Considerando que, no momento da elaboração do Sistema de M&A, o planejamento já deva


ter sido concluído, é importante fazer a revisão, a adequação e a complementação dos indicadores
e de suas respectivas fontes de comprovação.

Indicadores: conceitos, características e tipos

Ao elaborar um Plano Estratégico, de qualquer projeto ou programa, são obrigatórias a identificação


e a redação dos indicadores para todos os seus níveis e respectivos componentes.

Assim, devem ser criados indicadores para o objetivo geral ou global, para os objetivos específicos,
para os resultados e atividades.

Mas, atenção! Essa é uma das tarefas mais complexas de um planejamento e requer um conhecimento
bastante abrangente e detalhado da situação, do tema, dos aspectos envolvidos e das variáveis
que podem influenciar esses aspectos.

Na maioria das vezes, ao realizar o planejamento estratégico de um projeto ou programa, não


se tem, ainda, subsídios necessários para fazer o detalhamento dos indicadores. Nestes casos,
devem ser criados indicadores mais gerais e, no momento da elaboração do Plano de Monitoria,
deve-se complementar e ajustar os indicadores de acordo com as necessidades e o detalhamento
exigido.

Funções dos Indicadores

De maneira geral, diz-se que os indicadores têm por função:

• traduzir a descrição de um projeto em medidas concretas, prontas a serem medidas e avaliadas;

• medir o grau de alcance dos resultados e objetivos propostos no Plano inicial;

• especificar e quantificar os benefícios decorrentes das intervenções ocorridas;

• fixar as metas a serem cumpridas pelas ações, resultados e objetivos do projeto ou programa;

• embasar todo e qualquer sistema ou Plano de Monitoria e Avaliação do projeto ou programa.

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Exemplo de um sistema de monitoria

ELEMENTO DESCRIÇÃO VERIFICAÇÃO/MONITORIA


Específico O objectivo é suficientemente específico?
Mensurável Se pode medir de forma numérica?
Atingível É realmente alcançável?
Realista Mantem relação com o pretendido?
Temporizável Está dentro do limite do tempo (padrão)?

2.4. Habilidades e requisitos necessários para o desenvolvimento profissional/ empresarial

No mercado de hoje, quem permanece inerte, à espera de oportunidades que caiam do céu, perde a
chance de evoluir. Chega mais longe aquele que sai da zona de conforto e assume a autoria de suas
conquistas, a partir de uma postura proativa e realizadora.

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Ao buscar os caminhos certos você amplia conhecimentos, descobre novas habilidades e aprimora
competências que já possui. Assim, é possível abrir o leque de atuação e criar mais possibilidades de
sucesso na carreira.

Isso é desenvolvimento profissional! É um conjunto de atitudes construtivas que levam o indivíduo a


superar seus entraves e seguir em uma escalada de êxito e realizações. A pergunta é: qualquer pessoa
é capaz de se desenvolver profissionalmente? Sim! Entretanto, é preciso fazer uma autoavaliação e
identificar sua disposição e comprometimento para assumir novos desafios e maiores
responsabilidades.

Outro ponto importante, antes de iniciar essa trajetória, é desmistificar as ideias de sorte, acaso e até
mesmo o autodidatismo. Claro que existem casos de pessoas que alcançaram o sucesso sozinhas ou
foram contempladas com oportunidades raras. Mas não espere por isso. O caminho para o
desenvolvimento profissional será mais seguro se depender mais das suas próprias ações do que de
fatores externos.

Há também a afirmação de que a prática leva à perfeição. Consequentemente, a experiência técnica


seria o suficiente para chegar ao ápice da carreira. Mas se a receita para o sucesso é simples e
previsível, por que alguns conseguem e outros não? Sem dúvidas, o treino contínuo pode garantir
expertise, mas isso ainda não é o bastante.

O erro da maioria das pessoas é se guiar unicamente pelo objetivo final. De fato, é necessário ter foco
e propósito. No entanto, o amor pelo processo de desenvolvimento faz muita diferença nos
resultados. Se você não apreciar o percurso, será muito mais difícil superar os obstáculos.

Desenvolvimento profissional x desenvolvimento pessoal: qual a relação?

O que é mais importante: realização pessoal ou uma carreira de sucesso? É possível ter as duas coisas?
Em qual desses aspectos devemos focar mais energia? Em algum momento da vida, você já deve ter
refletido sobre essas questões.

A verdade é que esses dois campos estão interligados, de certa forma. Portanto, não se trata de
priorizar o desenvolvimento profissional em detrimento do crescimento pessoal. Os benefícios
conquistados com a evolução em uma dessas áreas se expandem em totalidade na nossa vida.

Vamos entender a diferença entre os dois: o desenvolvimento profissional requer a capacidade de


executar o trabalho com eficiência e se dedicar cada vez mais para melhorar a performance. Trata-se,
ainda, de adquirir competências técnicas e comportamentais para continuar em evolução na carreira,
em busca de um objetivo maior.

O progresso na vida profissional pode ser conquistado a partir dos estudos — curso superior,
especializações, aprendizados extracurriculares etc. — da experiência e da aquisição de habilidades.
Nesse sentido, treinamentos teóricos e práticos são fundamentais.

Já o desenvolvimento pessoal envolve, primeiramente, o autoconhecimento. Conhecer suas virtudes,


potencialidades e limitações é a chave para atingir o melhor de si. A partir de autoanálise e reflexão,
você consegue identificar os pontos que podem ser melhorados e crescer em todos os aspectos,
alcançando evolução no trabalho e na vida particular.

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Portanto, existe total relação entre os dois tipos de desenvolvimento. O sucesso na vida profissional,
por exemplo, pode ser um dos passos necessários para chegar à realização pessoal. Da mesma forma,
as habilidades adquiridas em treinamentos no trabalho fazem a diferença no dia-a-dia da pessoa.

Gestão de tempo, administração de conflitos, técnicas de comunicação eficiente, inteligência


emocional, resiliência, ética, espírito de equipa e automotivação são alguns dos exemplos de
habilidades que beneficiam tanto a vida pessoal quanto profissional.

Quais as competências mais exigidas pelo mercado de trabalho?

Somente o domínio dos conhecimentos técnicos já não é o suficiente para subir alto na profissão. O
mundo corporativo exige habilidades cada vez mais elaboradas para superar os desafios, pressões e
dificuldades que surgem no ambiente organizacional. Portanto, certas competências emocionais e
comportamentais são imprescindíveis nesse cenário. Veja a seguir quais são elas!

Comunicação

Você é responsável por aquilo que o outro entende ou somente pelo que você fala? Esse é um ponto
que merece reflexão. Cada pessoa interpreta o que ouve de uma forma diferente, de acordo com seus
próprios padrões de pensamento. Contudo, a capacidade de se comunicar com clareza pode evitar
muitos mal-entendidos e melhorar significativamente as relações.

Comunicar-se de maneira eficiente significa saber expor suas ideias e pontos de vista. Mas isso deve
ser feito com assertividade, argumentos bem construídos e respeito ao posicionamento alheio. Nesse
ponto, entram também outras habilidades essenciais, como empatia, flexibilidade e inteligência
emocional. Somente assim é possível desenvolver diálogos saudáveis e produtivos.

Um profissional com boa comunicação se destaca entre os demais. Com sua oratória e facilidade de
se expressar, ele é capaz de assumir um posicionamento seguro em negociações, reuniões,
apresentações e no momento de dar e receber feedbacks.

Liderança

Uma das competências comportamentais mais requisitadas e valorizadas pelo mercado de trabalho é
a liderança. E não se trata de um requisito aplicado apenas para cargos de gestão, mas sim para
compor um perfil profissional promissor, que possa facilmente ser direcionado a novas oportunidades.

Nem todos nasceram com talento para coordenar processos e gerenciar pessoas. Muitos podem
chegar a cargos de chefia, mas poucos são capazes de inspirar e motivar os que estão ao seu redor. E
isso é liderança! Não é somente dar ordens e distribuir tarefas.

Nas mãos de um bom líder está a missão de mover toda sua equipe em direção a um objetivo em
comum e garantir resultados satisfatórios, tanto para empresa quanto para cada colaborador. A
liderança carismática traz influências positivas e desperta o interesse do grupo. É um exercício e tanto,
não é mesmo?

Porém, apesar da complexidade e da responsabilidade que vêm junto dessa competência, não é
necessário que seja um dom inato. A liderança, assim como qualquer outra característica, pode ser
desenvolvida e aperfeiçoada com treino e dedicação.

Ética

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A ética e a honestidade andam de mãos dadas. São qualidades que vem de berço, que refletem as
noções de conduta e os valores recebidos desde a infância. Ainda assim, é possível aprender a ser
ético durante as experiências da vida adulta. O contexto profissional, então, é o cenário certo para
aprimorar essa competência.

O dia-a-dia no ambiente de trabalho pode trazer diversas situações que testam o nível de integridade
de cada um. Para não se deixar levar pela ocasião e assumir um comportamento antiético, é
necessário ser firme e preservar os princípios morais e a postura profissional positiva.

Algumas características acompanham a ética e é possível avaliar esses traços tanto em pessoas quanto
em organizações. Exemplos são: congruência; responsabilidade; equidade; respeito ao próximo;
reconhecimento das próprias falhas; valorização do trabalho alheio e não favoritismo.

Empreendedorismo

Ser empreendedor é ter coragem de assumir riscos, é sair do lugar-comum e arriscar novos caminhos
e ideias. O empreendedorismo é parceiro da criatividade e da inovação. Determinação, proatividade,
pensamento estratégico e espírito de liderança também estão atrelados à capacidade
empreendedora.

O mercado de trabalho exige e necessita dessa competência. Pessoas que desenvolvem e praticam o
empreendedorismo, em geral, têm as seguintes posturas:

 Atitude e iniciativa;
 Optimismo e motivação;
 Fogem do comodismo;
 São analíticas e eficazes nas tomadas de decisão;
 Têm foco e visão objetiva;
 São resilientes e sabem superar os altos e baixos da vida profissional.

Inovação

O que é inovação exatamente? Pensar diferente? Ter ideias revolucionárias? Ser altamente criativo?
A resposta é: para inovar, é preciso tudo isso e mais um pouco! A teoria somente desenha o projeto,
mas é o suor que faz a diferença. Resultados são gerados a partir da capacidade de construir,
concretizar e transformar a imaginação em realidade,

As empresas buscam pessoas com essa habilidade audaciosa. Os profissionais inovadores são curiosos,
receptivos, não têm medo de arriscar e errar e sabem trabalhar em equipa. Por isso, podem promover
melhorias substanciais no ambiente de trabalho.

Contudo, até atingir certo nível de transformações, a inovação pode encontrar muitas barreiras. O
principal desafio de quem tem essa característica é convencer os outros a aceitar algo novo. A maioria
das pessoas não sente segurança e conforto diante de mudanças. Por isso, primeiramente, é o
inovador quem deve acreditar em suas próprias ideias para, em seguida, transmitir confiança e colocá-
las em prática.

Além das competências que detalhamos acima — comunicação, liderança, ética, empreendedorismo
e inovação — que são bastante valorizadas pelo universo corporativo, há ainda outras habilidades
essenciais para o desenvolvimento profissional. Veja um pouco mais!

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Inteligência emocional

Tão importante quanto o potencial intelectual é a capacidade de gerir as próprias emoções. A pessoa
que consegue administrar o fator emocional no dia-a-dia — em especial no ambiente de trabalho, que
está sujeito a diversos conflitos — demonstra um alto nível de autocontrolo e maturidade profissional.

Esse é o tipo de competência comportamental que não pode ser avaliada com segurança durante os
processos seletivos. É no cotidiano, diante das diferentes situações de pressão e convívio, que a
inteligência emocional é testada.

O estresse, as divergências de opinião e os conflitos diários podem facilmente gerar emoções


negativas, como raiva, desânimo, inveja e sentimento de injustiça. Aquele que controla o que sente
consegue neutralizar o que lhe faz mal e se guiar apenas por pensamentos construtivos e sensações
positivas. E isso se converte a favor do crescimento na carreira.

Resiliência e flexibilidade

Imprevistos e dificuldades fazem parte da vida pessoal e profissional de qualquer pessoa. O que faz
diferença é a forma de lidar com os problemas que surgem. Diante de situações bem semelhantes,
cada pessoa pode reagir de maneira totalmente diferente. Enquanto alguns se deixam abater, outros
conseguem se reestruturar e seguir em frente, ainda mais fortalecidos.

A resiliência é exatamente isso: a capacidade de enfrentar adversidades e adaptar-se às mudanças. É


sair da área de conforto, superar obstáculos e reorganizar as estratégias de ação. Esse é um forte
diferencial no contexto de trabalho. Aqueles que conseguem fazer dos problemas uma oportunidade
de crescimento encontram com mais facilidade o caminho da ascensão profissional.

Habilidades interpessoais e trabalho em equipa

Mantemos relações interpessoais em todos os contextos em que vivemos. O contato com outras
pessoas é inerente à nossa existência. No entanto, nem todas as pessoas sabem nutrir o bom convívio.
Na verdade, habilidades interpessoais são um diferencial, um ponto de destaque no perfil pessoal e
profissional.

Lidar com pessoas o tempo todo parece fácil, até automático, mas exige uma boa dose de paciência e
dedicação. No ambiente de trabalho, essa é uma missão ainda mais complexa, porque existem os
conflitos interpessoais, mas nem sempre há vínculos com apego e empatia.

Então, para se relacionar bem com todos e saber trabalhar em equipa é importante:

 Ser colaborativo;
 Exercitar a comunicação eficiente;
 Ter escuta ativa para os colegas, líderes e liderados;
 Respeitar os outros;
 Ser educado;
 Demonstrar gratidão;
 Trabalhar a tolerância;
 Reconhecer o empenho alheio;
 Manter-se aberto para novas ideias;
 Compartilhar conhecimentos.

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Entusiasmo e motivação

Quem almeja evolução na carreira não pode chegar ao local de trabalho sempre desanimado, à espera
do final do expediente e do fim de semana. O desenvolvimento profissional demanda paixão pelo que
se faz. Somente com entusiasmo e disposição é possível desempenhar as atividades laborais com
qualidade e produtividade.

As empresas, hoje, têm consciência de que o colaborador necessita de recursos motivacionais para
ficar mais engajado e oferecer melhores resultados. Devido a isso, a busca por treinamentos
comportamentais e programas de incentivo à qualidade de vida é cada vez maior.

Estratégias de engajamento são altamente benéficas. Mas é necessário um pouco mais. É primordial
que o próprio profissional desenvolva sua automotivação. Isso significa não ter que esperar o apoio
externo para começar a agir.

Quando o estímulo é intrínseco, a pessoa eleva sua performance e se sente muito mais capaz de
produzir e de colher os frutos do seu esforço, além de criar um ambiente mais agradável.

Profissionalismo

Desempenhar as funções da profissão é uma coisa, ter profissionalismo é outra bem diferente! As
pessoas estão todos os dias no contexto de trabalho, mas ainda podem se confundir e misturar papéis
da vida pessoal e profissional.

Para quem busca o sucesso, não basta ter bons conhecimentos técnicos. Manter o foco, evitar fofocas
e excesso de brincadeiras, cumprir prazos e metas, encarar desafios, tomar cuidado com o uso de
redes sociais são alguns exemplos de como manter o profissionalismo no dia-a-dia.

A imagem profissional que é transmitida diz muito sobre a capacidade de cada um. Características
como seriedade, comprometimento, responsabilidade, dedicação e moderação são alguns dos pontos
fortes de quem respeita o próprio trabalho.

Como se desenvolver profissionalmente?

Até agora, você viu quantas habilidades são necessárias para alcançar sucesso na carreira? Logo, ficou
claro que um dos passos principais do desenvolvimento profissional é a aquisição ou aperfeiçoamento
dessas competências. Ainda faltam alguns pontos que não podem passar longe dessa lista. Para atingir
a excelência na carreira, saiba o que mais deve ser feito!

Desenvolva autonomia

Você não precisa, e nem deve, ficar preso aos arranjos tradicionais de trabalho. Claro que é necessário
seguir as normas da empresa em que atua, mas pense além! Será que seu lugar sempre ficará
garantido na mesma organização? E se amanhã ou depois você se deparar com uma mudança brusca
na carreira, como vai agir?

Por essas e outras razões, desenvolver autonomia é uma forma de se preparar para os imprevistos e
de ser capaz de reformular sua vida profissional quando necessário. Para isso, você precisa ultrapassar
a linha do comodismo e ampliar sua visão.

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Coragem de assumir diferentes desafios, capacidade criativa, autogestão, pensamento estratégico,
dinamismo, responsabilidade e autoconhecimento são alguns dos traços que compõem um perfil mais
independente e pronto para explorar novos terrenos.

Trabalhe sua curiosidade

Curiosidade, no âmbito corporativo, não significa buscar detalhes da vida dos colegas. Longe disso.
Um profissional curioso é aquele que se interessa por outras atividades e funções, além da sua. É
aquele que tem abertura para novidades, que não tem problema em sair da zona de conforto para
fazer experiências inéditas.

O mercado de trabalho busca e valoriza essa característica. A curiosidade vem junto do interesse em
conhecer melhor os objetivos da empresa, assim como seus processos, posicionamentos e resultados.
Quem tem esse atributo também costuma demonstrar disposição para melhorar sua performance e
ficar mais alinhado às expectativas da organização.

O resultado disso é que quanto mais informações novas você adquirir, maiores serão suas chances de
diversificar as possibilidades de atuação. A curiosidade também facilita o diálogo com outras áreas,
dentro e fora da empresa, favorecendo um perfil mais abrangente.

Invista em educação continuada

Estude sempre! Não pare de buscar atualização e reciclar seus conhecimentos. A falta do aprendizado
contínuo fica a um passo da estagnação. Então, essa é uma dica de ouro, ou melhor, essa é uma
palavra de ordem para quem quer se desenvolver profissionalmente: estude!

Agregar experiências e conhecimentos técnicos é enriquecedor para o currículo profissional, para o


repertório de atuação e, claro, para o crescimento pessoal. Faça mais do que o básico: invista em
cursos de aperfeiçoamento e especialização; aprimore o inglês; participe de workshops e
treinamentos comportamentais. Enfim, aproveite todos os recursos possíveis para evoluir.

Trace objetivos

O que nos leva para frente? O que nos empurra dia após dia? Já parou para refletir sobre isso? Uma
resposta que cabe muito bem aqui é: motivo. Isso mesmo! Cada um tem seus motivos para vencer as
batalhas diárias. Daí a importância da motivação intrínseca. Essa é a mola propulsora que nos faz
avançar.

Somos naturalmente guiados por propósitos. Então, se você quer se desenvolver profissionalmente,
deve definir aonde pretende chegar. Tenha metas e objetivos — isso é fundamental para ter progresso
na carreira. Dessa forma, você garante mais motivação para trabalhar e seguir em direção aos seus
alvos.

Amplie a network

Lembre-se de manter bons relacionamentos interpessoais. Falamos disso, neste post, um pouco antes.
Nutrir relações saudáveis e construtivas é indispensável para quem busca crescimento. A partir desses
vínculos, você pode encontrar grandes oportunidades.

Preserve o contato com antigos colegas e professores de escola e faculdade. Desenvolva um bom
convívio com os companheiros de trabalho, bem como com líderes e pessoas que atuam em diferentes

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setores na empresa. Trocar vivências, compartilhar informações e discutir interesses é o ponto de
partida para a construção de um network promitente.

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