Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Resumo:
Os procedimentos técnicos específicos aplicados pela auditoria independente têm o
propósito de atestar as práticas contábeis, conferindo-lhes confiabilidade. Além disso, o
controle de qualidade para firmas de auditores independentes, atribui responsabilidades
ao auditor e determina os objetivos a serem alcançados, de modo que a investigação
proposta é avaliar os impactos significativos na prestação de serviços de auditoria ao
longo dos anos. Para tanto, o estudo objetivou asseverar a evolução da auditoria
independente no Brasil e o valor do controle de qualidade empreendido nas firmas de
auditoria, constatando as circunstâncias que favorecem esse desenvolvimento. A
construção do exposto estrutura-se metodologicamente em pesquisa bibliográfica e
documental. Os instrumentos de coleta foram, a observação da empresa, na condição de
firma de auditoria, e questionário aplicado ao diretor responsável pela firma. Destarte, no
que concernem os resultados, constata-se progressão à empresa, indubitável em sua
autonomia e continuidade no mercado e padronização na demonstração dos resultados
aos gestores, e celeridade nas tomadas de decisões. Em conclusão, corrobora tais
indagações pertinentes com os fatos descritos.
Introdução
1
Graduando em Ciências Contábeis na Universidade Federal de Mato Grosso. E-mail:
charlescontabeis7@gmail.com
2
Informações do Portal de Contabilidade. História da Contabilidade: tão antiga quanto a própria
civilização. Disponível em: http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/historia.htm > Acesso em:
30 de jan. 2019.
proporcionou novas áreas de estudos. Diacronicamente os trabalhos praticados pelos
profissionais de contabilidade passaram de uma operação metódica e pouco relevante
para uma atividade que exige uma qualidade técnica e profissional, demonstrando sua
importância.
O desenvolvimento econômico conduziu as grandes empresas a patamares mais
elevados de lucratividade, e fez-se necessário um controle adequado para a proteção de
seus patrimônios. Além do mais, a taxação do imposto de renda sobre os resultad
os do balanço e a autonomia de se revisar, controlar e comprovar as demonstrações
financeiras e relatórios da administração; culminou para a edificação da área de auditoria.
Com vistas a dimensão que a auditoria independente alcançou, tornou-se
necessário a criação de leis e normas específicas. "A auditoria é uma especialização
contábil voltada a testar a eficiência e eficácia do controle patrimonial implantado com o
objetivo de expressar uma opinião sobre determinado dado" WILLIAN ATTIE (1998).
Isto posto, as Normas Brasileiras de Contabilidade primaciais alicerces a serem
consultadas visam excelência na consumação desse trabalho, em razão de relatar os
conceitos e especificidades a serem aplicados, como o alcance, objetivos, requisitos,
exigências e elementos do controle de qualidade contidos na NBC PA 013. Considerando
os aspectos salientados, é importante frisar que um sistema de gestão de controle de
qualidade compõe-se de dispositivos que determinam as políticas de qualidade, obtendo-
se por isto segurança razoável para que as firmas cumpram as Normas Técnicas e as
exigências regulatórias legais; e outorga apropriados às circunstâncias dos documentos
pertinentes a sua competência técnica.
Neste contexto, a problemática associada à esta investigação é a seguinte: como o
controle de qualidade para firmas de auditores independentes assegurou melhorias
valorosas na prestação dos trabalhos de auditoria independente às empresas, haja vista a
evolução documentada do âmbito? Seu principal objetivo foi estabelecer indicadores
relativos à inserção da pesquisa na região de Cuiabá, mapeando os seguintes indicadores:
(i) os aspectos que contribuíram para melhorias na prestação de serviços pelos auditores
independentes no decorrer dos anos; (ii) a normatização da área de auditoria independente
em consoante com as Normas Brasileiras de Contabilidade; (iii) a implementação do
sistema de controle de qualidade segundo as normas e exigências relevantes e; (iv) a
evolução da auditoria independente sob a perspectiva de transição da academia à prática
profissional.
Este estudo tem caráter descritivo, exploratório e qualitativo contextualizando o
conteúdo pautado em cunho informacional, realizando uma análise mais aprofundada das
informações, de forma a dar autenticidade à problemática idealizada. Os instrumentos de
coleta foram, a observação da empresa, na condição de firma de auditoria, e questionário
aplicado ao diretor responsável pela firma com vistas a corroborar com o referido.
Abordar-se-á, em seguida, alguns estudos desenvolvidos sobre a temática em
questão, os aspectos metodológicos da pesquisa, principais resultados, considerações
finais e referências bibliográficas.
3
NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE NBC PA 01 – CONTROLE DE QUALIDADE
PARA FIRMAS (PESSOAS JURÍDICAS E FÍSICAS) DE AUDITORES INDEPENDENTES. Disponível
em: https://cfc.org.br/tecnica/normas-brasileiras-de-contabilidade/nbc-pa-do-auditor-independente/ >
Acesso em: 30 de jan. 2019.
contabilidade no início da civilização antiga onde o homem já demonstrava o controle
contábil através do controle alimentar ou através de desenhos encontrados em cavernas
para algo que a civilização da época queria registrar como forma de controle do seu dia a
dia (MARQUES, 2010, pág. 40). Ainda segundo IUDÍCIBUS (2005, p. 31), “a
Contabilidade é tão antiga quanto o próprio homem que pensa”. Com a redução de
comunidades nômades e o crescimento de pequenas aldeias e cidadelas, se fez necessário
a utilização de uma ferramenta que fosse útil à mensuração do total de bens que a
população daquela região possuía, para isso animais, alimentos e suprimentos gerais eram
registrados de forma rudimentar e realizava-se o controle da entrada de novos estoques e
do consumo dos que já se possuía.
Com a evolução das aldeias em cidades, havia aqueles que produziam mais do que
conseguiam consumir e com o excesso de recursos, deu-se início ao comércio e a
contabilização das transações que os comerciantes realizavam entre si. Ainda, havendo a
necessidade de se avaliar o tamanho da riqueza dos cidadãos da época, foram se
aprimorando as técnicas contábeis que eram utilizadas para calcular conceitos, mesmo
que rudimentares, de receitas, despesas e lucro. Não só em transações comerciais se dava
o uso das ferramentas da contabilidade, mas também nas organizações políticas que se
formavam à época.
Assim foram descritos os primeiros registros da contabilidade, um método
utilizado para mensurar o total de patrimônio e controle dos bens. Passado o período da
antiguidade, a primeira evolução com maior intensidade ocorre na era medieval. Foi nesse
período, inclusive, que frei Franciso Luca Pacioli, considerado o pai da contabilidade ao
criar o método das partidas dobradas torna-se conhecido. Além do mais, “as grandes
manifestações do conhecimento contábil intensificam-se cada vez mais até a era moderna
e obras marcantes surgem na história da contabilidade”. (HENDRIKSEN, VAN BREDA,
1999).
A partir da Revolução Industrial no século XVIII, deu-se uma nova era na
humanidade com surgimento de um novo sistema: o capitalismo. As grandes
manifestações do conhecimento contábil intensificam-se cada vez mais até a era moderna
e obras marcantes surgem na história da contabilidade (HENDRIKSEN, VAN BREDA,
1999). Logo houve a criação de indústrias com produções em larga escala, desta prática
iniciou-se o trabalho de auditoria na área contábil, sendo consolidada e conceituada na
Inglaterra, visando garantia e continuidade de estabilidade financeira e econômica das
empresas que surgiram e se desenvolveram neste período.
4
IBRACON – Instituto dos Auditores Independentes do Brasil. Constituído em 13 de dezembro de
1971, para auxiliar no processo de reconstrução, quando a auditoria independente passou a ser obrigatória
para as empresas de capital aberto e o primeiro conjunto de normas sobre demonstrações contábeis foi
escrito no Brasil. Disponível em:
http://www.ibracon.com.br/ibracon/Portugues/detInstitucional.php?cod=1.
para Firmas (Pessoas Jurídicas e Físicas) de Auditores Independentes”, elaborada de
acordo com a sua equivalente internacional ISQC 1, resolução que passou a vigorar nos
exercícios praticados no dia 1º de janeiro de 2010 ou após esta data.
Esta norma norteia o controle de qualidade para auditores, seja pessoa física ou
jurídica, que executam trabalhos de auditoria e revisões de informação financeira,
nomeando-as referidamente como firma e determinando suas responsabilidades. No
alcance estabelecido pela norma, salienta que a mesma deve ser lida paralelamente com
as exigências éticas relevantes. Aplica-se a todas as firmas (pessoas jurídicas e pessoas
físicas) com relação a auditorias e revisões de demonstrações contábeis.
Para mais, é necessário que sejam estabelecidos sistemas de controle de qualidade
em conformidade com esta Norma para a data de 1º. de janeiro de 2010.
Por fim, apresenta introdução de fácil entendimento e está contido em seu corpo
orientação acerca da aplicação, além de materiais explicativos fornecendo um contexto
relevante para a compreensão e entendimento da Norma.
o pessoal notifique prontamente a firma sobre as a firma possa manter e atualizar seus registros
circunstâncias e relações que criam uma ameaça referentes à independência; e
à independência para que possam ser tomadas as
medidas apropriadas; e
Por fim, todas as políticas e procedimentos devem ser baseados nas definições da norma
e das exigências éticas relevantes, de modo a garantir qualidade, confiabilidade,
segurança na execução dos trabalhos.
Referências
SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. São Paulo:
Cortez, 2007.
CAVALCANTE, P. R. N. Uma contribuição ao estudo das responsabilidades dos auditores
independentes no Brasil. 1994. Dissertação (Mestrado em Contabilidade) – Faculdade de
Economia Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1994.
BRASIL. Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Lei das Sociedades Por Ações.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404compilada.htm>.
Acesso em 16 abr. 2018
BRASIL. Lei 6.385 – Dispõe sobre o mercado de valores mobiliários e cria a Comissão
de Valores Mobiliários. Brasília, DF: Congresso Nacional, 07 de dezembro de 1976.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6385.htm>. Acesso em 16
de abr. 2018.