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Finanças
e
Gestão de Riscos
Internacionais
Esta cópia é de uso exclusivo de: Cesar TAVRES (tavarescesar7@gmail.com)
Internacionais
Gestão de Riscos
Finanças e
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Finanças e
Gestão de Riscos
Internacionais
FICHA TÉCNICA
Título
Finanças e Gestão de Riscos Internacionais
Autores
Eduardo Sá Silva, Carlos Mota, Mário Queirós e Adalmiro Pereira
Editor
Vida Económica – Editorial, SA
R. Gonçalo Cristóvão, 14 - 2º • 4000-263 Porto www.vidaeconomica.pt
• http://livraria.vidaeconomica.pt
Composição e montagem
Vida Económica
Impressão e acabamento
Uniarte Gráfica, S.A. • 4300-414 Porto
Depósito Legal
357844/13
ISBN
978-972-788-730-9
Veja no final deste livro como se registar na n/ editora e receber informação sobre lançamentos,
iniciativas e promoções da Vida Económica – Editorial SA
Esta cópia é de uso exclusivo de: Cesar TAVRES (tavarescesar7@gmail.com)
Agradecimentos
O presente livro engloba uma vertente de participação de alguns alunos de
Mestrado. Neste sentido, agradecemos o contributo da aluna Marina Santana,
do Mestrado em Contabilidade e Finanças do ISCAP, no capítulo 1, da aluna
Mafalda Pereira, do Mestrado em Contabilidade e Finanças do ISCAP, no
capítulo 5, do aluno Pedro Dias, do Mestrado em Gestão das Organizações da
APNOR, no capítulo 5, e da aluna Cátia Pires, do Mestrado em Contabilidade
e Finanças do ISCAP, no capítulo 7.
5
Índice Geral
Capítulo I - Introdução às Finanças Internacionais
1.0. Introdução.............................................................................................23
isão1.g1e.rVal das Finanças Internacionais ............................................23
Glo1b.2a.liAzação dos Mercados ....................................................................27
1.2.1. Os Grandes Blocos do Comércio Internacional............................39
1.2.1.1. G8 e G20...............................................................................39
1.2.2. A Organização Mundial do Comércio – OMC...............................47
Int1eg.3ra. çAão Financeira Internacional ........................................................51
.3.1. Tr1ansformações do Sistema Monetário e Financeiro Internacional ..52
1.3.2. Funcionamento do Sistema Financeiro Internacional...................57
1.3.2.1. Principais Instituições Financeiras do SMI............................61
1.3.2.1. Banco Mundial – BM.............................................................61
1.3.2.2. Banco Central Europeu – BCE..............................................62
1.3.2.3 Fundo Monetário Internacional – FMI....................................64
1.3.2.4 BIS (Bank of International Settlements).................................66
1.4. Negócios e Estratégias de Internacionalização....................................67
1.4.1. A internacionalização das empresas portuguesas........................68
1.4.2. Negociação Internacional..............................................................70
7
2.1.1. Funções básicas...........................................................................77
2.1.2. Características do Mercado Cambial............................................78
2.1.3. Intervenientes no Mercado Cambial.............................................79
2.1.4. Dados Estatísticos sobre o Mercado Cambial..............................80
2.1.5. Formas de Negociação Cambial...................................................82
2.2. Mercado Monetário Internacional..........................................................83
2.2.1. Evolução dos Euromercados........................................................85
2.2.2. Mercado das Eurodivisas (eurocurrency markets)........................87
2.2.3. Mercado dos Eurocréditos e Euronotes........................................87
2.3. Mercado Internacional de Obrigações..................................................91
2.3.1. Instrumentos Financeiros nos Mercados de EuroBonds/
Euro-Obrigações...........................................................................93
2.4. Mercado Internacional de Ações.........................................................103
2.4.1. Principais Bolsas.........................................................................104
2.4.2. Exemplo.......................................................................................107
2.5. Mercado de Derivados Financeiros....................................................109
2.6. Mercado internacional do ouro............................................................116
2.7. Centros Financeiros Internacionais.....................................................118
2.8. Bancos Comerciais e de Investimento Internacionais........................121
9
4.2.1 Características do mercado cambial............................................166
4.2.1.1 Segmentação funcional........................................................166
4.2.1.2 Mundialidade........................................................................168
4.2.1.3 Continuidade........................................................................168
4.2.1.4. Convenções nos câmbios...................................................169
4.2.2 As funções do mercado cambial..................................................171
4.2.2.1 Transferência do poder de compra......................................171
4.2.2.2 Cobertura do risco cambial..................................................172
4.2.2.3 Financiamentos....................................................................172
4.2.3 Organização e funcionamento do mercado de câmbios à vista. .173
4.2.3.1 Definição de Taxa de Câmbio à vista...................................173
4.2.3.2 Características do mercado à vista......................................174
4.2.4 Organização e funcionamento do mercado de câmbios a
prazo...175 4.2.4.1 Definição de Taxa de Câmbio a prazo..............175
4.2.4.2 O prémio e o desconto.........................................................175
4.2.4.3 Características do mercado a prazo....................................176
4.2.5 Comportamentos de base no mercado cambial..........................177
4.2.5.1 Especulação.........................................................................178
4.2.5.2 Arbitragem............................................................................180
4.2.5.3 Cobertura de risco................................................................181
4.3 Determinantes da taxa de câmbio.......................................................183
4.3.1 Balança de Pagamentos: definição e caracterização..................183
4.3.2 Movimentos de mercadorias e de capitais...................................187
4.3.2.1 Movimentos de bens e serviços e a taxa de câmbio...........188
4.3.2.2 Movimentos de capitais e a taxa de câmbio........................193
4.3.3 Determinantes da taxa de câmbio no mercado à vista (spot)......194
4.3.3.1 Teoria da paridade dos poderes de compra.........................194
4.3.3.2 Taxas de juro e taxas de câmbio..........................................196
10
4.3.4 Determinantes da taxa de câmbio no mercado a prazo (forward).197
4.3.4.1 Efeito de Fisher....................................................................197
4.3.4.2 Efeito internacional de Fisher...............................................198
4.3.4.3 Teoria da paridade das taxas de juro...................................199
4.3.5 As previsões das taxas de câmbio...............................................200
4.3.5.1 Variáveis económicas e previsões das taxas de câmbio.....200
4.3.5.2 Métodos de previsão das taxas de câmbio..........................202
4.4 Análise de casos..................................................................................205
11
5.4.3. Risco Imobiliário..........................................................................238
5.4.4. Risco da contraparte...................................................................239
5.4.5. Risco moral.................................................................................239
5.4.6. Risco contingencial.....................................................................240
5.4.7. Risco de compliance...................................................................241
5.4.8. Risco de reputação.....................................................................241
5.5. Modelos de Avaliação de Risco..........................................................241
5.5.1. VAR – Value-at-Risk....................................................................242
5.5.2. Métodos de Estimação do VAR..................................................244
5.6 Análise de casos..................................................................................248
12
6.3.2 Técnicas de redução da exposição ao risco de câmbio..............271
6.3.2.1 Escolha da moeda de faturação...........................................271
6.3.2.2 As cláusulas monetárias......................................................271
6.3.2.3 Alteração de prazos.............................................................273
6.3.2.4 O “netting” (compensação)...................................................274
6.3.3 Gestão do risco de câmbio com recurso ao mercado
a prazo de divisas........................................................................274
6.3.4 Gestão do risco de câmbio com recurso aos swaps sobre divisas..277
6.3.5 Gestão do risco de câmbio com recurso a contratos de futuros..284
6.3.5.1 Custos dos futuros...............................................................289
6.3.5.2 Limitações dos futuros.........................................................289
6.3.6 Gestão do risco de câmbio com recurso a contratos de opções. 289
6.3.6.1 Vantagens das opções.........................................................295
6.3.6.2 Limitações e inconvenientes das opções.............................296
6.4 Gestão do risco da taxa de juro...........................................................296
6.4.1 Natureza e extensão do risco de juro..........................................296
6.4.2 Gestão do risco de juro com recurso a contratos de futuros.......297
6.4.3 Gestão do risco de juro com recurso a contratos de opções.......298
6.4.4 Gestão do risco de juro com recurso ao mercado
“over-the-counter”........................................................................299
6.4.4.1 Os swaps sobre taxas de juro..............................................299
6.4.4.2 Forward Rate Agreement (FRA)..........................................300
6.4.4.3 Caps, Floors e Collars..........................................................300
6.5 Análise de casos..................................................................................301
13
7.1.2. Formas de Internacionalizar........................................................318
7.1.3. Políticas públicas de apoio ao Investimento Externo..................320
vali7a.ç2ã.oAde Projetos Internacionais ..........................................................322
7.3. O risco país.........................................................................................327
7.4. Rating..................................................................................................330
7.4.1. Agências de rating e classificações............................................334
7.5. Credit Default Swaps..........................................................................341
7.6. Análise de casos.................................................................................346
Referências bibliográficas...............................................................................365
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Introdução
Este livro foi escrito numa dupla perspetiva: ênfase nos conceitos básicos e
ênfa- se numa perspetiva de gestão. Como os mercados financeiros se
tornaram mais integrados, uma sólida compreensão das finanças
internacionais é essencial para a tomada de decisão empresarial. “Finanças e
Gestão dos Riscos Internacionais” fornece aos alunos uma base para análise.
15
políticos. Quando as empresas consideram os aspetos específicos da gestão
financeira em contexto internacional, compreensivelmente, destacam, a política
económica e os riscos com que se deparam quando decidem ir para o exterior.
Mas é necessária uma perspetiva mais ampla quando aprofundam o seu grau
de internacionalização. A capacidade de movimentar pessoas, fluxos de capitais
e tecnologia numa base global permite que a empresa internacional seja mais
do que a soma das partes.
ORGANIZAÇÃO DA OBRA
Capítulo I
Capítulo II
Capítulo III
Capítulo IV
Capítulo V
Procura dar-se uma visão teórica e técnica sobre o(s) conceito(s) de risco(s), descreve-
-se as caraterísticas fundamentais dos principais tipos de risco a que os
agentes económicos estão sujeitos, dando-se uma particular ênfase aos riscos
associados ao setor financeiro. Na atividade bancária, o risco é uma condição
sine qua non do negócio, sendo, por isso, um elemento indissociável dessa
atividade. Por fim, é apresentada a métrica Value-at-Risk – VaR – como
sistema de avaliação do risco, sendo complementada com uma exposição dos
diferentes métodos de estimação e ilustra-se com casos práticos.
Capítulo VI
Capítulo VII
Capítulo VIII
Introdução às Finanças
Internacionais
CAPÍTULO
I
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1.0. Introdução
Os avanços tecnológicos, a par da crescente liberalização e
desregu- lamentação dos mercados, estão na base do processo
de globalização da atividade económica e da crescente
interdependência entre países, mercados e empresas de todo o
mundo. Para competirem a nível global, as empresas têm
necessidade de se adaptarem ao contexto de mudança e
desenvolverem novas capacidades. É neste ambiente que a
internacionalização assume um papel fundamental na estratégia
das empresas. A capacidade de sobreviver para além do mercado
domés- tico é o desafio fundamental e a resposta que se espera
das empresas nesta época de grandes incertezas.
Formas de Globalização
Importações /
Ano Produto Bruto Importações
Produto Bruto
1970 3.370 392 11,6%
1980 11.755 2.382 20,3%
1990 22.680 4.286 19%
2000 31.546 7.830 24,8%
2005 43.886 12.509 28,5%
Fonte: World Economic Outlook Database, FMI, 2007.
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Efeitos da globalização
1.2.1.1. G8 e G20
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Esta cimeira foi das mais importantes, pois ocorreu numa altura
em que o mundo se confrontava com a pior crise económica
desde a Se- gunda Guerra Mundial. Nesse contexto, foram
tomadas as seguintes medidas: restabelecer a confiança, o
crescimento e o emprego, tendo acordado medidas, sob a
monitorização do FMI, e o comprometimento a disponibilizar US$
1,1 biliões, através de um programa adicional de apoio à
economia mundial e também para restabelecer o crédito.
Acordo:
Desacordo:
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1.3. A integração
financeira internacional
A atual fase de globalização financeira e económica tem sido
caracte- rizada por um progressivo aumento da abertura comercial
e por uma cada vez maior mobilidade de capitais entre países. O
rácio integração financeira internacional (stock de ativos e
passivos externos sobre o PIB) dá uma ideia do significativo
aumento da globalização financeira nas últimas décadas. Este
rácio aumentou 7 vezes, passando de 45%, em 1970, para mais
de 300%, em 2004.
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A experiência europeia
• Serpente Monetária (1972-1979) – moeda dos países da CEE
que variava numa banda de flutuação máxima de 2,25%
(1,125% para cima ou para baixo da paridade central);
• Sistema Monetário Europeu (1979-1999) – iniciou-se com 8
países. O objetivo era dar estabilidade e previsibilidade às
moe- das. O primeiro pilar foi o ECU – European Currency
Unit, que era um cabaz de moedas europeias, cujo peso era
função da importância económica de cada país. O segundo
pilar era o me- canismo de taxas de câmbio. Cada país
definia a paridade entre a sua moeda e o ECU (taxa de
câmbio central) e as margens de
Evolução do euro
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Fonte: BCE
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• FATORES COMPETITIVOS
– Maiores vantagens de preço, marketing, inovação ou
outros fatores;
– Número e capacidades comparativas dos concorrentes;
– Diferenças concorrenciais entre países.
Mercados Financeiros
II
CAPÍTULO
Internacionais
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2.0. Introdução
Este capítulo apresenta uma visão de conjunto sobre os principais
mercados financeiros internacionais. Trata-se de mercados de
grande escala. Por exemplo, em 2011 o mercado cambial registou
diaria- mente um movimento superior a 4 biliões de USD. Os
empréstimos sindicados nos mercados totalizaram 2492 mil
milhões de USD e os instrumentos do mercado monetário
internacional apresentaram um saldo de 895,7 mil milhões. Ainda
em 2011, as emissões líquidas de obrigações internacionais foram
calculadas no conjunto, em 1218 mil milhões de USD. O
movimento de ações internacionais foi também significativo nesse
ano com as novas emissões a totalizarem 485,3 mil milhões de
USD. O saldo das operações com derivados em cir- culação, em
dezembro de 2011, foi de 647 762 mil milhões de USD, incluindo
câmbios, taxas de juro, default swaps e commodities (BIS,
Quaterly Review, setembro de 2012) .
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TOTAL 200%
USD 84,9%
EUR 39,1%
JPY 19%
GBP 12,9%
AUD 7,6%
CHF 6,4%
CAD 5,3%
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O termo euro nada tem a ver com a moeda única europeia. Deriva
da localização original do mercado de euromoedas na Europa,
prin- cipalmente em Londres.
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Comparação de spreads
Exemplo de um eurocrédito:
• Mutuário: AB Volvo
• Montante: USD 2,50 mil milhões, roll-over
• Condições: 8 anos, a 87,25 pontos base sobre LIBOR
• Organizador: Bank of New York Mellon
• Subscritores: Bank of New York Mellon, BNP/Paribas,
Credit Suisse, Bank of Tokyo.
USD98.406.250
2 100 7,9681%
USD2.470.000.000
Exemplo:
• Em janeiro de 2011, a Companhia Vale de Rio Doce, maior
mineira de ferro do mundo, emitiu straight coupon
eurobonds (cupão fixo) nos seguintes termos:
• Montante – USD 500 milhões
• Maturidade – 2041 (30 anos)
• Preço de emissão – 100%
• Cupão – 8,25% pagos anualmente
• YTM – 8,35%
Exemplos:
O resultado será:
FRN básico
96
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TIRR / 360
TIRR / 365 365
360
CAP FRN
FLOOR FRN
INVERSE FRN
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Exemplo:
10
80 1000
j 1 1,045
j
1,045
10 1276,9
Obrigações Multidivisas
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2.4.2. Exemplo
A CFM, Inc. é uma sociedade gestora de fundos de investimento,
sediada em Londres, que comercializa fundos no mercado
europeu. Na sua atuação em Portugal, escolheu como produto o
fundo CFM-
-Stoxx, fundo vocacionado para o investimento em ações no
mercado do Reino Unido.
Resolução:
Fundo CFM-Stoxx
UP em 1/01/2011: GBP 40
UP em 1/01/2012: GBP 60
Comissão de Subscrição: 1,5%
UP em 10/09/2012: GBP 70
EUR/GBP 0,791-0,794
a) Compra de 1000 unidades em 10/09/2012
Valor = 1.000 x preço de subscrição = 1000 x Valor UP x (1 +
Comissão Subscrição) = 1000 x GBP 70 x 1,015 = GBP 71 050
Compra de GBP 71 050 contra Euros ao câmbio de 0,791 =
GBP 71 050/0,791 = EUR 89 823
b) Rendibilidade da aplicação no fundo entre 01/01/2011 e
10/09/2012, em GBP
Rendibilidade da aplicação = (preço de resgate/preço de
subs- crição)-1
Preço de resgate = Valor UP em 10/09/2012 = GBP 70
Preço de subscrição = Valor UP em 01/01/2011 x 1,015 =
GBP 40 x 1,015 = GBP 40,6
Rendibilidade da aplicação = (GBP 70/GBP 40,6) – 1 = 0,72413
= 72,413%
Rendibilidade anualizada:
Regime de juros simples: 0,72413 x 365/618 = 42,76%
Regime de juros compostos: (1 + 0,72413)*365/618 - 1 = 37,9%
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Derivados de crédito
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Londres
Nova Iorque
Tóquio
Apêndice
BNP Paribas
Deutsche Bank
Credit Agricole, SA
HSBC Holdings
Barclays, PLC
Bank of America
Citigroup
Bank of China
Pequim, China
Commerzbank
Frankfurt, Alemanha
Credit Suisse
Zurique, Suíça
Dexia
Bruxelas, Bélgica
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Goldman Sachs
Nova Iorque, EUA
ING
Amesterdão, Holanda
Mizuho FG
Tóquio, Japão
Nordea
Estocolmo, Suécia
Banco Santander
Madrid, Espanha
Société Générale
Paris, França
Sumitomo Mitsui FG
Tóquio, Japão
State Street
Boston, EUA
UBS
Zurique, Suíça
Unicredit Group
Milão, Itália
Wells Fargo
Nova Iorque, EUA
Schroders
Londres, Reino Unido
Comércio
Financiamento do
III
CAPÍTULO
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3.0. Introdução
Neste capítulo, pretende-se dar uma visão global dos instrumentos
financeiros que tradicionalmente acompanham as operações de
co- mércio internacional. Serão descritas as características
fundamentais de cada instrumento, os agentes intervenientes e a
sua utilidade.
Processo de Exportação
Exportação Indireta
• Efetuada através de empresa comercial exportadora (agente da
empresa ou distribuidor internacional).
• Vantagens: obter encomendas, informação sobre clientes, trata-
mento da documentação de exportação, transporte, …
• Desvantagens: enfoque em produtos que lhe dão maior
lucro, menor controlo sobre os clientes, condiciona os
recursos finan- ceiros, custos com comissões, risco de
alguma exclusividade, …
• Caso das tradings exportadoras: objetivo de proporcionar o
encontro entre fornecedores e compradores estrangeiros, traba-
lham com muitos exportadores, não constituem stocks
próprios, são remunerados por comissões.
Exportação direta
• Vantagens para o exportador: controlo da função de
marketing, oportunidades de obter maior lucro, ...
• A exportação direta pode ser feita para agentes ou comissio-
nistas, para distribuidores, para retalhistas ou clientes finais
ou ainda através da internet.
• Na modalidade de exportação própria, a empresa está
encarre- gue do processo realizando a promoção comercial,
obtenção de clientes e distribuição dos produtos, permitindo
um maior conhecimento do mercado, acesso a informação e
controlo do desenvolvimento do negócio.
• Exige força de vendas internacional, recursos financeiros e de
gestão para suportar estruturas organizacionais.
• A seleção de distribuidores deve considerar a dimensão
dos mercados, capacidade da força de vendas, perfil dos
clientes, mix de produtos representados, política de marketing
e de promoção.
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Documentação de Exportação
• 1. Fatura pró-forma (proforma invoice) – resumo com os termos
de venda, preço e detalhe sobre a entrega.
• 2. Fatura comercial (commercial invoice) – fatura detalhada
utilizada para efeitos alfandegários e incoterms que
distribuem as responsabilidades entre comprador e
vendedor.
• 3. Conhecimento de embarque (bill of landing) – recibo deta-
lhado passado pelo transportador dos bens.
• 4. Fatura consular (consular invoice) – exigido por vezes como
meio de monitorização das importações.
• 5. Certificado de origem (certificate of origin) – utilizado para
determinar os direitos aduaneiros.
• 6. Documento Administrativo Único (DAU) ou Declaração
INTRASTAT no caso das trocas intracomunitárias – para
efeito de monitorizar exportações e estatísticas de comércio
externo.
• 7. Nota de embalagem (export packing list) – para determinar a
natureza da carga
• 8. Certificado de Seguro (apólice, certificado ou declaração
ao abrigo de uma apólice flutuante).
Processo de Importação
• Vantagens estratégicas das importações: reduz custos e sustenta
a competitividade, favorece a concorrência global, satisfaz a
indis- ponibilidade de produtos/serviços no mercado
doméstico, diver- sifica riscos operacionais (vários
fornecedores em vários países).
• Questões estratégicas: escrutinar os mercados potenciais, iden-
tificar fornecedores, avaliar as implicações legais de
importar produtos, avaliar o papel dos intermediários no
processo.
• Documentos de importação: podem ser de dois tipos – aqueles
que determinam se a alfândega liberta a remessa e aqueles que
Intermediários no processo
• Transitários, para o transporte internacional (freight forwarder):
agente que contribui para a movimentação dos bens entre o
pro- dutor e o cliente. Oferece serviços como preparação e
transporte de bens e documentação, mas não representa o
exportador. Podem especializar-se por tipo de meio de
transporte ou por área geográfica que servem.
• Corretores/Despachantes alfandegários: agente que
execu- ta transações alfandegárias por conta de clientes,
mediante pagamento de uma taxa. Determinam o valor dos
produtos, qualificando-os para tratamento pautal
preferencial, para reem- bolso de direitos aduaneiros,
diferindo o pagamento de direitos através de zonas francas ou
entrepostos aduaneiros, … e também podem tratar da
documentação envolvida no processo.
• Papel das Alfândegas: serviço governamental que coleta taxas
alfandegárias e impostos e garante o cumprimento das
restrições ao comércio e dos procedimentos estabelecidos
SWIFT
Vantagens:
3.1.3.3. Pagarés
São um instrumento utilizado em Espanha que consiste num
documento financeiro emitido e pagável em Espanha mas que na sua
forma são que semelhantes aos cheques, excetuando possuir a
data de vencimento, a partir da qual é exigível o seu pagamento.
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Exportação/Venda
Empresa Exportadora Importador espanhol
Pagaré
Financiamento Pagaré
Banco
Residente • O banco do exportador acorda com banco estrangeiro (pode ser a sua filial) a
operação.
• Comunica as condições ao mutuário
Banco
não
Residente • O Banco não residente envia os fundos para o exportador.
Na fase de Reembolso:
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Exemplo:
Resolução:
Banco A
Banco B
• Custo do Juro = 1,625%+2% = 3,625%
Finanças e Gestão de Riscos Internacionais 147
Capítulo III Financiamento do Comércio Internacional
3.1.4.1. Forfaiting
É uma forma de financiamento à exportação – que tem crescido,
acompanhando a evolução do Comércio Internacional.
Circuito do Forfaiting
O Banco/Forfaiteur
Aprova as condições e Banco Avalista
procede ao desconto após ou do
avalizados os títulos como Importador
garante da operação Garante a
Adquire os títulos e liquida ao operação
exportador
No
Exportador
vencimento
Propõe o paga a
desconto “a operação
forfait”
Importador
Contrato de
CMP/VND
PLD (VFi Di )
i 1
p período / taxa / r
Banco
Ordenador Garante Beneficiário
(devedor) (Emissor (credor)
da
Garantia)
Finanças e Gestão de Riscos Internacionais 151
Capítulo III Financiamento do Comércio Internacional
Contrato de
CMP/VND
Ordenador
Beneficiário
(Devedor)
(Credor)
Banco Garante
Banco Garante
Contragarante Residente
não residente
(Emissor garantia)
3.1.5. Countertrade
Forma de comércio internacional cujo pagamento por parte do
impor- tador não é efetuado, na sua totalidade ou em parte, por
contrapartida monetária. É um tipo particular do sistema barter
(em que se trocam bens por outros bens). Representa entre 25%
e 40% do comércio mundial.
Resolução:
Comissão de notificação = 50 + 50 x 0,23 = 61,50 €
Comissão de Abertura = 70 + 70 x 0,23 = 86,10 €
Comissão de Liquidação = 250 €
100.000 60 0,05
Juros 365
821,92€
Valor / Credito 100.000 61,5 86,1 200 61,5 821,92 98.768,98€
98.768,98 60 iTAEG
TAEG : 98.768,98 100.000€
365
iTAEG 7,58%
O Mercado de
IV
CAPÍTULO
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4.0 Introdução
Neste capítulo abordam-se as características do mercado cambial,
passando pelos agentes, ativos transacionados e seu modo de
funcio- namento. A taxa de câmbio, sendo a variável que reflete a
atividade do mercado cambial, irá também ser estudada.
1. Divisas: vamos utilizar este termo como sinónimo de moedas de outros países.
Finanças e Gestão de Riscos Internacionais 159
Capítulo IV O Mercado de Câmbios
160
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4.1.2.4 Corretores
A função dos corretores é realizar a intermediação entre a oferta e
a procura, acelerando a execução das ordens da clientela aos
melhores preços disponíveis. Essa rapidez é potenciada pela sua
ligação aos bancos e a outros grandes clientes institucionais, por
meio de linhas diretas. Pela posição que ocupam no mercado, têm
um profundo co- nhecimento das condições vigentes a cada
momento. Assim se evitam as perdas de tempo, em que, de outro
modo, se teria de incorrer, bem como preços menos favoráveis do
que os possíveis na altura.
4.1.3.1 As divisas
Atualmente, o dólar norte-americano e o Euro assumem a
primordial importância das divisas cotadas nas praças que
constituem o merca- do cambial. Mais uma moeda assume um
papel importante na cena internacional: o iene. A libra esterlina,
que foi outrora a moeda de referência, encontra-se agora numa
posição mais secundária. Even- tualmente, a médio prazo, o yuan
também poderá começar a ganhar terreno como divisa
transacionada.
4.1.3.4 Numerário
Por numerário entendem-se as notas e moedas de uma
determinada divisa. É um ativo pouco utilizado, pois fica reservado
quase exclusi- vamente às transações comerciais efetuadas por
turistas.
4.2.1.2 Mundialidade
Pela sua própria natureza, estes não são mercados regionais ou
nacio- nais, mas sim mundiais. Nessas condições não faz sentido
do mercado de câmbios de Lisboa ou de qualquer outra cidade ou
região; deverá, isso sim, falar-se de Praças Cambiais. Esta
característica resulta da conjugação dos seguintes três fatores: (1)
perfeita disseminação da informação; (2) mobilidade internacional
do capital, e (3) existência de arbitragistas cambiais.
4.2.1.3 Continuidade
Porque o mercado é mundial e o globo está dividido em fusos
horá- rios, o mercado cambial funciona 24 horas sobre 24 horas
em cada dia útil, ainda que obviamente em diferentes regiões e
com níveis de liquidez variáveis.
• XXX/YY1Y06,345
• Moeda cotada ou moeda base/moeda de cotação ou moeda
termo
• Taxa de câmbio ao certo para moeda cotada (XXX): 106,345
de unidades de YYY por uma unidade de XXX
• Iniciais do país (XX) e Inicial da Moeda (X)
• Exemplo: USD/JPY significa USD 1 = JPY 106,345
Exemplo:
O recurso ao mercado para cumprir esta função pode ser feito por
qualquer uma das partes do negócio, tudo dependendo da moeda
de faturação escolhida. Se se tratar da moeda do exportador,
compete ao importador dar ordens de compra sobre a divisa em
que se constituiu como devedor, possibilitando ao seu credor, o
exportador, ser creditado na sua conta na sua própria moeda, pelo
montante da exportação efe- tuada. Todavia, se o importador for
faturado na sua própria moeda pelo fornecedor, é a este último
que compete recorrer ao mercado cambial.
Finanças e Gestão de Riscos Internacionais 171
Capítulo IV O Mercado de Câmbios
4.2.2.3 Financiamentos
Para além de poderem financiar-se junto dos seus fornecedores
ou dos seus bancos nacionais, as empresas também podem
recorrer a financiamentos externos de curto, médio ou longo
prazo. O objetivo destes financiamentos externos pode assentar
em ganhos na taxa de juro, uma vez que esta varia conforme a
moeda em que o financiamento é contraído, ou mesmo na eventual
depreciação da moeda em que é contraído o financiamento
durante o período que o mesmo decorre. Estas operações
conduzem necessariamente as empresas ao mercado cambial para
efeitos de conversão de moedas.
Exemplo IV.4.1.
176
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4.2.5.1 Especulação
Um especulador é um indivíduo que compra determinado bem
com o intuito de vendê-lo quando o seu preço for superior. É uma
atividade em que supostamente se fazem compras de ativos quando
estão baratos para se venderem quando ficam mais caros.
Comporta, por isso, um alto risco, podendo ganhar-se muito, mas
também perder demasiado. Ao contrário do que o senso comum
poderia levar-nos a pensar, o especulador desempenha duas
importantes funções económicas: (1) estabilização dos mercados
e (2) assunção de riscos que outros dese- jam transferir. O
especulador obtém lucros quando compra barato e vende caro. Ao
comprar quando os preços estão em baixo, evita que o mercado
desça mais; ao vender quando os preços estão em alta, evita que
o mercado suba mais. Desta forma contribui para a estabilização
dos mercados.
4
264 158,65
4. 1 24,65%
250
000
Finan
ças e
Gestã
o de
Risco
s
Intern
acion
ais
179
Capítulo IV O Mercado de Câmbios
4.2.5.2 Arbitragem
A arbitragem é uma atividade que se desenvolve sobre quaisquer
ativos, sejam eles divisas, juros, mercadorias, ou outros. O seu
objetivo é a obtenção de lucros explorando imperfeições
momentâneas do mercado que se traduzem na cotação de preços
distintos para o mesmo ativo em diferentes pontos do mercado. O
arbitragista emite, simultaneamente, ordens de compra sobre a
praça onde o ativo é mais barato, e de venda sobre a praça onde
é mais caro.
seu risco?
Quadro-Resumo
182
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186
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E
PE
QE Importações
E
PE
QE Exportações
SD
E
PE
E’
PE’
D’
QE’ QE Importações
USD
S
S’
E
PE
E’
PE’
QE QE’ Exportações
Como será que variou a procura de euro por parte dos americanos?
USD
E’
PE’
E
PE
D’
D
QE QE’ Importações
USD
S’
S
E’
PE’
E
PE
QE’ QE Exportações
conta que uma moeda pode ser utilizada como meio de pagamento
internacional, como é o caso do dólar.
i = r + + r 8
em que:
i: Taxa de juro nominal;
r: Taxa de juro real;
: Taxa de inflação esperada durante o período de aplicação dos
capitais.
C0S EUR/JPY 1 r
C0 1 r
EUR
JPY
F EUR/JPY
para cada intervalo de tempo, de uma barra que liga a taxa mais
alta à taxa mais baixa; o analista completa-o com uma linha
transversal indicando os pontos extremos. O gráfico de pontos e
cruzes não possui escala temporal, registando-se apenas os
diferentes valores verificados para a taxa de câmbio.
Taxa de juro a 90
EUR/Divisa Câmbio à vista Câmbio a 90 dias
dias (nom.)
EUR 1,00000 1,00000 5%
USD 1,14266 1,13420 2%
JPY 96,0284 94,9614 0,5%
GBP 0,79026 ? 6%
CHF 1,19536 1,19047 ?
Caso 5.
CASO 6.
208
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RESOLUÇÃO
E 1 EUR
S 0 EUR/USD
1,14266
E S /
S / E 1
1,60
1 2,4% 1,591
1
E 1 1,8%
E S /
S / E 1 1,6
0 112,00
1,550
104,30
116,60
E 1
105,20
Dados do problema:
SJPY,USD=100
90dias
1. Cobertura a prazo
O importador deverá comprar moeda USD a prazo de 90 dias. A
sua despesa será:
212
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2. Cobertura à vista
Dados do problema:
1. Opções de proteção:
a) Cobertura a prazo:
b) Cobertura à vista:
Cálculo:
f JPY, EUR = F JPY, EUR 90 dias - S JPY, EUR S JPY, EUR = 0,0125,
como F JPY, EUR 90 dias = 150
214
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Caso 5.
Caso 6.
Riscos
V
CAPÍTULO
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5.0. Introdução
Todas as empresas, pertencentes ou não ao setor financeiro, se
deparam com uma multiplicidade de riscos na condução dos seus
negócios. Este capítulo procura dar uma visão teórica e técnica
sobre o(s) conceito(s) de risco(s), descreve as características
fundamentais dos principais tipos de risco a que os agentes
económicos estão sujeitos, dando uma particular ênfase aos riscos
associados ao setor financeiro. Na atividade bancária, o risco é uma
condição sine qua non do negócio, sendo, por isso, um elemento
dissociável dessa atividade. Por fim, é apresentada
a métrica Value-at-Riska–R,V como sistema de avaliação do risco,
sendo complementada com a apresentação dos diferentes
métodos para a sua estimação e de casos práticos ilustrativos.
220
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5.2.1. Risco
A palavra risco está associada a perigo e a oportunidade. No
contexto da gestão, o crédito conjuga este sentido do conceito de
risco, pois as organizações expandem e concretizam as suas
oportunidades de negócio por intermédio do crédito. Em
contrapartida, inerente à con- cessão de crédito, existe o perigo de
o devedor não reembolsar esse crédito e quando esse perigo
passa a ser elevado e generalizado, mina a confiança necessária
de mercado, a ponto de este passar a funcionar deficientemente e
concorrer para crises avassaladoras.
5.2.2. Crédito
A indústria creditícia foi-se desenvolvendo à medida que a
sociedade se ia tornando mais exigente e ia adquirindo novos
hábitos de consumo. Em Portugal a atividade de crédito está
regulada pelo Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de dezembro, mais
conhecido por RGICSF11. Constata-
-se assim um esforço legislativo para adaptar o sistema financeiro
português às práticas correntes em países mais desenvolvidos,
com propósitos e objetivos diversos, nomeadamente no risco
resultante da concessão de crédito.
222
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226
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14. O termo troika foi usado como referência às equipas constituídas por res-
ponsáveis da Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário
Internacional que negociaram as condições de resgate financeiro em vários
países, incluindo em Portugal.
15. As oito maiores instituições bancárias a operar em Portugal e objeto de
auditoria são: CGD, BCP, Santander Totta, BES, BPI, Montepio, Crédito
Agrícola e Banif, de acordo com a notícia de Amaral, P. (2011).
228
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• Risco de preço;
• Risco de reinvestimento.
Por regra, para análise deste risco utiliza-se o histórico das taxas
de câmbio em relação ao euro ou ao dólar (ou outra moeda de
referência
Finanças e Gestão de Riscos Internacionais 233
Capítulo V Riscos Financeiros
234
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Este risco encontra-se por isso, tal como o risco de spread, muito
associado ao risco de crédito, mas, de modo generalista, acaba
por ocorrer sempre a parte mais informada (o devedor) ter
vantagem informativa sobre o credor, desvirtuando os resultados
inicialmente previstos. E isto pode muitas vezes ocorrer logo numa
fase inicial ou ao longo do processo, quando a contraparte (leia-se o
devedor) assume comportamentos que irão diminuir a sua
capacidade de reembolsar o empréstimo, por exemplo com
recurso a novos empréstimos.
Esta métrica permite que a perda máxima possa ser estimada para
dife- rentes níveis de confiança, o que promove junto do agente
económico a possibilidade de analisar o risco numa prática diária de
perdas possíveis
242
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244
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Interpretação:
Resolução:
VAR VC P
O valor obtido significa que o detentor do título sabe que, num dia,
a perda máxima possível com um nível de confiança de 99% é de
2,097€, isto é, existe menos de 1% de probabilidade de vir a
perder mais de 2,097 € diariamente com a posição detida.
Finanças e Gestão de Riscos Internacionais 249
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Gestão do risco de
mercados de
câmbio a partir dos
VI
CAPÍTULO
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6.0 Introdução
Os produtos derivados chamam-se assim porque “derivam” de um
pro- duto subjacente que é transacionado no mercado à vista.
Apareceram pela necessidade de eliminar o risco de perda de
valor de um bem, quando o negócio é firmado hoje e a transação
e/ou o pagamento vêm a verificar-se no futuro.
260
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Call Prémio
PutPago
Comprador
Perda Máxima =
Ganho Máximo = Ilimitado
Perda Máxima = Ilimitada
Vendedor
Ganho Máximo = Prémio Recebido
Ps > Pe Ps < Pe
Opção de Compra Exerce Não Exerce
Opção de Venda Não Exerce Exerce
Se o preço Spot GBP/USD for maior que 1,3, então, não exerce a
opção e tem perda de USD 25 000 (prémio).
262
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Caracterização:
18. 1 250 x 5 000 bushels por contrato x 27,216/1 000 (razão ton/bushel) = 170 100 ton.
Finanças e Gestão de Riscos Internacionais 265
Capítulo VI Gestão do risco de câmbio
266
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t t t
: evolução da taxa de câmbio de mercado
270
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Resolução:
Banco
Situação Fundos Empresa A Empresa B
Intermediário
Financiamento Saída 3,75% 3,5% -----
Recebimento swap Entrada 3,75% 3,5% 3,70% + 3,75%
Pagamento swap Saída 3,7% 3,75% 3,75% + 3,5%
Resultado Saída 3,7% 3,75% 0,2%
Exemplo:
Resolução:
Hedge basics:
Mercado de Futuros
-
Preço de Futuros
Perda Perda -
Mercado de Futuros
Cobertura Longa (compra futuros):
- -
Perda Perda
286
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• Bt é a base em t;
• St é o preço à vista (spot) em t;
• Ft é o preço futuro em t com vencimento em t + k, k > 0.
Em regra: 0 F1 S1(base) F0 S0
Exemplo
290
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Resolução:
1 1 Milhão 1 Milhão
1 fevereiro
dezembro USD USD
Spot USD/EUR 0,75 Euros 750 000 Euros 0,775 Euros 775 000 Euros
Preço Exercício (PE) 0,76 Euros 760 000 Euros 0,76 Euros 760 000 Euros
Preço da Opção 0,01 Euros 10 000 Euros ----- -----
1 1 Milhão 1 Milhão
1 fevereiro
dezembro USD USD
Spot USD/EUR 0,75 Euros 750 000 Euros 0,725 Euros 725 000 Euros
PE 0,76 Euros 760 000 Euros 0,76 Euros 760 000 Euros
Prémio 0,01 Euros 10 000 Euros ----- -----
Resolução:
30 000 peças
1 peça 1 peça
1 junho 1 setembro (750.000
(25 USD) (25 USD)
USD)
Spot
0,75 Euros 18,75 Euros 0,725 Euros 18,125 Euros 543 750 Euros
USD/EUR
PE 0,76 Euros 18,5 Euros 0,74 Euros 18,5 Euros 555 000 Euros
Prémio 0,01 Euros 0,25 Euros ----- ----- 7 500 Euros
294
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Por um lado, conseguiu uma receita de 555 000 euros. Por outro,
pagou 7500 euros de prémio. O ganho líquido foi 555 000 – 7500
= 547 500 euros.
30 000 peças
1 peça 1 peça
1 junho 1 setembro (750.000
(25 USD) (25 USD)
USD)
Spot
0,75 Euros 18,75 Euros 0,765 Euros 19,125 Euros 573 750 Euros
USD/EUR
PE 0,74 Euros 18,5 Euros 0,74 Euros 18,5 Euros 555 000 Euros
Prémio 0,01 Euros 0,25 Euros ----- ----- 7 500 Euros
Uma vez que não vai exercer a opção, o empresário limita-se a perder
o valor que pagou por ela. Assim, o ganho total será: 573 750 – 7 500
= 566 250 euros.
Caso 1. Loktisk
Caso 2. Hiperbrico
RESOLUÇÕES
Caso 1. Loktisk
Caso 2. Hiperbrico
Cálculos:
304
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http://br.advfn.com/p.php?pid=qkquote&symbol=FX%5EEURUSD 31-
07-2012 “abertura”
EUR/USD 1,2254
EUR/GBP 0,78020
EUR/JPY 95,750
EUR/CNY 7,8217
EUR/AUD 1,16793
EUR/BRL 2,5019
EUR/CAD 1,2275
EUR/RUB 39,409
EUR/CHF 1,2008
EUR/ZAR 10,0266
EUR/INR 67,954
306
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Investimento Internacional
VII
CAPÍTULO
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7.0. Introdução
O investimento pode ser feito dentro da área geográfica do país
corres- pondente à entidade que o está a promover (investimento
nacional) ou fora das fronteiras do país (investimento
internacional). O investimento internacional é da maior importância
para a economia mundial e tem contribuído consideravelmente para
o desenvolvimento dos respetivos países. Em todos os tipos de
investimento internacional há um fenó- meno de circulação que
leva as poupanças de uns locais para outros.
Por outro lado, uma empresa internacional tem uma gestão mais
com- plicada do que uma empresa apenas virada para o mercado
doméstico. A equipa de gestão tem que compreender a ligação
entre taxas de juro, taxas de câmbio e inflação e tem que atender
às regras dos mercados financeiros e aos sistemas tributários de
cada País.
310
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312
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Tipos de investimento
318
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• Legislação e regulamentos
• Registo de propriedade
• Direitos de propriedade intelectual
• Execução e resolução contratual
• Leis de expropriação e revisão de processos
• Tratamento não discriminatório para investidores nacionais e
internacionais
• Cooperação internacional
• Instrumentos internacionais de arbitragem.
O valor atual líquido (VAL), ou, em inglês, net present value (NPV),
é a fórmula matemático-financeira capaz de determinar o valor
presente de pagamentos futuros descontados a uma taxa de juro
apropriada, menos o custo do investimento inicial. É, sem dúvida,
o critério mais utilizado para avaliação de projetos de
investimentos.
326
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7.4. Rating
O rating, credit rating ou classificação de crédito pode ser definido
como um cálculo da credibilidade de um tomador de crédito.
Represen- ta a capacidade do tomador para solver os seus
compromissos. É uma opinião proferida por um órgão
independente quanto à capacidade de um emitente de dívida para
honrar os seus compromissos pagando atempadamente, tanto no
que se refere ao capital como aos juros.
Vantagens do Rating
Para o investidor:
332
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Para o emitente:
Desvantagens
I N V E S T I M E S P E C U L A Ç A O Default
S&P A AAAA A A B B B B B B B B C C C D
A AAA+ B B B B B B+ B CC
A + B B B+ C C
+ C
CC
CC
+
Moody’s A A A A A A A B B B BBBB B B C C C C C D
a aaa123aa a a a a 1 1 3 a aaa
a 1 2 3 a a a12 3 a a a
12 3 1 2 3
Finanças e Gestão de Riscos Internacionais 335
Capítulo VII Investimento Internacional
Rating outlook
Exemplos
342
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Vantagens:
Desvantagens:
Conclusão
Resolução.
E(SPL
(1)) 0,2889 3º ano : 0,30 ( ) 0,2679
1,04 3
1,08
• 0 1 2 3
CFs (zlotys) -20 8 8 8
Taxa câmbio 0,30 0,2889 0,2782 0,2679
Conversão ao câmbio -20x0,30 8x0,2889 8x 0,2782 8x0,2679
CFs em USD -6 2,3112 2,2256 2,1431
348
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à Internacionalização
Instrumentos de
Financiamento e Apoio
CAPÍTULO VIII
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8.0. Introdução
Portugal apresenta uma balança comercial deficitária que se veio
a agravar desde a sua integração na Comunidade Europeia, com
perdas de quota em alguns setores tradicionais, fruto da
globalização dos mercados. A análise das estatísticas de comércio
e investimento inter- nacional constata a concentração geográfica
da atividade internacio- nal das empresas, sendo o caso mais
preocupante o das exportações, que estão concentradas no
espaço comunitário, denotando falta de estratégia de
diversificação.
352
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354
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356
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8.3. Conclusão
O aumento das exportações e a internacionalização constituem a
solução estratégica mais óbvia para a recuperação económica de
Portugal, aumentando o produto interno bruto, diminuindo o défice
comercial e criando emprego. E são vários os instrumentos de
apoio e financiamento à internacionalização colocados à
disposição das empresas portuguesas, desde os sistemas de
incentivos do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) aos
protocolos entre o Estado
Finanças e Gestão de Riscos Internacionais 363
Capítulo VIII Financiamento e Apoio à Internacionalização
364
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bibliográficas
Referências
Referências Bibliográficas
366
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Referências Bibliográficas
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Finanças e
Gestão de Riscos
Internacionais
Trata-se de uma obra didática destinada a alunos das áreas de
Finanças Internacionais.
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ISBN: 978-972-788-730-9
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